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UNIDADE 1: REAÇÕES DE SUBSTITUIÇÃO NUCLEOFÍLICA EM CARBONOS ACÍLICOS (REAÇÕES ENVOLVENDO ÁCIDOS CARBOXÍLICOS E DERIVADOS). Aula 03 e 04 Patrícia Fontes Pinheiro QUÍMICA ORGÂNICA III – QUI 232 Ácidos Carboxílicos 1 2 A reatividade dos compostos de carbonila é devida à polaridade do grupo carbonila, que resulta do oxigênio ser mais eletronegativo do que o carbono. COMO ÁCIDOS CARBOXÍLICOS E ÁCIDO CARBOXÍLICO DERIVATIVOS REAGEM? O carbono carbonílico é, portanto, deficiente em elétrons (um eletrófilo), então reage com nucleófilos. Carbono carbonílico Reatividade dos compostos carbonilados A reatividade das substâncias carboniladas reside na polaridade do grupo carbonila. A eliminação de Y~ ou Z “ depende de suas basicidades relativas. A base mais fraca e preferencialmente eliminada, quanto mais fraca for a base, melhor será como grupo de saída. 3 Intermediário tetraédrico Uma base mais fraca forma uma ligação mais fraca - é mais fácil de quebrar a ligação. Reatividade dos compostos carbonilados Podemos, portanto, fazer a seguinte afirmação geral sobre as reações dos compostos carboxílicos derivados de ácido: “Um derivado de ácido carboxílico sofrerá uma reação de adição-eliminação nucleofílica, desde que o grupo recém-adicionado no intermediário tetraédrico não seja uma base muito mais fraca do que o grupo de saída.” 4 Intermediário tetraédrico O orbital não-ligante cheio que contem o par de elétrons livre do nucleófilo se sobrepõe ao orbital molecular antiligante vazio do grupo carbonila, formando uma nova ligação sigma no intermediário tetraédrico. Reação de Substituição Nucleofílica Acílica ou Reação de Transferência Acílica 5 Usando basicidade para prever o resultado de uma reação de adição- eliminação nucleofílica. 1. Qual é o produto da reação do cloreto de acetila com CH3O -? 6 Exercício de fixação O pKa do HCl é –7; o pKa de CH3OH é 15,5. Resposta: Para identificar o produto da reação, precisamos comparar as basicidades dos dois grupos no intermediário tetraédrico para que possamos determinar qual deles será eliminado. HCl é um ácido mais forte que CH3OH, Cl – é uma base mais fraca que CH3O – . Portanto, Cl– será eliminado do intermediário tetraédrico e acetato de metila será o produto da reação. Reatividade dos compostos carbonilados Um derivado de ácido carboxílico sofrerá uma reação de substituição nucleofílica desde que o novo grupo acrescentado no intermediário tetraédrico não tenha uma base muito mais fraca do que o grupo que esta ligado ao grupo acílico no reagente. Reatividade crescente Reatividade relativa dos ácidos carboxílicos e seus derivados Cloretos de acila Anidrido de ácido Éster Ácidos carboxílicos Amidas Reatividade crescente 7 8 Mecanismo geral de reação de derivados de ácidos carboxílicos: Catálise Básica Todos compostos carboxílicos reagem pelo mesmo mecanismo. Mecanismo de Adição/Eliminação com um intermediário tetraédrico, do qual será eliminado o melhor grupo abandonador(a base mais fraca). 9 MECANISMO PARA UMA REAÇÃO DE ADIÇÃO-ELIMINAÇÃO NUCLEOFÍLICA COM UM NUCLEÓFILO NEGATIVAMENTE CARREGADO 10 Nucleófilo negativamente carregado adiciona a o carbono carbonílico eliminação da base mais fraca do intermediário tetraédrico Se o nucleofilo for neutro, o mecanismo tem uma etapa adicional MECANISMO PARA UMA REAÇÃO DE ADIÇÃO-ELIMINAÇÃO NUCLEOFÍLICA COM UM NUCLEÓFILO NEUTRO 11 nucleófilo neutro adiciona ao carbono carbonílico remoção de um próton de o tetraédrico intermediário eliminação da base mais fraca do intermediário tetraédrico 12 Anidrido Éster Amida 13 Anidrido Éster Amida 14 Mecanismo para a conversão de um cloreto de acila em um anidrido de ácido 15 Mecanismo para a conversão de um cloreto de acila em um éster 16 formação de um tetraédrico intermediário O próton é removido a base mais fraca é eliminada Formação Formação de Amidas a Partir de Haletos Haletos de Acila 17 A reação, portanto, deve ser realizada com duas vezes mais amônia ou amina do que cloreto de acila para que haja amina suficiente para reagir com o haleto de acila. um equivalente um equivalente Formação de Amidas a Partir de Haletos Haletos de Acila Como aminas terciárias não podem formar amidas (Por que?), um equivalente de amina terciaria tal como a trietiiamina ou piridina pode ser usada no lugar do excesso de amina. 