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Apostila GRA0096 INTRODUÇÃO AO PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO unidade_4 FMU 2021

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INTRODUÇÃO AO INTRODUÇÃO AO PLANEJAMENTOPLANEJAMENTO
TRIBUTÁRIOTRIBUTÁRIO
Me. Armindo Aparecido Evangel ista
IN IC IAR
introdução
Introdução
Olá, seja muito bem-vindo(a) à unidade de ensino que trata da introdução ao
planejamento tributário. Nesta unidade você terá uma ótima oportunidade de
conhecer e aplicar alguns conceitos tributários que irão melhorar a sua vida
pro�ssional de tal maneira que fará de você um(a) pro�ssional de destaque
no mercado de trabalho. Importantes são os temas que você irá acompanhar
em nossa unidade de ensino, como destaques temos o imposto simpli�cado
ou SIMPLES; o crédito tributário; os tributos federais sobre a folha de
pagamento das empresas e �nalizamos com a não cumulatividade do PIS e
das COFINS. Os objetivos propostos passam por interpretar as normas
contábeis e a legislação tributária, bem como, sua estruturação, bases
conceituais e ainda calcular e contabilizar esses fatos descritos.
Convidamos você a estar junto conosco nessa jornada que será um grande
avanço em sua vida acadêmica, pessoal  e pro�ssional.
Vamos lá, sucesso e bons estudos!
Antes de comentar algo sobre o Simples precisamos lembrar que ele foi
criado para facilitar a vida das micro e pequenas empresas brasileiras que
representam noventa e sete por cento do total de empresas abertas no País,
com uma grande participação na criação do Produto Interno Bruto (PIB) e
também são responsáveis por gerarem um grande número efetivo de lotação
nos postos de trabalho. Assim, o Simples vem ao encontro de facilitar e
simpli�car a vida dessas empresas no aspecto tributário, ou seja, ao invés
dessas empresas terem a carga tributária existente na legislação, passam a
ter uma forma uni�cada e contribuem diretamente para todos os órgãos
�scalizadores que cuidam do IRPJ, IPI, CSLL, PIS, COFINS, ICMS, ISS e a CPP
(contribuição patronal previdenciária).
Base Legal
O Simples Nacional é um regime especial uni�cado de arrecadação de
tributos e contribuições devidos pelo CGSN (Comitê Gestor do Simples
Nacional) que é formado por representantes da União, Estados, Municípios e
Distrito Federal e está vinculado ao Ministério da Fazenda.
Imposto Simpli�cado - SIMPLESImposto Simpli�cado - SIMPLES
Para efeito do Simples Nacional, uma microempresa pode arrecadar por ano
até o montante de R$360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) de receita
bruta e no caso de empresa de pequeno porte o montante deve �car entre
R$360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) até o montante de
R$4.800.000,00 (quatro milhões e oitocentos mil reais).
O valor da receita bruta a ser considerada na apuração do Simples Nacional
deve ser fruto das operações de venda de bens e serviços e das vendas de
serviços prestados excluído destas o valor de descontos incondicionais
concedidos e o valor das possíveis vendas canceladas no período ano-
calendário.
Se a microempresa e/ou empresa de pequeno porte se enquadrar nos limites
de receita bruta mencionados, ela poderá exercer a opção do modelo Simples
Nacional. Sobre a empresa fazer a opção ao modelo existe também aquelas
empresas que estão proibidas ou vedadas de optarem por esse modelo
simpli�cado, eis algumas delas: empresas que produzem e vendem cigarros,
armas de fogo, munições, bebidas alcoólicas; aquelas que importam ou
fabricam veículos e motocicletas; as micro e pequenas vinícolas, destilarias e
cervejarias. Entre diversas outras encontradas na Lei Complementar
123/2006.
Sobre as alíquotas, elas precisam ser coletadas nos anexos I ao V da LC
123/2006, vejamos aqui alguns exemplos de alíquotas e parcelas a deduzir do
cálculo dos tributos. Para ilustrar vamos �xar os valores de receita bruta dos
últimos doze meses entre R$180.000,01 até R$360.000,00 que se refere à
segunda faixa de valores dos anexos I ao V e identi�car as respectivas
alíquotas e parcelas a deduzir.
Tabela 4.1 – Alíquotas e Tabelas dos anexos I ao V do Simples Nacional
Fonte: Elaborada pelo autor (2019).
Para se obter a porcentagem a ser aplicada pela receita bruta do referido mês
de recolhimento do tributo, deve-se usar a fórmula a seguir:
Outro aspecto a comentar está relacionado com o recolhimento do tributo,
ele precisa ser feito até o último dia da primeira quinzena do mês
subsequente. E ainda, sobre a documentação �scal e contábil, as
microempresas e empresas de pequeno porte precisam emitir documento
Anexo Setor Alíquota
Parcela a
deduzir
I Comércio 7,30% R$5.940,00
II Indústria 7,80% R$5.940,00
III
Locação de bens
móveis
11,20% R$9.360,00
IV
Construção de
imóveis
9,00% R$8.100,00
V
Representação
comercial
18,00% R$4.500,00
Quadro 4.1 – Fórmula de calcular o percentual do tributo (Simples Nacional)
Fonte: Adaptado de Brasil (2006).
�scal de venda e prestação de serviços e ademais manter em perfeita ordem
e guardar os documentos que corroboram os respectivos cálculos dos
tributos e obrigações acessórias.
