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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO Centro de Ciências Exatas Departamento de Química Laboratório de Físico Química Experimental Av. Fernando Ferrari, 514 - Campus Goiabeiras, 29075-910 - Vitória - ES - Brasil Fone: (++55-27) 4009-2487 - Fax: (++55-27) 4009-2823 - http://www.cce.ufes.br/dfis/lmc.htm Cinética química Cintia Souza Schettino Relatório científico da disciplina Físico Química Vitória, 26 de julho de 2021 UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO Centro de Ciências Exatas Departamento de Química Laboratório de Físico Química Experimental Av. Fernando Ferrari, 514 - Campus Goiabeiras, 29075-910 - Vitória - ES - Brasil Fone: (++55-27) 4009-2487 - Fax: (++55-27) 4009-2823 - http://www.cce.ufes.br/dfis/lmc.htm 1. Resumo UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO Centro de Ciências Exatas Departamento de Química Laboratório de Físico Química Experimental Av. Fernando Ferrari, 514 - Campus Goiabeiras, 29075-910 - Vitória - ES - Brasil Fone: (++55-27) 4009-2487 - Fax: (++55-27) 4009-2823 - http://www.cce.ufes.br/dfis/lmc.htm 2. Introdução A cinética química estuda a velocidade das reações e os fatores que a influenciam, bem como a possibilidade de controlá-la, tornando a reação mais rápida ou mais lenta. Algumas reações são tão rápidas que parecem ser instantâneas, outras são mais lentas, levando horas, dias ou até vários anos para se completarem. A velocidade de uma reação química é a relação entre a quantidade de “reagente consumido” e o tempo em que a variação foi medida. Com isso a velocidade das reações química aumenta quando há alteração de alguns fatores importantes que são levados em consideração, como a temperatura, concentração do reagente, uso de catalisadores, área superficial. Dentro de lei da velocidade tem-se a relação reagente e produto: R → P Onde R é um reagente e P é um produto, portanto, a concentração de R deve diminuir durante o decorrer da reação enquanto a concentração de P deve aumentar. Em uma equação geral usa-se a seguinte regra: aA + bB → cC + dD A velocidade da reação pode ser expressa em função da concentração dos reagentes através da lei de velocidade das reações: V = k.[A] a .[B] b Sendo [A] e [B] são as concentrações dos reagentes A e B, k é constante de velocidade da reação que dependerá da temperatura, o expoente “a” é a ordem da reação em relação ao reagente A e “b” é a ordem da reação em relação ao reagente B. UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO Centro de Ciências Exatas Departamento de Química Laboratório de Físico Química Experimental Av. Fernando Ferrari, 514 - Campus Goiabeiras, 29075-910 - Vitória - ES - Brasil Fone: (++55-27) 4009-2487 - Fax: (++55-27) 4009-2823 - http://www.cce.ufes.br/dfis/lmc.htm Para uma reação de primeira ordem: ( ) Para uma reação de segunda ordem: Na cinética, a condição para que uma reação química ocorra, precisa que tenha uma colisão entre as moléculas dos reagentes. Se cada colisão resultasse em reações químicas, as reações seriam todas rápidas. O fato de existir reações lentas, leva-nos a indagar que duas moléculas reajam entre si, elas precisam ter ao se encontrarem uma energia cinética igual ou superior a um valor determinado, chamado de energia de ativação (E°). A energia de ativação está diretamente relacionada com a rapidez da reação química. A mais rápida, é a que apresenta menor valor para a energia de ativação, e a mais lenta é a que apresenta maior valor para a energia de ativação. Os catalisadores são muito utilizados na indústria principalmente porque eles têm por função acelerar a reação sem alterar a formação, ou a quantidade formada de produtos. Quando se utiliza o catalisador a reação tem seu caminho reacional diminuído, ou seja, diminui a energia de ativação, fazendo