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Dhara Martins / @acadmedi Trauma torácico Esse trauma é muito frequente e representa uma importante causa de morte. Pode ser fechado ou contuso (mais comum, eventos de trânsito) e o penetrante). Consequências fisiológicas do trauma torácico: hipoxia, hipercarbia e acidose. A avaliação inicial: avaliação primária com ressuscitação das funções vitais, avaliação secundária detalhada e cuidados definitivos. As Lesões com risco iminente de morte: pneumotórax hipertensivo, pneumotórax aberto, hemotórax maciço, tamponamento cardíaco e lesão de arvore traqueobrônquica. A maioria das lesões torácicas com risco de vida pode ser tratada com controle da via aérea, descompressão do tórax com uma agulha e toracostomia com selo d’água (500ml de água no frasco e faço a diferença para saber a qtd que drenou). IDENTIFICAÇÃO DA LESÃO TORÁCICA: Taquipneia, desconforto respiratório, hipóxia, alterações na ausculta e na percussão, desvio da traqueia e deformidade da parede torácica. DOENÇA DEFINIÇÃO/FISIOPATOLOGIA CLÍNICA Dx CONDUTA Pneumotórax hipertensivo ▪ Acúmulo de ar sob pressão no espaço pleural (válvula unidirecional). ▪ O mediastino é deslocado para o lado oposto diminuindo o retomo venoso e comprimindo o pulmão contralateral → eterminando uma queda do débito cardíaco → choque obstrutivo; ▪ Etiologia: ventilação mecânica com pressão positiva em doentes com lesão da pleura visceral; pode ser uma complicação de um pneumotórax simples ou após tentativas mal direcionadas de inserção de cateter venoso central. ▪ Hipotensão, taquicardia, distensão jugular, MV ausente, hitimpanismo, ▪ Elevação do hemitórax, "sensação de fome-de- ar" (pct respirando espontaneamente), ▪ Dor torácica, dispneia, desconforto respiratório; desvio da traqueia para o lado contrário da lesão. ▪ Clínico e e-Fast. ▪ Não precisa de raio X. ▪ Descompressão imediata (punção de alívio) inserindo-se rapidamente um jelco 14 no 5º espaço pleural anterior a linha médio axila. ▪ Após isso é obrigatório a drenagem torácica em selo d'água no 5º EIC na linha axilar media na borda superior da costela; Pneumotórax aberto ▪ O pneumotórax aberto é provocado por grandes ferimentos da parede torácica (pelo menos dois terços da luz traqueal) que permanecem abertos. ▪ Dor, dificuldade respiratória, taquipneia, MV diminuidos e movimento ruidoso do ar através da parede torácica do lado afetado, hipertimpanismo. ▪ TTO inicial: feche imetamente o ferimento com um curativo oclusivo estéril, de três pontoss para produzir um efeito de válvula uni direcional; ▪ Assim que possível, um dreno de tórax deve ser inserido longe do ferimento depois reconstrução cirúrgica da parede torácica; Hemotórax maciço ▪ É o acúmulo > 1500 mL de sangue ou um terço ou mais de volume de sangue quando drenado inicialmente, causando hipotensão e choque. ▪ Etiologia: ferimentos penetrantes que dilaceram os vasos sistêmicos ou hilares. Trauma contuso. ▪ Hemotórax pequeno – 300 a 500mL ▪ Hemotórax médio – 500 a 1500mL ▪ Hemotórax maciço – acima de 1500mL ▪ MV diminuidos ou ausentes, maciço, jugulares colabadas, choque. ▪ Clínico não precisa de raioX. ▪ Inicialmente por reposição do volume sanguíneo (infusão de cristaloide) e descompressão da cavidade torácica com drenagem pleural (toracocentese), simultaneamente. ▪ Para o cálculo da reposição total de fluidos: deve-se contabilizar o volume de sangue perdido