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CENTRO UNIVERSITÁRIO ATENAS GEISY DE SOUZA COSTA O TRABALHO DO PSICÓLOGO FRENTE A GRAVIDEZ PRECOCE Paracatu 2021 GEISY DE SOUZA COSTA O TRABALHO DO PSICÓLOGO FRENTE A GRAVIDEZ PRECOCE Projeto de Pesquisa apresentado ao curso de Psicologia do Centro Universitário Atenas, como requisito parcial para aprovação na disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC I). Área de Concentração: Psicologia da Saúde. Orientadora: Prof. Msc. Analice Aparecida dos Santos Paracatu 2021 GEISY DE SOUZA COSTA O TRABALHO DO PSICÓLOGO FRENTE A GRAVIDEZ PRECOCE Monografia apresentada ao curso de Psicologia do UniAtenas, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Psicologia. Área de Concentração: Psicologia da Saúde. Orientador: Prof.ª Msc. Analice Aparecida dos Santos. Banca Examinadora: Paracatu - MG, 11 de junho de 2021. Prof.ª Msc. Analice Aparecida dos Santos UniAtenas Prof.ª Msc. Ana Cecília Faria UniAtenas Prof.ª Esp.Débora Delfino Caixeta UniAtenas AGRADECIMENTOS A força maior para enfrentar toda e qualquer dificuldade vem de um ser supremo , por isso antes de tudo agradeço a Deus por ter me proporcionado tanta força nessa caminhada , por não ter me deixado fraquejar em meios a desafios que surgiram ao longo do caminho e por ter me presenteado com a família que eu tenho . Agradeço aos meus pais Edileno da Silva Costa e Eliene Oliveira de Souza Costa que através de Deus me deram a vida e o direito de conquistar o meu futuro tenho muito que agradecer ,pois foram a todo momento o meu ponto de apoio . Agradeço também Analice, a minha orientadora, que com toda sua paciência ,dedicação e conhecimento me conduziu para a conclusão desta etapa. Aos professores, que contribuíram com seu ensinamento e dedicação ao longo dessa caminhada. Agradeço também a todos que, de alguma forma, colaboraram para a realização e finalização deste trabalho. Que todos os nossos esforços estejam sempre focados no desafio á impossibidade.Todas as grandes conquistas humanas vieram daquilo que parecia impossível. (Charles Chaplin) RESUMO A adolescência é uma importante fase do desenvolvimento do ser humano para atingir a maturidade biopsicossocial, quando esta é associada à gravidez é obtido diversas experiências a serem enfrentadas, que com o apoio do psicólogo as dificuldades são minimizadas. Diante do grande índice de gravidez na adolescência, existe uma necessidade de entender os dilemas e conflitos que são enfrentados nesse período de tantas mudanças. O presente estudo teve por objetivo compreender os fatores psicossociais que se modificam na vida da adolescente a partir de uma gravidez precoce. Nessa época da vida da adolescente, uma gestação representa sérias complicações biológicas e familiares, psicológicas e econômicas, pois impactam a vida da adolescente e da sociedade, adiando e limitando as oportunidades de desenvolvimento e engajamento destas jovens na sociedade. Palavras chaves: Adolescência, Gravidez Precoce, Consequências, Psicologia. ABSTRACT Adolescence is an important phase of human development to reach biopsychosocial maturity, when it is associated with pregnancy, different experiences are obtained to be faced, which with the support of the psychologist, the difficulties are minimized. In view of the high rate of teenage pregnancy, there is a need to understand the dilemmas and conflicts that are faced in this period of so many changes. The present study aimed to understand the psychosocial factors that change in the adolescent's life from an early pregnancy. At this time in the adolescent's life, a pregnancy represents serious biological and family, psychological and economic complications, as it impacts the life of the adolescent and society, postponing and limiting the opportunities for development and engagement of these young women in society. Keywords: Adolescence, Early Pregnancy, Consequences, Psychology. SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 7 1.1 PROBLEMA .......................................................................................................... 8 1.2 HIPÓTESE ............................................................................................................ 8 1.3 OBJETIVOS .......................................................................................................... 9 1.3.1 OBJETIVO GERAL ............................................................................................ 9 1.3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS .............................................................................. 9 1.4 JUSTIFICATIVA DO ESTUDO .............................................................................. 9 1.5 METODOLOGIA DE ESTUDO ............................................................................ 10 1.6 ESTRUTURA DO TRABALHO ........................................................................... 11 2 ALTERAÇÕES QUE A GRAVIDEZ PROMOVE NA DINÂMICA PESSOAL E FAMILIAR ................................................................................................................ 