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Insuficiência respiratória CAPÍTULO 43 GUYTON - FISIOLOGIA MÉTODOS ÚTEIS PARA O ESTUDO DAS ANORMALIDADES RESPIRATÓRIAS ESTUDO DOS GASES E PH DO SANGUE · PO2, PCO2 e PH são os principais testes para se determinar o desempenho dos pulmões. FLUXO EXPIRATÓRIO MÁXIMO · Quando a pessoa expira com grande intensidade, o fluxo expiratório de ar atinge um máximo além do qual não pode ser aumentado mais, mesmo com esforço adicional. Anormalidades da curva fluxo-volume expiratória máxima · Restrição pulmonar: redução da CPT e VR. · Doenças fibróticas pulmonares: tuberculose e silicose · Doenças que restrinjam a caixa torácica, por exemplo, cifose, escoliose e pleurisia fibrótica. · Doenças que cursam com obstrução das vias aéreas, muito mais difícil expirar do que inspirar. · Tendência de fechamento das vias aéreas pela pressão positiva extra necessária ao tórax para expirar torna mais difícil a expiração. · Asma e alguns estágios do enfisema. fisiopatologia de anormalidades pulmonares específicas enfisema pulmonar crônico · Significa excesso de ar nos pulmões · Processo obstrutivo complexo e destrutivo dos pulmões causado por muitos anos de tabagismo. · Resulta das seguintes alterações fisiopatológicas pulmonares principais: 1. Infecção crônica: causada pela inalação de fumaça ou outras substâncias que irritam brônquios e bronquíolos. Pode ocasionar paralisia dos cílios do epitélio respiratório, efeito provocado pela nicotina = muco não sai das vias. 2. Infecção + muco excessivo + edema inflamatório = obstrução crônica. 3. Obstrução torna a expiração difícil e o ar fica aprisionado nos alvéolos. · Diferentes anormalidades: 1. A obstrução bronquiolar aumenta a resistência das vias aéreas e resulta em aumento importante do trabalho da respiração = força compressiva das paredes do pulmão – dificuldade de respirar. 2. Perda das paredes do alvéolos = diminui a capacidade de difusão pulmonar = redução da função dos pulmões em retirar CO2. 3. Processo obstrutivo mais intensos em algumas partes e em outras não. 4. A perda da grande parte das paredes alveolares também diminui o número de capilares pulmonares pelo quais o sangue pode passar = Aumento da resistência vascular pulmonar = hipertensão pulmonar. 1.Enfisema 2. Normal pneumonia: inflamação pulmonar e líquido nos alvéolos · Qualquer condição inflamatório pulmonar em que alguns ou todos os alvéolos são preenchidos com líquido e hemácias. · Pneumonia bacteriana = pneumococos = membrana pulmonar com poros que deixa passar leucócitos e hemácias para os alvéolos. · Vai disseminando de alvéolo em alvéolo. · Pulmão/ partes do pulmão ficam consolidados. · Função das trocas gasosas dos pulmões diminui. · Causa duas anormalidades: 1. Redução da área de superfície total disponível da membrana respiratória 2. Diminuição da porção ventilação perfusão. - Ambos os efeitos causam hipoxemia e hipercapnia. · Sangue aerado é 97% saturado pelo O, sangue não aerado cai para 60%. atelectasia · Colapso dos alvéolos. · Causas: 1. Perda do surfactante que reveste internamente os alvéolos - Surfactante diminui a tensão superficial o que impede o colapso pulmonar. - Síndrome da angústia respiratória = recém-nascidos sem surfactante nos alvéolos = colapso pulmonar ou enchimento alveolar por líquidos. 