Prévia do material em texto
Embriologia Veterinária Fecundação/Fertilização: · Ocorre na tuba uterina; · Espermatozoides são atraídos até o oócito por fatores de quimiotaxia; ** Corona radiada: camada mais externa do ovócito; ** Zona pelúcida: segunda camada do ovócito, há presença de receptores; ** Membrana plasmática do ovócito; Capacitação espermática: · Proteínas e carboidratos recobrem a cabeça dos espermatozoides (receptores), formado no epidídimo; · Plasma seminal: camada a mais nos receptores; · Capacitação ocorre no trato genital feminino, duração de mais ou menos 4 a 6 horas; · Retiram os receptores do espermatozoide. · Retirada de componentes que recebem a cauda do espermatozoide = hiperativação espermática = mudanças no padrão do batimento flagelar que facilitam a penetração dos espermatozoides através dos diversos envoltórios dos oócitos = modificação no acrossomo = exposição dos receptores de membranas da célula espermáticas. Zona pelúcida: · Formada por glicoproteínas: ZP1, ZP2 e ZP3; · Semipermeáveis; · Possui receptores para fixação dos espermatozoides; · ZP3: estrutura variável entre as espécies. Reação acrossômica: · Fusão da membrana plasmática do espermatozoide com a membrana externa do acrossomo e vesiculação (vesículas que contem enzimas); · Ocorre após a ligação do espermatozoide com a zona pelúcida; · Os acrossomos consiste de um capuchão que contem enzimas hidrolizantes: · Hialuronidade = desdobramento do ácido hialurônico componente da matriz celular das células da granulosa que envolve o oócito · Acrosina = enzima proteolítica que digere a cobertura acelular que envolve o oócito. Bloqueio à polispermia: · Após a penetração do espermatozoide: · Liberação de glândulos+ citoplasmáticos pelo óvulo · Alterações na natureza química da zona pelúcida = polispermia · Fusão da membrana celular do espermatozoide com a membrana vitelínica = segunda divisão meiótica = segundo corpúsculo polar Resumindo: Fases da fecundação: 1. Passagem do espermatozoide na corona radiada; 2. Interação com a zona pelúcida e reação acromossômica; 3. Bloqueio à polispermia (não permite que mais espermatozoides entrem no oócito também); 4. Fusão das membranas plasmáticas (oócitos + espermatozoides) = cabeça e cauda do espermatozoide entram (membrana não); 5. Termino da 2ª meiose do oócito: formação pro-núcleo feminino e 2º CP 6. Formação pró-núcleo masculino (núcleo aumenta e a cauda se degenera) 7. Lise da membrana dos pró-núcleos: junções e formação do zigoto. Clivagem: · Processo que consiste em repetidas divisões mitóticas do zigoto, o que leva ao rápido aumento do numero de células; · Estas células, os blastômeros, tornam-se menores a cada divisão; · Enquanto isso, a parede da tuba uterina vai contrair empurrado (com auxilio de cílios) e o zigoto vai em direção ao útero. Desenvolvimento embrionário: Zigoto sucessivas divisões mitóticas mórula blastêmeros Blastômeros em diferentes estágios de divisão: Classificação morfológica dos embriões: Blastocisto expandido: ** trofoblasto: dão origem aos anexos embrionários ** massa celular interna ou embrioblasto: gera o embrião Nidação/Implantação: · O blastocisto permanece solto na cavidade uterina durante cerca de dois dias. Neste período, a zona pelúcida degenera e há saída do blastocisto de dentro deste envoltório (eclosão do blastocisto); · Sem a zona pelúcida, o blastocisto aumenta seu tamanho rapidamente. O embrião é banhado e nutrido pelo leite uterino. Por volta do sexto dia, o blastocisto, pelo polo embrionário, estabelece contato com o epitélio da parede uterina. · Ocorre então a implantação (nidação) do blastocisto na parede do útero, para estabelecer um contato com o sangue materno para que as células dele recebam oxigênio, nutrientes para poder continuar com a proliferação! · Após a dissolução da ZP contato físico entre o trofoblasto e o endométrio Gastrulação: · Processo que determina a formação dos eixos corporais e também tem-se a formação dos folhetos germinativos, os quais darão origem a diferentes órgãos e tecidos. Folhetos germinativos ou embrionários: Lâmina celulares que na organogênese darão origem aos tecidos e órgãos. ECTODERME