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APOSTILHA DE AULA INICIANTE SKATIMÃO pronto (1)

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Daniel Rodrigo Muzzopappa (Daniel Polaco) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Daniel Rodrigo Muzzopappa (Daniel Polaco) 
 
 
Sumário 
História do Skate............................................................................................. 2 
O Salto para a Evolução ................................................................................ 3 
A Revolução: Piscinas Como Pistas e as Rodinhas de Uretano..................... 4 
Skate, Punk, Música e Comportamento .......................................................... 5 
Tony Hawk e o Half-Pipe ................................................................................ 6 
O Skate no Brasil ............................................................................................ 7 
Atletas mais conhecidos e Campeões Mundiais Brasileiros ........................... 9 
Partes do Skate ............................................................................................ 11 
Conhecendo seu Skate ................................................................................. 12 
Segurança .................................................................................................... 13 
Modalidades ................................................................................................. 13 
Manobras Básica do Skate ........................................................................... 14 
Aprendendo a Andar no Vertical ................................................................... 20 
 
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Daniel Rodrigo Muzzopappa (Daniel Polaco) 
 
 
História do Skate 
Deslizar no asfalto em um skate, superar todos os obstáculos, cair, levantar e 
tentar de novo, experimentar o máximo de adrenalina. Mais do que um esporte, o skate é, 
na verdade, um estilo de vida, uma forma de se relacionar e sociabilizar, um símbolo de 
liberdade e união, por mais individual que pareça o skate é um esporte de união entre os 
praticantes, pois estão sempre incentivando e torcendo uns pelos outros. 
 
O skatista leva consigo a arte de nunca desistir de seus objetivos, de estar sempre 
em busca de superar os obstáculos da vida, ser skatista é nunca desistir e estar sempre 
pensando positivo, ser skatista é olhar para o mundo de um jeito diferente. 
 
A sensação de acertar aquela manobra que você treinou dias é inexplicável. Ser 
skatista é ser livre, é sentir toda aquela energia positiva quando você está em cima do 
skate. 
O skate é assim! Apoio mútuo e para muitos uma verdadeira arte de expressão 
corporal, uma ideologia, um vício. 
 
Sua história é carregada de lendas. Segundo o historiador de skate Eduardo 
Yndyo Tassara, os primeiros relatos de que se tem notícia são de 1918, quando um garoto 
norte-americano chamado Doc Ball desmontou os patins da irmã e montou um skate em 
um shape (tábua de madeira do skate). Com o joelho apoiado na estrutura, Doc dava 
impulso com o outro pé. Mesmo não ficando em pé a essência do skate nascia ali. 
 
Uma das versões mais aceitas é que o skate surgiu no fim da década de 50, início 
de 60 na Califórnia. Os surfistas entediados com a falta de ondas, tiveram a ideia de 
adaptar o surf para o asfalto, colocando rodinhas de patins em pranchas de madeira. O 
skate nada mais era que o surfe no asfalto e a partir daí muitos skatistas ficaram 
conhecidos como por exemplo: Jay Adams e Tony Alva que eram muito bons surfistas e 
viraram bons skatistas. 
 
Na época, chamado de sidewalk surf, usando a criatividade, surfistas locais 
adaptaram uma tábua de madeira menor que a prancha de surfe, rodinhas tiradas de patins, 
tentando reproduzir no asfalto, as manobras clássicas do surfe. A popularização do 
sidewalk surfe (algo como “surfe de calçada”) foi tamanha, que em pouco tempo havia 
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virado uma epidemia no Estados Unidos da América. Não era difícil ver nas ruas, garotos 
montando sua própria “pranchinha” para surfar no asfalto. Nascia assim o embrião do 
skateboarding, nome com o qual o esporte foi batizado na década de 60, significando 
“tábua de patins”. 
 
 
 
 
 
O Salto para a Evolução 
 
 
Na década de 60 o skate ainda dava seus primeiros passos, porém, já trazia 
indícios do gigante que se tornaria no futuro. Duas marcas entraram de cabeça na 
produção de skates, seus acessórios e peças: a Roller Derby e a Makaha. Enquanto a 
primeira investia nos shapes retões, a segunda se esforçava na criação de um novo design, 
fabricando mini pranchas de surf. 
 