12 3 CONSEQUÊNCIAS DA GRAVIDEZ PRECOCE NO PROJETO DE VIDA DAS ADOLESCENTES .................................................................................................... 16 4 CONTRIBUIÇÕES DA PSICOLOGIA JUNTO AOS FATORES QUE SE MODIFICAM PELA GRAVIDEZ PRECOCE .................................................................................. 19 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ..................................................................................... 23 REFERÊNCIAS ............................................................................................................ 23 7 1 INTRODUÇÃO A adolescência é um período de grandes mudanças físicas, sociais e psicológicas. É nessa fase que o sujeito amplia suas descobertas e pensamentos, que faz parte da constituição da identidade, visto que nesse período podem surgir conversas sobre namoro, brincadeiras e tabus. Com todas essas mudanças e novidades, o mundo adulto torna-se muito desejado, ao mesmo tempo em que provoca medo nas adolescentes (TABORDA et al., 2014). Esse estudo busca compreender o significado da gravidez precoce e os fatores que estão envolvidos junto a ela . A pesquisa teve como objetivo principal compreender os fatores psicossociais que se modificam na vida da adolescentes a partir de uma gravidez precoce ,buscando os motivos que levaram as adolescentes a engravidar precocemente e as principais consequências em sua vida . A gravidez é a forma que o ser humano tem para dar continuidade à sua espécie, sendo representada pela formação de um novo indivíduo. Neste período de vida da mulher, que inicia desde a fecundação, durando cerca de 40 semanas, e findando com o parto, é uma fase em que acontecem várias modificações profundas relacionadas ao estilo de vida, essas são em nível pessoal, na vida do casal (se existir parceiro), e toda a família, caracteriza-se como um período de preparação física e psicológica para a chegada do bebê e a prática da maternidade (MENDES, 2009). Quando adolescência e gravidez ocorrem juntas, podem acarretar sérias consequências para todos os familiares, mas principalmente para os adolescentes envolvidos, pois envolvem crises e conflitos. O que acontece é que esses jovens não estão preparados para assumir tamanha responsabilidade, fazendo com que muitos adolescentes saiam de casa, cometam abortos,deixem os estudos ou abandonem as crianças sem saber o que fazer ou fugindo da própria realidade. (BELO; SILVA, 2004). A gravidez pode ser considerada como uma fase de crise, que requer uma resposta adaptativa daqueles que participam deste período, no qual demanda novas formas de equilíbrio frente às transformações oriundas desta fase, das quais estão ligadas aos ritmos metabólicos e hormonais e ao processo de integração de uma nova autoimagem corporal, portanto, possuem impactos tanto no âmbito físico, quanto na área emocional. Também uma dimensão que pode ser afetada é a sexualidade (ARAÚJO, et al., 2012). 8 Psicologicamente a gravidez é vivida como um período de muitas perdas como da confiança da família, expectativas para o futuro devido o abandono da escola, abandono do namorado por não aceitar a gestação e ao mesmo tempo a gravidez é vivida como um período de ganho de responsabilidade que a adolescente ainda não está preparada para assumir, muitas vezes gerando problemas psicológicos como a baixa autoestima, vivência de alto nível de estresse, sintomas depressivos nos casos em que a gravidez foi indesejada (SCHWANKE e PINTO, 2010; MACIEL et al., 2012; SILVA, F. N. et al., 2012). A gravidez, especialmente na adolescência, pode evidenciar necessidades inconscientes, podendo ser uma experiência simbólica de renascimento, ou o bebê pode ser considerado alguém que pode preencher uma carência afetiva ou para suprir uma relação de insatisfação com a mãe. Além dos motivos usualmente atribuídos à gravidez na adolescência há outros mais a serem observados: desejo de engravidar, gravidez como estratégia de inserção no mundo adulto, a ideologia da maternidade e o desamparo emocional (MENEZES, 1996). 1.1 PROBLEMA Quais são os fatores psicossociais que se modificam na vida das adolescentes a partir de uma gravidez precoce? 1.2 HIPÓTESE A gravidez precoce causa grandes consequências para os adolescentes envolvidos e seus familiares. Geralmente esses jovens não estão preparados psicologicamente e financeiramente para assumir este tipo de responsabilidade que fazem com que muitos deixem seus estudos, saiam de casa, e até mesmo abandonem as crianças, sem saber o que fazer fugindo da própria realidade. Diante disso é importante considerar : a) a ação do psicólogo favorecendo o acolhimento e acompanhamento da adolescente e sua família, podendo proporcionar através dos acompanhamentos um suporte durante o momento que muitas vezes gera conflitos interiores tanto nas adolescentes quanto a pessoas que convive junto 9 no seu ambiente familiar. b) o trabalho do psicólogo gerado como um suporte sócio emocional instrutivo as gravidas precoce, construindo uma compreensão nos múltiplos sentimentos manifestos na gravidez. c) o apoio psicológico diante as transformações vindas pela gravidez, através das questões de abandono dos estudos, perda de liberdade. 