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POLÍMEROS SINTÉTICOS CAPÍTULO 5 ➢ Um polímero é uma macromolécula composta de unidades pequenas repetitivas. ➢ Primeiros polímeros sintéticos (século XIX): ➢ Atualmente, são produzidos mundialmente em torno de 400 milhões de toneladas de plástico por ano. ✓ Cloreto de polivinila em 1838 ✓ Poliestireno em 1839 Introdução ➢ Polímeros naturais: São moléculas de massa molecular elevada encontradas na natureza. Polímeros naturais e sintéticos ➢ Exemplo: celulose • Celobiose • Lig. glicosídica b(1-4) ➢ Polímeros sintéticos: São aqueles sintetizados quimicamente, pelo homem. ➢ Exemplo: náilon Natureza da cadeia ➢ Cadeia homogênea: quando o esqueleto da cadeia principal é formado apenas por átomos de carbono. ➢ Cadeia heterogênea: quando no esqueleto existem átomos diferentes de carbono (heteroátomos). Estrutura final do polímero ➢ Polímero linear: Os polímeros lineares são aqueles resultantes de um encadeamento linear de átomos, ex: polietileno. • Mesmo que a cadeia apresente ramificações e desde que a ramificação não ligue uma cadeia à outra vizinha, o polímero continua sendo considerado linear, ex.: borracha sintética. ➢ Polímero tridimensional: Os polímeros tridimensionais são aqueles em que a macromolécula se desenvolve em todas as direções, isto é, há ligações entre cadeias adjacentes. ➢ Elastômeros: os elastômeros apresentam "propriedades elásticas" acentuadas, é o caso das borrachas sintéticas. Classificação dos polímeros ➢ Plásticos: os plásticos se apresentam no estado sólido, mais ou menos rígido, como polietileno e podem ser subdivididos em: • Termoplásticos que podem ser remodelados (refundido) várias vezes sem se modificar. • Termorrígidos que uma vez moldados não podem ser modificados. ➢ Fibras: As fibras têm grande resistência à tração mecânica e em consequência se prestam bem à fabricação de fios como o náilon. ➢ Polimerização em massa: a polimerização em massa é uma técnica simples e homogênea em que só o monômero e o iniciador estão presentes no sistema. Técnicas de polimerização ➢ Polimerização em solução: na polimerização em solução além do monômero e do iniciador usa-se um solvente que deve solubilizá-los formando um sistema homogêneo. ➢ Polimerização em emulsão: na polimerização em emulsão o iniciador é solúvel em água enquanto o monômero é parcialmente solúvel. • O emulsificante tem como objetivo formar micelas muito pequenas em que o monômero fica contido. • À medida que a reação ocorre as micelas inativas suprem as ativas com monômero até formarem gotas de polímeros. ➢ Polimerização em suspensão: a polimerização em suspensão é uma polimerização heterogênea em que o monômero e o iniciador são insolúveis no meio dispersante em geral a água. • A polimerização ocorre em partículas (com um tamanho médio entre 1 a 10 mm) em suspensão no solvente onde se encontram o monômero e o iniciador. ➢ Polimerização interfacial: nesta técnica a polimerização ocorre na interface entre dois solventes imiscíveis em que cada um dos monômeros está em uma das fases. • O polímero é formado nesta interface sendo logo removido a fim de facilitar a polimerização. ➢ O náilon pode ser preparado por este tipo de polimerização. Dissolvido no solvente orgânico. ➢ Na interface o polímero formado, vai sendo enrolado por meio de um cilindro e removido a fim de facilitar a polimerização. ➢ Exemplo ➢ Polímeros de adição: os polímeros de adição são obtidos a partir de monômeros que contêm uma ou várias duplas ligações. ➢ A polimerização de adição ocorre por mecanismos catiônicos, aniônicos ou radicais livres. Classes de polímeros ➢ Polímeros de condensação: na reação de condensação os