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Apostila Av Nutricional do Idoso e Paciente Hospitalizado

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Apostila Avaliação 
nutricional 
Idoso/hospitalizado 
 
 
 
Profa. Fabiana X. Bonucci Palma 
 
FESB 
2020 
Fesb 
Profa. Fabiana Ximenes Bonucci Palma 
 
 
 
Avaliação Nutricional de Idosos 
 
1 – Índice de massa corporal 
 
IMC= Peso atual (Kg) 
 Altura² (m) 
 
Tabela 1. Classificação do índice de massa corporal segundo a 
OPAS - Organização Panamericana de Saúde: 
 
Classificação IMC 
Baixo peso < 23 kg/m² 
Peso normal 23 a 28 kg/m² 
Sobrepeso 28 a 30 kg/m² 
Obesidade ≥ 30 kg/m² 
 
Fonte: SABE – Saúde Bem Estar e Envelhecimento – O Projeto SABE no município de São Paulo: uma abordagem 
inicial / Maria Lúcia Lebrão, Yeda A. de Oliveira Duarte. – Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde, 2003 
 
 
 
 
Tabela 2. Classificação do índice de massa corporal sugerido pelo 
Ministério da Saúde (SISVAN): 
 
Diagnóstico nutricional IMC 
Baixo peso ≤ 22 kg/m² 
Adequado ou eutrófito 22 a 27 kg/m² 
Sobrepeso ≥ 27 kg/m² 
Fonte: LIPSCHITZ, D.A. Screening for nutritional status in the elderly. Primary Care, 21 (1):55-67 1994 
 
Fesb 
Profa. Fabiana Ximenes Bonucci Palma 
 
 
2 – Estatura 
 
Estimativa de altura para adultos segundo Chumlea e cols 
(1985) 
 
Homem = 64,19 – ( 0,04 x I ) + ( 2,02 x AJ ) 
Mulher = 84,88 – ( 0,24 x I ) + ( 1,83 x AJ ) 
 
Onde: I = idade (anos); AJ = altura de joelho (cm) 
 
3 – Peso 
 
3.1 - Equações para cálculo do peso estimado: 
3.1.1 - Segundo Chumlea et al. 1988 
Gênero Fórmula 
Homem (0,98 x CP) + (1,16 x AJ) + (1,73XCB) + (0,37X DCSE) – 81,69 
Mulher (1,27 X CP) + (0,87 X AJ) + (0,98 X CB) + (0,4 X DCSE) – 62,35 
Onde: CP = circunferência da panturrilha (cm); AJ = altura do joelho (cm); CB 
(circunferência do braço (cm); PCSE = prega cutânea subescapular (mm) 
Fonte: Chumlea (1988) 
 
3.1.2 – Segundo Chumlea et al. 1994 
Estimativa de peso para portadores de necessidades 
especiais 
Idade Raça branca Raça negra 
Feminino 
60 a 80 anos (CJ x 1,09) + (CB x 2,68) – 65,51 (CJ x 1,50) + (CB x 2,58) – 84,22 
Masculino 
60 a 80 anos (CJ x 1,10) + (CB x 3,07) – 75,81 (CJ x 0,44) + (CB x 2,86) – 39,21 
Fonte: Chumlea et al (1994) 
Fesb 
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Onde: CJ = comprimento do joelho (cm) e CB = circunferência 
do braço (cm) 
3.1.3 – Segundo Rabito, 2008 (desenvolvida com 
população brasileira) 
 
P (kg) = (0,5759 x CB) + (0,5263 x CAB) + (1,2452 x CP) – (4,8689 x sexo) – 
32,9241 
Onde: CP = circunferência da panturrilha (cm), CB = circunferência do braço 
(cm), CAB = circunferência abdominal (cm); sexo = masculino (1) e feminino (2) 
Fonte: Rabito (2008) 
 
3.2 – Peso ideal para idoso 
PI = IMC desejado x A² (m) 
Onde: IMC desejado = IMC Pº50 (vide tabela 6 para homem 
e tabela 7 para mulheres) 
 
3.3 – Adequação de peso 
 
Adequação do peso (%) = PA x 100 
 PI 
 
Onde: PA = Peso atual e PI = Peso ideal 
 
Tabela 3. Classificação do estado nutricional de acordo com a 
adequação do peso 
 
Adequação do peso (%) Estado nutricional 
≤ 70 Desnutrição grave 
70,1 a 80 Desnutrição moderada 
80,1 a 90 Desnutrição leve 
90,1 a 110 Eutrofia 
110,1 a 120 Sobrepeso 
> 120 Obesidade 
Fonte: Blackburn e Thornton (1979) 
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3.4 – Porcentagem de perda de peso 
 
