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Universidade Federal de Campina Grande Curso: Engenharia mecânica Disciplina: Física experimental II Professor : Pedro Luiz do Nascimento Aluno: Lucas Duarte Silva Matrícula:119111334 PREPARAÇÃO - CAMPO MAGNÉTICO DE UMA ESPIRA CIRCULAR E DE UM SOLENÓIDE 1. Mostre que em um ponto a uma distância x do centro de uma espira circular de raio R sobre o eixo da espira. O campo magnético é dado por: B=[μ0 R² I]/[2(R²+x²)^3/2] Resposta: 2. Determine a expressão para o Campo Magnético no centro da espira. E a expressão para o campo em um ponto, onde x sejam muito maior que R. Resposta: 3. Em qual ponto da questão (1) B atinge o valor máximo? Determine o valor máximo que o campo pode atingir neste caso. Resposta: Encontramos esse valor quando derivamos B em relação a x. Daí é visto que b atinge seu valor máximo no centro da espiral. 4. No modelo de Bohr do átomo de hidrogênio, o elétron gira em torno do núcleo numa trajetória circular de raio 5,1x10 exp(-11)m. A quantidade de carga que passa em qualquer ponto da órbita por unidade de tempo é 1,1x10 exp(-3)A. Calcule o valor de B no centro da órbita. Resposta: Utilizando a equação da questão 2, temos: B = 13,54 5. Determinar expressão da f.e.m., induzida em uma bobina de prova quando ela for colocada em um ponto qualquer sobre o eixo da espira circular. I(t) = Io.senωt Resposta: 6. Trace as linhas do campo magnético de um solenóide de comprimento finito com uma corrente constante. Resposta: 7. Por que no interior de um solenóide comprido o campo magnético é quase uniforme e forte no centro. Pode-se expressar por B = onI, onde n é número de espira por unidade de comprimento. Resposta: O campo é constituído por um fio enrolado várias vezes, tomando uma forma cilíndrica, cada uma das voltas forma uma espira circular. Um solenóide de fio longo e reto pode ser usado para gerar um quase uniforme campo magnético, semelhante ao de uma ímã de barra. Para um solenóide, o campo magnético é dado por: B = μ0nI Na qual n é o número de espiras e I é a corrente que o percorre. Caso a corrente passante pelo solenóide seja alternada: B = μ0n I0 sen(ω t) 8. O campo de uma espira circular é uniforme? Explique. Resposta: O campo é praticamente uniforme no seu interior. Quando esse condutor é percorrido por uma corrente elétrica, também terá um campo magnético associado a ele e, praticamente, uniforme em seu interior. O solenóide tem suas extremidades associadas aos pólos norte e sul (e um comportamento muito parecido com um ímã natural em forma de barra). Universidade Federal de Campina Grande Curso: Engenharia mecânica Disciplina: Física experimental II Professor : Pedro Luiz do Nascimento Aluno: Lucas Duarte Silva Matrícula:119111334 Relatório Campo magnético de uma espira circular e de um solenóide Introdução Em um ímã, as linhas de indução saem do pólo norte e chegam ao polo sul. Uma espira percorrida por uma corrente elétrica origina um campo magnético análogo ao de um ímã, e então atribui-se a ela um pólo norte, do qual as linhas saem, e um pólo sul, no qual elas chegam. O campo magnético de uma espira circular, produzida em um ponto do eixo é obtido, aplicando-se a Lei de Biot-Savart: dB=μ0IdI/4πr³xr A integral resulta em: B=Mμ0R²I/2(R² + x²)^3/2 Onde, M - n° de voltas da espira; I - corrente através da espira; R - raio da espira; x - distância ao longo do eixo, até o centro da espira. Na prática é bastante difícil medir um campo magnético estacionário. Para se verificar o campo dado pela fórmula acima é aconselhável servir-se de um artifício que facilite a medição. Este artifício consiste em fazer passar uma corrente alternada através da espiral. Sendo a frequência muito baixa (60Hz), isto não afeta a distribuição espacial do campo descrita pela Eq. (1.2). Daí aproveita-se o efeito de indução (Lei de Faraday) causado numa pequena bobina, colocada no ponto onde se quer medir o campo. Da Lei de Faraday, sabemos que haverá uma força eletromotriz induzida na bobina, dada por: E = -dФ/dt = NSwB0coswt Onde: B0=Mμ0R²I0/2(R² + x²)^3/2 Geralmente, voltímetros e amperímetros para correntes alternadas, indicam os valores RMS (roat mean square) das voltagens e correntes. Desde que isso seja o caso em nossa experiência, podemos escrever: ERMS=NSwBRMS Ou seja: ERMS=NSwMμ0R²IRMS/2(R² + x²)^3/2 Esse experimento teve como objetivo verificar a lei de Biot-savart no campo de uma espira circular, através do princípio de indução (Lei de faraday). Objetivos Este presente relatório teve como objetivo principal a verificação do campo magnético que fora gerado por uma bobina no seu eixo de simetria. Material Utilizado Para realizar o experimento foram necessários os seguintes materiais: ● Amperímetro; ● Fonte de tensão alternada; ● Multímetro digital; ● Bobina; ● Cabos; ● Potenciômetro; ● Solenóide; Desenvolvimento Procedimento Experimental Determinação da área efetiva da bobina de indução colocada no interior de um solenóide Montamos o circuito conforme a figura abaixo: Anotamos os valores dos parâmetros para a segunda parte do experimento: Solenóide (N = número de espiras por centímetro), bobina exploradora (N - nº de voltas, r - raio). Montamos o circuito, colocando a bobina exploradora dentro do