1.3 OBJETIVOS 1.3.1 OBJETIVO GERAL Compreenderos fatores psicossociais que se modificam na vida da adolescente a partir de uma gravidez precoce. 1.3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS Identificar as alterações que uma gravidez precoce promove na dinâmica pessoal e familiar; Investigar as consequências da gravidez precoce no projeto de vida das adolescentes; Analisar as contribuições da psicologia junto aos fatores que se modificam pela gravidez precoce. 1.4 JUSTIFICATIVA DO ESTUDO Justifica-se a necessidade desse trabalho, para ressaltar a finalidade da atuação do psicólogo frente à gravidez na adolescência, que segundo Nascimento e Andrade (2013) é oferecer apoio e suporte, auxiliando em suas dúvidas, valorizando suas competências, buscando novas alternativas de vida diferentes ou mais adaptadas àquelas que já estavam traçadas, e também oferecer apoio à família . Santos e Carvalho (2006) afirmam que a adolescência é uma fase de desorganização psíquica. O adolescente não possui ainda a capacidade de organizar os conflitos e aspectos primitivos que vêm à tona e, ao lidar com seus impulsos 10 agressivos e sexuais, ao invés de elaborá-los internamente, ele, muitas vezes os descarrega em uma ação para satisfazer os desejos imediatos (SANTOS; CARVALHO, 2006). Segundo Taborda et al. (2014) gravidez na adolescência provoca consequências emocionais nos jovens envolvidos, como sentimentos de: medos, insegurança, desespero, sentimento de solidão, em geral no momento da descoberta da gravidez. Outro aspecto é o fato da evasão escolar, impactando o nível de escolaridade dessa mãe, acarretando uma grande diminuição de oportunidades futuras, já que, o mercado de trabalho exige muito sobre estudos, até mesmo o ensino médio completo, entre outras qualificações. Portanto, é importante tratar desse assunto, onde as práticas psicológicas vão em direção à prevenção, promoção e reabilitação de saúde, sendo um agente da saúde, configurando sua atuação para o bem-estar do sujeito, sua percepção sobre sentimentos e emoções a qual o impacto na vida do indivíduo contribui muito em como ele leva a vida em consequência da gravidez precoce, a adolescente encontra-se em um momento de descobertas e inovações, onde está construindo sua identidade, muitas ainda não sabem o que querem ser em relação ao âmbito profissional, portanto, a maternidade nesta idade pode ser um evento causador de problemas psicológicos. 1.5 METODOLOGIA DE ESTUDO No que diz respeito elaboração deste trabalho se dará através de pesquisa bibliográfica, e serão usados Artigos científicos, Google Acadêmico, Biblioteca Digital, Livros relacionados ao tema. Toda pesquisa, tem seus objetivos, que são diferentes em cada proposta de projeto, porém em qualquer pesquisa, nos seus objetivos gerais ou propósitos, as pesquisas são distribuídas como exploratórias, descritivas e explicativas. (GIL, 2010). Está pesquisa é exploratória, ou seja, tem como objetivo central propiciar com que o pesquisador se familiariza com o tema e assim se fazer possível buscar respostas (GIL, 2007, p.41). A pesquisa bibliográfica é feita com propósito de buscar informações fundamentadas, em livros, artigos e trabalhos acadêmicos de tese e monografias. No presente projeto, será feita a pesquisa bibliográfica com o objetivo de agregar o máximo 11 de informações fundamentadas, em livros, artigos, revistas eletrônicas, teses, monografias, entre outros. Para Koche (2009) esse tipo de pesquisa é necessária para qualquer tipo de estudo, já que é nela que o pesquisador conhece e analisa as principais teorias e contribuições existentes acerca do assunto explorado. As palavras chaves utilizadas nas pesquisas serão: Gravidez precoce; Psicologia;Impactos familiares; 1.6 ESTRUTURA DO TRABALHO O trabalho foi divido em cinco capítulos, o primeiro referente a introdução, no qual será abordado uma visão geral dos assuntos a serem discutidos ao longo da monografia. O segundo caracteriza por identificar as alterações que uma gravidez precoce promove na dinâmica pessoal e familiar. O terceiro se dedica a apresentar as consequências da gravidez precoce no projeto de vida das adolescentes. O quarto capítulo trata-se de analisar as contribuições da psicologia junto aos fatores que se modificam pela gravidez precoce. O quinto e último diz respeito às conclusões finais abordando a importância do trabalho da psicologia junto a gravidez precoce, consequências e alterações no âmbito familiar e no projeto de vida das adolescentes. 