% PP = (PU – PA) x 100 
 PU 
 
Onde: PP = perda de peso; PA = peso atual; PU = peso usual 
 
 
Tabela 4. Classificação da perda de peso 
 
Tempo 
Perda significativa 
de peso 
Perda grave de 
peso 
1 semana 1 a 2% > 2% 
1 mês 5% > 5% 
3 meses 7,5% > 7,5% 
6 meses 10% > 10% 
Fonte: Blackburn e Bidtrian (1977) 
 
 
4 – Circunferência de cintura 
 
Tabela 5 - Classificação da circunferência da cintura de adultos 
 
Gênero Elevado Muito Elevado 
Homens ≥ 94 cm ≥ 102 cm 
Mulheres ≥ 80 cm ≥ 88 cm 
 
5 – Relação cintura-quadril 
 
RCQ = CC (cm) 
 CQ (cm) 
 
Risco de doença cardiovascular: Homens = > 1,0 
 Mulheres = > 0,85 
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 Atualmente a OMS recomenda para a avaliação nutricional do 
indivíduo idoso a utilização dos dados de referência do 
NHANES III (National Health and Nutrition Examination Surveys 
III), que apresentam os dados do IMC, CB, DCT e CMB. 
 
Tabela 6 – Índice de massa corporal, circunferência do braço, dobra 
cutânea tricipital e circunferência muscular do braço para homens 
com 60 anos ou mais avaliados no NHANES III (1988-1994) 
Variáveis e grupo de idade 
Percentil 
10 15 25 50 75 85 90 
IMC (kg/m2) 
60-69 anos 21,9 23,1 24,4 27,1 30,0 31,7 32,8 
70-79 anos 21,5 22,3 23,8 26,1 29,3 30,7 31,7 
>= 80 anos 19,8 21,1 22,4 25,0 27,1 28,7 29,5 
CB (cm) 
60-69 anos 28,4 29,2 30,6 32,7 35,2 36,2 37,0 
70-79 anos 27,5 28,2 29,3 31,3 33,4 35,1 36,1 
>= 80 anos 25,5 26,2 27,3 29,5 31,5 32,6 33,3 
DCT (mm) 
60-69 anos 7,7 8,5 10,1 12,7 17,1 20,2 23,1 
70-79 anos 7,3 7,9 9,0 12,4 16,0 18,8 20,6 
>= 80 anos 6,6 7,6 8,7 11,2 13,8 16,2 18,0 
CMB (cm) 
60-69 anos 24,9 25,6 26,7 28,4 30,0 30,9 31,4 
70-79 anos 24,4 2.4,8 25,6 27,2 28,9 30,0 30,5 
>= 80 anos 22,6 23,2 24,0 25,7 27,5 28,2 28,8 
CB=Circunferência do braço; CMB=Circunferência muscular do braço; DCT=Dobra cutânea tricipital; IMC=Índice de 
massa corporal 
 
Tabela 7 – Índice de massa corporal, circunferência do braço, dobra 
cutânea tricipital e circunferência muscular do braço para mulheres 
com 60 anos ou mais avaliados no NHANES III (1988-1994) 
Variáveis e grupo de idade 
Percentil 
10 15 25 50 75 85 90 
IMC (kg/m2) 
60-69 anos 20,9 21,8 23,5 26,6 30,8 33,6 35,7 
70-79 anos 20,7 21,4 22,6 25,9 29,9 32,1 34,5 
>= 80 anos 19,3 20,3 21,7 25,0 28,4 30,0 31,4 
CB (cm) 
60-69 anos 26,2 26,9 28,3 31,2 34,3 36,5 38,3 
70-79 anos 25,4 26,1 27,4 30,1 33,1 35,1 36,7 
>= 80 anos 23,0 23,8 25,5 28,4 31,5 33,2 34,0 
 
Fesb 
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DCT (mm) 
60-69 anos 14,5 15,9 18,2 24,1 29,7 32,9 34,9 
70-79 anos 12,5 14,0 16,4 21,8 27,7 30,6 32,1 
>= 80 anos 9,3 11,1 13,1 18,1 23,3 26,4 28,9 
CMB (cm) 
60-69 anos 20,6 21,1 21,9 23,5 25,4 26,6 27,4 
70-79 anos 20,3 20,8 21,6 23,0 24,8 26,3 27,0 
>= 80 anos 19,3 20,0 20,9 22,6 24,5 25,4 26,0 
CB=Circunferência do braço; CMB=Circunferência muscular do braço; DCT=Dobra cutânea tricipital; IMC=Índice de 
massa corporal 
 
