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Ventilaçao • A troca da massa de ar entre a atmosfera e os alvéolos é denominada ventilação, ou respiração. Um único ciclo respiratório consiste em uma inspiração seguida por uma expiração. OS VOLUMES PULMONARES MUDAM DURANTE A VENTILAÇÃO • A função pulmonar de uma pessoa é avaliada medindo quanto ar ela move durante a respiração em repouso, e depois em esforço máximo. Estes testes de função pulmonar usam um espirômetro, um instrumento que mede o volume de ar movido a cada respiração. • Quando uma pessoa é conectada ao espirômetro tradicional por um bocal, e seu nariz é fechado com um grampo, o trato respiratório da pessoa e o espirômetro formam um sistema fechado. Quando a pessoa inspira, o ar move-se do espirômetro para dentro dos pulmões, e a pena de registro, a qual traça um gráfico em um cilindro que gira, move-se para cima. Quando a pessoa expira, o ar move-se dos pulmões de volta para o espirômetro, e a pena de registro move-se para baixo. Volumes Pulmonares • VOLUME: ar deslocado no sistema. O ar movido durante a respiração pode ser dividido em quatro volumes pulmonares: • Três passíveis de deslocamento e um em repouso (residual); -> VOLUME CORRENTE • “Respire calmamente.” O volume de ar que se move durante uma única inspiração ou expiração é denominado volume corrente (VC). -> VOLUME DE RESERVA INSPIRATÓRIO • “Agora, no final de uma inspiração tranquila, você deve inspirar o máximo de ar adicional que for possível.” O volume adicional inspirado, acima do volume corrente, representa o seu volume de reserva inspiratório (VRI). -> VOLUME DE RESERVA EXPIRATÓRIA • “Agora, pare no final de uma expiração normal e, em seguida, expire tanto ar quanto for possível.” Essa quantidade de ar expirado vigorosamente após o final de uma expiração espontânea é o volume de reserva expiratório (VRE). -> VOLUME RESIDUAL • O 4ª volume não pode ser medido diretamente. Mesmo se você soprar o máx. de ar que puder, ainda restará ar nos pulmões e nas vias aéreas. O vol. de ar presente no sist.. resp. após a expiração máxima – cerca de 1.200 mL – é chamado de vol. residual (VR). A maior parte desse volume residual existe porque os pulmões são mantidos estirados aderidos pelo líquido pleural às costelas. • Capacidade e volumes são variáveis de acordo com biótipo e idade da população. • NÃO é possível mensurar na espirometria convencional: volume residual, capacidade pulmonar total e capacidade residual funcional -> vão ser analisados em uma pletismografia. Capaçidades Pulmonares • CAPACIDADES PULMONARES: soma de dois ou mais volumes. • CAPACIDADE VITAL (CV) é a soma do VRI, VRE e VC. Esta representa a quantidade máxima de ar que pode ser voluntariamente movida para dentro ou para fora do sist. resp. a cada respiração (ciclo ventilatório). Ela diminui com a idade, quando os músculos enfraquecem e os pulmões se tornam menos elásticos. • TESTE DE CAPACIDADE VITAL forçada permite que o médico possa medir o quão rápido o ar deixa as vias aéreas no primeiro segundo da expiração, uma medida conhecida como VEF1, ou volume expiratório forçado em 1 segundo. • A capacidade vital somada ao volume residual é a capacidade pulmonar total (CPT). Outras capacidades importantes na medicina pulmonar (pneumologia) são a capacidade inspiratória (volume corrente volume de reserva inspiratório) e a capacidade residual funcional (volume de reserva expiratório volume residual). Pletismografia Análise de função pulmonar completa. Mede oque não é possível mensurar na espirometria. Mede: -> CRF -> CPT -> VR Espirometria • Espirometria: “mediar à respiração” para acompanhamento, prevenção e análise de doenças respiratórias. • Teste que mensura os volumes e as capacidades pulmonares; -> Auxilia no diagnóstico, quantificação dos distúrbios e prevenção. -> Necessita de compreensão e colaboração do paciente; -> Necessita de equipamento calibrado e exato além de treinamento do