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RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO CURSO DE PEDAGOGIA

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RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO CURSO DE PEDAGOGIA - INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS (ICH) COORDENADORIA DE ESTÁGIOS EM EDUCAÇÃO (CEE) 
Estagiário: Maria Jeane Alves Santana
RA: 1961898 Polo: Imirim
Telefone: 11 99736-4949 E-mail:
No dia 30 de setembro de 2020, eu realizei uma entrevista com a Professora Maria Elisa Alves. Ela possui o Curso de magistério, formada em Pedagogia e com pós graduações em Psicopedagogia, Literatura Infantil e Juvenil, Neurociências da Educação, Arte terapia escolar, no momento está com 54 anos e cursando Aprimoramento de Terapia ABA no TEA. Aposentada da rede Pública Estadual, trabalhou como alfabetizadora do Fundamental l e trabalha no momento numa escola particular há mais de 10 anos na Educação Infantil lll (crianças de 5 anos) há mais de 10 anos. 
Sua grande paixão é alfabetizar com poesias. Ela também é escritora e tem vários livros editados como : Drãozinho, De Bambolê e Patins, Vermelhinho, E por Que Não? O Gato Neno , Vitor... 
Todo o trabalho realizado está de acordo com a Proposta Pedagógica da Escola que é atualizada anualmente com a colaboração de toda a equipe pedagógica e também administrativa da escola. Adotaram o Sistema de Ensino Objetivo que atende aos ideais contidos em seus projetos educacionais.
A rotina e trabalho, mesmo com as aulas remotas, é planejada diariamente. Na Educação Infantil são quatro aulas diárias, com as disciplinas distribuídas ao longo da semana: Linguagem, matemática, Natureza e cultura, Artes, Movimento, Música, Inglês, Hora da História. Os projetos podem ser extensivos a toda equipe docente, como podem ser individuais. Obedecem tanto o calendário contido no Plano Escolar, como para reconhecimento de determinada unidade (mini -projetos). Para o desenvolvimento dos conteúdos, em todas as áreas do conhecimento, o elemento disparador é a unidade de texto (texto propriamente dito ou imagem).
Para esse período difícil recebeu o apoio de toda a equipe gestora da escola para desenvolver o seu trabalho. Estão utilizando o aplicativo Clip Escola e para isso, houve um treino para a utilização do mesmo. O seu desempenho tem sido um grande desafio e também uma oportunidade de inovação e capacitação profissional, no inicio houve muita dificuldade em se organizar e colocar em prática os requisitos dentro dos planos de aula, porém, com o auxilio da coordenação e colaboração dos pais tornou-se um desafio diário para conquistar a atenção dos alunos e envolvê-los nesse novo método de aprendizagem.
As aulas são gravadas e enviadas para a coordenadora que poderá validar ou solicitar algumas alterações, apesar da distância, é possível perceber e acompanhar cada um dos discentes e adequar determinada técnica para aproveitamento de todos, nesse caso, não só os alunos estão sendo observados, mas os professores também, nesse último, observados tanto pela coordenação como pelos pais. O trabalho é dobrado e afirma está trabalhando mais do que o normal, mas sente-se integrante de uma batalha pelo bem comum de todos. 
O Sistema de Ensino Objetivo já oferece sugestões de variados recursos a cada unidade em estudo. A metodologia é ativa, por meio da resolução de problemas, com vistas a uma aprendizagem significativa. Dessa forma, o aluno tem a oportunidade de pensar, levantar hipóteses, discutir e assim construir seu conhecimento, de forma dinâmica, prazerosa e democrática. As aulas, em caráter remoto, com as vídeo aulas obriga a buscar um novo jeito de viver e ensinar.
Nas aulas presenciais os espaços ao ar livre são privilegiados: Parque, pátio, como também os diversos ambientes internos: sala de aula, de vídeo\soneca, brinquedoteca, sala de refeições, laboratório de informática. Nessas aulas os alunos são avaliados continuadamente, devido a interação aluno x aluno, aluno x professor, aluno x conteúdos. Inicialmente há um mapeamento dos conhecimentos prévios dos alunos e, a partir daí, o planejamento de ações que se ajustam à proposta de trabalho. Esse período é denominado percurso formativo. Semestralmente o processo como um todo é documentado nas Fichas de Registro de Avaliação. ( higiene pessoal, sociabilidade, desenvolvimento acadêmico, adaptação, dentre outros aspectos). Durante o período das aulas presenciais, a comunicação é feita por meio da Agenda de Recados, por telefone ou pessoalmente, com entrevista agendada e a presença da coordenação, relatos do professor, dos pais, e propostas de ações conjuntas após a escuta e conversa). 
Nas aulas remotas a comunicação é feita pela Agenda de recados contida na Plataforma Digital, pelo número do whatsapp do professor e e-mail pessoal.
A professora relata saudosamente e reflete sobre a saudade que sente e como devem estar seus pupilos e chega ser um momento emocionante, pois é impossível não perceber o amor e dedicação daquela sra. Tão experiente e cheia de amor pelo que faz e respeito pela educação. 