Objetivos e/ou Destinação
O maior objetivo do Simples, Supersimples ou Simples Nacional é o de
proporcionar às micro e pequenas empresas uma vantagem competitiva no
âmbito administrativo, operacional e de gestão para que elas possam
concorrer (na medida do possível) nas licitações públicas, ter o acesso à
inovação, possuir uma desenvoltura cientí�ca e tecnológica para uma
concorrência internacional e assim exportarem seus produtos, terem maior
facilidade nas relações trabalhistas, melhorarem as condições de acesso aos
créditos e �nanciamentos mais baratos, por �m, deixarem esses empresários
em uma melhor condição para que eles consigam, de fato, focar para a
operação e solução dos seus negócios.
Situação-Problema – prática (cálculo e
contabilização)
A Comercial de Doces Saborear é uma microempresa e teve sua receita bruta
conforme consta na tabela a seguir. Com essas informações calcule o valor do
recolhimento dos tributos (Simples Nacional) em julho de 2019.
Tabela 4.2 – Receita bruta últimos 14 meses
Fonte: Elaborada pelo autor (2019).
Para a apuração do tributo devido em julho de 2019, deve-se somar a receita
bruta dos 12 meses anteriores a esse, ou seja, de julho de 2018 até o mês de
junho de 2019. Vamos lá:
Receita bruta = (R$14.700,00 + R$15.100,00 + R$23.500,00 + R$12.900,00 +
R$13.900,00 + R$25.100,00 + R$14.300,00 + R$23.300,00 + R$25.500,00 +
R$22.800,00 + R$23.900,00 + R$24.100,00) = R$239.100,00.
Como é uma empresa do comércio usamos a tabela anexo I e aplicamos a
alíquota de 7,30% e a parcela a deduzir de R$5.940,00.
Vamos ao cálculo:
Percentual de Tributo = 
Mês/ano Valor Mês/ano Valor
Jun/18 R$14.800,00 Jan/19 R$14.300,00
Jul/18 R$14.700,00 Fev/19 R$23.300,00
Ago/18 R$15.100,00 Mar/19 R$25,500,00
Set/18 R$23.500,00 Abr/19 R$22.800,00
Out/18 R$12.900,00 Maio/19 R$23.900,00
Nov/18 R$13.900,00 Jun/19 R$24.100,00
Dez/18 R$25.100,00 Jul/19 R$25.200,00
\frac{\text {R$} 239.100,00 \times 0,073 (-) \text {R$} 5.940,00}{\text {R$} 239.100,00}
Logo, o percentual do tributo será: 0,048156838 ou 4,81568 que deverá ser
multiplicado pelo valor da receita bruta de julho de 2019, ou seja,
Tributo = 
Contabilizando no mês de julho de 2019, �cará:
Débito: Despesa com Tributos Simples Nacional....................R$1.213,55
Crédito: Tributos Simples Nacional a Recolher........................R$1.213,55
Contabilizando o respectivo pagamento em agosto de 2019:
Débito: Tributos Simples Nacional a Recolher.........................R$1.213,55
Crédito: Bancos Conta Movimento............................................R$1.213,55
praticar
Vamos Praticar
Conforme o material de apoio, assinale aquela alternativa que se encontra de
acordo com as normas gerais das microempresas e empresas de pequeno porte:
a) O cumprimento de obrigações trabalhistas e opcionalmente as obrigações
previdenciárias.
b) Nenhum acesso ao crédito e ao mercado, não existe preferência nas
aquisições de bens e serviços pelos Poderes Públicos, à tecnologia, ao
associativismo e às regras de inclusão no que diz respeito às microempresase empresas de pequeno porte.
c) Inexistência do cumprimento das obrigações acessórias trabalhistas e
previdenciárias.
\text{R$} 25.200,00 \times 0,048156838 = \text{R$} 1.213,55
d) Mediante regime único de arrecadação do Simples Nacional, a apuração e
recolhimento dos tributos da União fazem parte das normas gerais, mas os
Estados, Distrito Federal e Municípios estão fora dessa arrecadação uni�cada.
e) O recolhimento dos tributos sobre as vendas de mercadorias.
O crédito tributário nada mais é do que o direito do Governo de exigir o
tributo do sujeito passivo que, realizando o fato gerador, dá origem à
obrigação tributária, ou seja, observe que é como uma relação de compra e
venda. Quem vende tem o direito de receber e quem compra tem a obrigação
de pagar. Nesse contexto, o sujeito ativo que é o Governo, é quem tem o
direito de arrecadar o tributo ou o crédito tributário, e o sujeito passivo, nesse
caso, o Contribuinte, arca com a obrigação tributária a pagar.
Base Legal
Na relação de crédito e obrigação tributária, sempre existem os dois lados, ou
seja, um deve pagar e o outro deve receber, e para tanto, tudo precisa ser
comprovado, e para dar suporte à relação, títulos e documentos formam a
base de sustentação dessa relação. Na legislação existe a �gura chamada de
“lançamento”, que é um ato administrativo que retrata via documento a
existência da dívida ou obrigação tributária.
O Crédito TributárioO Crédito Tributário
Conforme o artigo 142 do Código Tributário Nacional “lançamento é um ato
de concretização da lei tributária efetuado pela autoridade administrativa
competente para arrecadar e �scalizar o tributo” (BRASIL, 1966, on-line). Ou
seja, tem como função destacar os elementos do crédito e da obrigação
tributária, identi�cando o fato jurídico, o sujeito passivo, o sujeito ativo, a base
de cálculo, a alíquota e o valor do tributo envolvido na operação.