Nesta mesma época, em Hermosa Beach – Califórnia, ocorre o primeiro 
campeonato de skate nos EUA, vencido pelo skatista Larry Stevenson (fundador da 
Makaha), o que alavancou a venda de milhões de skates mundo afora, popularizando 
assim o primeiro grande salto do esporte no mundo. 
 
No mesmo período nascia a equipe de skatistas que tinha como que era liderada 
por Stevenson, com a finalidade de divulgar ainda mais sua marca. No time haviam nomes 
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de destaque do skate, como Bruce Logan, Woody Woodward, Danny Bearer, Scott 
Archer, Gregg Carroll, John Fries, Joey Saenz, Squeek Blank, entre outros. 
 
A influência do surf sobre o skate, bem mais íntima na década de 60, acabou 
resultando em uma nova modalidade, como a do skate vertical, uma forma de estender a 
praia para o asfalto. 
 
 
 
 
 
A Revolução: Piscinas Como Pistas e as Rodinhas de 
Uretano 
 
A década seguinte marca o período revolucionário do skateboarding no mundo. 
A região de Venice – Califórnia, entra definitivamente no mapa do esporte, sendo até hoje 
referência e sinônimo do skate, bem como de toda a atitude e ideal de vida. 
 
Ao inventar as rodinhas de poliuretano, Frank Nasworthy revoluciona a 
ferramenta skate, ao mesmo tempo em que uma equipe de skatistas denominada Z-Boys 
torna-se lenda no mundo todo ao ultrapassar todos os limites inimagináveis de obstáculos, 
principalmente com o surgimento de uma manobra chamada Ollie-Air, de autoria de Alan 
Gelfand. 
 
A importância desta manobra se evidencia ao servir de base para qualquer outra 
manobra que se queira desenvolver e evoluir dentro do skate. Um pouco desta história 
pode ser conferida no filme Lords of Dogtown, escrito por outra lenda do esporte, o 
skatista Stacy Peralta. 
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Segundo relatos, a importância dos Z-Boys não se restringe à questão de 
manobras revolucionárias, mas também pela presença de uma skatista mulher: Peggy Oki 
e, mostrando que o público feminino ganhava também seu espaço na cena skate. 
 
Outro skatista fundamental neste momento do skate foi Tom "Wally" Inouye, 
criador de manobras como wall rides (andar na parede) e backside airs, ele foi o pioneiro 
do skate de piscina, que nada mais é que ocupar piscinas vazias e aproveitar sua estrutura 
para a prática do esporte. 
 
 
 
Novas modalidades como Slalom, Downhill, Freestyle e o Street, originário das 
mini rampas de madeira construídas em praças e ruas, e migrando para corrimãos, 
escadas, guias e paredes, passaram a dominar a cena skate. 
 
 
Skate, Punk, Música e Comportamento 
A música sempre andou de mãos dadas com o skate, bem como o estilo de se 
vestir e a atitude refletida pelos skatistas perante a sociedade e a vida. Neste sentido, o 
punk rock sempre esteve atrelado ao universo do skate. 
 
Já nos anos 80, o som das ruas passa a ser o rap e o movimento hip-hop, não 
substituindo o punk, mas chegando para somar nas ideias, no som, na cultura e no modo 
de se vestir dos skatistas. 
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A tecnologia também veio para somar e revolucionar o design e estrutura do 
modelo de skate, estando hoje, anos luz a frente daqueles primeiros modelos e 
equipamentos artesanais. 
 
Ainda nos 80, Rodney Mullen revolucionou ainda mais o modo de se andar de 
skate, ao criar asseguintes manobras: 
 
Manobras 
 Kickflip 
 Heelflip 
 Hardflip 
 Casper 
 Darkslide 
 50-50 
 Body varial 
 Nollieflip underflip 
 Varialflip 
 Inward heelflip 
 360 flip 
 Fs flip 
 Bs flip 
 Varial heelflip, entre outras. 
 
 
 
 
Tony Hawk e o Half-Pipe 
 
Tony Hawk revolucionou a relação entre o skatista e o half-pipe, mostrando que a 
criatividade em busca da superação, não encontrava limites em sua trajetória. Até hoje a 
categoria de skate vertical não encontrou um nome de peso como Tony Hawk, referência 
para qualquer skatista no mundo. 
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O Skate no Brasil 
 
No meio de década de 1960, o skate chegava ao Brasil através de surfistas norte- 
americanos e no início a palavra skate era escrita ao pé da letra, ou seja, era esqueite, 
porém, com o passar do tempo, imperou o padrão norte-americano SKATE. 
 