2. Obstrução total das vias aéreas. - Obstrução do brônquio principal por um objeto sólido ou tumor e bloqueio de muitos brônquios de pequeno calibre por muco. asma · Contração espástica da musculatura lisa dos bronquíolos = obstrução parcial e extrema dificuldade para respirar. · Fechamento precoce dos bronquíolos. · Causa comum: hipersensibilidade de contração da musculatura por causa de agentes estranhos. OBS: 70% dos pacientes abaixo de 30 anos têm asma por causa da hipersensibilidade alérgica, já pessoas mais velhas tem hipersensibilidade a fatores não alérgicos como poluição. · Pessoas alérgicas produzem muito anticorpo IgE que irão se ligar aos mastócitos, quando a pessoa entra em contato com o alergênico, os mastócitos produzem – bradicinina, histamina, substância anafilaxia de reação lenta e fator quimiotático eosinofílico. · Causa edema, muco espesso e espasmo da musculatura lisa bronquiolar. · Fluxo expiratório máximo bastante reduzido e redução do volume expiratório no tempo. · CRF e VR aumentados por causa da dificuldade de expirar, mantendo ar dentro dos pulmões. tuberculose · Bacilos causam invasão do tecido afetado por macrófagos e encarceramento da lesão por tecido fibroso que forma o tubérculo. · Encarceramento ajuda a impedir a disseminação do bacilo – proteção. · Nos estágios finais se caracteriza por fibrose, pois os bacilos podem se disseminar por todo o pulmão: 1. Trabalho dos músculos respiratório aumentados 2. Capacidade vital e respiratória diminuída. 3. Redução da área de superfície da membrana respiratória e aumento da espessura da membrana respiratória = redução da capacidade de difusão pulmonar. 4. Proporção perfusão-ventilação anormal dos pulmões. HIPÓXIA E TERAPIA COM O2 · Hipóxia causada pela ineficiência na utilização de O2 pelos tecidos: - Causa clássica: envenenamento por cianeto por causa do bloqueamento da citocromo oxidase. - Beriberi: deficiência de vitamina B faz com que várias etapas da utilização do O2 e CO2 estejam comprometidas. · Efeitos da hipóxia no corpo: - Depressão da atividade mental - Redução da capacidade muscular. terapia o2 · Possibilidade de administração: 1. Cabeça do paciente em “tenda” que tem ar com O2. 2. Máscara. 3. Catéter intranasal. · Hipóxia causada por anemia, transporte anormal de O2 hemoglobínico, deficiência circulatória ou derivação fisiológica, a terapia com O2 tem muito menos valor · Hipóxia causada pelo uso inadequado de O2 pelos tecidos = o sistema que não atua normalmente portanto a terapia com O2 não é eficaz. cianose · Tonalidade azulada da pele = excessiva hemoglobina sem O2. · Anemia dificilmente tem cianose porque não existem 5 gramas de hemoglobina suficientes para ser desoxigenadas em 100ml de sangue arterial. · Pessoa com Policitemia vera (excesso de hemoglobina disponível) tem a possibilidade de ter cianose porque tem mais hemoglobinas que podem ficar desoxigenada. hipercapnia · Pode estar associada à hipóxia quando está relacionada a hipoventilação (não tem transferência de CO2 e O2 entre os alvéolos e a atmosfera) ou deficiência circulatória (fluxo diminuído de sangue reduz a remoção de CO2 dos tecidos). · Hipóxia resultante da falta de O2, pouca hemoglobina ou envenenamento das enzimas oxidativas = NÃO ESTÁ RELACIONADO COM HIPERCAPNIA CONJUNTAMENTE. · PCO2 de 80 a 100: pessoa fica letárgica e semicomatosa. · PCO2 120 a 150: anestesia e morte. dispneia · Angústia mental por não conseguir ventilar normalmente. · Fatores: 1. Anormalidade dos gases respiratórios nos líquido corporais, principalmente hipercapnia e pouco hipóxia. 2. A quantidade de trabalho que deve ser realizada pelos músculos respiratórios para prover ventilação adequada 3. Estado mental · Dispneia neurogênica ou dispneia emocional: · Dispneia ainda ser sentida por causa de estado mental anormal. · Comum em pessoas com fobias de lugar pequeno ou cheios de gente, já que a sensação pode aumentar pois a pessoa que tem medo de não receber ar.