12 2 ALTERAÇÕES QUE A GRAVIDEZ PROMOVE NA DINÂMICA PESSOAL E FAMILIAR ``A gravidez na adolescência pode ser considerada um fenômeno que acarreta alterações no contexto familiar e social, mas que leva a reações distintas por parte de cada família, sendo importante considerar fatores como crenças e valores culturais,assim como a dinâmica existente no âmbito familiar. Considera-se ainda que a gravidez nesta fase da vida tem sido um dos problemas evidenciados especialmente nas famílias de baixa renda, o que ocasiona, na maioria das vezes, a evasão escolar, uniões consensuais, além de poucas perspectivas das adolescentes para o futuro. No entanto, o enfrentamento desta questão requer tanto um olhar direcionado para as mães adolescentes como para todo seu contexto social, incluindo a família e a comunidade à qual pertencem ``(SILVA et al., 2014, p. 133). A gravidez na adolescência é considerada um risco social e um grave problema de saúde pública, devido a sua magnitude e amplitude, e principalmente pelos problemas decorrentes do mesmo onde se destaca o abandono escolar e o risco durante a gravidez (Ximenes Neto et al., 2007). A gravidez precoce, desejada ou não, provoca um conjunto de impasses comunicativos no âmbito social, familiar e pessoal. Independente, da situação socioeconômica e cultural dessas adolescentes, a busca incessante de descobrir principalmente a si mesmo, leva jovens a acreditarem que são intocáveis, ou seja, „‟não acontecerá comigo‟‟, expondo–se a risco da gestação indesejada. Em outras palavras, a gravidez na adolescência traz sérios problemas para projetos educacionais, para vida familiar, e para o desenvolvimento pessoal, social e profissional da jovem gestante como vem sendo reconhecido pela literatura. O prejuízo é duplo: nem a adolescente plena, nem adulta inteiramente capaz. Ao engravidar, a jovem tem de enfrentar, paralelamente, tanto os processos de transformação da adolescência como os da gestação (LEAL & WALL, 2005). A saúde da futura mãe e do bebê, também é uma questão que pode entrar em conflito por ser um problema de Saúde Pública considerada de risco biológico superior, já que a gravidez na adolescência gera maiores possibilidades de tentativas de aborto, parto prematuro, morte perinatal, deficiência mental, baixo quociente intelectual, problemas no 13 sistema sensorial, aborto natural e até mesmo nascimento de crianças com restrições no desenvolvimento (DIAS; TEIXEIRA, 2010). Quanto aos fatores familiares, estas jovens têm, na sua maioria, famílias numerosas e disfuncionais, o que influência negativamente a sua conduta perante os comportamentos de risco, além disso, estão mais expostas a situações de conflito, stress, pressão, abuso físico, sexual e verbal e fracas relações entre pais e filhas (PEDROSA, 2009). A preocupação da família em relação à gravidez da filha com pouca idade se deve ao fato dos pais idealizarem um futuro para os filhos, tais como: uma profissão, e tradicionalmente o namoro, o casamento e depois os filhos (HOGA, 2009). A gravidez na adolescência quando desejada ou não, provoca um conjunto de impasses comunicativos no âmbito social, familiar e pessoal. No âmbito social, lamentam- se as falhas dos programas de educação sexual que, aparentemente, mostravam de modo claro e convincente como iniciar e usufruir com segurança a experiência da sexualidade. No âmbito familiar, a gravidez na adolescência parece indicar dificuldades nas relações entre pais e filhas e nas condições contextuais para o desenvolvimento psicológico da filha. No âmbito individual, a jovem gestante se questiona “por que isso aconteceu justamente comigo?” e “que será agora de minha vida?”. Em outras palavras, a gravidez na adolescência traz sérios problemas para programas de saúde pública, para projetos educacionais, para a vida familiar, e para o desenvolvimento pessoal, social e profissional da jovem gestante como vem sendo reconhecido pela literatura (DIAS, OLIVEIRA e OLIVEIRA, 2000, p. 32 - 36). Quando as adolescentes engravidam, instala-se uma crise situacional que, para ser debelada com mais facilidade, demanda uma resposta ao meio social em que a família está inserida. Geralmente, a resposta esperada é que o parceiro afetivo- sexual assuma a corresponsabilidade da gravidez, resgatando, pelo casamento ou união estável, a honra da adolescente e da família. São situações nem sempre fáceis de se lidar. (MORAES; GARCIA, 2002, p. 380). Nesse contexto, sabe-se que existe a preocupação por parte dos familiares com a ocorrência da gravidez na adolescência, porém a educação sexual em casa é pouco ou nenhuma. E quando a gravidez ocorre, afeta a trajetória de vida das adolescentes, acarretando reações familiares contraditórias com a sobreposição de sentimentos de desespero, alegria, abandono e aceitação de uma condição muitas vezes inevitável. E em 14 ocasiões que não há a aceitação da gravidez pelos que convivem com a jovem, torna-se comum a violência intrafamiliar, não só de caráter físico, mas também psicológico, social e emocional (MONTEIRO; et al., 2007; SILVA; TONETE, 2006). Para a família a experiência de ter uma adolescente solteira e grávida, pode ser marcada por sentimentos diversificados, de alegria, surpresa, decepção, raiva, culpa e também questionamentos: Por que isso