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INFLAMAÇÃO - PATOLOGIA GERAL

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INFLAMAÇÃO
Patologia geral
Processo biológico de resposta
vascular, celular e humoral, de
intensidade variável com a função de
conter, isolar e reparar os tecidos do
efeito de diferentes agentes lesivos.
CARACTERÍSTICAS GERAIS:
● Ocorre de forma interativa,
contínua e sequencial;
● Somente em tecidos vivos;
● É um processo de defesa, mas
alguns eventos podem ser
nocivos às células e tecidos;
● Pode envolver fenômenos
inespecíficos e específicos.
O processo inflamatório:
Ocorre a invasão por determinado
agente nocivo e de primeiro momento
há o reconhecimento e produção de
mediadores químicos pelo sistema
imune inato.
Em um segundo estágio há maior
carga de leucocitos e síntese e
acúmulo de proteínas plasmáticas
intravasculares que serão eliminadas
para o meio extravascular onde terá
uma riqueza maior de células e de
mediadores inflamatórios que serão
sintetizados neste local. Ocorre
vasodilatação seguida de
permeabilidade vascular. Leucócitos e
proteínas plasmáticas são ativados e
atuam em conjunto para destruir e
eliminar o agente.
A reação é controlada e
posteriormente há um recrutamento
maior das células, edema e
mobilização de estruturas da MEC que
começam a se modelar para dar início
ao reparo tecidual.
CLASSIFICAÇÃO DA INFLAMAÇÃO:
Classificação Fenômeno Tempo
Superaguda focal min-hor
as
Aguda multifocal horas-di
as
Subaguda extensiva dias
(1-14)
Crônica difusa meses
Crônica ativa difusa/focal/l
ocal
variável
O processo subagudo é basicamente
um trauma, algo rápido e instantâneo.
O processo agudo demora um tempo
para aparecer, como a gripe.
A inflamação subaguda é um processo
que nem sempre irá aparecer tão
claramente como a aguda. Está
presente mas é negligenciada.
O processo crônico já passou por
todas as fases anteriores e foi mal
reparado, permanecendo por meses e
até anos. A baixa imunidade ou a
entrada repetida do agente pode
reagudizar a inflamação. Como por
exemplo a tuberculose. A crônica ativa
agudiza após um tempo sem
sintomatologia nenhuma.
PROCESSO AGUDO
A resposta à lesão começa como
hiperemia ativa, caracterizada por um
aumento do fluxo sanguíneo ao tecido
lesionado secundário à vasodilatação,
responsável pelo rubor e calor. A
vasodilatação diminui a velocidade do
fluxo vascular, permitindo o
extravasamento de fluidos.
As proteínas plasmáticas e o fluido
que se acumulam no espaço
extracelular na resposta à lesão
devido ao aumento da pressão
hidrostática ou à diminuição da
pressão osmótica são classificados
como transudato. Este se caracteriza
um fluido com pouca quantidade de
proteína e elementos celulares.
Durante os primeiros estágios há a
formação de fendas intracelulares
entre as células endoteliais que são
muito pequenas e permitem a
passagem apenas de eletrólitos e
água. Caso haja formação persistente
e alargamento dessas fendas ou lesão
tecidual, a passagem de neutrófilos e
mais proteínas nas áreas danificadas
é favorecida, levando à formação de
um exsudato. Este, por sua vez, é um
fluido opaco e geralmente viscoso que
contém mais do que 3g de proteínas e
mais de 1.500 leucócitos/mL.
O fibrinogênio é uma importante
proteína plasmática encontrada em
exsudatos que se polimeriza nos
tecidos extravasculares, formando
fibrina polimerizada que confina o
estímulo a uma área isolada, o que dá
aos leucócitos um alvo bem definido
para sua migração. Os neutrófilos são
os primeiros leucócitos a entrar no
exsudato, e seu acúmulo neste fluido
após sua liquefação é chamado pus.
Eles matam patógenos e degradam o
material estranho por dois
mecanismos: (1) fagocitose e fusão
com lisossomos primários e
secundários e (2) secreção do
conteúdo de grânulos no exsudato.