Tabela 8 – Classificação do estado nutricional individual segundo 
percentis 
 
Percentil (P) Classificação 
< P5 Desnutrição 
P5 – P15 Risco para desnutrição 
P15 – P85 Eutrofia 
> P85 Obesidade 
Fonte: Who, 1995 
 
 
6 – CB (circunferência de braço) , CMB (circunferência 
muscular do braço) e DCT (dobra cutânea tripciptal) 
 
 Utilizar o percentil como referência, de acordo com a tabela 6 
para homens e 7 para mulheres. A classificação deve ser feita 
de acordo com a tabela 8. 
 
6.1 - Fórmula para o cálculo da CMB: 
 
CMB (cm) = CB (cm) – (0,314 X DCT) 
 
Fesb 
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7 – DCSUB (Dobra Cutânea Subescapular) 
Também utiliza como padrão de referência os percentis, porém 
como não foi incluído no estudo realizado pelo NHAMES III, utiliza 
como referência Frisancho 1990, tabela 9 e 10 . E classifica o 
estado nutricional de acordo com a tabela 8. 
 
Tabela 9 – Percentis da dobra cutânea subescapular (mm) para 
homens até 75 anos 
HOMENS 
Idade 
(anos) 
Percentis 
5 10 15 25 50 75 85 90 95 
60,0 a 64,9 7 8 10 12 17 23 26 29 34 
65,0 a 69,9 6 7,5 8,5 10,5 15 21,5 25 28 32,5 
70,0 a 74,9 6,5 7 8 10,3 15 21 25 27,5 31 
Fonte: Frisancho (1990) 
 
Tabela 10 – Percentis da dobra cutânea subescapular (mm) para 
mulher até 75 anos 
MULHERES 
Idade 
(anos) 
Percentis 
5 10 15 25 50 75 85 90 95 
60,0 a 64,9 7,5 9 11 14 21,5 30,5 35 38 43 
65,0 a 69,9 7 8 10 13 20 28 33 36 41 
70,0 a 74,9 6,5 8,5 10 12 19,527 32 35 38,5 
Fonte: Frisancho (1990) 
 
8 – Área muscular do braço corrigida (AMBc) 
 
Homens: AMBc (cm²) = (CMB)² - 10 
 12,56 
Fesb 
Profa. Fabiana Ximenes Bonucci Palma 
 
 
 
Mulheres: AMBc (cm²) = (CMB)² - 6,5 
 12,56 
 
A medida de AMBc também não foi contemplada no estudo de 
NHANES III, portanto utilizamos essa medida da seguinte forma: 
Para a classificação da AMBc, verifica-se o percentil em que a 
medida calculada se encontra, de acordo com a tabela 11 para 
idosos até 75 anos incompletos ou tabela 12 para idosos acima de 
75 anos. 
Na tabela 13 são apresentados os pontos de corte para a 
classificação da AMBc, 
 
Tabela 11. Percentis da área muscular do braço corrigida (AMBc) 
(cm²) em idosos até 75 anos. 
HOMENS 
Idade 
(anos) 
Percentis 
5 10 15 25 50 75 85 90 95 
60,0 a 64,9 34,5 38,7 41,2 44,9 52,1 60,0 64,8 67,5 71,6 
65,0 a 69,9 31,4 35,8 38,4 42,3 49,1 57,3 61,2 64,3 69,4 
70,0 a 74,9 29,7 33,8 36,1 40,2 47,0 54,6 59,1 62,1 67,3 
Fonte: Frisancho (1990) 
 
MULHERES 
Idade 
(anos) 
Percentis 
5 10 15 25 50 75 85 90 95 
60,0 a 64,9 22,4 24,5 26,3 29,2 34,5 41,1 45,6 49,1 55,1 
65,0 a 69,9 21,9 24,5 26,2 28,9 34,6 41,6 46,3 49,6 56,5 
70,0 a 74,9 22,2 24,4 26,0 28,8 34,3 41,8 46,4 49,2 54,6 
Fonte: Frisancho (1990) 
 
 
 