Assim, o lançamento é o start para que o Governo torne conhecida a
existência da obrigação tributária e possa, então, cobrá-la. Existem três
formas de modalidades de lançamento: de ofício, por declaração e por
homologação.
Lançamento de ofício – é o caso onde o Governo, que é o sujeito
ativo, pratica todos os atos do lançamento, identi�cando a ocorrência
do fato e também o sujeito passivo, estabelecendo a alíquota, base
de cálculo e valor do tributos, ou seja, o contribuinte que é o sujeito
passivo, não participa. Caso típico é o Imposto Predial e Territorial
Urbano (IPTU).
Lançamento por declaração – é o caso onde o Governo não dispõe
de todas as informações pertinentes para a devida cobrança do
tributo, e assim o sujeito passivo (contribuinte) precisa ajudar no
preenchimento de algumas informações que somente ele dispõe e, aí
sim, o tributo será cobrado. Um caso aqui seria o Imposto Sobre
Serviços (ISS).
Lançamento por homologação – também conhecido como
autolançamento – é o caso onde o sujeito passivo (contribuinte) faz
tudo sozinho, identi�ca a necessidade de pagar o tributo, apura a
base de cálculo, reconhece a alíquota  a ser utilizada, apura o valor a
ser pago, faz o preenchimento da guia de recolhimento e ainda
precisa guardar toda a documentação comprobatória pois o sujeito
ativo (Governo) irá receber, analisar, e homologar tudo que foi
realizado pelo contribuinte. Exemplo clássico por homologação é o
Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF).
1. Lançamento de ofício – é o caso onde o Governo, que é o sujeito
ativo, pratica todos os atos do lançamento, identi�cando a ocorrência
do fato e também o sujeito passivo, estabelecendo a alíquota, base
de cálculo e valor do tributos, ou seja, o contribuinte que é o sujeito
passivo, não participa. Caso típico é o Imposto Predial e Territorial
Urbano (IPTU).
2. Lançamento por declaração – é o caso onde o Governo não dispõe
de todas as informações pertinentes para a devida cobrança do
tributo, e assim o sujeito passivo (contribuinte) precisa ajudar no
preenchimento de algumas informações que somente ele dispõe e, aí
sim, o tributo será cobrado. Um caso aqui seria o Imposto Sobre
Serviços (ISS).
3. Lançamento por homologação – também conhecido como
autolançamento – é o caso onde o sujeito passivo (contribuinte) faz
tudo sozinho, identi�ca a necessidade de pagar o tributo, apura a
base de cálculo, reconhece a alíquota  a ser utilizada, apura o valor a
ser pago, faz o preenchimento da guia de recolhimento e ainda
precisa guardar toda a documentação comprobatória pois o sujeito
ativo (Governo) irá receber, analisar, e homologar tudo que foi
realizado pelo contribuinte. Exemplo clássico por homologação é o
Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF).
Vale dizer que, no caso de lançamento por homologação, o Governo tem até
cinco anos para averiguar e pedir alguma explicação pormenorizada sobre os
valores apurados e pagos pelo sujeito passivo.
O Código Tributário Nacional traz algumas situações que podem extinguir o
crédito tributário, são elas: a suspensão da exigibilidade, a extinção e exclusão
do crédito tributário.
No caso da suspensão da exigibilidade o crédito continua a existir mas não
será cobrado pelo Governo, o contribuinte pode ainda retirar sua CND
(Certidão Negativa de Débitos) que será obtida como certidão positiva com
efeitos de negativa pois irá acusar a existência do crédito, mas que, no
momento, não será exigida. As hipóteses de suspensão da exigibilidade do
crédito tributário, segundo o CTN - Art. 151 são as seguintes:
I. Moratória;
II. O depósito do seu montante integral;
III. As declarações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do
processo administrativo;
IV. A concessão de medida liminar em mandado de segurança;
V. A concessão de medida liminar ou de tutela antecipada em
outras espécies de ação judicial;
VI. O parcelamento. (BRASIL, 1966, on-line).
A extinção do crédito tributário somente poderá ocorrer nas hipóteses
previstas no CTN em seu artigo 156, e elas são as seguintes:
I. O pagamento;
II. A compensação;
III. A transação;
IV. A remissão;
V. A prescrição e a decadência;
VI. A conversão de depósito em renda; entre outras. (BRASIL, 1966,
on-line).
Já a exclusão do crédito tributário ocorre quando não se permite o
surgimento do crédito em uma situação em que ele deveria acontecer, e
nesses casos temos a isenção e a anistia, sendo que a isenção é uma exceção
da lei tributária e a anistia é um perdão concedido pelo Governo.
Objetivo e Concepções
O crédito tributário reforça a existência de um valor de direito a receber pelo
Governo (sujeito ativo) por parte do contribuinte (sujeito passivo) com a
existência de um valor a pagar ou a obrigação tributária. Essa obrigação é
gerada no momento em que um fato gerador é utilizado. O lançamento é o
ato administrativo que valida o reconhecimento do crédito tributário, bem
como a obrigação tributária e ele usa todas as referências necessárias em sua
formação como de�nição do sujeito passivo, de�nição do sujeito ativo, a sua
base de cálculo, a sua alíquota e obviamente o valor do tributo.
Situação-Problema – prática (cálculo e
contabilização)
A empresa Inspiração em 1 de junho de 2019 fez uma aplicação �nanceira no
Banco Show no montante de R$ 100.000,00. A rentabilidade oferecida na
operação foi de 2,5% ao mês. Sobre a rentabilidade incorrerá o imposto de
renda na fonte de 15,0% e imposto sobre operação �nanceira de 35,0% caso o
resgate ocorra antes de 30 dias da data da aplicação. Devido uma situação
emergencial no dia 27 de junho de 2019 aconteceu o respectivo resgate.
