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Victória Portela Pereira Trauma torácico Geral Pneumotórax hipertensivo Hemotórax maciço Pneumotórax aberto Ruptura traumática de aorta Tórax instável e contusão pulm Tamponamento cardíaco Lesões com risco iminente de morte: pneumotórax hipertensivo/ aberto, hemotórax maciço, tamponamento cárdiaco e lesão de árvore traqueobrônquica Obs: tórax instável com contusão pulmonar – passou a ser risco 2º Potencialmente fatais: pneumotórax simples, hemotórax simples, contusão cardíaca, ruptura traumática de aorta, lesão de diafragma/ esofágica, tórax instável com contusão pulmonar Poucos demandam tratamento cirúrgico · Drenagem de tórax (em selo d’água): 4-5º EIC na LAA/LAM, na borda superior da costela (fugir do feixe vásculo-nervoso) · Mudança do padrão de dreno: em torno de 28-32F · Demanda RX controle · Quando retirar: causa base revertida, baixo débito, débito seroso, pulmões expandidos ao RX, ausência de escape aéreo (> 48-72h), ventilação espontânea Obs: lactato é importante marcador de perfusão tecidual, visto que reflete metabolismo anaeróbio, estando aumentado, por exemplo em caso de choque · Indicações de intervenção cirúrgica urgente no trauma torácico: hemotórax maciço; perda de ar maciça pelo dreno torácico; tamponamento cardíaco; rompimento diafragmático · Sinais de gravidade em traumas fechados com fratura de esterno e arcos costais: contusão miocárdica, contusão pulmonar e enfisema mediastinal · Principal · Há ar entrando na cavidade pleural sem sair (acumulando), empurrando mediastino contralateralmente, sem retorno de VCS/ VCI, causando choque obstrutivo (hipotensão – não tem bomba) · Clínica: MV abolido, hipertimpanismo, turgência jugular, desvio de traqueia, HIPOTENSÃO, enfisema de SC, taquicardia, cianose de face (tardio) · Causa de instabilidade hemodinâmica · Diagnóstico: RX tórax (é diag clínico, senão mata o doente). Ao FAST, pode não ter o deslizamento de pleuras (modo B) ou lesão em código de barra (modo estático) · Tratamento: toracocentese de alívio (jelco 14 ou 16 – transforma em simples) – 2º EIC na LHC (atualmente também permite 4-5º EIC na LAA/LAM, principalmente em obesos – ATLS 10ª é a mais preconizada). Em alguns casos podemos até fazer finger thoracostomy · Ao retirar paciente da urgência, obrigatoriamente devemos drenar (drenagem em selo d’água - 4-5º EIC na LAA/LAM, na borda sup da costela, de preferência drenos de calibres 28-32F) · Pneumotórax simples: NÃO há inst hemodinâmica, somente MV reduzidos/ abolidos e hipertimpanismo. “Pode” evoluir para hipertensivo. Drenagem em selo d’água · Todo pneumotórax deve ser drenado antes do paciente ser submetido à anestesia geral e VM; antes de transporte aéreo; em caso de aumento do pneumotórax · Consta com a presença de alguns sinais · Ponto pulmonar (lung point): patognomônico · Sinal do código de barras/ sinal da estratosfera (Ausência de deslizamento pleural) Obs: sinal de praia é aquele que representa o aspecto fisiológico da interface pleuropulmonar (perdido na presença de pneumotórax) · Tórax velado (hipotransparente) · Clínica: MV abolido/ reduzido, macicez, choque (maciço – pelo menos 1500 mL sangue na parede torácica), jugulares colabadas · Acaba sendo um diagnóstico retroativo, após drenagem · Autotransfusão: sai sangue do dreno, é aquecido em máquina e reintroduzido no paciente · Conduta: drenagem em selo d’água · Quando realizar toracotomia? · Antigamente: > 1500 mL ou > 200 ml/h nas primeiras 2-4h · Hoje, prestamos atenção no estado hemodinâmico (mas pode ser que ainda caia em questões) · Há cavidade na parede torácica, devendo ter pelo 2/3 da luz traqueal aberta (tiro, facada...) · Clínica: hipertimpanismo, MV reduzido e até abolido, lesão na parede torácica (lesão penetrante) · Tratamento: drenagem de tórax (NUNCA pelo mesmo orifício) · Curativo em 3 pontas (com material plástico) – na inspiração, fecha o orifício e impede entrada de ar; enquanto na expiração, permite saída do ar · Correção do defeito da parede · Tto definitivo: toracotomia de urgência · Mata na cena (MS) ou tardiamente (por conta de tamponamento); · Mecanismo de trauma: aceleração/ desaceleração rápida (alto índice de suspeição), sendo o rompimento do ligamento arterioso o principal local (antigo ducto arterioso), na aorta descendente (distal à art subclávia E) · Suspeita: RX tórax – alargamento de mediastino TC tórax com contraste (PO) · Manutenção de hipotensão · Conduta: · Controle de FC (< 80 bpm – uso de esmolol), · PAM 60-70 (nicardipino, geralmente), · Estabilizá-lo antes de operar (cirurgia intervencionista). · Nunca esquecer de CI para uso de medicações. · Se estável, não realizar drenagem (Risco de de destamponamento, indicando aortografia) · IRpA e