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ABSTRACIONISMO
"Suíte Santa Fé" (2010)ː uma pintura abstrata de Bill Barret
Abstracionismo é um movimento artístico vanguardista em que a representação da realidade é feita de maneira desconstruída, com o uso de cores, linhas e formas abstratas.
Também chamado de Arte Abstrata, há registros desta forma de arte desde a pré-história. Mas o conceito de Abstracionismo foi consolidado no início do século XX, com o início do movimento liderado por Wassily Kandinsy.
Composição 8, uma das obras de Kandinsky (1923).
A chegada do movimento abstracionista rompe de uma vez com toda e qualquer referência concreta. Tudo é abstração nas obras, como se estivessem criando uma realidade paralela, um universo autônomo abstrato em que as linhas, formas e cores não são o que se vê. 
Esta ideia pode ser sintetizada na frase de Kandinksy, "criar uma obra de arte é criar um mundo".
O movimento abstracionista tem grande influência entre os artistas dos séculos XX e XXI, envolvendo dentro do conceito de Arte Abstrata outras correntes artísticas como o Expressionismo, Cubismo, Dadaísmo, Futurismo, Surrealismo e Neoplasticismo.
Wassily Kandinsy, Piet Mondrian, Jackson Pollock, Paul Klee e Robert Delaunay.
O artista japonês radicado em São Paulo Manabu Mabe foi o precursor do abstracionismo no Brasil, seguido por Tomie Ohtake, Cicero Dias e Antonio Bandeira.
Principais artistas do Abstracionismo
Características do Abstracionismo
•	Representação do mundo desligada da realidade visível
•	Negação do figurativo e da imitação do mundo
•	Desconstrução das figuras naturais
•	Simplificação da forma
•	Inovação no uso da cor
•	Rejeição da perspectiva
•	Oposição à iluminação convencionalmente retratada
Contexto histórico do Abstracionismo
O movimento do abstracionismo surgiu em contraposição à noção de arte e beleza renascentista, ainda vigente na época. No renascimento, o talento do artista era medido pela sua capacidade de reproduzir com a maior verdade possível o mundo à sua volta.
Há autores que também defendem que a popularização da fotografia, no final do século XIX, contribuiu para o surgimento da arte abstrata, já que não era mais preciso que a arte atuasse enquanto uma imitação do mundo.
Abstracionismo Informal
Dentro do Abstracionismo, uma vertente identificava-se mais com a transmissão de sentimentos e emoções através da arte. O que ficou conhecido como Abstracionismo Informal, ou Abstracionismo Expressivo, ou ainda Abstracionismo Lírico. Os artistas identificados com este grupo trabalhavam ainda mais sua subjetividade, traduzindo uma forte carga emocional nas obras por meio de cores e formas livremente interpretadas, por instinto. Seu maior representante foi o pintor russo Wassily Kandinsky.
Contexto histórico do Abstracionismo
Os impressionistas do fim do século XIX e começo do século XX, como Monet, que já haviam começado a busca pela representação do universo por outros olhares. A preocupação dos impressionistas era com a luminosidade, muito mais do que a perfeita impressão dos objetos ou pessoas representadas.
No começo do século XX despontam dois estilos que começam a quebrar com a ideia da imitação da natureza, abrindo espaço para o avanço e consolidação da arte abstrata. O Fauvismo de Henri Matisse dedicava-se à simplificação das formas e um apurado estudo de cores. O Dadaísmo de Pablo Picasso e Georges Braque decompunha a perspectiva das cenas e usava de figuras geométricas na representação dos elementos da natureza.
Abstracionismo Geométrico
Enquanto o Abstracionismo informal preocupava-se com a emoção, o foco do Abstracionismo Geométrico era a forma. Os elementos das obras, suas cores e linhas, formavam composições geométricas. O artista que mais se destacou dentro desta vertente foi o holandês Piet Mondrian.