Vamos aos respectivos cálculos:
i. Rendimento sobre aplicação = R$ 100.000,00 X 0,025 = R$
2.500,00.
ii. IRRF sobre rendimento = R$ 2.500,00 X 0,15 = R$ 375,00.
iii. IOF sobre rendimento = R$ 2.500,00 X 0,35 = R$ 875,00.
Vamos para a contabilização:
No dia 1 de junho de 2019
Débito: Aplicação �nanceira Banco Show.........................R$100.000,00
Crédito: Banco conta movimento – Banco Show...............R$100.000,00
No dia 27 de junho de 2019Débito: Banco conta movimento – Banco Show..................R$101.250,00
Débito: IRRF (a recuperar – AC) .........................................R$375,00
Débito: Despesa com IOF....................................................R$875,00
Crédito: Aplicação �nanceira Banco Show ..........................R$100.000,00
Crédito: Receita sobre aplicação �nanceira .........................R$2.500,00
Fonte: Elaborado pelo autor (2019).
praticar
Vamos Praticar
De acordo com o material de apoio, leia e classi�que os tributos a seguir com as
suas respectivas formas de lançamento:
I - imposto sobre propriedade de veículos automotores; II - imposto sobre produtos
industrializados; III - imposto sobre a circulação de mercadorias e serviços; IV -
imposto sobre transmissão de bens intervivos.
a) Por declaração; por homologação; de ofício; de ofício.
b) De ofício; por declaração; por homologação; por declaração.
c) Por homologação; por homologação; por declaração; de ofício.
d) Por declaração; de ofício; de ofício; por homologação.
e) De ofício; por homologação; por homologação; por declaração.
Este tópico vai tratar dos tributos federais sobre a folha de pagamento de
salários dos funcionários como o imposto de renda retido na  fonte, o INSS, o
fundo de garantia e o PASEP, e, segundo Ribeiro (2009, p. 133) a folha de
pagamento de salário dos funcionários é “o documento no qual são
relacionados os nomes dos empregados com cargo, a função ou serviço
prestado, o valor bruto dos salários, os descontos, o valor das quotas de
salário-família e o valor líquido que cada um tem a receber”.
A legislação previdenciária estabelece entre diversos assuntos que, na folha
de pagamento, deve existir uma segregação de categorias dos trabalhadores,
seja como empregado, trabalhador avulso, contribuinte individual, ou a
categoria em que melhor se enquadrar o empregado como Segurado da
Previdência Social.
IRPF – Imposto de Renda Pessoa Física
Toda pessoa física está sujeita à submissão do imposto de renda, e para que
ocorra essa tributação basta que durante o ano a pessoa física receba algum
Tributos da Folha de PagamentoTributos da Folha de Pagamento
(Federal)(Federal)
rendimento, seja ele proveniente de salários, aplicações �nanceiras, entre
outros. Aqui vamos comentar sobre o imposto de renda proveniente dos
salários, que segundo a Receita Federal é uma forma de rendimento.
Para ser justa, a Receita Federal estabelece uma tabela progressiva de
rendimento dos funcionários onde teoricamente aquela pessoa física que
ganha um salário menor tem uma alíquota de tributação menor e à medida
que o valor de rendimento aumenta, a alíquota acompanha essa evolução,
detalhe importante é que a Receita Federal junto com o Governo Federal são
os responsáveis por atualizar todos os valores e alíquotas quando julgam
pertinente, veja a tabela usada em 2019:
Tabela 4.3 – Tabela progressiva do IRPF
Fonte: Receita Federal (2019).
Valor de Rendimento Alíquota %
Parcela a deduzir
em R$
Até R$1.903,98 isento nada
De R$1.903,99 até
R$2.826,65
7,50 R$142,80
De R$2.826,66 até
R$3.751,05
15,00 R$354,80
De R$3.751,06 até
R$4,664,68
22,50 R$636,13
Acima de R$4.664,69 27,50 R$869,36
Valor por dependente R$189,59
No caso de salário mensal, o empregador é o responsável por fazer a
retenção do imposto devido por cada pessoa física (que seja seu funcionário)
e posteriormente repassar o valor dessa retenção aos cofres públicos,
conforme calendário tributário.
O empregador deve fazer o cálculo mensal considerando algumas premissas
como: somar todos os rendimentos provenientes de salários, grati�cações e
horas extras trabalhadas; subtrair a contribuição previdenciária e também os
valores de dependentes e pensão alimentícia (se houver), e do resultado
aplicar os valores constantes da tabela 4.3 para chegar no valor de retenção
do imposto de renda da pessoa física.
Toda pessoa física tem a liberdade (se houver oportunidade) de trabalhar em
mais de um estabelecimento de qualquer natureza ao mesmo tempo, tendo
registro em carteira de trabalho, sendo trabalhador avulso ou com contrato. E
ao �nal do ano terá acumulado rendimento de salários de fontes pagadoras
distintas – e aí, o que fazer? Não se preocupe, pois a Receita Federal no início
do ano subsequente vai abrir o sistema de Declaração do Imposto de Renda
da Pessoa Física, que nada mais é que uma prestação de contas da pessoa
física, então o contribuinte terá a chance de declarar todos os seus
rendimentos, bem como suas despesas, sua evolução ou declínio patrimonial,
tudo do exercício anterior e por �m irá a apurar a questão de restituir o
imposto, caso tenha retido um valor maior do que o cálculo mostrou que
deve no ano anterior ou pagar imposto caso o cálculo tenha mostrado um
valor maior do que aquele retido pelas empresas e assim terá a sua situação
com a Receita Federal regularizada.
