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Asma e DPOC Distúrbios pulmonares obstrutivos: asma, bronquite, enfisema, bronquiectasias, fibrose cística – Doenças caracterizadas por redução no fluxo aéreo expiratório DPOC: bronquite crônica, enfisema – O termo DPOC é limitado a estas duas doenças, em alguns pacientes ambas coexistem. ASMA: Doença crônica de natureza inflamatória caracterizada por hiper-reatividade das vias aéreas inferiores a vários estímulos. Vários fatores causais desencadeantes: alérgenos (pólen, ácaros, poeira...), drogas (propranolol, narcóticos, anestésicos locais...), irritantes (fumaças e odores), infecção viral etc. Doença crônica mais comum em crianças. A asma grave é responsável pelo maior número de internações e visitas à emergência. Complicações: Como caracterizada pela dificuldade do processo expiratório, vai ocorrer acúmulo aéreo em vias aéreas inferiores, aumentando a pressão e romper os espaços. · Pneumomediastino · Pneumotórax · Pneumopericárdio · Pneumonia – muito comum · Rolhas de muco (impactação mucoide) · Atelectasia · Aspergilose broncopulmonar alérgica (APBA) · Pneumonia eosinofilica · Síndrome de Churg-Strauss Paciente com asma são mais susceptíveis a infecções virais respiratórias do que as não asmáticas. O rinovírus humano é considerado o principal vírus associado a exarcebações em asmáticos. Na imagem: Raio-X normal – é o que geralmente é encontrado em pacientes asmáticos é uma radiografia NORMAL! Em pacientes com doença mais grave, os achados de imagem incluem: · Espessamento de paredes brônquicas – principalmente brônquios segmentares e subsegmentares – (imagens anelares ou em “trilho de trem”). · Oligoemia periférica – vasos pouco proeminentes na periferia pulmonar. · Hiperinsuflação pulmonar – resultando em achatamento das cúpulas do diafragma e aumento do espaço retroesternal. · Atelectasia - consolidação focal (infecção ou ABPA) ou multifocal (pneumonia eosinofílica crônica) · Pneumomediastino e pneumotórax - raro Na imagem: espessamento brônquico (*Sinal de broncopatia inflamatória). Na imagem: espessamento das paredes brônquicas, hiperinsuflação pulmonar (horizontalização dos arcos costais e tórax alongado). Achados no RX: O Raio-X geralmente não é necessário em pacientes (principalmente pediátricos) que apresentam um episódio de asma agudo, desde que o diagnóstico seja inequívoco. Quando é necessário? · Quando o diagnóstico é duvidoso – pode revelar outra causa de dispneia · Com diagnóstico de asma ocorre dor pleurítica (dor ventilatório dependente) – pneumotórax e/ou pneumomediastino podem ser identificados · Febre – uma pneumonia pode induzir ou aumentar os sintomas de asma · Piora clínica inesperada ou inexplicável – tampão mucoso pode causar atelectasia. Na imagem: atelectasia do lobo inferior esquerdo em razão de tampão mucoso nos brônquios – Paciente com piora clínica inexplicável. Na imagem: pneumotórax – paciente com dor pleurítica aguda Na imagem: consolidação em lobo inferior esquerdo Na imagem: brônquios proximais dilatados contendo uma mistura pegajosa de muco e Aspergillus fumigatus (ABPA) Achado na TC: · A TC pode ser normal (10 a 30% dos casos) ou mais comumente apresentar espessamento de paredes brônquicas. · Padrão de atenuação em mosaico nas imagens inspiratórias e aprisionamento aéreo no estudo em expiração · Manifestações menos comuns: bronquiectasias (geralmente cilíndricas), impactação mucoide (principalmente na ABPA), nódulos centrolobulares (impactação mucoide), bronquioloectasias e cistos (raros) · Presença de consolidação crônica multifocal bilateral, associada ou não a opacidades em vidro fosco, de distribuição periférica, deve levantar a suspeita de pneumonia eosinofílica crônica. Na imagem: brônquios de paredes espessadas, com redução do lúmen Na imagem: A- Inspiração; B- Expiração: aprisionamento aéreo, áreas mais opacificadas e áreas de menos atenuação (padrão em mosaico) Na imagem: bronquiectasias Na imagem: consolidações – pneumonia eosinofílica em paciente asmático Na imagem: ABPA – bronquiectasias e micronódulos centrolobulares com aspecto de árvore em brotamento. DPOC: Patologia respiratória com repercussões sistêmicas, caracterizada por limitação crônica do fluxo aéreo, e não é totalmente reversível. O fator de risco maus importante é o tabagismo O termo DPOC engloba os conceitos de: Bronquite crônica: tosse com expectoração na maior parte dos dias, por um período mínimo de 3 meses ao ano, em pelo menos 2 anos consecutivos, afastadas outras causas Enfisema: Destruição do parênquima pulmonar e alargamento permanente do espaço aéreo distal aos bronquíolos terminais, determinando perda da elasticidade pulmonar e colabamento de pequenas áreas. Achados do Raio-X: Rx de tórax tem papel limitado no diagnostico de DPOC, sendo mais útil na identificação de eventuais complicações (pneumonia e pneumotórax) Os sinais de hiperinsuflação pulmonar são mais frequentes e mais facilmente caracterizados, refletindo o aumento do espaço aéreo decorrente do enfisema: · Rebaixamento da cúpula diafragmática · Aumento da altura do pulmão direito · Retificação das cúpulas diafragmáticas · Aumento do espaço aéreo retroesternal Na imagem: Rx sem alterações significativas (aspecto radiológico mais comum na DPOC) – Paciente com DPOC clínica grave. Na imagem: Sinais de hiperinsuflação (rebaixamento e retificação das cúpulas diafragmáticas) principalmente no pulmão direito e bolhas em ambos os terços superiores (enfisema). Na imagem: hiperinsuflação pulmonar – (rebaixamento e retificação das cúpulas diafragmáticas) Na imagem: bolhas enfisematosas Na imagem: traqueia em bainha de sabre – RARO Indicação de Raio-X na DPOC: Paciente com DPOC conhecida -> piora aguda -> Sem intercorrências clínicas adicionais preocupantes -> RX não indicado Paciente com DPOC conhecida -> piora aguda -> piora clínica inesperada ou achados clínicos confusos – RX INDICADO (Excluir pneumotórax ou pneumonia). Na imagem: linha pleural – pneumotórax Na imagem: consolidação em lobo superior direito + bolhas (enfisema) – Pneumonia. Achados na TC: Processo inflamatório crônico de vias aéreas nos fumantes -> Destruição das estruturas alveolares e aumento do espaço aéreo -> ENFISEMA . Na imagem: evolução de um paciente com DPOC, com enfisemas no parênquima pulmonar. Na imagem: áreas enfisematosas Na imagem: enfisemas Na imagem: software que auxilia no cálculo da área destruída - enfisema
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