O esporte no Brasil deu um salto de qualidade na década de 70, sendo que no 
final do ano de 1974, foi realizado no Brasil, o primeiro campeonato de skate no Primeiro 
Clube Federal na cidade do Rio de Janeiro. Neste mesmo ano, foi inaugurada a primeira 
pista de skate do Brasil e da América Latina, na praça Ricardo Xavier da Silveira, em 
Nova Iguaçu, também no estado carioca. 
 
Em outubro de 1975, na Quinta da Boa Vista, também no Rio de Janeiro, 
aconteceu o primeiro grande campeonato de skate. 
 
Em 1976, começaram a aparecer as primeiras skateparks (pistas de skates), sendo 
que o skatista carioca Flavio Badenes conquistava o título do campeonato realizado no 
Primeiro Clube Federal. 
 
Após este ano, o skate teve um leve declínio, porém voltou com força total na 
década de 80. 
 
Jânio Quadros, prefeito de São Paulo a época, chegou a proibir o skate na cidade, 
devido as grandes aglomerações de skatistas nas ladeiras do bairro do Morumbi e graves 
acidentes ocasionados pela falta de segurança. Outro fato que “incomodava” a sociedade 
paulistana era a ocupação dos skatistas no parque do Ibirapuera pois “atrapalhavam” as 
famílias que frequentavam o local devido a grande multidão de praticantes. 
 
É importante frisar que década de 80 muitos acontecimentos importantes 
aconteceram e isso fez com que o skate no Brasil desse um grande salto: 
 
Em 1982, começava a disputa do Campeonato Brasileiro de Skate do Bowl, no 
Itaguará Country Club, em Guaratinguetá, São Paulo que durou de 1982 a 1987 com mais 
de 380 competidores participando em diversas modalidades. 
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Em 1985, era realizado o campeonato brasileiro do Itaguará e contou com a 
presença do norte americano Tony Alva e Dave Ducan, além do evento houve a 
inauguração da revista Overall. 
 
Em 1986, a delegação brasileira de skate participou do Campeonato Mundial no 
Canadá e participou da etapa principal do mundial de skate na Alemanha, na cidade de 
Munster, conquistando um quarto lugar na categoria profissional com o skatista 
conhecido como o japonês voador, Lincoln Dyo Ueba. 
 
Já em 1988 houve a realização do Sea Club – Overall, em São Paulo, este evento 
contou com as presenças do Tony Hawk (então campeão mundial) e Lance Montain. 
Neste mesmo ano também aconteceu a 1ª Copa Itaú, no Rio de Janeiro, que contou com 
a presença de profissionais norte americanos como Mark Gator, Joe Jonson, Ken Park e 
Mike Alba. 
 
No final de década de 1980 foram ainda realizadas competições importantes 
como o circuito Alternativa Rock Skate na cidade de São Paulo e em cidades do nordeste 
brasileiro como Salvador na Bahia e Recife em Pernambuco, o que deu uma grande 
alavanca para o crescimento do skate daquela região. 
 
A década de 90 e anos 2000, marcaram a evolução do skate brasileiro, sendo que 
nos anos 90 a modalidade street se tornava uma das mais fortes, pois os skatistas não 
tinham que depender de pistas para andar. As manobras também evoluíram e ficaram bem 
mais diversificadas. 
 
Os shapes ganharam nose e uma nova forma. Os trucks ficaram mais leves e as 
rodas menores, o que facilitou muito para realizar as manobras. 
 
Nesta época, muitos canais de Televisão, revistas e sites, começaram a divulgar 
o esporte, o que influenciou no seu crescimento. 
 
Em 1997, o skatista brasileiro, Robert Dean da Silva, o famoso Bob Burnquist , 
foi eleito o melhor skatista do mundo. 
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Já no ano 2000 foi criada a Confederação Brasileira de Skate (CBSk) e 
consequentemente a construção de centenas de pistas de skate pelo Brasil, logo uma 
pesquisa Data Folha constatou que no Brasil haviam mais de 2,7 milhões de praticantes 
do skate. 
 
