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Aula 6 - Introspeccionismo, Funcionalismo, Estruturalismo e Associacionismo (1)

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Conceitos de Teorias e Sistemas em Psicologia
Prof. Wladimir Jatobá de Menezes
Msc. Psicologia Social do Trabalho e das Organizações - UnB
jatoba.menezes@gmail.com 
História da Psicologia 
Psicologia Científica
Alemanha do final do século 19.
Wundt, Weber e Fechner trabalharam juntos na Universidade de Leipzig. E Edward B. Titchner e o americano William James.
Seu status de ciência é obtido à medida que se “liberta” da Filosofia, que marcou sua história até aqui, e atrai novos estudiosos e pesquisadores, que, sob os novos padrões de produção de conhecimento, passam a: 
definir seu objeto de estudo (o comportamento, a vida psíquica, a consciência); 
delimitar seu campo de estudo, diferenciando-o de outras áreas de conhecimento, como a Filosofia e a Fisiologia; 
formular métodos de estudo desse objeto; 
formular teorias enquanto um corpo consistente de conhecimentos na área.
Wilhelm Wundt, na qualidade de fundador da nova ciência da psicologia, é uma das mais importantes figuras do campo. 
Sua abordagem da psicologia é vital para uma compreensão da história desta disciplina. 
Primeira proposta de uma ciência nova da psicologia está no seu livro intitulado Contribuições para a Teoria da Percepção Sensorial, que foi publicado em partes entre 1858 e 1862.
Wilhelm Wundt (1832-1920)
Nesse livro usou pela primeira vez o termo psicologia experimental. Ao lado de Elementos de Psicofísica (1860), de Fechner, o Beitrãge (Contribuições) é com freqüência considerado o marco do nascimento literário da nova ciência. 
Em 1863, escreveu o livro Conferências sobre as Mentes dos Homens e dos Animais. 
Nesse livro discutiu problemas, como o tempo de reação e a psicofísica, que iriam ocupar a atenção dos psicólogos experimentais durante anos. 
Wilhelm Wundt (1832-1920)
Wilhelm Wundt (1832-1920)
A partir de 1867, Wundt ofereceu em Heidelberg um curso de psicologia fisiológica, a primeira proposta formal de um tal curso no mundo. 
De suas palestras originou o livro Princípios de Psicologia Fisiológica, publicado em duas partes nos anos de 1873 e 1874. 
Esse livro estabeleceu a psicologia como ciência de laboratório, com suas próprias perguntas e métodos de experimentação. 
Obs.: na época, a palavra “fisiológico” era usada como sinônimo da palavra equivalente a experimental em alemão. 
Assim, Wundt ensinava e escrevia sobre psicologia experimental, e não sobre a psicologia fisiológica tal como a conhecemos hoje. 
O Sistema de Psicologia de Wundt
Recorreu aos métodos experimentais das ciências naturais, particularmente às técnicas usadas pelos fisiologistas. 
Adaptou esses métodos científicos de investigação aos objetivos da nova psicologia e passou a estudar o seu objeto da mesma maneira como os cientistas físicos estudavam o seu. 
Espíritos da época no campo da fisiologia e da filosofia ajudou a moldar tanto o objeto de estudo da nova psicologia como os seus métodos de investigação. 
O Sistema de Psicologia de Wundt
O objeto de estudo da psicologia de Wundt era, em uma palavra, a consciência. Num sentido amplo, o impacto do empirismo e do associacionismo do século XIX refletiu-se, ao menos em parte, no sistema de Wundt. 
Sua concepção da consciência foi que ela inclui muitas partes ou características distintas e pode ser estudada pelo método da análise ou redução. 
Wundt escreveu: “O primeiro passo na investigação de um fato tem de ser, por conseguinte, uma descrição dos elementos individuais, em que ele consiste”. 
Nesse ponto acaba a semelhança entre a abordagem de Wundt e a da maioria dos empiristas e associacionistas. 
O Sistema de Psicologia de Wundt
Wundt não concordava com a tese de que os elementos da consciência são entidades estáticas, átomos da mente, passivamente ligados por algum processo mecânico de associação. 
Wundt partilhava a opinião de John Stuart Mill, segundo a qual a consciência era mais ativa na organização do seu próprio conteúdo. 
Portanto, o estudo dos elementos, do conteúdo ou da estrutura da consciência, feito isoladamente, só forneceria o começo da compreensão de processos psicológicos. 
O Sistema de Psicologia de Wundt
Destaque à capacidade auto-organizadora da mente ou consciência, Wundt denominava seu sistema voluntarismo, que deriva da palavra volição, definida como o ato ou capacidade de desejar. 
Voluntarismo é um termo que se refere ao poder que a vontade tem de organizar os conteúdos da mente em processos de pensamento de nível superior. 
