Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA Departamento de Química QUI 232 – Química Orgânica III GABARITO - ESTUDO DIRIGIDO 1 2- a. Cloreto de Benzoíla b. Anidrido Propanóico c. Butanoato de Etila d. Feniletanamida e. Benzoato de Fenila f. N,N-dimetilmetanamida 3- a. Ácido Benzóico f. Propanoato de Fenila b. Cloreto de Benzoíla g. Etanoato de Isopropila c. Etanamida h. Cianeto de Pentila d. Anidrido Etanóico i. Ácido o-aminobenzóico e. Benzoato de Benzila 4. As amidas apresentam os pontos de ebulição mais altos porque têm fortes interações dipolo-dipolo. A estrutura que mais contribui na ressonância está com as cargas separadas (figura abaixo), contribuindo assim, de maneira mais significativa com o híbrido de ressonância da estrutura total. Se o nitrogênio da amida estiver ligado a pelo menos um hidrogênio haverá a formação de ligação de hidrogênio entre as moléculas. Os ácidos carboxílicos vem em sequência, pois formam ligações de hidrogênio intermoleculares, contribuindo para o aumento da massa molecular, assim, aumentando relativamente o ponto de ebulição. O ponto de ebulição de uma nitrila é similar ao de um álcool uma vez que possui forte interação de dipolo-dipolo, porém, ainda assim é menor do que da amida e do ácido carboxílico. Os pontos de ebulição de ésteres, cloretos de acila, cetonas e aldeídos são menores do que os pontos de ebulição de um álcool com suas massas moleculares equivalente, pois as moléculas dessas substâncias carbonílicas são incapazes de formar ligações de hidrogênio uma com a outra. Os pontos de ebulição das substâncias carboniladas são maiores do que os pontos de ebulição dos ésteres devido à polaridade do grupo carbonila. 5- 6- 7. II< IV < III < I O composto I é um ácido mais forte por possuir o grupo nitro em posição para do anel aromático. O grupo nitro é um grupo retirador de elétrons, o que contribui para enfraquecer a ligação hidrogênio-oxigênio do grupo -OH do ácido carboxílico, além de contribuir para estabilizar a base conjugada, que possui alta densidade eletrônica. Já o composto III, possui na posição para o grupo cloro, que é um grupo retirador de elétrons por efeito indutivo. Uma vez que o mesmo é muito eletronegativo, ele concentra a densidade eletrônica mais próxima dele, assim leva ao enfraquecimento da ligação hidrogênio-oxigênio do grupo -OH do ácido carboxílico, além de contribuir para estabilizar a base conjugada, que possui alta densidade eletrônica. O composto IV é o ácido benzílico, diferente dos compostos I e III, este composto apresenta apenas ressonância entre o oxigênio da carbonila e o oxigênio da hidroxila, sendo assim mais fraco que os anteriores. Porém é importante mencionar que não existe ressonância direta entre o anel aromático e o carboxilato. O composto II, ao contrário dos demais compostos, possui um substituinte na posição para que um grupo doador de elétrons por efeito mesomérico, exercendo efeito contrário ao do grupo retirador de elétrons. A presença do grupo -OR aumenta a densidade eletrônica, aumentando a força da ligação hidrogênio-oxigênio do grupo -OH do ácido carboxílico e não contribui para a estabilidade da base conjugada. 8- III< I <II Os álcoois são ácidos mais fracos que fenóis, pois a base conjugada do íon fenóxido (base conjugada) é mais estável do que a do etanol (íon etóxido), em razão da estabilização da carga negativa no átomo de oxigênio por ressonância com o anel aromático. O ácido acético é mais ácido que fenóis, pois am carga negativa no íon acetato (base conjugada) é deslocalizada em dois átomos de oxigênio por meio de ressonância. Esta estabilização de ressonância ajuda a distribuir a carga negativa, tornando a base conjugada mais estável e aumentando, assim, a acidez do composto. Além desse efeito, existe o efeito indutivo retirador de elétrons devido a presença do grupo carbonila, que contribui para a acidez dos ácidos carboxílicos e estabilização da base conjugada. 