polímeros se formam pela eliminação de moléculas pequenas. Ex.: poliamidas, poliésteres e poliuretanas. ➢ Exemplo: Náilon 6,6 - uma poliamida Preparação dos polímeros de adição ➢ Polimerização via radical livre: A polimerização por radical livre pode ser obtida por iniciação térmica, química ou radiação. ➢ n varia de 2.000 a 100.000. ➢ Os iniciadores químicos são normalmente peróxidos, hidroperóxidos ou azo-compostos acompanhados de aquecimento ou radiação. ➢ Exemplo ➢ Mecanismo Iniciação: O peróxido gera o iniciador que reage com o monômero para iniciar a cadeia. Propagação: outra molécula adiciona e mais outra e mais outra..... Terminação: várias maneiras. Questão 1: Dê as formulas estruturais e os nomes dos polímeros que você esperaria obter nas seguintes reações e proponha um mecanismo. Continuação da questão 1... Questão 2: O acetato de vinila (PVA), largamente usado como componentes de adesivos, tem a estrutura ilustrada a seguir. Qual é o monômero usado na síntese do PVA. Proponha uma sequência de síntese deste monômero a partir do acetileno. Escreva um mecanismo para formação do PVA, catalisado por peróxido. ➢ Polimerização catiônica: Na polimerização catiônica o processo é iniciado por um ácido de Lewis (BF3, SnCl4, AlCl3, SbCl5) ou por um ácido de Brønsted-Lowry (H2SO4, HClO4, H3PO4). Nesta polimerização os monômeros se comportam como doadores de elétrons. ➢ As reações se processam em três etapas: início, propagação e término. ➢ Mecanismo Iniciação: o catalisador protona o monômero. Propagação: outra molécula adiciona e mais outra e mais outra..... Terminação: a eliminação de um próton encerra a propagação. Questão 3: Dê as formulas estruturais dos polímeros que você esperaria obter nas seguintes reações e proponha os mecanismos. Em seguida proponha os mecanismos. Continuação da questão 3... Continuação da questão 3... ➢ Polimerização aniônica: O monômero deve ter um grupo e-retirador como: C=C, C=O, CN, ou NO2. Os iniciadores geralmente são os reagentes de Grignard ou organolítio. ➢ Mecanismo Iniciação: o iniciador adiciona ao alceno para gerando um ânion. Propagação: outra molécula adiciona à cadeia e mais outra e mais outra..... Terminação: um cátion de junta ao ânion. Questão 4: Dê as formulas estruturais e os nomes dos polímeros que você esperaria obter nas seguintes reações. Proponha os mecanismos. Continuação da questão 4... Continuação da questão 4... ➢ Macia e pouco resistente, obtida da seringueira. Borracha natural ➢ Por se tratar de um polímero com propriedades impermeáveis ele é muito usado na fabricação de "câmaras de ar" para bolas e pneus. ➢ Cadeias longas podem ser estiradas, mas retornam à estrutura original ao retirar a força aplicada. ➢ As cadeias deslizam-se umas sobre as outras. ➢ A estrutura é: cis-1,4-poliisopreno. Borracha butílica (sintética) ➢ O poliisobutileno (polímero sintético) é produzido a partir da polimerização do isobutileno (2-metilpropeno), catalisado por um ácido. ➢ Muito usado na fabricação de "câmaras de ar" para bolas e pneus. ➢ A borracha butílica é resultante da copolimerização do poliisobutileno com pequena porcentagem de isopreno. Borracha butílica (sintética) ➢ Mecanismo: envolve três etapas. Iniciação: o cloreto de alumínio reage com a água. Terminação: a reação sofre eliminação de um próton. Propagação: o alceno reage com o próton e o carbocátion gerado reage com outros alcenos. ➢ A copolimerização se dá na etapa de propagação em que se insere uma certa quantidade de isopreno. Copolimerização ➢ O processo foi descoberto acidentalmente por Goodyear. Este processo aumenta em muito a resistência das borrachas. Vulcanização ➢ Essa resistência é atingida por ligações