INSS – Instituto Nacional do Seguro Social
O Instituto Nacional de Seguro Social existe desde 1990 como resultado da
fusão entre os extintos INPS e IAPAS que foram o instituto nacional e o
instituto de administração �nanceira da previdência social. Assim, o INSS é
uma prestadora de serviço público de previdência responsável em gerir os
recursos destinados a aposentadoria dos brasileiros e a manutenção dos
vários serviços de assistência social existentes no País.
Suas fontes de recursos são provenientes das contribuições devidas pelos
empregadores e empregados das empresas e também dos trabalhadores
autônomos e temporários, entre outros.
Para a Previdência, como também é chamado o INSS, a empresa é quem
assume o risco da atividade econômica com �nalidade lucrativa ou não, e
assim tem uma alíquota patronal de 20,0% sobre o total da folha de
pagamento de salários da empresa. Além disso, a empresa ou o empregador
arca com encargos sobre a folha de pagamento que são destinados à
manutenção dos serviços de assistência social, também conhecido como
contribuições a terceiros que envolvem o salário-educação, o Incra, alguns
fundos de setores especí�cos e as empresas do Sistema “S”. Vamos conhecer
um pouco sobre essas empresas que fazem parte da destinação das
contribuições:
Salário-educação – tem como �nalidade o �nanciamento do ensino
fundamental dos empregados e de seus �lhos (até 14 anos).
INCRA – Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária - tem como
�nalidade prestar serviço social, incentivar a atividade produtora, promover
aprendizagem, realizar estudos voltados para o meio rural e fomentar a
economia das pequenas propriedades.
SENAI – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – tem como �nalidade a
organização e administração das escolas de aprendizagem industrial.
SESI - Serviço Social da Indústria – tem como �nalidade a organização e
administração das escolas de aprendizagem industrial e ainda melhorar as
condições de nutrição, higiene, habitação e assistência ao trabalhador nas
atividades culturais e educacionais.
SENAC - Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial – tem como �nalidade a
educação pro�ssional aberta para todos da sociedade, voltada para as
atividades de organização, administração, difusão e aperfeiçoamento do
ensino comercial.
SESC - Serviço Social do Comércio – tem como �nalidade promover o bem-
estar social dos comerciários e seus familiares com a propagação de
atividades socioeducativas e culturais.
SEBRAE – Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas - tem
como �nalidade apoiar o desenvolvimento dos pequenos negócios com
programas e políticas nas áreas industrial, comercial, de serviços e de
tecnologia.
Estes são alguns exemplos e existem outros, mas cada um tem uma parcela
percentual na folha de pagamento de salário das empresas.
Sobre a contribuição do empregado, esta deve ser retida diretamente pelo
empregador (contribuinte responsável) e este, na sequência, repassa aos
cofres públicos. Existe uma tabela de contribuição ao INSS que deve ser
acompanhadapelo empregador para calcular e efetuar a retenção da
contribuição da parte do empregado, vejamos a tabela 4.4:
Tabela 4.4 – Tabela de contribuição do INSS
Fonte: INSS (2019).
Tabela de contribuição dos segurados empregado, empregado
doméstico e trabalhador avulso, a partir de 1º de janeiro de 2019
Salário de contribuição em
reais
Alíquota para cálculo e
recolhimento do INSS
Até R$1.751,81 8,0%
De R$1.751,82 até R$2.919,72 9,0%
De R$2.919,73 até R$5.893,45 11,0%
FGTS – Fundo de Garantia do Tempo de
Serviço
Com o objetivo de proteger o trabalhador, na década de 1960 foi criado o
Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), assim o empregador
mensalmente incorre no encargo 8% (oito por cento) sobre o valor da folha de
pagamento dos salários.
Para controle, cada empregado tem uma conta individual aberta na Caixa
Econômica Federal, que é o banco do Governo responsável por angariar todos
os recebimentos e pagamentos desse encargo.
O fundo de garantia mensalmente recebe os depósitos, juros e uma
atualização monetária por um índice de in�ação o�cial disponibilizado pelo
governo.
Por ser uma conta individual, existem algumas ocasiões em que o trabalhador
pode movimentar a conta, vejamos:
Quando ocorre a demissão sem justa causa;
Na ocasião de sua aposentadoria;
No caso de falecimento do trabalhador;
Quando o trabalhador ou seu dependente for portador do vírus HIV;
Utilização na compra da casa própria;
Em caso de pagamento ou amortização da prestação do sistema
�nanceiro de habitação;
Permanência de conta sem depósitos por três anos ininterruptos;
entre outras ocasiões.
Importante dizer que o empregador no momento em que optar pela
demissão sem justa causa de qualquer um dos seus empregados terá de
arcar com uma multa de 50% (cinquenta por cento) do saldo existente na
conta vinculada do FGTS do trabalhador, sendo essa multa repartida da
seguinte maneira: 40% (quarenta por cento) se destinará ao trabalhador e os
outros 10% (dez por cento) caberão ao Governo. Essa medida vem ao
encontro de proteger ainda mais os trabalhadores, pois aumenta o valor das
verbas rescisórias e as empresas terão de recorrer a mais recursos no
momento de escolha da demissão.