 
Atletas mais conhecidos e Campeões Mundiais 
Brasileiros 
 
Atualmente, o Brasil conta com grandes nomes no cenário do skate mundial: 
 
 
Sérgio Fortunato de Paula, mais conhecido como Sérgio Negão, foi um dos 
primeiros nomes brasileiros a competir no exterior, ficando em 3º lugar no primeiro 
campeonato de prancha em 1979 disputado em Suzano-SP, sua modalidade é o vertical, 
além de ter sido responsável por popularizar o skate no país. Entre seus títulos mais 
importantes estão as conquistas do circuito PLÂNCTON de skate em 1987,do Skate 
National OPEN em 1988 e da união brasileira de skate em 1988. Foi considerado o melhor 
skatista da década de 80; 
 
A apresentação do skate brasileiro veio em 1995, com Rodrigo “Digo” Menezes 
campeão mundial da modalidade vertical; 
 
Bob Burnquist conquistou os campeonatos mundiais de 2000 e 2001, além de 
vários títulos na categoria Mega Rampa e X-Games, sendo que foi eleito por 7 vezes como 
o melhor skatista do ano e recebeu o prêmio Laureus, que é o oscar do skate; 
 
Carlos Andrade, “O Piolho”, conquistou o campeonato mundial na categoria 
street, nos anos de 2000 e 2009; 
 
Em 2002 e 2004, Rodil de Araújo Júnior, “O Ferrugem”, conquistava na 
categoria street, o título mundial da modalidade; 
 
Em 2003, Sandro Dias, “O Mineirinho”, começava a sua jornada de títulos 
mundiais, o que se repetiu nos anos de 2004, 2005, 2006, 2007 e no ano de 2011 faturou 
o hexacampeonato mundial na categoria vertical. Foi tricampeão Europeu nos anos de 
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2001, 2003 e 2005, além de ser bi-campeão dos x-games nos anos de 2006 e 2007. Foi 
um dos primeiros skatistas no mundo a acertar a manobra 900º; 
 
A skatista Karen Jonz é tetracampeã mundial, conquistou os campeonatos de 
2005,2008, 2013 e 2014 colocando em destaque o skate vertical feminino; 
 
Rodolfo Ramos, Gugu, marcou a trajetória do street no ano de 2008 
conquistando o campeonato mundial; 
 
Kelvin Hoefler, foi campeão mundial no street nos anos de 2011, 2012, 2013 e 
2014; 
 
 
Marcelo Bastos, foi campeão mundial vertical no ano de 2010, no Oi Vert Jam 
de 2011, Marcelo foi bi-campeão; 
 
Pedro Barros, foi hexacampeão campeão mundial no Skate parte do X-Games 
(bowl) nos anos de 2010, 2012, 2013,2013, 2014 e 2016. Ele também foi campeão 
mundial de Skate Park em 2018. O campeonato é o primeiro evento oficial da Word Skate, 
a federação internacional reconhecida pelo comitê Olímpico Internacional. Campeonato 
Mundial de Park em Nanquim na China é considerado um marco para os jogos Olímpicos 
de Tóquio; 
 
Leticia Buffoni conquistou a 8ª colocação no x-games no ano de 2007 aos 14 
anos sendo que neste mesmo ano já era líder do hanking mundial. No ano de 2012 
conquistou a primeira medalha no X-games, sendo que nos anos seguintes conquistou 
medalhas de bronze e prata. Em 2013 conquistou o Ouro em Foz do Iguacú e mais 2 ouros 
e Barcelona e Los Angeles no mesmo ano. Ganhou 4 títulos mundiais na modalidade 
street e deixou sua marca no guinness book; 
 
O skatista Roni Gomes, foi campeão mundial no vertical no de 2013. 
 
 
Existem outros nomes de importância no cenário do skate brasileiro e como não 
poderia ser diferente, o Brasil também fez partedo desenvolvimento do esporte no 
mundo. 
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Partes do Skate 
O Skate é composto por 7 elementos 
1- Shape 
2- Lixa 
3- Trucks 
4- Parafusos 
5- Rodas 
6- Rolamentos 
7- Amortecedores 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Tail e Nose 
 
 
Diferenciando a parte da frente e a parte de trás do skate, o tail e o nose. 
 