imediatamente após a drenagem acrescido do volume que continua drenando a seguir. ▪ Técnica: Insere-se um único dreno de tórax (n o 36 ou 40 French no 5EIC) geralmente ao nível do mamilo, Dhara Martins / @acadmedi anteriormente à linha axilar média, e continua-se com a reposição volêmica rápida à medida que se completa a descompressão da cavidade torácica. ▪ Se suspeita de hemotórax maciço → autotransfusão ▪ Indicações de toracotomia: Se o volume drenado imediatamente for de aproximadamente >1500 mL; ou quando a drenagem for maior que 200mL/h durante 2 a 4 horas ou quando tornar-se necessária a transfusão contínua de sangue. Estado hemodinâmico. Tamponamen to cardíaco ▪ É a compressão do coração por acúmulo de líquido no saco pericárdico → resultando em diminuição do DC devido a diminuição do fluxo de entrada para o coração. ▪ Etiologia: ferimentos penetrantes (mais comum), trauma contuso. Cavidade mais lesada – VD (pq ela é, mas anterorizada ao esterno) ▪ Pulso paradoxal – diminuição da PA>10 mmHg na inspiração espontânea. ▪ tríade de Beck (nem sempre presente): elevação da pressão venosa (estase jugular), diminuição da pressão arterial e abafamento das bulhas cardíacas (hipofonese). ▪ MVs estão presentes, pode estar presente o sinal de Kussmaul (aumento da pressão venosa na inspiração durante a respiração espontânea) ▪ Janela pericárdica, FAST, ecocardiograma, a avaliação e a janela pericárdica ▪ Pericardiocentese (ultimo caso), janela pericárdica a toracotomia de emergência ou a estenotomia. Pericardiocentese subxifoídea ▪ É diagnóstica e terapêutica, mas não é tratamento definitivo. Se disponível usar o USG. ▪ Método: Agulha (com jelco abocath 14) subxifoidea em 45º em relação ao ombro contralateral com muito cuidado, pq se eu ao invés de estar com a agulha apenas no espaço pericárdio e eu fizer uma punção no miocárdio eu vou fazer arritmias então eu preciso que o pct fique sendo monitorizado. Quando puncionado é aliviado em torno de 50ml e já dar um grande alívio. Se eu tiver arritmias eu tiro um pouco a agulha. Depois eu tiro a agulha e deixo apenas o silicone do abocath com uma torneirinha, para caso eu precise aliviar novamente o pct. Lesão da árvore traqueobrôn quica ▪ Condição incomum, mas potencialmente fatal; ▪ A intubação pode provocar ou piorar a lesão ▪ Mecanismos de lesão: As desacelerações abruptas, seguidas de trauma contuso, produzem ferimentos na intersecção de um ponto fixo com um segmento móvel da árvore brônquica. As explosões produzem ferimentos graves na interface ar-fluido. ▪ Hemoptise, enfisema subcutâneo cervical, pneumotórax hipertensivo e/ou cianose; ▪ A expansão incompleta do pulmão e uma fístula aérea de alto débito após a drenagem torácica sugerem urna lesão traqueobrônquica. ▪ Broncoscopia. ▪ Cirurgia ▪ Lesão laringotraqueal → lesão rara. Pct tiver a marca do cinto de segurança, além disso haverá rouquidão e enfisema de subcutâneo – ar extravasando. Realizar avaliação primária (ABCDE). Dhara Martins / @acadmedi AVALIAÇÃO SECÚNDARIA: LESÕES TORÁCICAS POTENCIAMENTE LETAIS DOENÇA DEFINIÇÃO/FISIOPATOLOGIA CLÍNCA DX CONDUTA Pneumotórax simples ▪ O pneumotórax resulta da entrada de ar no espaço virtual entre a pleura visceral e a parietal. ▪ Tanto o trauma penetrante como o fechado podem causar pneumotórax. ▪ Pct com pneumotórax traumático ou que tenham risco de desenvolver um pneumotórax hipertensivo no transoperatório, não devem ser