MESODERME ENDODERME Folheto mais externo Situa-se entre a ectoderme e endoderme Folheto mais interno Epiderme e anexos (pelos, unhas, glândulas sebáceas e sudoríparas) Sistema nervoso Derme Sistema muscular Sistema esquelético Sistema cardiovascular Sistema urogenital Revestimento interno no sistema digestório e anexos (glândulas salivares, fígado, pâncreas) Sistema respiratório Revestimento interno da bexiga Tecido epitelial e tecido nervoso Tecidos epiteliais Tecido muscular Tecidos conjuntivos Tecido epitelial Organogênese: · É a parte do processo de desenvolvimento embrionário no qual os três folhetos germinativos (ectoderme, mesoderme e endoderme) se diferencial e dão origem aos órgãos internos do organismo. Neurulação (parte da organogênese): Anexos embrionários: · Estruturas que surgem a partir dos folhetos embrionários, mas que não fazem parte do corpo do embrião. · Eles desaparecem durante o desenvolvimento e não estão presentes nos adultos. · Classificados: · Cório: membrana mais externa da placenta (contato com o útero materno); · Alantóide: funde-se com o cório (alontocório) contém o líquido alantoideano; · Saco vitelínico: entre o cório e âmnio é um órgão vestigial; · Âmnio: membrana mais interna (contato com o feto) e contém o líquido amniótico. Saco vitelínico: · Estrutura em forma de saco; · Sua principal função é armazenar reservas nutritivas durante o desenvolvimento do embrião; · Nos mamíferos esse anexo é reduzido, pois a placenta assume a função de nutrição do embrião. Alantóide: · Estrutura em forma de saco ou vesícula, ligada a parte posterior do intestino do embrião; · Sua principal função é remover e armazenar excretas produzidas pelo metabolismo do embrião. Âmnio: · É uma fina membrana que envolve o embrião delimitando uma cavidade preenchida pelo líquido amniótico; · Sua função é evitar o ressecamento do embrião e o protege contra choques mecânicos; · Surgiu pela primeira vez nos répteis e é uma importante adaptação à vida no meio terrestre. Protege o embrião da dessecação e torna a reprodução independente da presença de água. Cório: · É anexo mais externo: envolve e protege os demais anexos; · Nos mamíferos, o córion se une ao alantóide formando a placenta. Cordão umbilical: · Exclusivo dos mamíferos; · Ligação entre o feto e a placenta materna; · Cordão umbilical = alantoâmnio + alantocório + saco vitelínico + vasos; Vasos: garantem a nutrição e respiração do embrião (2 artérias + 1 veia). Líquido Amniótico e Alantoideano: · Protege o feto contra traumas, desidratação e variações da temperatura; · Permitir movimento e crescimento fetal; · Manter a pressão osmótica do plasma fetal; · Evitar aderências da membrana amniótica ao feto; · Ação bactericida; · Armazenar excretas do feto; · Lubrificar a cérvix, vagina e vulva no parto. Placentação: · Processo de desenvolvimento da placenta a partir da justaposição das vilosidades do cório fetal (porção fetal da placenta), com as criptas da mucosa uterina (endométrio); · Placenta fetal: inclui o cório, alantóide, âmnio e vestígios do saco vitelínico; · Placenta materna: porções do endométrio. Classificação da placenta segunda a forma e a área de contato materno-fetal: Espécie Padrão das vilosidades coriônicas Barreira materno-fetal (fluxo sanguíneo materno-fetal) Porca Difusa Epiteliocorial Égua Difusa e microcontiledonária Epiteliocorial Ovelha Cabra Vaca Cotiledonária Epiteliocorial Cadela Gata Zonaria Endoteliocorial Mulher Macaca Discóide Hemocorial 1. Epiteliocorial: equinos, suínos e ruminantes 2. Endoteliocorial: carnívoros 3. Hemocorial: primatas e roedores Classificação da placentados mamíferos: perda de tecido no momento do parto: · Decídua (deciduada): uma porção do endométrio materno é desprendido no parto · Discóide: mulher e roedores · Zonária: carnívoros · Não decídua (adeciduada / não deciduada): pouco ou nenhum tecido materno é perdido na ocasião do parto · Difusa: égua e porca · Cotiledonária: ruminantes Placenta: órgão vascular que liga a mãe ao feto (temporário) realizando o transporte de O2 e nutrientes da circulação materna para o feto e de CO2 e resíduos metabólitos da circulação fetal para a mãe.