 
O tail é a parte traseira do skate e o nose a parte dianteira. O tail é sempre menor 
que o nose para facilitar as manobras. Para identificar o tail é simples basta observar qual 
é a menor inclinação das pontas do shape. 
 
 
 
 
 
 
 
Conhecendo seu Skate 
 
Ajuste as rodas para o ponto onde você se sinta confortável, especialmente 
quando for comprar pela primeira vez um skate. 
 
Use uma tabela de ajustes, a maioria das lojas possuem e orientam o melhor 
ponto de colocação. 
 
O erro mais comum é apertar as rodas em excesso, sendo que o correto é ajustar 
para o ponto que quando você está em seu skate não force ou emita sons como se estivesse 
rangendo (alguns óleos sintéticos nas buchas de borracha ajudam a melhorar 
desempenho). 
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Movimente e rode cada roda para verificar se elas não tocam a mesa (mesa é a 
peça na qual o eixo é encaixado), essa verificação evita que durante as curvas duras o 
skatista tenha uma queda súbita, o que seria inevitável caso o shape encostasse na roda. 
 
Rodas mais macias são melhores para andar na rua, uma vez que proporcionam 
muita aderência, no entanto, elas falham em lugares de madeira por exemplo. 
 
As rodas mais duras falham menos e criam menos atrito com o solo, permitindo 
uma maior aderência entre o tênis e o skate, portanto, são mais populares no skate 
convencional. 
 
Todos os ajustes técnicos para os skatistas de primeira viagem devem ser 
supervisionados por um profissional experiente num primeiro momento. 
 
 
Segurança 
Antes de sair com o seu skate fique atento, a sua segurança está em primeiro 
lugar. O skate pode trazer riscos para quem o pratica. Por isso, o uso de acessórios de 
segurança é essencial para todos os skatistas. 
 
São quatro os itens básicos que podem evitar e minimizar graves acidentes: 
 Capacete 
 Joelheiras 
 Cotoveleiras 
 Luvas. 
 
 
 
Modalidades 
Existem diferentes modalidades e estilos de manobras no mundo do skate. 
Street: é a mais conhecida no Brasil, Praticada nas ruas e pistas, seu maior 
objetivo é passar por obstáculos, tais como bordas, corrimões, paredes inclinadas, saltar 
gaps e escadarias 
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Downhill: Essa modalidade, como o nome já diz, consiste em descer ladeiras. 
Dentro do downhill existem subdivisões como slide, speed etc. Os longboards são ideais 
para esta modalidade. 
 
Vertical Bowl: Bowl, em inglês, quer dizer bacia. A modalidade nasceu na 
California na década de 70, as piscinas foram esvaziadas e os skatistas usaram as piscinas 
em seu favor, começaram a andar de skate dentro dessas piscinas vazias, revolucionando 
o esporte. 
 
Half pipe: São rampas em forma de U, é uma estrutura côncava que pode ser 
feita de madeira, ferro ou outros materiais. 
 
Big Air - Mega Rampa: Dany Way é o pai dessa modalidade junto com o 
Bob, a modalidade consiste em dropar numa rampa de até 30 metros de altura, voar sobre 
um vão de 20 metros de extensão e finalizar em um quarter de 10 metros de altura, 
alcançando em média os 70km por hora. 
 
Freestyle: Freestyle é uma modalidade linda, alguns até acham que ela está em 
extinção. A modalidade consiste em “dançar” sobre o skate parado. É uma das mais 
antigas modalidades, surgiu bem antes do Ollie. E quando falamos em freestyle, Rodney 
Mullen brilha. 
 
 
 
Manobras Básica do Skate 
 
Ollie: é uma manobra de skate onde o praticante e o skate saltam para o ar sem 
o uso das mãos. O ollie é fundamental no street skate (skate de rua), e é usado para saltar 
sobre ou fora de obstáculos. 
 
Como tantos outros truques dependem dele, por exemplo, o kickflip e heelflip - 
o ollie é geralmente o primeiro a ser aprendido por um novo skatista. O ollie geralmente 
leva tempo para se aprender. 
 
Origem do Ollie 
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Em 1979, Alan Gelfand (apelidado de "Ollie"), enquanto andava de skate em 
piscinas e pistas, aprendeu a realizar aéreos sem as mãos. 
 