A fibrina também faz quimiotaxia e
forma coágulos de sangue.
Cascata de adesão leucocitária: os
agentes quimiotáticos ativam
receptores e moléculas presentes nos
neutrófilos, fazendo com que estas
células se dirigem à superfície luminal
de capilares e vênulas e se fixem a
elas, migram através das junções
intercelulares formadas pelas fendas
entre as células endoteliais e migram
para o interior do exsudato até o
gradiente de concentração fonte de
lesão.
EFEITO/MEDIADOR:
● Vasodilatação → histamina
prostaglandina e óxido nítrico
(ON)
● Permeabilidade → histamina,
C3a C5a, bradicinina,
leucotrienos, PAF e ON.
● Adesão neutrofílica → IL-1,
TNF𝝰, PAF e C5a.
● Quimiotaxia neutrofílicas →
C5a, parede bacteriana e PAF.
● Febre (calor) → IL-1 IL-6, TNF𝝰
e prostaglandinas.
● Dor → prostaglandina e
bradicinina.
● Necrose tecidual → enzimas
lisossomais neutrofílicas
radicais livres.
Após a inflamação aguda, (1) pode
ocorrer uma resolução total do
processo (2) a permanência de
algumas lesões da MEC e
extravascular com formação de
abcesso, (3) permanência da fibrose,
ou seja, cicatriz, e (4) processo
crônico.
PROCESSO CRÔNICO
Resposta frente a persistência do
agente agressor, caracterizada
proliferação celular (fibroblastos,
angioblastos e miofibroblastos) com
estimulação da matriz extracelular.
Vasculatura → mista, proliferação
celular;
Células → linfócitos macrófagos (M1,
M2a e M2b), plasmócitos, células
gigantes e células epitelióides;
Infiltrado → pode não haver exsudato;
Lesão tecidual → necrose caseosa,
gangrena e necrose gomosa.
Causas:
● Infecções persistentes →
agentes que são mantidos ou
facilitados de permanecerem no
organismo. Ex: Treponema
pallidum (sífilis), miobacterium
tuberculosis, asma, úlcera
péptica, artrite reumatoide,
periodontites, colite ulcerativa,
sinusite, hepatites virais, entre
outras.
● Doenças inflamatórias
imunomediadas → lúpus
eritematoso, artrite reumatoide
alergias crônicas, entre outras.
● Exposição prolongada a
agentes tóxicos → tabaco,
bronquite respiratória, inalação
de sílica, pó de feno, carvão,
fumaça tóxica, entre outros.
Infiltrado celular:
● Inespecífico → infiltrado
agranolocítico (tapete
inespecífico de monócitos,
macrófagos, linfócitos
plasmócitos.
● Específico → formação de
granulomas (células
epitelióides, células gigantes,
fibroblastos, macrófagos,
linfócitos e plasmócitos em
menor quantidade.
EXSUDATOS
INFLAMATÓRIOS
Padrão morfológico da
inflamação aguda
Líquido extravascular proveniente dos
processos inflamatórios (reações
teciduais) com alta concentração
proteica e densidade celular - rico em
leucócitos e debris celulares.
PARÂMETRO EXSUDATO
Cor Branco/preto
Aspecto Turvo
Densidade >1015
pH Ácido
Odor Pútrido
Sangue Oculto Variável
Proteína (g/dL) >2,5
Celularidade
(/mm³)
>7.000
Classificação:
● Seroso → Exsudato produzido
é aquoso, límpido e pobre em
células.
● Mucoso ou catarral →
Constituído principalmente por
muco, aspecto viscoso, claro
turvo ou róseo com celularidade
variável; fragmentos de muco
viscoso branco-acinzentado
com deposição de fibrina.
● Purulento → o conteúdo é o
pus, com aspecto cremoso, de
coloração variável (amarela,
verde, marrom ou branca) rico
em neutrófilos vivos e mortos
(piócitos).