aconteceu? Onde foi que eu errei? Será que dei liberdade demais para minha filha? Será que não conversei suficientemente com ela (Dias & Aquino, 2006). Sabe-se que a informação recebida sobre sexualidade, especialmente no contexto comunicacional da família, influencia o comportamento sexual do adolescente. A família tem um papel fundamental na regulação e desenvolvimento da sexualidade do jovem. Como se sabe, a estrutura familiar passou por muitas transformações nos últimos anos. A família trocou o modelo hierárquico, no qual os papéis familiares eram rigidamente estabelecidos e o poder centralizado na figura do pai, por um modelo igualitário, no qual se destacam os ideais de liberdade e respeito à individualidade. Neste modelo, não é correto que os pais imponham suas ideias aos filhos ou lhes proíbam fazer certas coisas. O desenvolvimento dos filhos passa a ser orientado pela experimentação e descoberta. O diálogo, e não a autoridade impõe-se como valor fundamental na educação e nas relações familiares (BENINCÁ, 1994; FIGUEIRA, 1991). Embora para as famílias, exista a preocupação da gravidez na adolescência, a educação sexual em casa é pouca ou nenhuma, os pais imputam à mãe a tarefa de educar as filhas, o que poucas vezes acontece, por que os jovens preferem tirar suas dúvidas sobre a sexualidade fora do círculo familiar, com pessoas com as quais se identificam, como os amigos (SILVA; TONETE, 2006). Os pais se mostram despreparados diante das incertezas dos filhos, e acabam por delegarem a responsabilidade pela educação sexual dos filhos à escola ou aos serviços de saúde, daí a importância de haver programas de saúde acessíveis à população jovem para educação e prevenção sexual. Falta informação na família a respeito dos métodos contraceptivos e sobre as doenças sexualmente transmissíveis, e demonstram que ocorrem falhas na comunicação familiar (HOGA, 2009). Na família ocorre todo tipo de reação diante de uma gravidez na adolescente. Algumas famílias forçam um casamento, mesmo que não haja estrutura emocional e financeira para isso, apenas para a moça não ficar “falada”. Outras expulsam a filha de casa e abandonam a jovem a sua própria sorte, e há ainda outras famílias que podem 15 usar de violência e até induzi-la ao aborto. São poucos os casos em que a família age de forma equilibrada e compreensiva, aceitando as limitações da adolescente (MOREIRA, 2008). Assim, compreende-se que a gravidez na adolescência não implica apenas problemas individuais, mas afeta todo o contexto de vida da adolescente, sendo a família um elemento-chave para a organização ou desorganização desse processo, assim como a ausência ou presença do companheiro, um elemento crucial na aceitação e condução da maternidade. Falar em família implica considerar a pluralidade de condições sociais, econômicas,culturais e religiosas em que cada família é constituída, para que se possa entender como cada uma delas possa reagir frente a uma gestação precoce. Assim, a gravidez na adolescência pode representar um momento de conflito para a família, exigindo uma redefinição de crenças, valores e atitudes, além da necessidade de novos arranjos no espaço físico no lar, de tempo e de finanças. Para a adolescente, a gravidez pode significar uma reformulação sobre seus projetos de vida e a necessidade de assumir o papel de mãe para o qual ainda não está e muitas vezes não se sente preparada (DIAS & AQUINO, 2006). 16 2 CONSEQUÊNCIAS DA GRAVIDEZ PRECOCE NO PROJETO DE VIDA DAS ADOLESCENTES A adolescência é uma fase de grandes expectativas no imaginário do adolescente. Muitos até planejam a vida sexual voltada para a construção de um ambiente familiar, embora não estejam em uma fase apropriada para isso. A sexualidade faz parte do cotidiano dos adolescentes, mas representa certo perigo, porque se não bem orientados, ficam expostos às doenças sexualmente transmissíveis (DST) e à gravidez precoce (VITALLE; AMANCIO, 2007). A gestação na adolescência é, de modo geral, enfrentada com dificuldade porque a gravidez nessas condições significa uma rápida passagem da situação de filha para mãe, do querer colo para dar colo. Nessa transição abrupta do seu papel de mulher, ainda em formação, para o de mulher-mãe, a adolescente vive uma situação conflituosa e, em muitos casos, penosa. A grande maioria é despreparada física, psicológica, social e economicamente para exercer o novo papel materno, o que compromete as condições para assumi-lo adequadamente e, associado à repressão familiar, contribui para que muitas fujam de casa e abandonem os estudos. Sem contar com as que são abandonadas pelo parceiro, muitas vezes também adolescente (MOREIRA et al., 2008). Percebe-se, portanto, que a gestação em si é um momento delicado que requer atenção, semelhante à adolescência, possui particularidades próprias. Quando se juntam estes dois momentos adolescência e gravidez, é obtido um leque de transformações que levam a um turbilhão de emoções e acontecimentos (MOREIRA et al., 2008). Para muitas adolescentes, principalmente aquelas