18 piridina Formação de Amidas a Partir de Haletos Haletos de Acila 19 v 20 2. Começando com cloreto de acetila, que nucleófilo neutro você usaria para fazer cada um dos seguintes compostos? Exercício de fixação 21 a) Quais são as duas amidas obtidas da reação do cloreto de acetila com um equivalente de etilamina e um equivalente de propilamina? b) Por que apenas uma amida é obtida da reação do cloreto de acetila com um equivalente de etilamina e um equivalente de trietilamina? Exercício de fixação Resposta a) N-Etilacetamida N-Propilacetamida Qualquer uma das aminas pode reagir com o cloreto de acetila, então ambas as amidas são formadas: N-etilacetamida e N-propilacetamida. 22 b) Dois compostos são formados inicialmente. No entanto, o composto formado pela trietilamina é muito reativa porque tem um nitrogênio carregado positivamente, que é um excelente grupo de saída. Portanto, o composto reagirá imediatamente com a etilamina, então a N-etilacetamida é o único produto amida da reação. N-Etilacetamida N-Etilacetamida Bom grupo de saída 23 Reações de anidridos de ácido Anidridos não reagem com cloreto ou brometo de sódio. Por que? 24 Como o íon haleto que entra é a base mais fraca, ele será o substituinte expulso do intermediário tetraédrico. Reações de anidridos de ácido Anidrido acético Acetato de etila Ácido acético Anidrido benzoico Ácido benzoico Anidrido propiônico N-metilpropanamida 25 NH2 Anilina N H C O CH3 H3C O CH3 O O + Anidrido acético Acetanilida + CH3COOH Ácido acético Síntese e Recristalização da acetanilida Mecanismo? 26 27 Mecanismo da conversão de um anidrido para um éster (e um ácido carboxílico): 28 Reação de Ésteres: Catálise Ácida Acetato de metila Ácido acético Benzoato de metila Benzoato de etila Propionato de etila N-Metilpropanamida 29 Um éster reage com água para formar um ácido carboxílico e um álcool. Esse é um exemplo de uma reação de hidrólise — uma reação com água que converte uma substancia em duas (lysis e um termo grego que significa ‘quebrar’). Acetato de metila Ácido acético Hidrólise 30 Os íons fenxidos (ArO-) sao bases mais fracas do que os íons alcóxidos (RO- ), o que significa que ésteres fenílicos são mais reativos do que ésteres alquílicos. Reação de Ésteres 31 é mais reativo que Acetato de fenila Acetato de metila 32 As ceras são ésteres com alta massa molecular As ceras são ésteres formados a partir de ácidos carboxílicos de cadeia longa e álcoois de cadeia longa. A palavra cera vem do inglês antigo weax, significando “material do favo de mel”. A cera de carnaúba é uma cera particularmente dura devido à sua resistência relativamente alto peso molecular; sendo amplamente utilizada como cera automotiva e em polimento de pisos. componente principal de cera de abelha material estrutural de colmeias um componente principal de cera de Carnauba revestimento nas folhas de uma palmeira brasileira Hidrólise de um éster com um grupo alquil primário ou secundário 33 Quando um ácido é adicionado a uma reação, a primeira coisa que acontece é que o ácido protona o átomo no reagente que tem a maior densidade de elétrons. Portanto, quando um ácido é adicionado a um éster, o ácido protona o oxigênio da carbonila. Os contribuintes de ressonância do éster mostram porque o oxigênio da carbonila é o átomo com a maior densidade eletrônica: Mecanismo da Hidrólise de Ésteres Catalisada por Ácido 34 1. O ácido protona o oxigênio do grupo carbonila 2. o nucleófiloataca o carbono carbonílico intermediário tetraédrico I intermediário tetraédrico II 3. :B remove um próton 3. Protonação do grupo OCH3 intermediário tetraédrico II 4. eliminação de a base mais fraca 5. :B remove o próton , regenerando o catalisador. Hidrólise de éster catalisada por ácido Éster se hidrolisa lentamente porque a água é um nucleófilo fraco e o éster tem um grupo de saída muito básico. A velocidade da reação pode ser aumentada pela adição de ácido ou de HO- . Constante de Equilíbrio na Esterificação e Hidrólise Hidrólise de Ésteres Deslocar o equilíbrio: •Excesso de água desloca o equilíbrio para o lado do ácido carboxílica; •Excesso de álcool desloca o equilíbrio para o lado do éster; •Remoção de água ou álcool desloca o equilíbrio para o lado do ácido carboxílico e éster, respectivamente. 