PASEP – Programa de Formação do
Patrimônio do Servidor Público
O PASEP a partir da promulgação da Constituição Federal em 5 de outubro de
1988 foi uni�cado com o PIS (Programa de Integração Social) e ambos têm o
objetivo de integrar o trabalhador na vida e no desenvolvimento das
empresas.
Existem dois momentos da contribuição PASEP, um antes e outro após a
promulgação da constituição, ou seja, o trabalhador que até 4 de outubro de
1988 já possuía sua conta aberta permaneceu recebendo anualmente o
equivalente aos juros sobre o seu respectivo saldo. A partir de 5 de outubro,
as contas deixaram de receber depósitos, assim aquele trabalhador que teve
sua conta aberta a partir dessa data não tem mais esse direito de receber os
juros, pelo simples fato de não haver mais os depósitos regulares. E ainda, o
empregado com carteira assinada tem direito anualmente a um abono
equivalente a um salário mínimo desde que receba mensalmente até dois
salários mínimos.
A contribuição para o PASEP sobre a folha de pagamento mensal é algo da
�lantropia, ou seja, recai sobre as fundações e entidades sem �ns lucrativos
como templos, partidos políticos, condomínios, cooperativas, instituições de
educação, sindicatos, serviço social autônomo, conselhos de pro�ssões
regulamentadas, entre outras.
O seu cálculo como contribuição deve ser feito com a aplicação de 1% (hum
por cento) sobre o total da folha de pagamento mensal dos seus empregados,
vale lembrar que as entidades descritas que não tiverem empregados estão
desobrigadas do recolhimento da contribuição do PASEP.
Situação-Problema – prática (cálculo e
contabilização)
A Empresa Exemplo apresenta sua folha de pagamento dos funcionários no
mês de outubro de 2019 a seguir:
Valores hipotéticos Produção Administração Total
Salários e demais
proventos
R$200.000 R$50.000 R$250.000
(-) Desconto
previdenciário dos
empregados
(R$18.000) (R$5.000) (R$23.000)
(-) Desconto IRRF dos
empregados
(R$3.000) (R$4.000) (R$7.000)
= Salário líquido sem
os descontos
R$179.000 R$41.000 R$220.000
(-) Adiantamento
salarial 40%
(R$80.000) (R$20.000) (R$100.000)
= Saldo de salário a
pagar
R$99.000 R$21.000 R$120.000
Encargos sociais da
Empresa Exemplo
Contribuição patronal
INSS 27,8% dos
salários
R$55.600 R$13.900 R$69.500
FGTS 8,0% dos salários R$16.000 R$4.000 R$20.000
= Total das
contribuições
patronais
R$71.600 R$17.900 R$89.500
Tabela 4.5 – Folha de pagamento de outubro de 2019 da Empresa Exemplo
Fonte: Chieregato et al. (2018, p. 176).
Contabilizando a folha de pagamento do mês de outubro de 2019:
1- Adiantamento de salários
Débito – Adiantamento a funcionário.............................R$100.000
Crédito – Banco conta movimento.................................R$100.000
2- Folha de pagamento e encargos
Débito – Despesa de salário da produção.........................R$200.000
Débito – Despesa INSS patronal da produção..................R$55.600
Débito – Despesa FGTS patronal da produção.................R$16.000
Débito – Despesa de salário da administração.................R$50.000
Débito – Despesa INSS patronal da administração..................R$13.900
Débito – Despesa FGTS patronal da administração.................R$4.000
Somatória dos Débitos....................................................R$339.500
Crédito - Adiantamento a funcionário.................................R$100.000
Crédito – Salários a pagar..................................................R$120.000
Crédito – INSS a Recolher (R$23.000 + R$69.500) ..........R$92.500
Crédito – FGTS a Recolher ................................................R$20.000
Crédito – IRRF a Recolher .................................................R$7.000
Somatória dos Créditos....................................................R$339.500
3- Contabilizando a quitação dos salários e encargos da folha em novembro
de 2019:
Débito – Salários a pagar..............................................R$120.000
Débito – INSS a Recolher ................................ ...........R$92.500
Débito – FGTS a Recolher ...........................................R$20.000
Débito – IRRF a Recolher .............................................R$7.000
Crédito – Banco conta movimento.................................R$239.500
praticar
Vamos Praticar
A empresa Sempre Verde elaborou a folha de pagamento de seus funcionários no
mês de julho de 2019 e totalizou R$ 58.000,00, a alíquota da previdência social
totaliza 39% (trinta e nove por cento) englobando os 11% da parte dos funcionários,
mais 8% de FGTS e outros 20% de INSS patronal. A contabilização dos encargos
previdenciários da empresa Sempre Verde deve ser, de acordo com o livro-diário:
a) Despesa com Previdência
a Contribuições a Recolher.......................................................R$22.620,00
b) Despesa com Salários
a Contribuições a Recolher.......................................................R$6.380,00
c) Despesa com Previdência
a Contribuições a Recolher.......................................................R$11.600,00
d) Despesa com Salários
a Contribuições a Recolher.......................................................R$58.000,00
e) Despesa com Previdência
a Contribuições a Recolher.......................................................R$16.240,00
A não cumulatividade é um regime de valor agregado de débitos e créditos
em contrapartida nas operações de compra e venda, onde o vendedor
transfere ao comprador os créditos de PIS e da COFINS por ocasião da venda.
Por sua vez, esse comprador ao revender o produto ou a mercadoria credita-
se pela entrada e debita-se pela saída dos bens. A diferença entre os créditos
e débitos de PIS e da COFINS resulta em um saldo credor ou devedor, se o
saldo for credor, a empresa poderácompensar com os débitos apurados nos
meses subsequentes, porém, se o saldo for devedor, a empresa terá de pagar
no mês subsequente às contribuições devidas.