solenóide em seu eixo. Usamos o tubo de vidro para que o eixo da bobina se mantenha ao do solenóide. Variando a corrente no circuito do solenóide a intervalos de 0,1 A. Medimos a tensão induzida ERMS. na bobina exploradora quando a corrente varia de 0 a 1,0 A. Colocamos os valores de f.e.m. induzida em relação a corrente lrms que passa pelo solenóide, na tabela 1. Tabela 1 - Tensão induzida em função da variação da corrente do circuito no solenóide Com os dados da tabela 1 pode-se construir o gráfico ERMSxIRMS. Com isso foi calculada a inclinação da reta obtida no gráfico e comparamos com a equação da força eletromotriz induzida esperada. A partir daí determinamos a área efetiva da bobina de indução, ou seja, o produto NS. Determinação da força eletromotriz induzida (f.e.m.) em uma bobina de detecção colocada em um ponto do eixo circular Primeiramente, anotou-se os parâmetros para a espira circular (M — nº de voltas e R - raio) e para a bobina de indução (N - Nº de voltas e r — raio). Após isso, com os materiais listados anteriormente, montou-se o circuito conforme figura abaixo: Figura - Circuito para medir a f.e.m. induzida Com tudo devidamente montado, estabeleceu-se uma corrente de 2,0 A no circuito da espira circular e mediu-se a tensão induzida (Erms) na bobina de prova em função da distância X até o centro, tomando para 15 valores com intervalos de 1,0cm. Repetiu-se o procedimento três vezes e registrou-se os dados conforme Tabela 2. Tabela 2 - Tensão induzida em função da distância do centro da espira circular Após construído o gráfico da tensão induzida na bobina, com os dados da Tabela 2, comprovou-se que a curva diminui indo para o infinito à medida que a bobina se distancia da influência do campo magnético criado pela espira circular. Resultados e Discussões Para o experimento usando o solenóide, podemos construir a Tabela 3 fazendo um resumo de dados da Tabela 1, no qual são apresentados os valores da tensão induzida média em função da corrente aplicada no circuito. Tabela 3 - Tensão induzida em função da corrente aplicada no circuito usando um solenóide Com base nos dados da Tabela 3, é possível construir um gráfico emus x Ixus, no qual pode ser visto em anexo. Usando os pontos P; (0,1;6,3) e P; (0,8:63,3) da reta traçada, é possível calcular seu coeficiente angular C, tal que: Com isso, é possível calcular a área efetiva NS da bobina de prova no interior do solenóide, já que É visto ainda que área efetiva da bobina de prova é dada por: Calculando o desvio percentual, temos: Para o experimento usando a espira circular, podemos construir a Tabela 4 fazendo um resumo de dados da Tabela 2, no qual são apresentados os valores da tensão induzida média em função da distância até o centro da espira. Com base nosdados da Tabela 4, é possível construir um gráfico ERMS x X, no qual pode ser visto em anexo. A partir do gráfico, é visto que a medida que a bobina se distancia da influência do campo magnético que é criado pela espira circular. Como foi visto, Podemos então calcular o valor teórico da tensão induzida quando x = 7,0cm. Logo, Podemos comparar esse valor com o que foi medido quando x = 7,0cm, que pode ser visto na tabela 4. Assim temos: Gráficos e análises Dados: Bobina de prova: n = 500 esp/cm raio da bobina de prova = r = 0,74cm Espira circular: N = 20 espiras; R = 15; cm = 15x10^-2 Solenoide: 22,8 esp/cm = 2280 esp/m Então, ao analisar o gráfico, foi possível perceber que o mesmo ficou semelhante ao esperado, isto quer dizer que, quando o X (distância da bobina de prova ao centro da espira circular) for zero, o campo magnético é máximo. Assim, à medida que o X aumenta, este campo vai diminuindo não linearmente. Já para o gráfico da f.e.m em função da corrente, pôde-se perceber que o gráfico ficou semelhante ao obtido, tendo em vista que a medida que a corrente aumenta, o valor da f.e.m induzida aumenta. Além disso, fora encontrado a inclinação da reta e posteriormente a NSexp = 0,09 G e NSto = 008 G. Desta forma, fora achado um desvio percentual de 9,2%. Conclusão A partir deste experimento foi possível entender a relação entre distância de um ponto ao eixo de uma espira circular com o seu respectivo campo magnético, além de demonstrar que campos magnéticos fora de um solenóide tendem a ser zero, pois os campos se anulam. Com essa comparação é visto que os valores obtidos experimentalmente não são muito satisfatórios, uma vez que foram obtidos erros relativos de 12,79% e 17,78% para a determinação do N5 e ERMS numa bobina, respectivamente. Em relação aos erros experimentais, podemos citar a baixa capacidade do voltímetro em medir a fem induzida corretamente, tendo em vista que a fem produzida situa-se no limite da precisão do voltímetro. Além disso, temos para o solenóide o chamado efeito de borda na qual as bordas do solenóide não possuem linhas de campo magnético regulares e que pelo comprimento do solenóide ser pequeno, este efeito de borda pode ter causado erro na realização do experimento. E, por último, durante o experimento de espira circular, devido ao erro de paralaxe, pode ter havido erro na leitura do valor de X, na qual contribuiu também para os erros cometidos neste experimento.
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