Wassily Kandinsky
Pioneiro do Movimento Abstracionista, Wassily Kandinsky foi um pintor russo que apesar da formação no curso de Direito pela Universidade de Moscou, demostrou grande interesse e inclinação para Artes Visuais após conferir uma exposição de pintores impressionistas e ficar deslumbrado por aquelas pinturas.
Composição 8, uma das obras de Kandinsky (1923).
Kandinsky nasceu em Moscou, Rússia, no dia 16 de dezembro de 1866, foi educado pela tia em função da separação dos pais, passando grande parte da infância em Odessa, na Ucrânia. 
Formou-se em Direito pela Universidade de Moscou, mas desistiu da profissão, recusando um cargo de assistente na faculdade de Direito. Em seguida, mudou-se para Munique em 1896, casado com Anya Chimiakin, onde iniciou seus estudos de pintura.
O Cavaleiro Azul
Almanaque Der Blaue Reiterde 1912, capa de autoria de Wassily Kandinsky.
Em maio de 1901, Kandinsky fundou juntamente com outros artistas a Sociedade Artística Phalanx onde lecionou na escola fundada pela sociedade. Gabriele Münter foi uma de suas alunas que mais tarde viria a ser sua esposa.
Kandinsky, no começo da carreira, deu preferência pela pintura de paisagens ao ar livre em detrimento a pintura realista de modelos vivos, mostrando nítida influência do impressionismo. 
No início do século XX, iniciou seus primeiros estudos não figurativos após um grande processo de evolução pictórica. Kandinsky foi considerado o primeiro pintor do ocidente a produzir pinturas abstratas. A partir daí suas telas sofrem grande influência do abstracionismo, perdendo as definições e contornos figurativos. 
Outra influência em seu trabalho foi à música, suas primeiras pinturas deixavam transparecer um toque musical, salientando as tendências abstratas.
Junto com August Macke e Franz Mare, em 1911, formou o grupo “O Cavaleiro Azul”, que se mantem até 1914. Suas pinturas nesse período já remetem ao abstracionismo rompendo com a representação do objeto na pintura. Nessa mesma época Kandinsky lança o livro Do Espiritual na Arte, onde expõe suas ideias estéticas.
Com a chegada da Primeira Guerra Mundial em 1914, Kandinsky deixou a Alemanha e seguiu para a Suíça, acompanhado de sua atual esposa Gabriele Münter. Tempos mais tarde, ainda sob as consequências da guerra, o artista voltou a Rússia, retornando a Alemanha somente em 1921, separado de Münter e acompanhado da russa Nina de Andreewsky.
Kandinsky foi professor da Bauhaus, escola alemã de design, arte e arquitetura. O artista, sempre conectado com as vanguardas europeias, lecionou na escola até seu fechamento pelo governo nazista em 1933. Após o fechamento da escola, Kandinsky seguiu para Paris onde permaneceu até sua morte, adotando nacionalidade francesa.
Mesmo doente, o artista produziu até o fim de sua vida. Kandinsky morreu no dia 13 de dezembro de 1944, na França, aos 78 anos de idade.
Jackson Pollock
Em 2012 completou-se 100 anos do nascimento de Jackson Pollock, um dos mais importantes pintores norte-americanos. Apesar de sua fama e reconhecimento, Pollock sempre foi alvo de críticas pelos que não conseguem lidar com uma arte extremamente provocativa - inclusive na atualidade. A obra de Pollock não fica apenas para a história da criação artística, mas também para a história da forma como encaramos as obras de arte deste último século.
Jackson Pollock (28 de janeiro de 1912 — 11 de agosto de 1956) iniciou seus estudos de artes em Los Angeles. Teve contactos com os nativos americanos e posteriormente mudou-se para New York, onde trabalhou no atelier experimental do artista mexicano David Alfaro Siqueiros. Todos elementos que irão influenciar sua produção.
