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As cápsulas são formas farmacêuticas sólidas destinadas a encapsulação de fármacos sólidos e líquidos em invólucro gelatinoso. O invólucro é hidrossolúvel e se rompe para a liberação do fármaco, que é administrado por via oral. As cápsulas podem ser classificadas em relação ao tipo, material, tamanho ou liberação. Tipo: cápsulas de gelatina dura ou mole. Material: sólidos (pós, grânulos, comprimidos ou pellets) ou líquidos (suspensões e soluções oleosas). Tamanho: cápsulas, microcápsulas ou nanocápsulas. Liberação: imediata ou modificada (retardada, repetida ou prolongada). 1. Formas farmacêuticas com excelente estabilidade e conservação; 2. Possibilidade de ajuste de dose quanto a peso e idade; 3. Mascara sabor e odor desagradável de fármacos; 4. Melhor proteção do fármaco contra oxidações, fotólise e hidrolise. 5. Facilidade de administração e conveniência para o paciente. 1. Idosos e crianças tem dificuldade de engolir preparações sólidas. O invólucro gelatinoso é duro e hidrossolúvel, de forma ovoide e apresenta dois componentes: corpo e tampa, que podem ser coradas, opacas ou transparentes. Em casos de capsula de gelatina dura, há várias possibilidades de encapsulação, como podemos ver abaixo: A gelatina é obtida pela hidrolise parcial do colágeno da pele e ossos de animais. A fórmula da cápsula é: 1. Gelatina; 2. Água; 3. Açúcar; 4. Opacificante (TiO2); 5. Corantes. Os componentes são o corpo, que é a parte que recebe a formulação e a tampa, que lacra a cápsula evitando extravasamento. 1. Moldes são imersos na dispersão de gelatina quente; 2. Espessura da parede depende do tempo de imersão; 3. Remoção do molde e secagem do material com ar; 4. Corte do corpo e da tampa no tamanho desejado. O enchimento sólido das cápsulas, geralmente, é feito em farmácias de manipulações. As operações envolvem: 1. Seleção dos excipientes; 2. Cálculos da massa do fármaco e excipiente; 3. Pesagem; 4. Mistura em processão geométrica com trituração e tamisação para ajuste da granulometria; 5. Enchimento das capsulas. Diluentes: aumentam o volume da formulação até uma quantidade manipulável, possibilitando enchimento correto da cápsula. Aglutinantes: são excipientes que melhoram as propriedades de adesão entre as partículas do pó possibilitando a formação de grânulos. Desintegrantes: promovem a desintegração da massa de pó, facilitando a dissolução do fármaco. Deslizantes: reduzem atrito entre as partículas e melhoram as propriedades de fluxo dos pós e grânulos facilitando o enchimento das cápsulas. Em uma farmácia de manipulação, a redução das partículas é feita com gral e pistilo, mas, em indústria, utiliza-se moinhos de bolas. O tamanho de partículas semelhantes garante mistura de pós uniformes. Em uma farmácia de manipulação, a redução das partículas é feita com gral e pistilo, mas, em indústria, utiliza-se misturador em V. Realiza a uniformização do tamanho das partículas a evitar a segregação dos pós. O tamanho das cápsulas varia com o volume do enchimento. A escolha depende do volume que será ocupado pela massa de pó por cápsula. 1. Cápsulas são abertas manualmente; 2. Corpo é colocado nos orifícios da placa e a tampa é reservada; 3. O pó é distribuído sobre a superfície com o auxílio de uma espátula; 4. Cápsulas são fechadas com tampa, retiradas da placa e limpas; 5. Potes de plástico são utilizados para o armazenamento; 6. Controle de qualidade das cápsulas. As cápsulas de gelatina dura também podem ser enchidas com os pellets, e quais são as vantagens? 1. Estrutura que confere maior estabilidade; 2. Formato esférico regular; 3. Distribuição de tamanho estreita; 4. Sistema com liberação modificada. Além disso, também há a possibilidade do enchimento com líquido. São usados em casos de: 1. Fármacos líquidos com baixo ponto de fusão; 2. Potentes de dose muito baixa; 3. Uso de veículos lipídicos ou PEG 400 compatíveis com as cápsulas de gelatina dura; 1. Melhorar a estabilidade; 2. Promover a biodisponibilidade. As cápsulas de gelatina mole são constituídas de invólucro gelatinoso flexível e hidrossolúvel. Sua forma pode variar em elíptica, esférica, oblonga, tubular e outras. Ademais, sua parede pode ser transparente, opaca ou colorida. A única limitação que temos são com as soluções ou suspensões aquosas, pois a água pode romper a parede. As cápsulas de gelatina mole podem ser dos seguintes tipos: Capsulas para administração oral: após deglutida a parede sofre dissolução, rompe-se e libera o fármaco; Cápsulas mastigáveis: parede aromatizada com sabor agradável, liberação imediata na boca; Cápsula de dissolução bucal: liberação lenta do fármaco na boca; Cápsula com lacre descartável: administração de medicamento de via oral. Quebra-se o lacre e administra o conteúdo. A produção de cápsulas de gelatina mole é industrial e sua formulação é: 1. Gelatina (63-47%); 2. Plastificante (29-48%) 3. Modificador; 4. Água (5-8%). As operações envolvem: 1. Preparação das fitas de gelatina mole; 2. Injeção da formulação entre as fitas; 3. Corte e lacre; 4. Ejeção, lavagem e secagem da cápsula. O ibuprofeno é um fármaco que possui problemas de solubilidade em água e baixa biodisponibilidade. Mas, nas cápsulas de gelatina mole, o fármaco está dissolvido em polietilenoglicol 400 e, após o rompimento da cápsula, há a dissolução da solução do fármaco e rápida absorção no trato gastrointestinal. 1. Grande capacidade industrial; 2. Atraentes e facilmente deglutidas; 3. Excelente estabilidade; 4. Melhor biodisponibilidade para alguns fármacos.
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