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SEMIOLOGIA DO QUADRIL

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SEMIOLOGIA DO QUADRIL 
ANAMNESE 
Além das informações comuns a todos pergunta-se o 
tipo de exercício físico que o indivíduo pratica, além da 
frequência e intensidade buscando possíveis sinais de 
fratura de estresse 
INSPEÇÃO 
Observar paciente caminhando, descalço e desnudo 
Procurar por desvios posturais, contraturas, tipo de 
marcha, cicatrizes e hipertrofias 
PALPAÇÃO 
FACE ANTERIOR 
• Espinha ilíaca antero-superior, trigono femoral 
(passam o nervo femoral, artéria femoral e veia 
femoral), articulação do quadril e ligamento 
iliofemoral 
FACE LATERAL 
• Trocanter maior – inserção do tendão do 
musculo glúteo médio, tubérculo púbico 
FACE POSTERIOR 
• Espinha ilíaca póstero-superior, articulação 
sacroiliaca posterior, tuberosidade isquiática, 
cristas ilíacas, diáfise do fêmur e colo do fêmur 
(área de tensão dos tendões) 
 
 
MOBILIDADE ARTICULAR 
O quadril é uma articulação sinovial do tipo esférica, 
protegida pelos ligamentos iliofemoral, pubofemoral e 
isquiofemoral 
Flexão  0° a 120° = decúbito dorsal, observar desvio 
da linha media 
Extensão  0° a 30° = decúbito ventral 
Rotação interna  0° a 40° = primeiro movimento a se 
perder em problemas articulares 
Rotação extensa  0° a 50° 
Abdução  0° a 50° 
Adução  0° a 30° = capacidade de atravessar a linha 
média 
EXAME NEUROLÓGICO 
GRUPOS MUSCULARES 
• Flexor – iliopsoas 
• Extensor – glúteo máximo 
• Abdutor – glúteo médio 
• Adutor – adutores longo, curto e magno, 
pectíneo e grácil 
Testar força muscular também 
 
 
 
TESTES DE CONTRATURAS MUSCULARES 
TESTE DE ELY – CONTRATURA DO MUSCULO RETO 
FEMORAL 
Em decúbito ventral flexiona-se o joelho passivamente, é 
positivo para contratura do reto da coxa = flexão do 
quadril 
 
TESTE DE OBER – CONTRATURA DO TRATO ILIOTIBIAL 
Em decúbito lateral e com a perna estendida, realiza a 
abdução do quadril 
Positivo quando o paciente não consegue aduzir o quadril 
e refere dor ao tentar realizar – contratura da 
musculatura abdutora 
 
TESTES ESPECIAIS 
TESTE DE TREDELENBURG 
Avalia o glúteo médio 
Paciente em pé e examinador atrás dele palpa as cristas 
ilíacas posteriores e solicita que o paciente flexione um 
dos joelhos e tente manter a posição 
Quando a musculatura contralateral for suficiente, a crista 
ilíaca ipsilateral se elevará 
Se houver insuficiência do glúteo médio observa-se 
queda da crista ilíaca desse mesmo lado por 
incompetência do glúteo contralateral em se contrair e 
elevar a pelve 
 
SINAL DE TREDELENBURG 
Durante a marcha avaliar o glúteo médio – se insuficiência 
do musculo o paciente terá marcha característica 
TESTE DE THOMAS 
Avalia o grau de contratura em flexão do quadril 
Paciente em decúbito dorsal abraçando os membros 
inferiores encostando na barriga as pernas; segura-se 
pelo tornozelo um dos membros tentando estende-lo ao 
máximo até que a pelve comece a se movimentar 
Medir o ângulo entre o membro e a mesa determinando 
o grau de contratura em flexão do quadril 
 
SÍNDROME DO MUSCULO PIRIFORME 
O musculo tem como principal função a rotação externa, 
nervo ciático passa abaixo 
Paciente relata dor na região glútea, com sintomas 
exacerbados pela abdução e rotação interna 
TESTE DE PATRICK 
Decúbito dorsal, paciente faz um 4 com o membro 
inferior sobre o outro 
O examinador apoia uma mão na face medial do joelho 
fletido e outra no quadril oposto e exerce pressão 
Positivo se dor  na virilha = quadril / região posterior 
na sacroiliaca contralateral = doença da articulação 
sacroiliaca contralateral 
 
TESTE DE GAENSLEN 
O paciente fica em decúbito dorsal bem próximo a borda 
da maca segurando com as duas mãos o membro não 
examinado em flexão enquanto o examinador segura o 
membro examinado pelo tornozelo e realiza a extensão, 
provocando estresse na articulação sacroiliaca deste lado 
Se doença na região sacroiliaca – dor 
 
TESTES PEDIÁTRICOS PARA DISPLASIA DO QUADRIL 
SINAL DE ORTOLANI 
Diagnostico de displasia do desenvolvimento no recém-
nascido 
O bebe deve ser colocado em superfície firme, com os 
quadris em flexão de 90°; ao fazer abdução da coxa 
fletida e simultaneamente exercer pressão com o 
indicador e o dedo médio sobre o trocanter maior, 
produz-se um ressalto provocado pela cabeça femoral 
sobre o rebordo posterior ao retornar ao acetábulo 
Conforme a criança cresce, o sinal de ortolani se torna 
negativo – sua presença indica displasia do 
desenvolvimento do quadril 
 
 
SINAL DE BARLOW 
Ambos os quadris são fletidos a 90°; pressiona-se a coxa 
aduzida no lado medial com o polegar e no sentido 
longitudinal, a cabeça femoral instável desloca-se do 
acetábulo. 
Depois, promove-se o retorno da cabeça ao acetábulo 
ao fazer a abdução da coxa e pressionar 
simultaneamente a região do trocanter maior com o 
indicador e o dedo médio da mão do examinador

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