que não tem grandes projetos de vida, a gravidez se apresenta como uma alternativa viável onde as mesmas almejam a independência, o reconhecimento social e o fortalecimento da identidade feminina tornando –se dessa forma um projeto valorizado (DIAS &TEIXEIRA, 2010). Também podem ser prováveis os motivos para o acontecimento da gravidez nesta faixa etária como colocado por Guanabes et al. (2012, p. 24): [...] desejo inconsciente de ficar grávida; alternativa para sair de casa, da escola e ficar livre da pressão dos pais, contrariando ordens familiares; desejo de prender o namorado; carência afetiva; alívio da sensação de depressão e isolamento; desejo de ter mais poder, chamar a atenção para si; projeto de vida da adolescente, sendo uma escolha tomada como um meio de inserção social, visto que tal objetivo não é facilmente alcançado através de outros meios. 17 A gravidez na adolescência pode ser um fator de limitação para a adolescente no que tange à educação, ao trabalho, ao matrimônio e a perspectivas futuras. Uma das privações que a maternidade acarreta na vida da adolescente está na formação educacional, frequentemente interrompida, gerando atrasos na vida estudantil e distanciamento do grupo de convivência (YAZLLE, 2006, p. 52). “A interrupção de seus estudos durante a gestação ou após o nascimento da criança acarreta perdas de oportunidades e piora da qualidade de vida no futuro. A mãe adolescente vê-se numa situação bastante perturbadora. Muitas delas não podem contar para seus pais e estes, quando sabem, expulsam-nas de casa, ou usavam de agressões físicas. Quando contam para o companheiro, eles as abandonam. Muitas são obrigadas a parar de estudar, outras nunca estudaram.”. (MOREIRA et al., 2008, p. 318). A maternidade na fase da adolescência pode causar a interrupção dos estudos por causa dos impactos que a gravidez causa na vida da adolescente, com a chegada do bebê e a prioridade premente das responsabilidades laborais maternas. Embora ainda na adolescência, a “nova mãe” ocupa a maior parte do seu tempo cuidando do(a) filho(a), passa a ter obrigações de mulher adulta, o que de certa maneira se choca com a realidade de vida que tinha antes da maternidade, com seus sonhos e projetos de vida. Nesta nova fase, na maioria dos casos, por não estar preparada, a mãe tem dificuldades de conciliar a maternidade com os estudos. A mudança do corpo é radical com a gestação, e exige também mudanças no relacionamento entre as pessoas, com o ambiente em que se vive (DIAS; GOMES, 2000). Com o nascimento do filho, a adolescente passa a viver um período mais curto por causa das consequências diversas que refletirão em sua trajetória de vida, e isso repercute na perda de autonomia, liberdade, afastamento escolar e dos amigos, possível rejeição da família, dificuldade em exercer atividades habituais, limitações frente as atividades, dente outros fatores. A adolescente grávida tem que estar preparada para lidar com esses fatores, os quais se tornam concretos, quando a gravidez já é uma realidade. (CALDEIRA et al, 2006, p. 220). Quando as adolescentes engravidam, instala-se uma crise situacional que, para ser debelada com mais facilidade, demanda uma resposta ao meio social em que a família está inserida. Geralmente, a resposta esperada é que o parceiro afetivo-sexual assuma a corresponsabilidade da gravidez, resgatando, pelo casamento ou união estável, a honra 18 da adolescente e da família. São situações nem sempre fáceis de se lidar. (MORAES; GARCIA, 2002, p. 380). Algumas famílias forçam um casamento, mesmo que não haja estrutura emocional e financeira para isso, apenas para a moça não ficar “falada”. Outras expulsam a filha de casa e abandonam a jovem a sua própria sorte, e há ainda outras famílias que podem usar de violência e até induzi-la ao aborto. São poucos os casos em que a família age de forma equilibrada e compreensiva, aceitando as limitações da adolescente (MOREIRA, 2008). Devido às circunstâncias que envolvem a gravidez na adolescência é necessário o apoio familiar. A adolescente que engravida passa por um momento crítico, cheio de incertezas e inseguranças quanto ao que fazer, algumas chegam a pensar se vão realmente continuar com a gravidez. Este é o contexto em que se encontra a adolescente no seio familiar (ANDRADE; RIBEIRO; SILVA, 2006). 