Wundt não enfatizava os elementos em si, mas o processo de organizar ativamente, ou sintetizar, esses elementos. 
A Natureza da Experiência Consciente 
Os psicólogos deveriam ocupar-se do estudo da experiência imediata, e não da mediata. 
A experiência imediata é a experiência como se dá diretamente, fenomenalmente, ao observador.
A experiência mediata nos oferece informações ou conhecimento sobre coisas que não os elementos da experiência em si. É experiência que foi sujeita a inferências conceptualizações
Por exemplo, quando olhamos uma flor e dizemos: “A flor é vermelha”, essa afirmação implica que o nosso interesse primordial é a flor, e não o fato de passarmos pela experiência do vermelho. 
A Natureza da Experiência Consciente 
A experiência imediata de olhar para a flor, contudo, não está no objeto em si, mas na experiência de uma coisa vermelha. 
A experiência imediata não sofre o viés de interpretações como descrever a experiência da cor vermelha da flor em termos do próprio objeto — a flor. 
Quando descrevemos nossa sensação de desconforto por causa de uma dor de dente, relatamos a nossa experiência imediata. Entretanto, se simples mente disséssemos: “Estou com dor de dente”, estaríamos voltados para a experiência mediata. 
Para Wundt, são as experiências básicas que formam os estados de consciência ou os elementos mentais que a mente então organiza ativamente ou sintetiza. Ele pretendia analisar a mente ou consciência até chegar em seus elementos ou partes componentes, assim como os cientistas naturais decompunham seu objeto de estudo, o universo material. 
Método Introspectivo
Como a psicologia de Wundt é a ciência da experiência consciente, o método psicológico deve envolver a observação dessa experiência. 
Só a pessoa que tem essa experiência pode observá-la, razão por que o método deve envolver a introspecção — o exame do próprio estado mental (denominava percepção interior). 
O uso da introspecção não foi inventado por Wundt; ele remonta a Sócrates (“Conhece-te a ti próprio”). 
A inovação de Wundt foi a aplicação do controle experimental preciso às condições da introspecção. 
Método Introspectivo
Para obter informações acerca da operação desses órgãos, o investigador aplicava um estímulo a um deles e pedia ao sujeito que relatasse a sensação produzida. 
Quando se diz “Estou com fome”, está se fazendo introspecção relatando uma observação que se fez da própria condição interior. 
O método introspectivo seguia condições experimentais estritas, que obedeciam a regras explícitas: 
O observador deve ser capaz de determinar quando o processo pode ser introduzido; 
Ele deve estar num estado de prontidão ou de atenção concentrada; 
Deve ser possível repetir a observação várias vezes; 
As condições experimentais devem ser passíveis de variação em termos.
Manipulação controlada dos estímulos. 
Esta última condição invoca a essência do método experimental: variar as condições da situação-estímulo e observar as modificações resultantes nas experiências do sujeito. 
Método Introspectivo
O relato introspectivo que Wundt buscava eram os julgamentos conscientes do sujeito acerca do tamanho, da intensidade e da duração de vários estímulos físicos — os tipos de julgamentos quantitativos feitos na pesquisa psicofísica. 
Poucos eram os relato de natureza subjetiva ou qualitativa, tais como o caráter agradável ou não de diferentes estímulos, a intensidade de imagens ou a qualidade de determinadas sensações. 
Os estudos se baseavam em medidas objetivas que envolviam sofisticadosequipamentos de laboratório, e muitas dessas medidas se referiam a tempos de reação, que podem ser registrados quantitativamente. 
A partir dessas medidas objetivas, Wundt inferia informações acerca de elementos e processos conscientes. 
Estruturalismo
O Estruturalismo de Edward Bradford Titchener
Surgiu com o inglês Edward Bradford Titchener (1867–1927);
O Estruturalismo estuda o mesmo fenômeno que o Funcionalismo: a consciência.
Fundamenta-se no estudo dos elementos ou conteúdos mentais e sua conexão mecânica, mediante o processo de associação, porém, descartava a idéia de que a percepção (processo mental através do qual cada indivíduo percebe e interpreta o mundo) tenha alguma participação nesse processo.
Como Wundt, os conhecimentos obtidos serão estritamente experimentais, produzidos em laboratórios.
Objeto de Estudo do Estruturalismo
De acordo com Titchener, o objeto de estudo da psicologia é a experiência consciente. 
Seguidor e aluno de Wundt, Titchener expandiu expandir os cenários da psicologia. Partiu da Alemanha os Estados Unidos da América.
Seu objetivo era estudar o conteúdo da mente e a estrutura da consciência. 