submetidos a anestesia geral ou a ventilação com pressão positiva até que tenham seu tórax drenado. ▪ Avaliar: exame físico detalhado do tórax quanto a equimoses, lacerações e contusões. ▪ MV está diminuído no lado afetado e a percussão demonstra hipertimpanismo. ▪ Clínica + imagem. Pulmão E colabado, não está expandido. Não tem mediastino desviado, logo é pneumotórax simples. ▪ Inserção de um dreno de tórax no quarto ou quinto espaço intercostal, anteriormente à linha axilar média. ▪ Adaptar a um sistema de selo d'água com ou sem aspiração, é necessária uma nova radiografia de tórax para confirmar a reexpansão pulmonar. Contusão pulmonar ▪ É a lesão mais comum e letal. ▪ É uma lesão no pulmão causada por um trauma torácico. Sangue e outros fluidos acumulam-se no tecido pulmonar, interferindo na ventilação e levando potencialmente à hipoxia,edema (logo não posso hidratar muito). ▪ A contusão pulmonar pode ocorrer sem fraturas de arcos costais ou tórax instável (retalho costal móvel), particularmente em doentes jovens com arcos costais ainda não calcificados por completo ▪ A insuficiência respiratória pode ser pouco evidente e desenvolver-se não imediatamente, mas progressivamente. Tórax Instável (Retalho Costal Móvel) ▪ Fratura de pelo menos 2 costelas consecutivas, em 2 ou mais lugares. ▪ Clínica: respira com dificuldade e o movimento do tórax é assimétrico e descoordenado. Apalpação de movimentos respiratórios anormais e de crepitação decorrente de fraturas de arcos costais ou de cartilagens ajuda no diagnóstico. ▪ Analgesia (dipirona, opioide), fisioterapia respiratória intensiva e restrição volêmica (balanço hídrico negativo) Lesões Torácicas por Esmagamento → Síndrome do esmagamento – síndrome da veia cava superior: pletora, edema pulmonar, petéquias – porque ele tem uma dificuldade de retorno venoso e os esmagamentos são causas relacionadas. É necessário um diagnóstico preciso para resolver a causa. Drenei e o pulmão não expandiu totalmente? - Mau posicionamento do dreno, dreno fechado, fistula brônquica. - Realizar o segundo dreno, aspiração intermitente. Dhara Martins / @acadmedi → PNEUMOTÓRAX SIMPLES – Técnica - É uma pequena cirurgia. - Assepsia, anestesia local (no 4, 5 EIC na linha hemi axilar anterior e media, geralmente na altura do mamilo). -Anestesia até a pleura. Dissecção com o cleire, bate na costela. Atenção: abaixo da costela tem-se um feixe vasculonervoso, e sangra muito e doi, logo vc vai entrar na borda superior da costela inferior. Abro e fecho e saio o cleire ... e fura a pleura, que geralmente o ar sai. Depois coloca o dedo para sentir o pulmão colabada, ver se tem hernia diafragmática por um trauma. Introduzo o dreno para cima e para atras e introduz todo o dreno até o último orifício, fixo e ligo ele no selo d’agua. → PNEUMOTÓRAX HIPERTENSIVO - Diferença entre ele e o simples: eu tenho tanto ar na cavidade pleural, que ele tá empurrando o coração, que fica apertado e não consegue bombear. Paciente fica hipotenso. - Inicia com a toracocentese de alívio (descompressão torácica); - Técnica: no 2º espaço intercostal, na linha hemiclavicular; Espeto o calibre nessa região e faz “psssss”. O pneumotórax que era hipertensivo, se torna um pneumotórax simples, tirando meu doente da urgência. - Posteriormente: drenagem do tórax no quarto ou quinto espaço intercostal, linha axilar anterior ou média.
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