As vídeoaulas são planejadas e registradas em caderno, de acordo com os conteúdos constantes nas apostilas e outros recursos que são enviados aos alunos (kits de atividades). São aulas gravadas no ambiente caseiro o que dificulta bastante a preparação dos vídeos, a maioria são gravados a noite para evitar ruídos desnecessários e incômodos. Exige-se muita criatividade para proporcionar um ambiente alegre, com cores e formas. Usar o que se tem em mãos para que a criança também possa utilizar sua criatividade dentro do recurso disponível em sua casa. Não é uma tarefa fácil, mas trabalha-se em cima de projetos de sustentabilidade e reciclagem. Dentro do possível todas as atividades são adaptadas. As orientações nas Apostilas são, na maioria, para trabalhos em grupo.
O Maior desafio é se reinventar, estabelecer conexão com os alunos e familiares de forma a cativá-los e se motivarem para esse tipo diferente de aprender e de ensinar. Um outro desafio é lidar com as ferramentas digitais , sobretudo, caseiras.
Sem dúvida, o tête-a-tête, olho no olho, o contato físico, imprescindíveis. O brincar junto, a interação, a cumplicidade, o compartilhamento.
Apesar de muita dificuldade e traumas enfrentados causados por algumas perdas por partes de todos, é impressionante a coragem e determinação desses profissionais da educação, dos quais, orgulhosamente sou participante. A criatividade não tem limites e a capacidade de adequação é fortalecedora e ao mesmo tempo inspiradora. Ver como as crianças logo se adaptaram e corresponderam ao novo método de aprendizagem, leva-nos a crer na possibilidade de um avanço na educação. Entra aí a resiliência, onde suscita-se força diante de uma batalha difícil e árdua, ainda a ser travada, o cair e levantar, a persistência da esperança. 
As dificuldades de todos são visíveis, mas acreditar na superação e entender que através de tudo isso muitos têm se tornado mais fortes, outros mais sábios e destemidos, assumir a capacidade de lutar e seguir em frente, abre caminho para continuar a jornada da educação: sempre árdua mas com resultados viciantes e gratificantes. 
Sim. Gostar do que faz, ir a busca do conhecimento, sempre! Aprender que não é atividade pela atividade, mas que as nossas ações junto aos alunos têm um propósito educacional, no sentido de que eles se desenvolvam plenamente. Saber qual é a teoria que embasa nossa prática. Ter consciência que já no infantil o futuro da criança está ganhando forma. Aprender e ensinar com o lúdico, o poético.
Relatando a minha experiência quero citar: PÃO E ROSAS de Celestin Freinet 
Levar comigo sempre a missão de ouvir, de olhar, de saber ler nas entrelinhas as necessidades dos meus alunos, de poder marcar as suas vidas com minhas aulas, ter a capacidade de fazer que cada um deles possam se sentir únicos e especiais.
“As crianças precisam de pão e de rosas.
O pão do corpo, que mantém o indivíduo em boa saúde fisiológica.
O pão do espírito, que você chama de instrução, conhecimentos, conquistas técnicas, esse mínimo sem o qual corremos o risco de não conseguir a desejável saúde intelectual.
E das rosas também – não por luxo, mas pornecessidade vital.
Observo o meu cão. Claro, precisa comer e beber para não ter fome e não ficar desesperado, com a língua de fora. Mas tem mais necessidade ainda de uma carícia do dono, de uma palavra de simpatia ou, às vezes, só de uma palavra; do afeto que lhe dá o sentimento do lugar, o qual desejaria muito grande, que ocupa no mundo em que vive; de correr por entre as moitas ou só uivar demoradamente nas noites de luar, talvez para ouvir ressoar a própria voz, como se ela abalasse magnificamente o universo.
As crianças têm necessidade de pão, do pão do corpo e do pão do espírito, mas necessitam ainda mais do seu olhar, da sua voz, do seu pensamento e da sua promessa. Precisam sentir que encontraram, em você e na sua escola, a ressonância de falar com alguém que as escute, de escrever a alguém que as leia ou as compreenda, de produzir alguma coisa de útil e de belo que é a expressão de tudo o que trazem nelas de generoso e de superior.
Essa nova intimidade estabelecida pelo trabalho entre o adulto e a criança, esse novo grafismo aparentemente sem objeto, valorizado pela matéria ou pela cor, esse texto eternizado pela imprensa, esse poema que é o cântico da alma, esse cântico que é como um apelo do ser para o afeto que nos ultrapassa – é de tudo isso que vive a criança, normalmente alimentada de pão e conhecimentos, é tudo isso que a engrandece e a idealiza, que lhe abre o coração e o espírito. A planta 
tem necessidade de sol e de céu azul, o animal não degenerado pela domestificação não sabe viver sem o ar puro da liberdade. A criança precisa de pão e de rosas.”
(Célestin Freinet, Pedagogia do Bom Senso, p. 104-105 )

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