Fesb 
Profa. Fabiana Ximenes Bonucci Palma 
 
 
Tabela 12. Percentis da área muscular do braço corrigida (AMBc) 
(cm²) em idosos acima de 75 anos. 
HOMENS 
Idade (anos) 
Percentis 
5 10 25 50 75 90 95 
75 a 79 26,3 28,4 33,6 39,4 45,2 50,4 53,5 
80 a 84 23,7 26,6 31,6 37,1 42,6 47,6 50,6 
Acima de 85 22,7 25,4 29,3 34,7 39,6 44,0 46,7 
Fonte: Burr e Phillips (1984) 
 
MULHERES 
Idade (anos) 
Percentis 
5 10 25 50 75 90 95 
75,0 a 79,9 19,7 22,4 27,1 32,3 37,5 42,2 44,9 
80,0 a 84,9 17,2 20,0 24,6 29,7 34,8 39,4 42,0 
Acima de 85 14,3 17,0 21,7 26,9 32,1 36,8 39,5 
Fonte: Burr e Phillips (1984) 
 
 
Tabela 13. Classificação do estado nutricional segundo a área 
muscular do braço corrigida, 
 
 Eutrofia 
Depleção 
leve/moderada 
Depleção 
Grave 
AMBc >Percentil 15 Percentil 5 a 15 <Percentil 5 
Fonte: Blackburn e Thornton (1979) 
 
9 – Circunferência da panturrilha 
 
> 31- adequado 
< 31 – marcador de desnutrição 
 
 
Fesb 
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10– Necessidades de Energia 
 
10.1 – EER (estimated energy requirement) 
 Equações para o cálculo da necessidade estimada de 
energia (EER) proposta pela DRI de energia para homens e 
mulheres com idade superior a 19 anos 
 
Homens 
EER(Kcal/dia) = 662 – (9,53 x idade) + CAF x [(15,91 x peso) + 
(539,6 x estatura)] 
Onde: idade em anos, peso em Kg, estatura em metros 
CAF: Coeficiente de atividade física 
CAF= 1 se NAF sedentário (≥1 <1,4) 
CAF=1,11 se NAF leve (≥1,4 <1,6) 
CAF= 1,25 se NAF moderado (≥1,6 <1,9) 
CAF= 1,48 se NAF intenso (≥1,9 
<2,5) 
NAF: Nível de atividade física. Consultar a tabela 14 para saber 
quais as atividades correspondentes a cada NAF 
 
Mulheres 
EER(Kcal/dia) = 354 - (6,91 x idade) + CAF x [ (9,36 x peso) + (726 
x estatura)] 
 
Fesb 
Profa. Fabiana Ximenes Bonucci Palma 
 
 
Onde: idade em anos, peso em Kg, estatura em metros) 
CAF: Coeficiente de atividade física 
CAF= 1 se NAF sedentário (≥1 <1,4) 
CAF=1,12 se NAF leve (≥1,4 <1,6) 
CAF= 1,27 se NAF moderado (≥1,6 <1,9) 
CAF= 1,45 se NAF intenso (≥1,9 <2,5) 
NAF: Nível de atividade física. Consultar a tabela 14 para saber 
quais as atividades correspondentes a cada NAF 
Fonte: Institute of Medicine/Food and Nutrition Board, 2002 
 
Tabela 14 - Atividades físicas relacionadas a cada nível de 
atividade física (NAF) 
 
Nível de Atividade 
Física (NAF)* 
Atividade física 
Sedentário 
(≥1 <1,4) 
 
Trabalhos domésticos de esforço leve a 
moderado, caminhadas para atividades 
relacionadas com o cotidiano, ficar sentado por 
várias horas 
Leve 
(≥1,4 <1,6) 
 
Caminhadas (6,4 Km/h), além das mesmas 
atividades relacionadas ao NAF sedentário 
Moderado 
(≥1,6 <1,9) 
 
Ginástica aeróbica, corrida, natação, jogar tênis, 
além das mesmas atividades relacionadas ao 
NAF sedentário 
Intenso 
(≥1,9 <2,5) 
 
Ciclismo de intensidade moderada, corrida, 
pular corda, jogar tênis, além de atividades 
relacionadas ao NAF sedentário 
*Definido como a razão entre TMB e o gasto energético de 24 hs (TMB/GE 24 
hs). 
Fonte: Institute of Medicine/Food and Nutrition Board, 2002 
 
Fesb 
Profa. Fabiana Ximenes Bonucci Palma 
 
 
*Atenção: para idosos, considerando a diminuição do gasto 
energético com o avanço da idade, propõe-se que para cada ano 
acima de 30 anos, deve-se subtrair 7 Kcal/dia para mulheres e 
10 Kcal/dia para homens. 
*Lembrete: fazer ajuste calórico para caso de desnutrição ou 
sobrepeso/obesidade, sendo +ou- 398 Kcal para homens e + ou- 
364 Kcal para mulheres. 
 
