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Distocias De Origem Materna

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Julia Silva
 Distocias De Origem Materna . 
Para se diagnosticar se está ocorrendo uma distocia é necessária uma observação passo a passo – sendo passado o motivo/origem dessa distocia, o prognostico e o tratamento para o proprietário que irá decidir se dever realizar ou não. 
Examinas quando tiver presença de corrimento vaginal de coloração esverdeada, vermelho ou marrom, se tiver ocorrido a ruptura das bolsas há 2 – 3horas, contrações fortes e regulares por mais de 20 – 30 minutos sem expulsão. 
Distocia 
Distocia tem como significado a dificuldade de nascer ou inabilidade materna em expulsar os fetos pelo canal do parto. As distocias de origem materna podem ser de origem pélvica, da vagina, vulva, cérvix ou alterações em útero. 
As distocias ocorrem com maior frequência em vacas de raças leiteiras, principalmente as fêmeas uníparas e primíparas. 
Anomalias Pélvicas
· Pelve juvenil 
· Luxações sacrilíacas 
· Fraturas
· Osteodistrofia 
O estreitamento da via fetal óssea pode ocorrer devido a traumas (calos ósseos), cruzamentos (nos casos das novilhas) e problemas ósseos. Como sinais clínicos é possível notar uma dilatação da via fetal mole, contratilidade do útero, palpação via vaginal tratamento: tração forçada (feto relativamente grande), cesariana (fetos vivos) ou fetotomia (fetos mortos). 
Anomalias Vulvares
· Estreitamento por cicatrizes
· Tumores
· Edema excessivo 
· Defeitos anatômicos 
· Infantilismo 
· Vulva subdesenvolvida, mal posicionada ou deformada 
A fibrose ou retrações cicatriciais devido a suturas ou cicatrizes por miasses pode ser tratada/resolvida por meio de uma episiotomia que consiste em uma incisão no períneo (região entre o ânus e a vagina) para facilitar a passagem do feto. 
Anomalias Vaginais 
· Formações tumorais 
· Hematomas 
· Retrações cicatriciais 
· Prolapsos 
· Edemas 
· Estenoses 
· Dilatação insuficiente 
· Persistência do hímen 
Em éguas essas alterações são mais raras de ocorrer, diferentemente das vacas que é mais comum ocorrer uma dilatação insuficiente do canal vaginal e mais suscetível a prolapsos, edema e cistos. 
Anomalias Cervicais 
· Dilatação insuficiente
· Torções uterinas 
· Retrações cicatriciais 
· Formações tumorais 
· Duplicidade cervical 
Segundo Grunert & Birgel (1989), as dilatações insuficientes em cérvix possuem 3 graus diferentes: No 1º grau a cabeça do feto e os membros anteriores insinuam-se pela cérvix até a articulação cárpica ou, na apresentação posterior, até as coxas. 2º grau o feto insinua-se apenas pelos membros até a articulação cárpica ou társica, respectivamente e em 3º grau: o feto não se insinua e a abertura é de 2 a 3 dedos.
OBS: Nesse caso deve-se ser feito a cesariana, quando não tem como reduzir manualmente.
Anomalias Uterinas 
· Torção 
· Flexões e desvios
· Histerocele 
· Rupturas
· Atonia 
Segundo Toniollo e Vicente (1993) a torção uterina é o movimento rotacional do útero gestante sobre seu eixo longitudinal, podendo ser classificada em leve, média ou grave. Ruminante são mais propensos, enquanto que em éguas ocorre esporadicamente e normalmente são secundarias. 
Mas por que ocorre com mais frequência em ruminantes?
Alguns dos motivos podem ser a forma do útero e disposição dos ligamentos, o modo que os bovinos deitam e se levantam, assimetria corno gestante e não gestante, a idade dos animais e partos repetidos, pastoreio em solos muito inclinados e contenção e derrubamento das vacas no final da gestação.
Os sinais clínicos variam de acordo com o grau da torção, podendo apresentar distúrbios digestórios, abdômen tenso, dispneia, taquicardia, dor e dificuldade de locomoção. Para diagnostico de torção uterina é importante definir qual o local da torção (pre cervical ou cervical), o grau da torção (torções graves o toque cervical é impossível) e a direção da torção (horaria ou anti-horária). 
Para correção da torção pode ser por método de rolamento no sentido oposto ao da torção (antes do parto) ou cirúrgico através da laparotomia e ação manual seguida ou na de cesariana. 
Fonte: Sloss & Dufty, 1980 – torção uterina.
Atonia Uterina 
Pode ser primaria, quando o útero não contrai mesmo com todo o preparo para o parto ou secundaria quando a musculatura uterina entra em exaustão, principalmente em distocias de causa fetal. 
A atonia primaria pode ter como etiologia uma disfunção hormonal (níveis baixos de estrógeno, ocitocina e relaxina), uma diminuição de cálcio, magnésio e glicose (isolados ou juntos), hidropisia dos envoltórios fetais, uma gestação múltipla ou prolongada, vacas obesas, mais velhas ou debilitadas, rupturas uterinas ou degeneração miometrial.
Já no caso da atonia secundaria, é devido a um trabalho de parto prolongado que leva a um esgotamento energético, consequentemente da contratilidade do útero da fêmea. 
OBS: O uso de gluconato de cálcio 10%, glicose 10-20% e ocitocina podem ser utilizados para um possível tratamento dessa atonia, e caso não resolva deve ser feito a cesariana. 
	Anormalidades
	Sintomas
	Tratamento
	Pélvicas
	Variável
	Pré parto: abortamento Parto: tração forçada, fetotomia, cesariana
	Vulvares
	Forças de expulsão improdutivas, com insinuações fetais ou extremidades feto
	Extração forçada - Episiotomia - Cesariana
	Vaginais
	
	- Idem - Redução prolapsos
	Cervicais
	Forças de expulsão improdutivas sem insinuação
	Dilatação manual - Estrógenos, Ca e oxitocina - Cesariana
	Uterinas
	Ausência de contrações uterinas e abd (próx ou após contrações) - Contrações vigorosas
	Ca e ocitocina - Cesariana -Fetotomia -Tração manual
REFERENCIAS
GRUNERT, E., BIRGEL, E.H. Obstetrícia veterinária. 3.ed. Porto Alegre: Editora Sulina, 1989. 
SLOSS V, DUFTY JH. “Obstetrical Pathology” Handbook of Bovine Obstetrics, Baltimore: Williams and wilkins, 107-112, 1980.
TONIOLLO, G. H.; VICENTE, W. R. R. Manual de obstetrícia veterinária. São Paulo: Varela, 1993.