Titchener definiu três estados elementares da consciência:
O estado da sensação – elementos básicos das sensações e percepção;
O da imagem – elementos das imagens;
Os estados afetivos – são os elementos das emoções (amor, ódio e tristeza). 21
Objeto de Estudo do Estruturalismo
Os estudos concentravam-se nos elementos propriamente ditos, e acreditava que a Psicologia deveria procurar descobrir a natureza das experiências conscientes elementares, para determinar sua estrutura, através da análise das partes que a formam.
Seu objeto de estudo era a estrutura consciente da mente e do comportamento, sobretudo as sensações. 
Objeto de Estudo do Estruturalismo
O método usado por Titchener era a introspecção: nela o indivíduo explora sistematicamente seus próprios pensamentos e sensações a fim de ganhar informações sobre determinadas experiências sensoriais. 
A tônica do trabalho era compreender o que é a mente antes de questionar “os como e porquês” de seu funcionamento. 
Contribuições a Psicologia
Titchener definia a consciência como a soma das experiências existentes em certo momento e a mente como a soma das experiências acumuladas ao longo do tempo. 
Para ele, o único objetivo legítimo da Psicologia deveria ser descobrir os fatos estruturais da mente e estudá-los.
Funcionalismo
O Funcionalismo de William James
Primeiro Sistema genuinamente americano.
Iniciou nos EUA com William James (1820-1903).
Sua força derivou da sua oposição do estruturalismo.
O Funcionalismo procura dar uma resposta exata e sistemática às interrogações “O que fazem os homens?” e “Por que o fazem?”.
Objeto de Estudo do Funcionalismo
Sustentava que a mente deve ser estudada em função de sua utilidade para o organismo, tendo em conta a adaptação ao seu meio. Por outras palavras, o estudo definirá "para que é" a mente e não "o que é" a mente. 
Investigação da consciência que deveria ser em torno da função dela e da sua relação com o meio. Um funcionalista está interessado na função do comportamento e da consciência do organismo, na sua adaptação ao meio. (Influência da teoria evolucionista de Darwin). 
Objeto de Estudo do Funcionalismo
Metodologicamente, os funcionalistas não excluem a auto-observação defendida pelo estruturalismo, mas sugerem cautela pois, para eles, não há garantia de que a auto-observação tenha sido bem feita. 
Quanto à introspecção de Wundt, eles se opõem radicalmente.
Pragmatismo e processo.
O conhecimento é válido por sua utilidade.
Contribuições do Funcionalismo na Psicologia
Incorporação da pesquisa do comportamento animal complementava o método introspectivo com dados obtidos por meio de outros métodos como a pesquisa fisiológica, os testes mentais, os questionários e descrições objetivas do comportamento.
Fatores importantes no Funcionalismo
Teoria de Darwin;
Zeitgeist Americano (de teor prático e útil);
Maior cientificidade;
Dificuldades financeiras que obrigaram grande parte dos psicólogos a enveredarem por uma psicologia aplicada.
Associacionismo
O Associacionismo de Edward Lee Thorndike
O principal representante do Associacionismo é Edward L. Thorndike, 
Formulador de uma primeira teoria de aprendizagem na Psicologia. 
O termo associacionismo origina-se da concepção de que a aprendizagem se dá por um processo de associação das idéias – das mais simples às mais complexas. Assim, para aprender uma coisa complexa, a pessoa precisaria primeiro aprender as idéias mais simples, que ela estariam associadas. 
Associacionismo e a Lei do Efeito
Thorndike formulou a Lei do Efeito, que seria de grande utilidade para a Psicologia Comportamentalista. 
De acordo com essa lei, todo o comportamento de um organismo vivo (um homem, um pombo, um rato, etc.) tende a se repetir, se nós o recompensarmos (efeito) assim que ele o emitir. 
Por outro lado, o comportamento tenderá a não acontecer, se o organismo for castigado (efeito) após sua ocorrência. E, pela Lei do Efeito, o organismo irá associar essas situações com outras semelhantes
Para isso Thorndike inventou a caixa-problema, onde eram presos gatos famintos, e ele procurou observar como eles se comportavam para fugirem da caixa e comerem o alimento que era colocado próximo à mesma. 
Com essa experiência Thorndike conseguiu mostrar que a concepção de aprendizagem (formação de conexões estímulo-resposta) está sujeita a três leis principais, sendo as mais importantes: lei do efeito e a lei do exercício. (Filme Thorndike Puzzle)
Contribuições do Associacionismo na Psicologia
Contribuições do Associacionismo na Psicologia
A lei dos efeitos - bases para o behaviorismo de Skinner.
Thorndike foi muito criticado por defender que as sensações agradáveis e desagradáveis que um sujeito sente ao responder um estímulo funcionam como elemento de fixação de respostas. 
Prof. Wladimir Jatobá de Menezes
Msc. Psicologia Social do Trabalho e das Organizações - UnB
jatoba.menezes@gmail.com

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