Assim, a não cumulatividade permite a dedução de créditos de contribuições
calculadas sobre o valor das aquisições das mercadorias, insumos e outros
bens de serviços especi�cados na legislação.
Base legal
Primeiramente, deve-se comentar que os efeitos bené�cos que se esperavam
com a não cumulatividade do PIS e da COFINS foram anulados por
Não Cumulatividade doNão Cumulatividade do
PIS/PASEP e da COFINSPIS/PASEP e da COFINS
consequência do aumento das alíquotas de ambos, pois o PIS passou de
0,65% para 1,65% e a COFINS passou de 3,0% para 7,6%. E não foi somente
isso, aumentou também as restrições impostas no que diz respeito ao direito
ao crédito dessas contribuições, pode-se citar o parcelamento do crédito
presumido sobre os estoques e a vedação de crédito referente ao valor dos
bens ou pagamento de serviços adquiridos de pessoas físicas. Vale dizer ainda
que a não cumulatividade alterou as regras de responsabilidade da retenção
na fonte, com recolhimento no período quinzenal, maior controle, aumento
do custo com a administração das contribuições e das obrigações acessórias.
O artigo 2º da Lei n. 9.718/98 menciona que a empresa poderá descontar
créditos calculados em relação a:
Bens adquiridos para revenda;
Energia elétrica consumida nas dependências da fábrica;
Despesas �nanceiras oriundas de empréstimos e �nanciamentos;
Bens recebidos em devolução cuja receita tenha incorporado
faturamento de mês anterior;
Bens e serviços usados como insumos na fabricação de outros bens e
serviços destinados à venda ou prestação de serviços. Entre outros.
(BRASIL, 1998, on-line).
A partir daqui, vamos comentar sobre os elementos tido como fundamentais
do PIS e da COFINS como o fato gerador, a base de cálculo, a alíquota e o
contribuinte.
O fato gerador é o faturamento mensal das empresas ou a receita
considerada realizada e obviamente passível de registro pela contabilidade,
descontada dela serão as receitas provenientes da exportação de
mercadorias e serviços prestados para pessoa física ou jurídica domiciliada no
exterior.
A base de cálculo das contribuições é o total das receitas do mês e
compreende a receita bruta da venda de bens nas operações da empresa e
prestação de serviços em geral. Importante dizer que não integram a base de
cálculo da contribuição para o PIS e a COFINS as receitas oriundas da venda
de bens do ativo não circulante (móveis ou imóveis), as vendas canceladas, as
receitas de ganhos na avaliação do ativo e passivo e também as receitas
reconhecidas pela construção e recuperação da infraestrutura.
As alíquotas aplicadas sobre a base de cálculo apurada das contribuições do
PIS e da COFINS são de 1,65% e 7,60% respectivamente.
Os contribuintes são as empresas que têm o lucro real como regime de
apuração tributária com exceção às empresas dos setores de cooperativa,
securitização, planos de saúde, serviços de vigilância e transporte de valores e
ainda as instituições �nanceiras.
Objetivos e/ou Destinação
O objetivo da não cumulatividade do PIS e da COFINS vem ao encontro de
termos uma tributação sobre o valor agregado do produto ao longo do seu
tempo entre os responsáveis por sua confecção, ou seja, empresa A e
empresa B, onde a empresa A vende insumo para empresa B e esta por sua
vez manipula esse insumo e em seguida o revende. Com base na escrituração
contábil serão calculados os créditos e débitos das contribuições no período e
a devida prestação de contas com os cofres públicos.
Situação-Problema – prática (cálculo e
contabilização)
A empresa Sensação no mês de junho de 2019 obteve uma receita bruta de
venda de mercadorias no valor de R$ 950.000,00 e outros R$ 150.000,00 de
receita com prestação de serviços. Sua contabilidade também registrou que
no período houve um gasto de R$ 320.000,00 com a aquisição de insumos
adquiridos externamente e ainda sua área operacional consumiu R$
35.000,00 com energia elétrica.