19 3 CONTRIBUIÇÕES DA PSICOLOGIA JUNTO AOS FATORES QUE SE MODIFICAM PELA GRAVIDEZ PRECOCE A experiência da maternidade, de modo geral, diz respeito a um evento ou fase da vida de grande importância para a mulher. Esse período singular é caracterizado por profundas e variadas transformações que exigirão da grávida adaptar-se à nova realidade (Zanatta e Pereira, 2015). As mudanças pelas quais passa a gestante são várias e podem ser agrupadas como: físicas e psicológicas. No que diz respeito aos efeitos psíquicos da gravidez, podem ser destacados os aspectos emocionais que a gestação, o parto e o puerpério acarretam. Os impactos psicológicos dessa experiência estão ligados a uma grande variedade de sentimentos. Além das alegrias que uma gravidez comumente traz consigo, a ela também podem estar associadas emoções experimentadas como dolorosas pela gestante. Sendo assim, a chegada de uma criança pode ser experimentada também como um momento de medo, angústia e ansiedade (Zanatta e Pereira, 2015). A psicologia se torna muito importante, uma vez que a gravidez na adolescência é um momento bastante conturbado, repleto de angústias, conflitos e medos. Nesse momento é preciso saber ouvir e valorizar os sentimentos e receiosdas jovens, já que a gravidez na adolescência é um problema de saúde pública de caráter social, que necessita de uma atenção especial para a redução e melhoria da qualidade de vida das adolescentes, na qual o papel do psicólogo ganha destaque ao enfatizar ações de promoção da saúde mental da adolescente e de seus familiares. Sendo assim, é de extrema importância que os profissionais e serviços de saúde estejam preparados para acolher esta população, garantindo assim os princípios doutrinários da universalidade, da integralidade e da humanização do cuidado propostos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) (NASCIMENTO; ANDRADE, 2013). Sobre o acompanhamento psicológico durante a gravidez, Nascimento e Andrade (2013) registram que diminui os impactos na saúde mental da adolescente, por meio de um acompanhamento sistemático durante o pré-natal, constituído por uma equipe multidisciplinar. O psicólogo encontra-se neste meio como papel fundamental, trabalhando o sofrimento da gravidez e as relações que trazem na fase adolescente, as mudanças, confusões mentais e crises de identidade. O papel do psicólogo para com a gestante é oferecer um espaço de escuta para que a família possa nomear e atribuir significados àquela situação. A importância deste lugar de escuta deve ultrapassar as fronteiras do contexto hospitalar; os serviços 20 psicológicos e sociais devem facilitar o caminho para que as mulheres possam pedir ajuda para lidar com os fragmentos, “buracos” ,segundo Szejer e Stewart (1997),da história de cada gestação (IACONELLI, 2012). É sabido que durante o período de gestação, torna-se de grande relevância o acompanhamento psicológico. O profissional deve estar preparado para ter um objetivo de intervenção no qual busca oferecer escuta qualificada de acordo com o processo de gravidez, oferecendo espaço para que a mãe se sinta à vontade em falar sobre seus sentimentos de medo e ansiedade, permitindo a troca de experiência, descobertas e informações. O psicólogo pode atuar por meio de intervenções grupais como também no âmbito familiar, a fim de prevenir a depressão pós-parto (ARRAIS, MOURÃO E FRAGALLE, 2014). O Pré-natal psicológico tem como objetivo propiciar para a gestante o acolhimento específico e a promoção de um conhecimento a respeito de si, sobre a gestação e a maternidade. Pretende-se possibilitar neste espaço, um acolhimento às gestantes e familiares, promovendo uma escuta qualificada para expressão acerca do processo que envolve a gestação, o parto e todos os pontos que causam dúvidas, como o medo, as angústias, alegrias, chegada do bebê, a amamentação, as preocupações com o corpo, retorno ao trabalho e a vida conjugal. Espera-se cooperar para evitar eventos estressores ou uma maternidade muito idealizada, e identificar possíveis problemas que contribuam para o desencadeamento da depressão puerperal (ARRAIS, MOURÃO, FRAGALLE, 2014). O puerpério é sabidamente uma fase delicada da vida da mulher, pois é um período que abrange significativas mudanças biológicas e psíquicas que podem culminar em comprometimento do equilíbrio emocional, elevando o risco de a puérpera ser acometida por afecções psiquiátricas (ABUCHAIM, et al. 2016). O puerpério se apresenta como uma etapa de profundas alterações no âmbito social, psicológico e físico da mulher, caracterizando-se como um período instável, que demanda a necessidade de um profundo conhecimento desta etapa na vida feminina, um fator essencial na determinação do limiar entre a saúde e a doença (COUTINHO e SARAIVA, 2008) Diferente do puerpério o ciclo da gravidez puerperal é representado por um momento irá resultar em algumas vezes na fragilidade das mesmas, podendo assim apresentar um transtorno mental no período pós-parto. A depressão por sua vez, está vinculada a casos de infanticídio e a ansiedade é gerada por conta da própria gravidez. 