saturação inadequada após medidas iniciais · Decorrente da pancada no parênquima pulmonar, com graus variáveis, sendo a inundação do complexo alveolar com sangue · Mecanismo de trauma: trauma contuso torácico direto · Fratura de costela = pensar em contusão pulmonar · Pode estar presente sem fratura de costelas, princ. Em crianças · Se bilateral, tem até 70% de mortalidade · Retalho costal = tórax instável = fratura de pelo menos 2 costelas consecutivas, em 2 ou mais lugares · Pode ter respiração paradoxal: abaulamento de segmento torácico à à expiração e colabamento do mesmo à inspiração · TCE é a lesão extratorácica mais associada · Conduta: analgesia potente + fisioterapia respiratória intensiva (c/ VNI se necessário) + restrição volêmica – geralmente após 24-48h (BH negativo) · Em raras exceções irá passar IOT, para assegurar ventilação adequada (principalmente na instabilidade em vigência do trauma torácico) · Avaliar associação com pneumotórax · O grau de dano pulmonar apresentado por um paciente com trauma torácico contuso e tórax instável depende da gravidade da contusão pulmonar · Não demanda correção cirúrgica imediata das fraturas do arco costal · Na contusão pulmonar há diminuição da complacência pulmonar e distúrbios V/Q · Presença de pelo menos 100 mL no saco pericárdico já é responsável pela clínica · Acomete, principalmente VD, · Mais comum em traumas penetrantes · Tríade de Beck: hipotensão + abafamento de bulhas + estase jugular · Pode ter pulso paradoxal · Pode ter seu diag feito pelo FAST · Conduta: punção pericárdica/ de Marfan · PO: toracotomia anterolateral esquerda Obs: muito era feito a janela pericárdica, antes do advento da USG Toracotomia no trauma e zona “perigosa” de Ziedler · Delimitação · Superior – linha horizontal sobre 2ª EIC ou manúbrio · Inferior: linha horizontal sobre processo xifoide · Lateral D: borda paraesternal D · Lateral E: LAAE · Realizada de urgência se: hemotórax maciço (> 1500 ml) com instabilidade, tamponamento cardíaco, pneumotórax aberto, lesão traqueobrônquica com IRpA grave, perfuração esofageana, trauma abdominal extenso associado a trauma torácico penetrante · Indicação de toracotomia de ressuscitação: PCR em AESP/assistolia/FV, em doentes com ferimentos torácicos penetrantes, na presença de cirurgião habilitado (pela 10ª ed do ATLS, também pode ser feita em trauma fechado nestas mesmas condições) · Segundo Sabiston,é indicada nos pacientes com PCR traumática vitimas de trauma torácico penetrante e com algum sinald e vida (reação pupilar, esforço resp espontâneo, atividade elétrica cardíaca organizada no ECG · Pericardiotomia é uma manobra que pode ser feita na toracotomia de emergência · Videotoracoscopia – indicações: hemotórax retido; pneumotórax persistente em pacientes hemodinamicamente estáveis, contusões e ferimentos precordiais, ferimentos na zona de transição tóraco-abdominal, corpos estranhos no tórax, ferimentos transfixantes de mediastino; empiema pleural · Causas possíveis de PCR pós trauma penetrante: tamponamento cardíaco (principalmente em ritmo de AESP); pneumotórax hipertensivo; hemotórax maciço; hipoxemia grave; contusão cardíaca grave; Ruptura de esôfago · Ocorre mais em traumas muito direcionados, mas sua principal causa édecorrente a iatrogenia, principalmente de procedimentos médicos · Diagnóstico: exames contrastados, EDA · Suspeita: presença de mediastinite (mais temida), dor precordial (DD de exclusão) – muito variável, pode ter febre, DP, pneumomediastino (na ausência de fraturas de costelas) · O barotrauma do esôfago tende a ocorrer no esôfago distal à esquerda Trauma diafragmático · Na maior parte é silenciosa, quase nunca seu diagnóstico é feito no dia da lesão, ocorrendo a maioria no lado esquerdo · Pode fazer hérnia diafragmática · Diagnóstico imediato: rotura da hérnia · De conduta cirúrgica, sendo a maioria pela via abdominal Pneumomediastino · É o ar no espaço pericárdico/ mediastinal, geralmente por escape de alguma VA não coberta por pleura (traqueia, brônquios...) ou traumas que não foram suficientes para romper sínfise pleural · Diagnóstico: broncoscopia ou toracotomia (instabilidade) · Suspeita lesão traqueobrônquica: hemoptise, enfisema SC (toracocervical), pneumotórax hipertensivo, falha na reexpansão pulmonar após toracostomia · Pode fazer IOT seletiva Contusão miocárdica · Paciente pode apresentar fratura esternal ou de arcos costais, escoriações torácicas, desconforto torácico · Clínica: hipotensão, arritmias, alterações na mobilidade da parede cardíaca e ECG (alt seg ST, FA, taqui sinusal – na sua presença, monitoração por pelo menos 24hl) · Fratura de costela é a lesão torácica mais comum devido a trauma contuso
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