35 A protonação do oxigênio carbonílico aumenta a suscetibilidade do carbono carbonílico a ataques nucleofílicos. Hidrólise de éster catalisada por ácido MOTIVO: o grupo de saída é ROH, uma base mais fraca do que o grupo de saída (RO- ) em uma reação não catalisada. 36 mais suscetível para adição por um nucleófilo menos suscetível para adição por um nucleófilo 37 Liste os seguintes ésteres em ordem do mais reativo para o menos reativo em relação à hidrólise: Exercício de fixação Resposta: Quanto mais fraca a base (grupo de saída), mais fácil ocorrerá a hidrólise do éster. Então, agora precisamos comparar os fundamentos do três íons fenolatos. O íon fenolato substituído por nitro é a base mais fraca porque o grupo nitro retira elétrons indutivamente e por ressonância, o que diminui a concentração de carga negativa do oxigênio. O íon fenolato substituído por metoxi é a base mais forte porque o grupo metoxi doa elétrons por ressonância mais do que retira elétrons indutivamente, de modo que a concentração de carga negativa no oxigênio é aumentada. Portanto, os três ésteres têm a seguinte reatividade relativa em relação à hidrólise Hidrólise de ésteres com grupos alquílicos terciários Os ésteres com grupos alquílicos terciários sofrem hidrolises muito mais rapidamente do que outros ésteres porque se hidrolisam por um mecanismo completamente diferente — que não envolve a formação de um intermediário tetraédrico. A hidrólise de um éster com um grupo alquílico terciário é uma reação SN1 porque no momento em que o ácido carboxílico sai deixa para trás um carbocátion terciário relativamente estável. 38 Saída do grupo para formar um carbocátion terciário Reação de o carbocátion com um nucleófilo Transesterificação Aplicação: Síntese de Biodiesel https://www.webposto.com.br/blog/dicas/entenda-como-o-preco-do-biodiesel- esta-impactando-o-preco-final-do-diesel/ 39 Transesterificação 40 O mecanismo da transesterificação catalisada por ácido é idêntico ao mecanismo da hidrólise de éster catalisada por ácido, exceto que o nucleófilo é ROH em vez de H2O. Hidrólise de éster promovida pelo íon hidróxido Os íons carboxilatos o carregados negativamente, nunca serão atacados por nucleofilos. 41 quanto mais básica a solução, menor sua concentração Hidrólise de éster promovida pelo íon hidróxido Os íons carboxilatos o carregados negativamente, nunca serão atacados por nucleofilos. 42 quanto mais básica a solução, menor sua concentração Hidrólise de éster promovida pelo íon hidróxido Os íons carboxilatos são carregados negativamente, eles nunca serão atacados por nucleofilos. Nesse caso, o íon hidróxido é um reagente, por não regenerar no final do processo não pode ser considerado um catalisador. 43 A reação nas quais o nucleófilo é um álcool pode ser promovida pela base conjugada do álcool. A função do íon alcóxido é fornecer um nucleofilo forte para a reação, portanto somente reações nas quais o nucleófilo e um álcool podem ser promovidas pela sua base conjugada. Transesterificação 44 Substituição nudeofílica para grupos acila: intermediário tetraédrico O intermediário tetraédrico é instável para ser isolado, como podemos ter certeza que ele é formado? Se a reação fosse similar à SN2 o intermediário tetraédrico não seria formado, nesse caso seria formado um estado de transição: Myron Bender investigou a hidrólise promovida pelo íon hidróxido do benzoato de etila com o oxigênio carbonílico do benzoato de etila marcado com O18. 45 46 Se a reação tivesse seguido o mecanismo de uma etapa de deslocamento direto, todo o éster isolado teria se mantido marcado porque o grupo carbonílico não participaria da reação. Bender apresentou evidência sobre à formação reversível do intermediário tetraédrico. Éster não marcado Nem todo éster isolado havia o oxigênio marcado. 