Ainda se classifica em:
● Celulite: exsudato purulento
agudo no tecido subcutâneo.
● Pústula: elevação na derme de
conteúdo purulento.
● Furúnculo: inflamação purulenta
do folículo piloso.
● Antraz: conjunto de furúnculos.
● Abscesso: cavidade formada
pelo amolecimento do tecido
por ação de bactérias
piogênicas.
● Fístula: comunicação entre dois
órgãos ou vasos que
normalmente não se
comunicam.
● Úlcera: solução de
continuidade, aguda ou crônica,
de uma superfície dérmica ou
mucosa.
● Empiema: formação de um
exsudato purulento dentro das
cavidades.
○ Cavidade pericárdica -
piocárdio;
○ Cavidade torácica -
piotórax;
○ Cavidade peritoneal -
pioperitônio;
○ Túnica vaginal testicular
- piocele;
○ Pélvis renal - pionefrose;
○ Ovidutos - piossalpinge;
○ Útero - piometra;
○ Vagina - piocolpos;
○ Espaços sinoviais -
pioartrose.
● Fibrinoso → o conteúdo é rico
em fibrina, de cor amarelada
consistência líquida ou sólido
elástico.
● Pseudomembranoso → há
formação de crostas (placas
pseudomembranosas)
justamente com exsudato
fibrinoso;
○ Cruposa: quando há
necrose no epitélio
celular ou mucosa;
○ Diftérica:quando há
necrose mais profunda
envolvendo mucosa e
submucosa.
● Hemorrágico → o sangue é o
principal componente que se
soma às células leucocitárias.
NOMENCLATURA DOS
PROCESSOS INFLAMATÓRIOS
● Encéfalo → encefalite
● Encéfalo + medula espinhal →
encefalomielite
● Olhos (geral) → oftalmite
● Córnea → ceratite
● Olhos + córnea + mucosa
conjuntiva → ceratoconjuntivite
● Nariz → rinite
● Laringe → laringite
● Faringe → faringite
● Ouvido → otite
● Traqueia → traqueíte
● Brônquios → bronquite
● Pulmões → pneumonite ou
penuemonia
● Pleura → pleurite
● Boca → estomatite
● Gengiva → gengivite
● Lábio → quelite
● Língua → glossite
● Pele → dermatite
● Folículo piloso → foliculite
● Esôfago → esofagite
● Estômago → gastrite
● Duodeno → duodenite
● Jejuno → jejunite
● Duodeno + jejuno:
duodenojejunite
● Intestino delgado → enterite
● Íleo → ileíte
● Vesícula biliar → colecistite
● Intestino grosso → colite
● Ceco → tiflite
● Reto → proctite
● Pâncreas → pancreatite
● Peritônio → peritonite
● Pericárdio → pericardite
● Coração → miocardite
● Endocárdio → endocardite
● Artéria → arterite
● Veia → flebite
● Vasos sanguíneos → vasculite
● Vasos linfáticos → linfangite
● Glândulas → adenite
● Linfonodos → linfadenite
● Linfonodos + linfáticos →
linfangioadenite
● Osso → osteíte
● Periósteo → periostite
● Osso + medula → osteomielite
● Cartilagem → condrite
● Articulação → artrite
● Líq. sinovial → sinovite
● Músculo → miosite
● Fáscia muscular → fasciite
● Umbigo → onfaloflebite
● Glande do pênis → balanite
● Prepúcio → postite
● Glande + prepúcio →
balanopostite
● Testículo → orquite
● Cordão espermático →
funiculite
● Epidídimo → epididimite
● Ovário → ooforite
● Oviduto → salpingite
● Útero (endométrio) →
endometrite
● Útero (muscular) → metrite
● Vagina → vaginite
● Vulva → vulvite
● Vulva + vagina → vulvovaginite
● Cérvix → cervicite
● Glândula mamária → mastite
● Uretra → uretrite
● Uretere → ureterite
● Rim → nefrite
● Rim (ascendente) →
pielonefrite
● Bexiga → cistite

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