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CONSULTA DO ADOLESCENTE · O adolescente confere idade dos 10 aos 20 anos incompletos, segundo a OMS, muitas vezes o adolescente se encontra desassistido porque não se identifica na pediatria nem no medico de ´´adulto``. · Nessa fase há uma vulnerabilidade muito grande, uma vez que, muitas mudanças físicas, psíquicas, sociais e comportamentais, sendo um grande desafio a comunicação para com o paciente. · Geralmente o adolescente não vai por conta própria ao pediatra. · São direitos dos adolescentes: Ser atendido em unidades de saúde e serviços de saúde (inclusive sozinho com sigilo médico), já em casos de internação o adolescente tem direito a um acompanhante. O que muda na anamnese: · As etapas são as mesmas · É necessário clarear o ambiente, deixar todas as informações muito claras, deve-se haver uma comunicação clara e de confiança, porém é necessário manter o sigilo e suas exceções (se trouxer risco para ele e/ou terceiros deve-se quebrar o sigilo) . · Geralmente a consulta é dividida em 3 momentos: Um com pais e adolescentes; outro só com o adolescente; e depois com o retorno dos pais. É necessário uma avaliação bastante ampla, do ambiente e percepção da relação familiar. Anamnese – Primeira etapa · Saber de quem é a queixa (dos pais ou paciente); A QP pode ser uma doença, questões comportamentais ou demanda específicas, como ´´melhorar a alimentação`. · No IS é feito diretamente ao adolescente, ver as consultas com outras especialidades. · Fundamental dar espaço ao paciente fale e relate os dados trazidos na consulta. · Ter bastante atenção aos transtornos alimentares, avaliar condições de telas, moradia e violência. · Ambiente escolar, familiar, espiritualidade, condições culturais e atividade física devem ser questionados. Anamnese – Segunda etapa · Momento da avaliação a sós com o adolescente. Deve-se abordar novamente o motivo da consulta que pode ser diferente do que foi relatado anteriormente. · Deve-se avaliar novamente, questões de autoimagem e autoestima, conflitos familiares e sociais, atividades desempenhadas no lazer, áreas de interesse e aspirações. · Atividade sexual: Duvidas e esclarecimentos, iniciação, identidade de gênero e sempre deixando claro a importância da dupla proteção. · Investigar sobre uso de substâncias, situações de risco, acidentes e sofrimento emocional. · *Essa etapa não é obrigatória: se o paciente não quiser não haverá esse momento. Anamnese – Terceira etapa · Momento com os pais/cuidadores se o adolescente concordar, geralmente quando há situações de conflito ou de risco. · Todo o processo deve ter o conhecimento do paciente. ABORDAGEM HEEADSSS [Ferramenta complementar a anamnese] · Tem como objetivo ser direto e pratico para avaliação do paciente. Serve para sabermos o que será perguntado ao adolescente, que seja um mecanismo que deixe o adolescente confortável para falar, geralmente feito na segunda etapa da anamnese. EXAME FÍSICO · Deve ser feito sempre de forma segura e com privacidade, sempre cobrindo a parte que não tá sendo avaliada. · Sempre recomendada a presença de uma terceira pessoa (acompanhante ou até um outro colega da área de saúde). · Sempre explicar o passo a passo do exame e informar ao paciente o que está sendo feito, sempre acalmar o paciente a cada achado. · O roteiro será parecido com o de todo paciente independente da idade, mas se atentar ao gráfico de IMC e de crescimento corporal. · Maturação sexual é imprescindível que seja feito pelos critérios de Tanner, alem de ser necessário o exame da genitálias (preferencialmente ao final da consulta), caso o paciente não permita é importante respeita, mas investigar o motivo dele não deixar avaliar. Estadiamento de Tanner: DIAGÓSTICO · Trabalharemos com os mesmos pontos: Nutricional, Alimentar, Imunização, Neuropsicomotor(campo mais amplo de avaliação), Patológicos. ORIENTAÇÕES E CONDUTAS · Fundamental uma conversa detalhada sobre os pontos importantes na consulta, rever se ficou algumas duvidas. · Fundamental explicar o motivo de toda recomendação (Por exemplo, o risco de uma má alimentação, atividade física...) · Desenhar e explicar detalhadamente os planos de ação – escolher prioridades e traçar metas. ENCAMINHAMENTOS E PRESCRIÇÃO · Avaliação com outros profissionais, no caso de meninas sempre encaminhar para ginecologia, ver se será necessário uso de algum medicamento e/ou suplementação, avaliar se pertinente uma avaliação laboratorial e alinhar o retorno deixando um canal aberto de comunicação.
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