Agora deve-se apurar os valores de débitos e créditos do PIS e da COFINS:
Apurando o débito:
Receita bruta de venda de mercadorias .....................R$ 950.000,00
Receita de prestação de serviços ...............................R$ 150.000,00
Total da base de cálculo ..............................................R$ 1.100,000,00
(1)  Alíquota do PIS (1,65%) ...................................R$ 18.150,00
(2)  Alíquota da COFINS (7,6%) ..............................R$ 83.600,00
Total de débito das contribuições ............................R$ 101.750,00
Apurando o crédito:
Aquisição de insumos ..................................................R$ 320.000,00
Despesas com energia elétrica.....................................R$ 35.000,00
Total da base de cálculo ...............................................R$ 355.000,00
(3)  Alíquota do PIS (1,65%) ....................................R$ 5.857,50
(4)  Alíquota da COFINS (7,6%) ...............................R$ 26.980,00
Total de crédito das contribuições ............................R$ 32.837,50
Apurando os valores a recolher:
Débito do PIS...............................................R$ 18.150,00
Crédito do PIS...............................................R$ 5.857,50
Valor do PIS a recolher...............................R$ 12.292,50
Débito da COFINS.........................................R$ 83.600,00
Crédito da COFINS........................................R$ 26.980,00
Valor da COFINS a recolher........................R$ 56.620,00
Vamos agora contabilizar todos os fatos:
Item (1):
Débito: PIS sobre faturamento (Despesa)..........R$ 18.150,00
Crédito: PIS a Recolher .....................................R$ 18.150,00
Item (2):
Débito: COFINS sobre faturamento (Despesa)..R$ 83.600,00
Crédito: COFINS a Recolher .............................R$ 83.600,00
Item (3):
Débito: PIS a Recuperar.......................................R$ 5.857,50
Crédito: Estoque de mercadorias ........................R$ 5.280,00
Crédito: PIS crédito de energia elétrica.................R$ 577,50
Item (4):
Débito: COFINS a Recuperar................................R$ 26.980,00
Crédito: Estoque de mercadorias ..........................R$ 24.320,00
Crédito: COFINS crédito de energia elétrica..........R$ 2.660,00
No encontro de contas a Recuperar versus a Recolher temos:
Débito: PIS a Recolher ............................................. R$ 5.857,50
Crédito: PIS a Recuperar.......................................... R$ 5.857,50
e
Débito: COFINS a Recolher ....................................R$ 26.980,00
Crédito: COFINS a Recuperar..................................R$ 26.980,00
Por ocasião do pagamento das contribuições:
Débito: PIS a Recolher ........................................... R$ 12.292,50
Débito: COFINS a Recolher ....................................R$ 56.620,00
Crédito: Banco conta movimento.............................R$ 68.912,50
reflitaRe�ita
O Simples Nacional é uma forma de tributação muito vantajosa para a maioria das
empresas, mas em outros casos a opção pelo lucro real ou até mesmo o presumido se
vale de outras vantagens, então sempre que estiver diante de uma situação
questionável sobre qual a melhor forma de tributação, re�ita e responda com certeza
absoluta somente após efetuar as várias análises sobre a economia tributária mais
apropriada e adequada, isso é planejamento tributário.
Fonte: Elaborado pelo autor (2019).
praticar
Vamos Praticar
A Cia. Melodia adquiriu no mês de maio de 2019 um lote de mercadorias para
revenda no valor de R$ 550.000,00, ela está sujeita ao PIS e COFINS com as alíquotas
de 1,65% e 7,6% respectivamente no regime não cumulativo. Durante o mesmo mês
de maio de 2019 a Cia. Melodia obteve R$ 1.500,000,00 como receita bruta
vendendo todas as mercadorias adquiridas no período, assim calcule e responda
qual a alternativa que contempla os valoresde PIS e COFINS a recolher:
a) PIS R$24.750,00 e COFINS R$114.000,00
b) PIS R$9.705,00 e COFINS R$24.750,00
c) PIS R$41.800,00 e COFINS R$114.000,00
d) PIS R$550.000,00 e COFINS R$1.500.000,00
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isso que indicamos. A escolha está no uso das
habilidades pro�ssionais em prol de benefícios
imensuráveis. Veja o trailer.
TRA ILER
conclusão
Conclusão
Ao concluir esta unidade você conseguiu ter uma maior clareza dos itens
destacados como o imposto simpli�cado; o crédito tributário; os tributos
federais sobre a folha de pagamento e a não cumulatividade do PIS e das
COFINS. Isso demonstrou que os objetivos propostos de interpretar as
normas contábeis e a legislação tributária foram alcançados. As atividades
reforçam a aplicabilidade dos tópicos e são questionadoras, ou seja, após a
leitura tem um teste a ser feito como exercício de �xação de conteúdo para
memorizar cada tópico. Por �m, com tudo isso pode-se dizer que a matéria
tratada foi de profundo saber e aproveitamento na vida pessoal, acadêmica e
pro�ssional.
referências
Referências Bibliográ�cas
AMORIM, V. O. Manual Prático de Contabilidade Fisco Tributária e Ajustes
Contábeis e Fiscais. São Paulo: IOB, 2016.
BRASIL. Lei n. 5.172, de 25 de outubro de 1966. Dispõe sobre o Sistema
Tributário Nacional e institui normas gerais de direito tributário aplicáveis à
União, Estados e Municípios. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l5172.htm>.  Acesso em: 1 jul. 2019.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l5172.htm
BRASIL. Lei n. 9.718, de 27 de novembro de 1998. Altera a Legislação
Tributária Federal. Disponìvel em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9718.htm>. Acesso em: 1 jul. 2019.
BRASIL. Lei complementar n. 123, de 14 de dezembro de 2006. Institui o
Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte; altera
dispositivos das Leis n. 8.212 e 8.213, ambas de 24 de julho de 1991, da
Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei n. 5.452,
de 1º de maio de 1943, da Lei n. 10.189, de 14 de fevereiro de 2001, da Lei
Complementar n. 63, de 11 de janeiro de 1990; e revoga as Leis n. 9.317, de 5
de dezembro de 1996, e 9.841, de 5 de outubro de 1999. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lcp/lcp123.htm>. Acesso em: 29 jun.
2019.
CHIEREGATO, R. et al. Manual de Contabilidade Tributária: textos e testes
com as respostas. 14. ed. São Paulo: Atlas, 2018.
FABRETTI, L. C. Contabilidade Tributária. 11. ed. São Paulo: Atlas, 2009.
INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL (INSS). 2019. Disponível em:
<https://www.inss.gov.br/>. Acesso em: 29 jun. 2019.
RECEITA FEDERAL. 2019. Disponível em: <http://receita.economia.gov.br/>.
Acesso em: 29 jun. 2019.
RIBEIRO, O. M. Contabilidade Intermediária. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2009.
IMPRIMIR
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9718.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lcp/lcp123.htm
https://www.inss.gov.br/
http://receita.economia.gov.br/

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