 
 
Como mandar um Ollie? Basta bater o tail no chão e arrastar o pé da frente até o 
nose saltando junto com o skate. 
 
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Pop Shove it, no Brasil conhecido também por Varial, que nada mais é que 
ollie com um 180° do shape, no varial quem gira é o skate e não o skatista. Para realizar 
essa manobra o skatista deve estar em posição de ollie, o impulso para o ollie com o pé 
traseiro não deve ser feito somente para baixo como em um ollie comum, empurre o shape 
suavemente em direção ao seu calcanhar (para trás) e com o pé dianteiro guie o seu shape 
para frente, fazendo-o rodar. Olhe o skate girar embaixo de você, quando ele tiver 
completado o 180º pegue-o com o seu pé traseiro e aterrisse. 
 
 
 
 
 
 
 
Frontside 180º Ollie 
 
O frontside 180º ollie é um ollie com giro de 180° do skate e do corpo do skatista 
no ar. Posicione seus pés para dar um ollie. Agache e torça seu tronco backside (com as 
costas para frente). Quando você der o ollie, destorça o seu tronco (peito para frente), guie 
com os dois pés o shape para que ele gire junto com o seu corpo, sendo que o shape deve 
permanecer o tempo inteiro sobre seus pés. Quando você tiver dado os 180º para aterrissar 
estique um pouco as pernas para colocar as rodas em contato com o chão. Agache para 
absorver o impacto. 
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Kick flip no brasil mais popular como Flip 
 
O flip você posiciona o pé de traz como no ollie e o pé da frente um pouco a 
baixo dos parafusos dianteiros, assim que bater o tail no chão você arrasta o pé dianteiro 
em diagonal para fora do shape, o skate ira girar 360° sobre o seu eixo. 
 
 
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Hellflip 
 
O hellflip você coloca o pé de traz no tail igual ao ollie, o pé da frente no centro 
do skate com os dedos para fora do shape, quando bater o tail no chão arraste seu pé 
dianteiro para frente e o skate irá girar sobre o próprio eixo. 
 
 
 
Varial flip 
 
O varial flip e a mistura do varial com o flip. Para realizar essa manobra você 
precisar estar com um dos pés na ponta do tail e o pé dianteiro na base do flip ( um pouco 
abaixo dos parafusos dianteiros). 
 
 
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Manual de Tail 
 
O manual de tail é quando o skate fica somente com as duas rodinhas traseiras 
em contato com o solo. 
 
 
 
Manual de Nose 
 
O manual de nose é quando o skatista fica com somente as duas rodinhas da 
frente em contato com o solo. 
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No skate temos uma brincadeira que ajuda na evolução dos skatistas e ela não 
poderia ter outro nome a não ser SKATE. 
 
A brincadeira funciona da seguinte forma: Um skatista inicia com uma manobra 
como por exemplo o OLLIE, os outros skatistas devem que realizar a mesma manobra e 
quem errar ganha uma letra da palavra skate, por exemplo “S”, quando completar a 
palavra SKATE o skatista estará fora da brincadeira e ganha quem tiver menos letras da 
palavra SKATE. 
 
Aprendendo a Andar no Vertical 
Para andar no vertical o skatista precisa ter sua base no skate já definida. O 
equilíbrio e o jogo de corpo são essenciais para realizar o primeiro Drop ( drop é quando 
o skatista desce de uma rampa) é preciso flexionar os joelhos e inclinar o corpo conforme 
a inclinação do drop,colocando pressão na perna dianteira. Na modalidade vertical o 
skatista utiliza o jogo de corpo e a flexibilidade do joelho para aumentar ou diminuir a 
velocidade do skate na pista. 
 
Pronto!!! Agora vamos praticar???? 
	Sumário
	História do Skate
	O Salto para a Evolução
	A Revolução: Piscinas Como Pistas e as Rodinhas de Uretano
	Skate, Punk, Música e Comportamento
	Manobras
	Tony Hawk e o Half-Pipe
	O Skate no Brasil
	Atletas mais conhecidos e Campeões Mundiais Brasileiros
	Partes do Skate
	Tail e Nose
	Conhecendo seu Skate
	Segurança
	Modalidades
	Manobras Básica do Skate
	Origem do Ollie
	Frontside 180º Ollie
	Manual de Nose
	Aprendendo a Andar no Vertical

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