Se em seus primeiros trabalhos o figurativo é o foco de sua produção, o inicio da ruptura se deu nos anos 1940, quando Pollock começa a tentar novas técnicas de pintura. A experimentação já estava presente em seu espirito, como percebemos em seus trabalhos ainda figurativos: o traço livre quase caótico, a dispersão da lógica e a busca de uma essência. Logo a tela convencional não era mais suficiente para Pollock, que, além de derramar tinta sobre suas obras aleatoriamente – dripping -, passaa colocá-las no chão de seu atelier. A partir daí, o artista começou a entender sua produção sob outra vertente: “A pintura tem vida própria. Procuro deixar que ela se manifeste.”
O dripping era a técnica na qual respingava a tinta sobre suas imensas telas; os pingos escorriam formando traços harmoniosos e pareciam entrelaçar-se na superfície do suporte. Essa ação foi possibilitada em muito pelas tintas sintéticas à base de resina, uma novidade no período. Ao desenvolver essa técnica, Pollock passou a utilizá-la quase que exclusivamente - de 1947 a 1950 -, fazendo uso de ferramentas não convencionais, como varas, escovas duras e até seringas, regando para criar.
Esses trabalhos de Pollock estão ligados à action painting – estilo que teve suas primeiras experimentações na primeira metade do século XX em Nova York, resultado das pesquisas dos surrealistas e de seus processos de pintura automática, e que sofreu influência da arte japonesa e chinesa. Mas foi com Pollock que o estilo ganho maior expressão. 
Com a tela no chão, Pollock não só se colocava, mas sentia-se dentro do quadro, caminhando sobre ele e pintando em redor – em várias obras encontram-se resíduos de sangue de seus pés, cortados acidentalmente. A sua inserção em sua produção é tamanha que levou Hans Namuth – fotográfo alemão - a filmá-lo e fotografa-lo durante o processo. Apesar do trabalho de Namuth ser uma obra à parte, esses registros nos possibilitam penetrar e compreender o processo criativo de Pollock, como ele afirma em um dos trechos do filme:
“Não trabalho a partir de desenhos ou esboços em cores. Minha pintura é direta. (...) O método de pintar é o resultado natural de uma necessidade. Quero expressar meus sentimentos, e não ilustrá-los. A técnica é apenas um meio de chegar a uma declaração. Quando estou pintando, tenho uma ideia geral do que estou fazendo. Posso controlar o fluxo da pintura: não há acidentes, assim como não há começo nem fim.”
Percebemos como suas pinturas operam na esfera do inconsciente e os elementos presentes nelas são prolongamentos do eu do artista. Pollock desafiou as convenções da pintura ocidental – que pensava a pintura verticalmente – e transformou o pintar em um ato quase performático, tratando o próprio corpo como um instrumento de pintura, explicitando o ato físico de pintar e ampliando as dimensões de ação do corpo dentro da pintura.
Pollock mesclou o controle e o descontrole no ato de criação de cada obra: se cada movimento de seu corpo é pensado e controlado, o mesmo não ocorre com a tinta que cai e escorre sobre a tela. Com suas obras, Pollock obrigou – e ainda obriga – o observador a refletir sobre a pintura além da representação – tanto que ele abandonou a titulação de suas obras e apenas as numerava, afastando preconcepções.
“Minha pintura não vem do cavalete. Dificilmente estendo minha tela antes de pintar. Prefiro abri-la numa parede ou no chão. Preciso da resistência de uma superfície dura. No chão estou mais à vontade. Sinto-me mais próximo, mais parte da pintura, pois desta forma eu posso andar em torno dela, trabalhar dos quatro lados e estar literalmente na pintura. Esse método assemelha-se ao método dos pintores de areia índios do Oeste. (...) Quando estou em minha pintura, eu não estou ciente do que estou fazendo. Só depois de uma espécie de período de "conhecimento" é que vejo o que estive fazendo. Não tenho medo de fazer mudanças, destruindo a imagem, etc., porque a pintura tem uma vida própria. Procuro deixar que esse mistério se releve. Só quando perco o contato com a pintura é que o resultado é confuso. Caso contrário, há harmonia pura, um dar e tomar livre, e a pintura sai bem.”
 Jackson Pollock, Minha Pintura (1947/48)

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