cruzadas com enxofre. ➢ A dureza pode ser controlada variando a quantidade de enxofre. ➢ Exemplo ➢ Massa Molecular de borrachas sintéticas vulcanizadas normalmente variam de 25.000 a 500.000. ➢ Outro exemplo: Polímero butadieno-estireno Polímeros de condensação ➢ São polímeros formados, geralmente, via uma ligação éster ou amida provenientes de moléculas bifuncionais. • Poliamidas • Poliésteres • Policarbonatos • Poliuretanas Poliamidas ➢ Exemplos:náilon 6,6 e náilon 6. Náilon 6,6 ➢ Síntese ➢ Mecanismo Náilon 6 • Hidrólise da e-caprolactama ➢ Mecanismo • Reação da e-caprolactama com o ácido 6-aminohexanóico Questão 5: Proponha um mecanismo para a reação de formação do náilon-5. Questão 6: Proponha um mecanismo para a reação de formação do náilon 2. A reação não está balanceada. Questão 7: Dê as formulas estruturais dos polímeros que você esperaria obter nas seguintes reações e proponha os mecanismos. Continuação da questão 7... Questão 8: Determine os reagentes principais e indique a estrutura do náilon 2,4. Poliésteres ➢ Resulta da polimerização do ácido tereftálico com o etileno glicol. ➢ Dacron® ou Mylar®: É um poliéster. ➢ Exemplo ➢ Mecanismo Questão 9: Proponha um mecanismo para um provável polímero formado pela reação do anidrido ftálico com etileno glicol. Qual é a estrutura desse polímero? Questão 10: Dê as formulas estruturais dos polímeros que você esperaria obter nas seguintes reações e proponha os mecanismos. Continuação da questão 10... Questão 11: Como você sintetizaria o poliéster, representado abaixo. Poliuretanas ➢ Uretanas são ésteres do ácido carbâmico (H2N-CO-OH). ➢ Poliuretano é um polímero formado por cadeia de unidades orgânicas caracterizados por ligações uretânicas. ➢ É amplamente usado na fabricação de: • Espumas rígidas e flexíveis, • Elastômeros duráveis, • Adesivos de alto desempenho, • Selantes, etc. ➢ Uma maneira de formar uma espuma de poliuretana consiste um produzir um pré-polímero. A reação do pré-polímero com um diisocianato forma o poliuretano. ➢ O esqueleto de um poliuretano é formato por carbamatos. ➢ Para fazer a espuma é necessário haver uma fonte de gases durante a polimerização. A reação do isocianato com um pouco de água adicionada durante a reação produz o gás CO2 necessário. ➢ Exemplo Reação do isocianato com H2O descarboxilação ➢ Mecanismo ➢ As aminas reagem com o excesso de isocianato formando ligações do tipo ureia. Questão 12: Escreva o mecanismo da reação descrita na página anterior (página 60). Questão 13: Escreva o mecanismo para a reação do pré-polímero com o 2,4- diisocianato-1-metilbenzeno (página 58) Policarbonatos ➢ São ésteres do ácido carbônico. ➢ Na reação do fosgênio com bisfenol A obtém-se o lexan®: usado para fabricar janelas à prova de balas. Baquelite ➢ É um polímero obtido pela condensação do fenol com o formaldeído. ➢ São polímeros tridimensionais termorrígidos e por isso não podem ser amolecidos pelo calor e nem remodelados. ➢ Exemplo ➢ Mecanismo Questão 14: Proponha o mecanismo para a reação abaixo. Questão 15: O polímero ureia-formaldeído é obtido a partir da reação da ureia com o formaldeído. Proponha um mecanismo para a sua formação. Resinas epóxi ➢ São produzidas por copolimerização de compostos epóxidos com fenóis. ➢ Elas contêm ligações etéreas e grupos epóxidos. ➢ Exemplo resina epóxi (normalmente líquido) ➢ A resina final (bastante rígida) é obtida após a adição de um segundo componente, normalmente um endurecedor. Questão 16: Escreva um mecanismo que mostre a formação das ligações cruzadas entre a resina epóxi e a dietilenotriamina. Questão 17: Proponha um mecanismo para a reação abaixo. Estereoquímica ➢ Polímero isotático: as ramificações