9- a) O ácido fórmico é mais ácido do que o ácido acético. Isso pode ser explicado pelo efeito indutivo doador de elétrons do grupo metila ligado a carbonilo no ácido acético, o qual irá aumentar a densidade eletrônica sobre o grupo carboxilato, diminuindo a acidez. b) O ácido propiônico é o mais forte, uma vez que apresenta uma base conjugada mais estável. Essa base é estabilizada por ressonância do grupo carboxilato (-COO- ), neste caso tem-se que a carga negativa está deslocalizada sobre dois átomos de oxigênio e no caso do metanol teria a formação de uma base conjugada (CH3O -), logo a carga negativa estaria localizada apenas sobre o átomo de oxigênio, deixando-a assim mais instável. c) O ácido fluoroacético possui o grupo fluoro em sua estrutura. O flúor é mais eletronegativo que o bromo, sendo assim um retirador de elétrons mais eficiente, o que estabiliza melhor a carga negativa do grupo carbonila. Portanto, o ácido fluoroacetico é o ácido mais forte. d) O ácido 2,2-dicloroacético é mais forte, pois o cloro é um grupo retirador de elétrons, logo, quanto mais átomos de cloro, mais forte o efeito retirador de elétrons, enfraquecendo a ligação entre oxigênio com o hidrogênio da hidroxila. Assim é mais fácil a perda de H+ em meio aquoso, tornando-o mais forte do que o ácido 2-cloroacético. e) O 2,4-dinitrofenol é o ácido mais forte, apesar de ser um fenol, devido a presença dos grupos nitros, esse composto se torna mais ácido do que o ácido propiônico. Além do efeito mesomérico retirador de elétros exercido pela presença dos grupo -NO2, a base conjugada será mais estável, pois terá menor densidade eletrônica. f) Em meio aquoso, o 2-metilfenol apresenta caráter ácido mais forte, pois a ionização levaria à formação da base conjugada (íon fenóxido) estabilizada por ressonância. De um modo geral, fenóis são mais ácidos do que amidas. 10- O primeiro fator que justifica a reatividade dos compostos derivados do ácido carboxílico é a basicidade do grupo abandonador (grupo de saída - Y ). Uma base fraca ligada ao grupo acila fará com que a segunda etapa de reação de substituição nucleofílica ao grupo acila seja mais fácil, porque bases mais fracas são bases mais fáceis de serem eliminadas quando o intermediário tetraédrico colapsa. O segundo fator são os efeitos de ressonância. Pois quanto mais fraca for a basicidade de Y, menor será sua contribuição na ressonância ao híbrido de ressonância, como mostrado acima, e quanto menos estabilizado for o ácido carboxílico pela deslocalização dos elétrons, mais reativo ele será. E o terceiro fator é o efeito indutivo retirador de elétrons do grupo abandonador, Y. No caso dos haletos de acila, temos como grupo de saída um íon de halogênio, que é, naturalmente, uma base fraca. Nos anidridos de ácido, o grupo de saída é o ânion −𝑅𝐶𝑂𝑂−, um grupo relativamente estável e pouco básico. Já nos ácidos carboxílicos, a base hidroxila já é mais reativa. E por aí vai, passando pelo grupo de saída dos ésteres, −𝑅𝑂−, e pela amida, com o grupo −𝑁𝐻2. 11 . 12- a) IV > I > III > II. Quanto mais fraca a base ligada ao grupo acila, mais fácil é formar o intermediário tetraédrico, o para-clorofenol é um ácido mais forte que o fenol, então a base conjugada do para-clorofenol é uma base mais fraca que a base conjugada do fenol (íon fenóxido). b) IV > I > III > II. O intermediário tetraédrico colapsa eliminando o grupo -OR do intermediário tetraédrico. Quanto mais fraca a basicidade do grupo -OR, mais fácil é eliminá-lo. Assim, a taxa de formação do intermediário tetraédrico e colapso do intermediário tetraédricoé diminuída pelo aumento da basicidade do grupo -OR. 13- Um fator importante que justifica a reatividade desses compostos ante a reação de substituição com o etanol, é explicada pela estabilidade do grupo de saída. Quanto mais estável é o grupo de saída, mais reativa é a molécula, e, como foi abordado na questão 10, existe uma ordem de reatividade para os compostos derivados de ácido carboxílico. Haletos de acila > anidridos > ácidos carboxílicos > ésteres > amidas. Portanto, seguindo essa ordem de reatividade, pode-se responder essa questão com a seguinte ordem: I < IV < III< II. 14- a) b) c) d) 15- 16- 17. 18- a) b) O processo de limpeza envolve a remoção de gorduras pela ação dos sabões uma vez que os íons carboxilatos de cadeia longa não existem como íons individuais na solução aquosa. Em vez disso, eles se arranjam em grupos esféricos denominados micelas. Cada micela contém de 50 a 100 íons carboxilatos de cadeia longa. Uma micela lembra uma grande bola, cuja a cabeça polar de cada íon carboxilato e seu contra-íon ficam no lado externo da bola porque são atraídos pela água e a cauda fica enterrada no interior da bola a fim de minimizar seu contato com a água. As forças atrativas entre as cadeias hidrocarbônicas em água são chamadas interações hidrofóbicas. O sabão tem capacidade de limpeza porque moléculas apolares do óleo, que carregam a sujeira, se dissolvem no interior apolar da miscela e são carregadas com o sabão durante a lavagem. 19.
Compartilhar