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atividade 03 parecer jurídico

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Aluna: Amanda Anunciação de Santana 
Matrícula: 201512470317 
 
ATIVIDADE 07 - PARECER JURÍDICO 
 
1) De acordo com o art. 1.146 do Código Civil, o adquirente do 
estabelecimento responde pelas dívidas contabilizadas da empresa. 
Nesse sentido, dívida contabilizada é aquela que está no livro contábil 
ou no contrato de trespasse. Entretanto, o legislador apenas se refere à dívida 
do livro contábil. 
Faz-se necessário ressaltar que o antigo dono da empresa não fica 
isento dos débitos com a venda do estabelecimento. 
O vendedor também fica responsável pelo prazo de 01 ano contados 
da venda no tocante à dívida vencida. No caso de dívidas vincendas, o 
vendedor fica responsável pelo prazo de 01 ano contados do vencimento. 
 
 
2) Sim. O nome fantasia pode ser alterado. Assim, faz-se necessário utilizar 
o portal do empreendedor no caso de microeempreendedor individual ou ir à 
junta comercial ou ao cartório de registro de pessoa jurídica em que a empresa 
foi registrada. 
 
 
3) No momento da compra devem ser tomados alguns cuidados. 
Primeiramente, é preciso registrar o contrato de trespasse na Junta comercial e 
publicá-lo na imprensa oficial para que o referido contrato tenha validade 
perante terceiros. 
Deve-se também verificar se o vendedor possui patrimônio suficiente 
para pagas as dívidas. Caso o vendedor não possua patrimônio suficiente, é 
necessário obter o consentimento dos credores de forma escrita ou verbal. 
Assim, o vendedor deverá notificar os credores para que se 
manifestem em 30 dias em relação à venda do estabelecimento. Após esse 
período, o consentimento do credor é atribuído e a venda pode ser realizada. 
Importante ressaltar que a responsabilidade pelos débitos anteriores à 
compra e venda publicada na imprensa oficial não atingem o comprador, salvo 
aqueles que constarem no contrato de trespasse e aqueles que estiverem 
regularmente contabilizados e inscritos nos livros contábeis da empresa. 
Outro ponto de grande relevância é a responsabilidade acerca das 
dívidas trabalhistas e tributárias. Nesse sentido, o comprador responde pelas 
dívidas trabalhistas e tributárias existentes, ainda que anteriores à compra da 
empresa. 
O comprador apenas não responderá pelas dívidas trabalhistas e 
tributárias e demais dívidas anteriores caso a compra e venda seja realizada 
quando o estabelecimento empresarial estiver em processo de falência ou 
recuperação judicial . 
Já os créditos a serem recebidos devem ser pagos ao novo proprietário 
a partir da publicação da transferência na imprensa oficial. Também se faz 
necessário observar a existência da cláusula de não concorrência, que 
determina que o vendedor não pode realizar concorrência com o comprador do 
estabelecimento empresarial pelo período de 05 anos. 
Outra cláusula que merece atenção é a cláusula de raio, que indica a 
distância que o vendedor pode fazer concorrência com o comprador, se essa 
concorrência não causar prejuízo aos negócios deste. 
Importante destacar que para dar continuidade ao contrato de aluguel 
do ponto empresarial deve haver a concordância prévia do locador do imóvel, 
para que o comprador permaneça como locatário. 
A venda de um estabelecimento empresarial envolve várias questões 
jurídicas sujeitas de analises como, por exemplo, documentos contábeis, 
contratos, processos, impedimentos fiscais e demais elementos que possam 
configurar a situação jurídica e econômica da empresa e consequente 
viabilidade ou não da transação.

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