21 “Sabe-se ainda que a presença de ansiedade ou depressão na gestação está associada a sintomas depressivos no puerpério”. (Bloch et al., 2003). O papel do psicólogo irá propiciar a busca de uma visão panorâmica dos fatores que influenciam e são influenciados pela doença, ou seja, o psicólogo diante de um caso de depressão pós-parto, por exemplo, irá buscar junto à paciente encontrar o significado daquela doença para ela e desenvolver a autoconfiança, compreensão e elaboração dos sentimentos vivenciados pela puérpera (SIMONETTI, 2011). Neste contexto de gravidez, a atuação deste profissional, junto a este público é de suma importância, pois as fases da gestação, parto e pós-parto exigem certa elaboração psíquica e uma reorganização por parte da gestante (Baptista e Furquim, 2014; Klein e Guedes, 2008). A intervenção psicológica nestes aspectos são importante, pois pode oferecer uma escuta qualificada e diferenciada no processo da gestação, um espaço para que mãe possa expressar seus medos, suas ansiedades (Arrais, Mourão e Fragale, 2014). A intervenção psicológica pode, também, acontecer buscando conter as angústias dos familiares na medida em que explicita a eles a importância de criar um espaço seguro à relação mãe-bebê. Em um atendimento, a mãe de uma paciente a pressiona constantemente sobre a necessidade de amamentar o filho e de que a filha precisaria ficar calma. Nesse momento, foi necessário a criação de um espaço de que mostrasse à avó o quanto a mãe era capaz de “ser mãe”, não a pressionando para a amamentação. Logo, a avó relata que não amamentou seus dois filhos e ficou nervosa durante a gestação de um. Por isso, atribuiu sua ação a problemas psicológicos de um dos filhos e, preocupada com a possibilidade de haver problemas parecidos para o neto, pressionava a filha. Assim, um dos objetivos do atendimento foi a realização da escuta dessa avó e mostrar a ela o quanto a relação de sua filha, agora com seu bebê, seria diferente da dela com seus filhos. À paciente foi importante apóia-la visto que pode minimizar as inseguranças envolvidas nesse período (ZIMMERMANN et al, 2001). Outro fator de importância do Psicólogo nesta fase é que as influências exercidas sobre uma criança durante o período pré e o primeiro ano de vida pós-natal, serão determinantes para o seu futuro comportamento e personalidade, pois todo processo biológico contribui com a influência psicológica e este efeito psicológico modifica a arquitetura do cérebro, pois antes do nascimento, a criança é dotada de sentimentos, de traços de memória e já possui alguns níveis de consciência (Verny 2003, apud Costa, Reis &Machiavelli, 2007, p. 10). 22 Portanto, o acompanhamento psicológico logo no início da gestação paralelo ao pré-natal é de grande importância podendo verificar a existência de quadros depressivos principiantes evitando a evolução dos mesmos quando associados a fatores de risco, como: idade, renda familiar, condição racial e estado civil. O psicólogo atua na investigação das alterações sofridas pela gestante, trabalhando em favor do controle dos possíveis problemas identificados intervindo como agente de prevenção. (BAPTISTA et al, 2018). 23 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS Nas pesquisas feitas foi possível entender o papel do psicologo frente a gravidez precoce, visto que se torna muito importante, uma vez que a gravidez precoce é um momento muito complicado , cheio de angústias, conflitos e medos. Nesse momento é preciso saber escutar e dar atenção aos sentimentos e medos das adolescentes, já que a gravidez precoce é um problema de saúde pública de caráter social, que necessita de uma atenção especial para melhorar a qualidade de vida das adolescentes. Sendo assim, o papel do psicólogo se torna destaque por oferecer um espaço de escuta a adolescente e atribuir significados diante a essa situação. A adolescência e gravidez, quando ocorrem juntas, traz inúmeras consequências para todos,mas principalmente para as adolescentes, pois envolvem crises e conflitos, além de desenvolver alterações na dinâmica pessoal e familiar. Geralmente essas adolescentes não estão desenvolvidas psicologicamente e financeiramente para assumir responsabilidades que fazem com que muitas, parem de estudar, saiam de casa e até mesmo abandonem as próprias crianças, para fugir da sua nova realidade. Foi possível também, pensar a respeito das alterações que a gravidez precoce promove na dinâmica pessoa e familiar onde acarreta inúmeras alterações e leva a reações distintas por cada família. Além disso, a gravidez precoce interrompe vários sonhos das adolescentes, pois a partir da gravidez surgem novas responsabilidades. É importante que durante o período de gestação e puerpério que a adolescente receba por acompanhamentos psicológico no qual o psicólogo vai oferecer escuta qualificada de acordo com o processo, oferecendo espaço para que a nova mãe se sinta acolhida em falar sobre seus sentimentos de medo e ansiedade, permitindo a, novas descobertas e informações diante a um momento de fragilidade. Diante disto, fica claro a necessidade de compreender os fatores psicossociais que se modificam na vida da adolescente a partir de uma gravidez precoce visto que, e um momento de inumeras transformações na vida das adolescentes. Neste sentido, este trabalho poderá trazer contribuições para o entendimento aos fatores atribuídos a gravidez precoce em tão tenra fase da vida, assim como conduzir futuros estudos acerca dos conflitos familiares, escolares e sociais diante da gravidez precoce. 24 REFERÊNCIAS ACOLHIMENTO PSICOLÓGICO COMO FORMA INTERVENTIVA NO PUERPÉRIO. 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