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AVC HEMORRÁGICO -Conceito: AVC hemorrágico é um sangramento no interior do parênquima encefálico que constitui uma emergência médica. Seu quadro clínico pode variar de uma cefaleia leve ao coma. - Constitui ~20% dos AVCs. - Elevada morbidade e mortalidade - 1/3 dos pacientes morre em 30 dias - Apenas 20% recupera a independência funcional após 6 meses. - Maior incidência nos países em desenvolvimento. FATORES DE RISCO · HAS PA Diastólica>110 ou PAS > 60: aumenta em 5 vezes a chance de um AVC hemorrágico. · IDADE: ADULTOS JOVENS: malformações vasculares (aneurismas, malformações arteriovenosas e angiomas cavernosos) e uso de drogas (lícitas e ilícitas:mentafetamina e cocaína) IDOSOS: HAS se destaca como principal fator etiológico. IDOSOS NÃO HIPERTENSOS: angiopatia amilóide cerebral · ETILISMO · BAIXA ESCOLARIDADE · FATORES GENÉTICOS · USO DE ANTICOAGULANTES: Tem-se observado uma frequência maior de AVCh relacionado à recente indicação de tratamento trombolítico na fase aguda de AVCi e crescente utilização de anticoagulantes na prevenção de eventos cerebrais cardioembólicos . FISIOPATOLOGIA AVC HEMORRÁGICO HIPERTENSIVO · Diferença de pressão entre grandes vasos e pequenos vasos (vasos perfurantes) gerando uma necrose da parede do vaso (necrose fibrinoide) num processo chamado Lipo-Hialinose. Essa situação fragilisa a parede do vaso e provoca aneurismas, chamados de aneurismas de Charcot- Bouchard. Tais dilatações tornam os vasos mais propensos a rompimentos e hemorragias. (o que causa essa diferença de pressão entre os grandes e pequenos vasos???) · Localizações típicas do AVC hemorrágico: Mnemômico: “Não Tem Pressão Controlada” ANGIOPATIA AMILOIDE -Deposição de proteína beta-amiloide na parede dos vasos, levando à sua fragilidade e sangramento. -Esse processo acontece nos vasos que vêm das leptomeninges, ou seja, vasos mais superficiais/corticais. Logo, as hemorragias serão lobares.Figura 1 TC: hemorragia intraparenquimatosa - Mais comum em Idosos. CAUSAS SECUNDÁRIAS · Discrasias sanguíneas: quadros no qual o sangue não coagula de modo adequado. Ex: Hemofilia. · Malformações arteriovenosas · Trombose venosa cerebral · Neoplasias · Aneurisma micótico/infeccioso: êmbolos infecciosos que se fixam a uma artéria cerebral e fragiliza a parede. Tendo sua etiologia em uma infecção bacteriana, fúngica ou até mesmo viral. Ex: êmbolo micótico da endocardite infecciosa. QUADRO CLÍNICO · Hemiparesia · Hemi-hipoestesia · Disartria · Afasia · Ataxia · Alteração de nervos cranianos · Alteração de campo visual · Déficit focal diretamente relacionado à localização afetada pela hemorragia DÉFICIT NEUROLÓGICO DE INÍCIO AGUDO OBS: é impossível diferenciar um AVCi de um AVCh apenas pela clínica. Contudo, sinais de hipertensão intracraniana são específicos de AVCh: CEFALEIA, NÁUSEAS/VÔMITOS, ALTERAÇÃO DO NÍVEL DE CONSCIÊNCIA.Figura 2 Hemorragia PONTINA: região típica de AVCh. DIAGNÓSTICO · SANGUE: Hemograma, TP(INR), TTPa, eletrólitos, função hepática, função renal e exame toxicológico, quando necessário. · TC: hiperatenuação de alguma área específica. · RESSONÂNCIA · ARTERIOGRAGIA Figura 3 TC sem contraste: malformação arteriovenosa. Figura 5 RM e ARTERIOGRAFIA de malformação congênita. Figura 4 TC com contraste: malformação arteriovenosa. ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO Utilizada para estimar o risco de mortalidade do indivíduo. Mnemônico da estratificação de risco: Volume Idade Glasgow Inundação ventricular Localização TRATAMENTO · A: VIAS AÉREAS · B: VENTILAÇÃO · C: CIRCULAÇÃO · Exame físico geral e neurológicos direcionados · TC: definir localização, volume e presença de acometimento ventricular · Pressão Arterial Sistólica < 140 mmHg Deve-se evitar hipertensão e hipotensão. · Cirúrgico: hemorragia cerebelar com rebaixamento do nível de consciência, inundação intraventricular, hematomas lobares volumosos. · Tratamento das causas bases: retirada das MAV. · Nunca utilizar corticoide e droga antiepiléptica profilática no AVC hemorrágico. // Utilizar apenas nos casos que apresentem hemorragia intraventricular ou subaracnóide associadas.??? · OBS: HEMORRAGIA CEREBRAL INDUZIDA- DEVE-SE REVERTER A ANTICOAGULAÇÃO HEPARINA SULFATO DE PROPAMINA WARFARINA VITAMINA K HEMORRAGIA INTRAPARENQUIMATOSA · Surgem da ruptura de artérias perfurantes. · AS HIP Hipertensivas são mais frequentemente localizadas na profundidade dos hemisférios cerebrais , sendo mais comum no putâmen e tálamo, podendo também exibir topografia lobar, cerebelar, pontinha e no núcleo caudado. · O efeito tóxico do sangue sobre o parênquima cerebral, associado â compressão feita pelo edema, gera sofrimento isquêmico na chamada HIP (Área de Penumbra Isquêmica). · Hemorragia talâmica e do núcleo caudado podem se estender para o sistema ventricular, assim como hematomas extensos putaminais e lobares. · A hemorragia talâmica pode gerar hidrocefalia não comunicante ao obstruir o aqueduto de Sylvius (liga 3º ao 4º ventrículo). Por que o AVCh é mais grave que o AVCi? R: O AVCh leva a um quadro de Síndrome Hipertensão Intracraniana, quadro muito grave. Clínica: Cefaléia intensa seguida dos sinais de HIC - cefaléia, vômito e alteração do nível de consciência HEMORRAGIA SUBARACNÓIDE
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