10.2 – Método da FAO/OMS 
 
GET= GEB x FA 
 
A tabela 15 determina o GEB (gasto energético basal), que deve ser 
multiplicado pelo fator atividade para determinar o GET ( gasto 
energético total). Pode ser utilizado o peso atual ou ideal, 
dependendo do estado nutricional do indivíduo. 
 
Tabela 15 – Equações da FAO/OMS (1985) para calcular o GEB 
segundo gênero, faixa etária e peso 
 
Idade (anos) 
GEB ( Kcal/dia) 
Feminino Masculino 
0 a 3 61 x P – 51 60,9 x P – 54 
3 a 10 22,5 x P + 499 22,7 x P +495 
10 a 18 12,2 x P +746 17,5 x P + 651 
18 a 30 14,7 x P + 496 15,3 x P + 679 
30 a 60 8,7 x P + 829 11,6 x P + 879 
> 60 10,5 x P + 596 13,5 x P + 487 
P = peso corporal em Kg 
 
 
Fesb 
Profa. Fabiana Ximenes Bonucci Palma 
 
 
 
 
Tabela 16 – Fator de multiplicação pelo gasto calórico basal, 
considerando-se uma média das atividades desenvolvidas durante 
todo o dia. 
 
Nível de Atividade 
Fator Atividade 
(x gasto energético basal) 
Homens Mulheres 
Muito leve 1,3 1,3 
Leve 1,6 1,5 
Moderado 1,7 1,6 
Pesado 2,1 1,9 
Muito pesado 2,4 2,2 
Fonte: WHO 
 
10.3 - Equação de Harris Benedict 
Equação recomendada preferencialmente para enfermos. 
Equação de Harris Benedict (1919) para estimar o GEB de adultos 
segundo o gênero (adaptada de Harris Benedict, 1919; Martins 
et.al, 2000) 
 
GET (Kcal/dia) =GEB x FA x FI x FT 
Onde: FA – fator atividade, FI – fator injúria, FT – fator térmico 
 
Homens: 
GEB = 66,47 +(13,75 x peso Kg) + (5,00 x estatura cm) – (6,76 x 
idade anos) 
 
Fesb 
Profa. Fabiana Ximenes Bonucci Palma 
 
 
 
Mulheres: 
GEB = 655,1 + (9,56 x peso Kg) + (1,85 x estatura cm) – (4,68 x 
idade anos) 
 
*Esta equação é mais comumente utilizada para pacientes 
enfermos, apesar que também pode ser aplicada em indivíduos 
não enfermos, neste caso, multiplica-se somente pelo fator 
atividade descrito na tabela 16 (FAO/OMS). 
* Utilizar peso atual para IMC eutrófico e peso ajustado para IMC 
indicativo de desnutrição ou sobrepeso/obesidade. 
P. ajustado (sobrepeso/obesidade) = (PA– PI) x 0,25 + PI 
P. ajustado (desnutrição) = (PI – PA) x 0,25 + PA 
Onde: PA = peso atual, PI = peso ideal 
 
Tabela 17 – Fator atividade e fator térmico para indivíduos 
hospitalizados 
 
Fator atividade* (FA) Fator térmico (FT) 
Condição Fator T° corporal Fator 
Acamado 1,2 38° C 1,1 
Acamado móvel 1,25 39° C 1,2 
Deambulando 1,3 40° C 1,3 
 41° C 1,4 
Fonte: Martins et al. (2000). * Fator atividade de pacientes hospitalizados 
 
 
 