8 47 Hidrólise de éster catalisada por base: Saponificação 48 49 50 Em solução aquosa, o sabão forma micelas, com as cabeças polares (grupos carboxilatos) na superfície e as caudas apolares (ácidos graxos R grupos) no interior Surfactantes - Detergentes 51 Reações de ácidos carboxílicos Reatividades relativas para substituição nucleofílica acílica Esterificação de Fischer 52 Os ácidos carboxílicos não sofrem reações de substituição nucleofílica acílica com aminas. Como o ácido carboxílico tem um pKa mais baixo do que a amina, o ácido carboxílico doa imediatamente um próton para a amina quando as duas substâncias são misturadas. O sal carboxilato de amônio e o produto final de reação; o íon carboxilato não é reativo e a amina protonada não é um nucleofilo. Reações de ácidos carboxílicos 53 Reação ácido-base Reações de ácidos carboxílicos: síntese de amidas promovida por DCC 54 Amidas – Ligação peptídica Ligação de hidrogênio Ligação de hidrogênio entre grupos amida de cadeias pepitídicas. Essa interação entre as cadeias (denominada folha β) é importante para a estrutura de muitas proteínas. 55 Reações de amidas As amidas são substâncias bem pouco reativas, o que e animador, uma vez que proteínas são compostas de aminoácidos ligados por ligações amida. As amidas não reagem com íons haletos, íons carboxilatos, álcoois ou água porque, em cada caso, o nucleófilo que se aproxima é uma base mais fraca do que o grupo de saída que o da amida. 56 Reações de amidas As amidas são substâncias bem pouco reativas, o que e animador, uma vez que proteínas são compostas de aminoácidos ligados por ligações amida. As amidas não reagem com íons haletos, íons carboxilatos, álcoois ou água porque, em cada caso, o nucleófilo que se aproxima é uma base mais fraca do que o grupo de saída que o da amida. As amidas, no entanto, reagem com água e álcoois se a mistura reacional for aquecida na presença de ácidos. 57 Teoria de orbital molecular: as amidas são pouco reativas As amidas possuem uma importante forma de ressonância na qual o nitrogênio compartilha seus pares de elétrons livres com o carbono carbonílico — o orbital que contém par de elétrons livres se sobrepõe ao orbital compartilhado do grupo carbonílico. Essa sobreposição diminui a energia do par de elétrons livre — ele não e nem básico nem nucleofílico — e aumenta a energia do orbital π* do grupo carbonílico, tornando-o menos reativo a ataques de nucleófilos. 58 Uma amida com o grupo NH2 pode ser desidratada a uma nitrila. Os agentes desidratantes normalmente empregados para essa finalidade são: P2O5, POCl3 e SOCl2. Reações de amidas 59 Hidrólise de amidas catalisada por ácido A reação ocorre melhor por catálise ácida: amônia é uma base fraca (bom grupo abandonador); amideto não é bom grupo abandonador. 60 Hidrólise de uma imida: Síntese de Gabriel 61 Síntese de aminas primárias Hidrólise de nitrilas As nitrilas são tão difíceis de hidrolisar quanto as amidas. As nitrilas são hidrolisadas lentamente a ácidos carboxílicos quando aquecidas com água e um ácido. Mecanismo: 62 Planejamento: Síntese de substâncias cíclicas Substânciascíclicas são formadas por reações intramoleculares: os dois grupos reagentes estão presentes na mesma molécula. Uma reação intramolecular é particularmente favorável se a reação formar substâncias com anéis de cinco ou seis membros. Um éster cíclico (uma lactona) pode ser preparado a partir de um reagente que tem tanto o grupo acido carboxílico quanto o grupo álcool na mesma molécula. O tamanho do anel lactônico será determinado pelo número de átomos de carbono entre o grupo acido carboxílico e o grupo álcool. 63 Uma substância com um grupo cetona ligado ao anel benzênico pode ser preparada usando uma reação de acilação de Friedel-Crafts. Planejamento: Síntese de substâncias cíclicas 64 Um éter cíclico pode ser preparado pela síntese intramolecular de Williamson Planejamento: Síntese de substâncias cíclicas 65 Planejamento: Síntese de substâncias cíclicas Um éter cíclico também pode ser preparado por uma reação de adição eletrolítica intramolecular. Reação de alquilação de Friedel-Crafts intramolecular. 