examinador. -> Examinador: manuseio do equipamento e comando verbal. VALORES DE REFERÊNCIA: • Valores calculados de acordo com a população; • Levam em consideração a idade, gênero, altura e peso; • O valor obtido é comparado com o previsto; • Expresso em porcentagem do previsto. NORMAL ORIENTAÇÕES • Infecção respiratória nas últimas 3 semanas (ex: gripe, resfriado, bronquite e pneumonia) podem alterar a função pulmonar ou levar à hiperresponsividade brônquica; • Não ingerir café ou chá (6 horas antes); por ativar o simpático autônomo -> alteração na FR. • Não fumar (2 horas antes); • Refeições leves antes do exame; • Interromper uso de broncodilatadores (curta 4h e longa 12h); • Ambiente deve ser calmo e privado; • Fornecer um clipe nasal ao paciente; • Se o paciente apresentar expectoração de secreção em maior quantidade, o teste deve ser adiado; • Atenção a vazamentos ao redor do bucal; • Atenção ao uso de prótese dentária; • Atenção ao nível de compreensão do teste. MATERIAIS -> Espirômetro -> Filtro -> Bucal -> Seringa de calibração OBS.: Os valores obtidos devem ser comparados a valores previstos adequados para a população avaliada. -> Software: adição dos dados antométricos do paciente e calibração do aparelho, fazendo principalmente a geração dos gráficos e os resultados do exame. -> Clipe Nasal ORIENTAÇÕES’’ Mensurar: • Altura (em centímetros); • Peso (quilograma); • Ajustar a temperatura e a umidade do ar; Recomendações: • Paciente deve fazer um repouso de 5 a 10 minutos antes do teste; • Realizar exame em sedestação com o tronco apoiado. COMANDO VERBAL • Irá variar de acordo com a mensuração desejada; -> VEF1 (VOLUME EXPIRATÓRIO FORÇADO NO PRIMEIRO SEGUNDO): solicitar inspiração máxima; seguido de uma expiração “explosivo/forçada” mantendo o máximo de expiração; -> CVF (CAPACIDADE VITAL FORÇADA): Inspirar e expirar atingindo o VRI e VRE. -> VVM (VENTILAÇÃO VOLUNTÁRIA MÁXIMA): respirações curtas e rápidas. Parametros e çurvas mensuradas • CAPACIDADE VITAL FORÇADA (CVF); • Volume Expiratório Forçado no primeiro segundo (VEF1); • Relação VEF1 / CVF; • Fluxo expiratório forçado máximo ou pico de fluxo expiratório (FEFmáx ou PFE); • Fluxo expiratório forçado 25-75% (FEF 25- 75%) Exemplos de çurvas adquiridas A: Curva aceitável; B, C e D: Esforço inicial insuficiente; E: Interrupção; F: Tosse; G: Interrupção e retomada precoce; H: Variante normal "joelho“. Criterios para açeitaçao do exame • Realizar 3 testes com curvas aceitas. • Necessário apresentar dois testes com valores reprodutíveis: CVF, VEF1 e PFEmax; • Realizar no máximo “8 testes no mesmo dia”. Disturbios Ventilatorios Classifiçaçao da gravidade do disturbio Resposta ao bronçodilatador • Diferenciar asma de DPOC (normalmente não responde a broncodilatador). -> Realizar a espirometria pré (sem uso de Broncodilatador); -> Administrar o Broncodilatador (400 mcg de salbutamol), após 15min. -> Realizar a espirometria pós (com uso de Broncodilatador). • Diagnóstico de ASMA é positivo se: -> A variação entre: VEF1pós – VEF1pré em valores absolutos for ≥ 200ml; -> A variação entre: CVFpós – CVFpré em valores absolutos for ≥ 350ml; O que e preçiso saber em 3 passos: 1º PASSO: RECONHECIMENTO DAS CURVAS De normalidade • Com distúrbio ventilatório obstrutivo: altera fluxo e volume • Indivíduo com padrão restritivo: altera volume. -> Eixo x: fluxo -> Eixo y: volume. -> acima do x: inspiração -> abaixo do x: expiração. 2º PASSO: IDENTIFICAÇÃO DO DISTÚRBIO (VEF1/CVF) 3º PASSO: CÁLCULO CVF% - VEF1% • Se for um distúrbio ventilatório obstrutivo (DVO) com redução da CVF, deve calcular: CVF% - VEF1% -> Diferença ≥ 25 DVOcom da CVF por hiperinsuflação pulmonar. -> Diferença ≤ 12 – Distúrbio ventilatório misto (DVM), da CVF por doença restritiva. -> Diferença entre 12 e 25 – DVO com da CVF apenas. Ref: SILVERTHORN, D. U. Fisiologia Humana: 7 Ed – São Paulo: Artmed editora ltda, 2017. CAP 17. Aluna: Iasmim Araújo Xavier Fonseca – Medicina UNINOVE