estão no mesmo lado da estrutura. ➢ Polímero atático: as ramificações se alternam irregularmente na estrutura. ➢ Polímero sindiotático: as ramificações se alternam na estrutura. Polímeros por coordenação (catálise Ziegler-Natta) ➢ Polimerização é completamente estereoespecífica. ➢ Isotático ou sindiotático, dependendo do catalisador. ➢ O polímero resultante é linear. ➢ Exemplo de catalisador: solução de TiCl3 misturado com solução de (CH3CH2)2AlCl e aquecimento. O titânio na superfície do cristal coordena com cinco átomos de cloro ➢ Este complexo, na presença de cloreto de dietilalumínio, forma um novo complexo titânio-etil- alumínio-cloro. ➢ Na polimerização isotática o propileno se complexa, por intermédio da ligação p, ao orbital vazio do titânio. ➢ Em seguida, o grupo etila do cloreto de alumínio, complexado ao titânio, migra para o carbono do propileno que possui o carbocátion mais estável. carbocátion mais estável ➢ Na sequência o intermediário formado rearranja para um novo complexo propileno-titânio-alumínio que mantém o grupo metila numa conformação estericamente estável. ➢ A polimerização segue com a adição de novos monômeros que também, adquirem a conformação mais estável, com os grupos metila ficando no mesmo lado. ➢ E a polimerização continua... ...até ocorrer a terminação. ➢ O catalisador mais empregado é uma mistura de tetracloreto de vanádio e cloreto de dietilalumínio. ➢ Dependendo do catalisador empregado a polimerização pode formar um polímero do tipo sindiotático. metilas estão em oposição Questão 18: Explique porque um catalisador Ziegler-Natta é capaz de polimerizar o isopreno formando um produto que é idêntico à borracha natural. ➢ Polímeros amorfos: as moléculas estão orientadas aleatoriamente e estão entrelaçadas. lembram um prato de espaguete cozido. Muitos são transparentes. Propriedades dos polímeros ➢ Polímeros semicristalinos: as moléculas exibem um empacotamento regular, ordenado, em determinadas regiões. Apresentam alto grau de cristalinidade são mais fortes, densos e rígidos. ➢ Em baixas temperaturas : "estado vítreo". Temperatura de polímeros ➢ Na medida que o polímero é aquecido ocorre uma transição do estado vítreo para o estado amolecido. ➢ O ponto de transição é conhecido como temperatura de transição vítrea e é descrito como Tg. ➢ Quando aquecidos, os polímeros podem vir a derreter. A temp. de fusão dos polímeros é indicada como Tf. ➢ Somente alguns polímeros podem ser derretidos e são chamados de termoplásticos. ➢ Copolímeros são constituídos por dois ou mais monômeros diferentes. ➢ Exemplos • Saran® - moléculas alternadas de cloreto de vinila e 1,1-dicloroetileno. Copolímeros ➢ Plástico ABS - formado pela copolimerização de acrilonitrila, butadieno e estireno. ➢ Os copolímeros podem existir três arranjos diferentes: ➢ Homopolímeros são aqueles formados pela repetição de somente um monômero. Homopolímeros ➢ Exemplo: Polipropileno - formado a partir de moléculas de propileno. Aplicações de polímeros https://mundoeducacao.uol.com.br/quimica/polimeros-adicao.htm http://fiquimiguelcatalan.blogspot.com/2015/10/ejercicios-selectividad-polimeros.html https://trabalhosparaescola.com.br/polimeros-sinteticos/ ➢ BRUICE, P. Y. Química Orgânica. 4a Ed., Pearson Prentice Hall, 2006. ➢ ALLINGER, N. L. CAVA, M. P., JONGH, D. C., JOHNSON C.R. LEBEL, N., STEVENS, C.L. Química Orgânica. Ed. Guanabara Dois, 1978. ➢ SILVA, R. S. F. e outros, Química Orgânica, 1a Edição, LTC, 2018. Bibliografia ➢ SOLOMONS, T. W. Graham; Fryhle, Craig B. Química Orgânica, vol. 1 e 2, 9a ed. LTC, 2009. ➢ KLEIN, David. Química orgânica. vol. 1 e 2, LTC; 2a ed., 2016.
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