 
Fesb 
Profa. Fabiana Ximenes Bonucci Palma 
 
 
Tabela 18 – Fator injúria de acordo com a condição fisiopatológica 
 
Condição fisiopatológica Fator injúria 
Paciente não complicado 1,0 
Transplante de medula óssea 1,2 a 1,3 
Pequena cirurgia 1,2 
Cirurgia eletiva 1,0 a 1,1 
Politrauma 1,2 a 1,35 
Pós operatório de câncer 1,1 a 1,4 
Doença cardiopulmonar 0,8 a 1,0 
Doença cardiopulmonar com 
cirurgia 
1,3 a 1,55 
Pós operatório de cirurgia torácica 1,2 a 1,5 
Câncer 1,1 a 1,45 
Peritonite 1,4 
Pancreatite 1,3 a1,6 
Desnutrição 1,5 
Fratura 1,2 
Pós operatório de cirurgia geral 1,0 a 1,5 
Infecção 1,1 a 1,4 
 Leve 1,1 
 Moderada 1,3 
 Grave 1,4 
Transplante de fígado 1,2 a 1,5 
Insuficiência renal aguda 1,3 
Insuficiência cardíaca 1,3 a 1,5 
Insuficiência hepática 1,3 a 1, 55 
Queimadura – ASCQ* 
 < 20% 1,0 a 1,5 
 20 a 30 % 1,6 
 30 a 50 % 1,7 
 50 a 70 % 1,8 
 70 a 90 % 2,0 
 90 a 100 % 2,1 
Obs: O fator injúria na queimadura depende da área de superfíçie corporal 
queimada (ASCQ). Fontes: adaptada de Martins et al.(2000); e Willianson 
(1989).* 
 
Fesb 
Profa. Fabiana Ximenes Bonucci Palma 
 
 
10.4 – Necessidade Energética para crianças e adolescentes 
enfermos 
 
Tabela 19 - Taxa Metabólica Basal (TMB) – Shofield, 1985 
IDADE MENINAS MENINOS 
0 a 3 
anos 
TMB= 16,25 x P + 1023,2 
x E - 413,5 
TMB= 0,167 x P + 1517,4 x 
E – 617,6 
3 a 10 
anos 
TMB= 16,97 x P + 161,8 x 
E + 371,2 
TMB= 19,6 x P + 130,3 x E 
+ 414,9 
10 a 18 
anos 
TMB= 8,365 x P + 465 x E 
+ 200 
TMB= 16,25 x P + 137,2 x 
E +515,5 
 
Onde P = peso em KG 
 E= estatura em metro 
 
Necessidade Energética total (NET) 
NET = TMB x fator de correção 
 
Tabela 20 – Fatores de Correção da TMB para situações de 
stress 
 
Fatores de Correção da TMB para situações de stress 
(Chwals et al, 1988; ESPGHAN, 2005) 
 
Doença de Base Fator de correção 
Ausente 1,0 
Pós-operatório 1,1 – 1,3 
Sepse 1,3 
Trauma 1,2 – 1,6 
Queimado 1,2 – 2,0 
 
Fesb 
Profa. Fabiana Ximenes Bonucci Palma 
 
 
 
10.5 – Regra de Bolso 
 
Tabela 21 – Recomendação de energia 
Pacientes críticos 20 a 25 Kcal/Kg/dia 
Pacientes adultos sem 
enfermidade grave 
25 a 35 Kcal/Kg/dia 
ESPEN 2006 e DITEN 2011 
 
 
Tabela 22 – Recomendação de proteína 
IMC < 30Kg/m² 1,2 a 2,0 g/Kg/dia 
IMC entre 30 e 40 Kg/m² ≥2,0 g/Kg peso ideal/dia 
IMC > 40 Kg/m² ≥2,5 g/Kg peso ideal/dia 
ESPEN 2009 
 
 
11 – Espessura do Músculo Adutor do Polegar (EMAP) 
 
11.1 – Para adultos saudáveis 
 
%adequação = MAP aferido x 100 
 MAP mediano 
 
 
 
Fesb 
Profa. Fabiana Ximenes Bonucci Palma 
 
 
Tabela 23 – Valores padrão da EMAP, conforme o sexo em 
indivíduos saudáveis 
 
Sexo Mediana (mm) 
Masculino 12 
Feminino 10 
Fonte: Lameu et al. (2004) 
 
Tabela 24 – Adequação do músculo adutor do polegar (MAP) 
 
Ausência de depleção 100% 
Depleção leve 90-99% 
Depleção moderada 60-90% 
Depleção grave < 60% 
 
 
12.2 – Para pacientes cirúrgicos e oncológicos 
 
Tabela 25 – Pontos de corte da espessura do músculo adutor 
do polegar (EMAP) em indivíduos cirúrgicos e oncológicos 
 
Indivíduos Dominante Não dominante 
Cirúrgicos 13,4 mm 13,1 mm 
Oncológicos 12,5 mm -------------- 
Fonte: Bragagnolo et al, (2009); Freitas et al (2010)

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