66 Síntese de derivados de ácidos carboxílicos Ativação de ácidos carboxílicos para reações de substituição nucleofílica acílica em laboratório Ácido acético Ácido butanoico Ácido benzoico Cloreto de tionila Cloreto de acetila Tricloreto de fósforo Tribrometo de fósforo Cloreto de butanoíla Brometo de benzoíla Ácido fosfórico 67 68 Preparo de cloretos de acila 69 Anidridos Os ácidos carboxílicos podem também ser ativados para uma reação de substituição nudeofílica acílica ao serem convertidos em anidridos. Os anidridos são produzidos ao se tratar os ácidos carboxílicos com agentes desidratantes fortes, como P2O5. 70 Ativação dos íons carboxilato para reações de substituição nudeofílica acílica em sistemas biológicos A síntese de substâncias pelos organismos biológicos é chamada biossíntese. Nos organismos vivos a ativação dos ácidos carboxílicos ocorre pela conversão dos mesmo em: Fosfato de acila: uma mistura de anidrido de ácido carboxílico e ácido fosfórico; Pirofosfato de acila: uma mistura de anidrido de ácido carboxílico e ácido pirofosfórico Adenilato de acila: uma mistura de anidrido de ácido carboxílico e adenosina monofosfato (AMP 71 Ativação dos íons carboxilato para reações de substituição nudeofílica acílica em sistemas biológicos Fosfatos de acila são formados pelo ataque nucleofílico de um íon carboxilato no fósforo y (o fósforo terminal) do ATP. O ataque de um nucleófilo no grupo P = 0 rompe uma ligação fosforoanidrido (e não a ligação π), por isso não é formado um intermediário. Essencialmente, é uma reação SN2 com uma adenosina pirofosfato como grupo de saída. 72 Os pirofosfatos de acila são formados pelo ataque nucleofílico de um íon carboxilato no fósforo β do ATP. Ativação dos íons carboxilato para reações de substituição nudeofílica acílica em sistemas biológicos 73 Os adenilatos de acila são formados pelo ataque nucleofílico de um íon carboxilato no fósforo a do ATP Ativação dos íons carboxilato para reações de substituição nudeofílica acílica em sistemas biológicos 74 Ativação dos íons carboxilato para reações de substituição nudeofílica acílica em sistemas biológicos Os tioésteres são as formas mais comuns de ativação de ácidos carboxílicos em uma célula. O íon tiolato é uma base mais fraca e, portanto, é um grupo de saída melhor do que o íon hidróxido. Existe menor deslocalização de elétrons porque ocorre menor sobreposição entre o orbital 3p do enxofre e o orbital 2p do carbono, comparado com a quantidade de sobreposição entre o orbital 2p do oxigênio e o orbital 2p do carbono 75 Ativação dos íons carboxilato para reações de substituição nudeofílica acílica em sistemas biológicos O tiol usado em sistemas biológicos para a formação de tioéster é a coenzima-A. A substância é escrita como ‘CoASH' para enfatizar que o grupo tiol é a parte mais reativa da molécula. 76 Ativação dos íons carboxilato para reações de substituição nudeofílica acílica em sistemas biológicos A primeira etapa da conversão de um ácido carboxílico em um tioéster é a conversão do ácido carboxílico em um adenilato de acila. O adenilato de acila reage com a CoASH para formar o tioéster. O acetil-CoA é o tioéster mais comum em células. 77 Ativação dos íons carboxilato para reações de substituição nudeofílica acílica em sistemas biológicos A acetilcolina, um éster, é um exemplo de um derivado de ácido carboxílico que as células sintetizam usando a acetil-CoA. A acetilcolina é um neurotransmissor — uma substância que transmite impulsos nervosos através das sinapses entre as células nervosas. 78 BARBOSA, L.C.A. Introdução à Química Orgânica. São Paulo: Prentice Hall, 2ed., 2011. BRUICE, P. Química Orgânica, vol.2, 4 ed. São Paulo, Pearson, 2006. CLAYDEN, J.; REEVES, N. Organic Chemistry. Oxford University Press: United Kingdom, 2000. SOLOMONS, G.; FRYHLE, C. B. Química Orgânica, v. 2, 10ª edição, (traduzida da original - John Wiley & Sons, Inc), Rio de Janeiro: LTC - Livros Técnicos e Científicos Editora, 2013. Referências 79
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