com que a reação se torne mais rápida. UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO Centro de Ciências Exatas Departamento de Química Laboratório de Físico Química Experimental Av. Fernando Ferrari, 514 - Campus Goiabeiras, 29075-910 - Vitória - ES - Brasil Fone: (++55-27) 4009-2487 - Fax: (++55-27) 4009-2823 - http://www.cce.ufes.br/dfis/lmc.htm 3. Procedimento experimental A) Método de retirada de alíquota na determinação da constante de velocidade da reação: Inicialmente pesou-se uma massa de 4,99 g de hidróxido de sódio para preparo de uma solução 0,25 mol/L e então se transferiu a quantidade pesada para um balão de 500 mL e o mesmo foi completo com água destilada. A quantidade de 10 mL da solução de hidróxido de sódio foi padronizada utilizando uma solução de biftalato de potássio preparado a partir de uma massa de 0,5201 g e fenolftaleína como indicador. Foi preparada 250 mL de solução de ácido clorídrico com concentração 1,0 mol/L partindo de uma solução de título 37% e densidade 1,18g/mL. Com isso titulou-se 5,0 mL da solução preparada de ácido clorídrico com a solução padronizada de NaOH para determinação de Vo. B) Método contínuo na determinação da constante de velocidade da reação: Para esta etapa, foi pesada uma massa de 0,159 gramas de NaOH e diluído no balão de 100 mL a fim de preparar uma solução na concentração de 0,04 mol/L. A partir dessa solução foi retirada uma alíquota de 50 mL da solução de NaOH 0,04 mol/L juntamente com 50 mL de acetato de etila comercial colocada em um erlenmeyer de 200 mL. Mediu-se a condutividade (kt) em intervalos de 5 minutos até a estabilização. Após a estabilidade da condutividade aguardou-se um tempo de 30 minutos e então mediu-se a condutividade infinita (k∞). UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO Centro de Ciências Exatas Departamento de Química Laboratório de Físico Química Experimental Av. Fernando Ferrari, 514 - Campus Goiabeiras, 29075-910 - Vitória - ES - Brasil Fone: (++55-27) 4009-2487 - Fax: (++55-27) 4009-2823 - http://www.cce.ufes.br/dfis/lmc.htm 4. Discussão dos resultados: A) Método de retirada de alíquota na determinação da constante de velocidade da reação: O preparo do NaOH 0,25 mol/L foi realizado utilizando uma massa de 4,99 g de NaOH em um balão de 500 mL dissolvido em água destilada e o mesmo foi padronizado com biftalato de potássio e como indicador foi utilizado fenolftaleína. Para calcular V0, a 5,0 mL de solução de HCl 1,0 mol/L foi titulada com NaOH já padronizado. Para determinação da constante de velocidade à 25 ºC e 40 ºC foi adicionado 100 mL de HCl 1,0 mol/L e 5,0 mL de acetato de etila P.A a um erlenmeyer de 250 mL, nos tempos pré determinados (25, 40, 55, 70, 85, 100 minutos) foram transferidas alíquotas de 5,0 mL de solução para um erlenmeyer de 125 mL contando fenolftaleína em banho de gelo e titulado com NaOH padronizado e o volume utilizado está presente na Tabela 1. Tabela 1 - Dados referentes às titulações de 25 a 180 minutos a 25 ºC Tempo (min) Vt (mL) V∞ (mL) [A0 – x] 25 20,5 24,6 4,1 40 21,0 24,6 3,6 55 21,1 24,6 3,5 70 22,2 24,6 2,4 85 22,6 24,6 2,0 100 21,9 24,6 2,7 180 24,6 24,6 0 UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO Centro de Ciências Exatas Departamento de Química Laboratório de Físico Química Experimental Av. Fernando Ferrari, 514 - Campus Goiabeiras, 29075-910 - Vitória - ES - Brasil Fone: (++55-27) 4009-2487 - Fax: (++55-27) 4009-2823 - http://www.cce.ufes.br/dfis/lmc.htm Tabela 2: Dados referentes às titulações de 25 a 180 minutos a 40 ºC Tempo (min) Vt (mL) V∞ (mL) [A0-x] 25 20,3 25,4 5,1 40 21,5 25,4 3,9 55 22,2 25,4 3,2 70 23,1 25,4 2,3 85 23,7 25,4 1,7 100 24,6 25,4 0,8 180 25,4 25,4 0 Determinação da ordem de reação é dada pela relaçãoda concentração de A com a equação abaixo Sabendo que a reação é dada por CH3COOC2H5(aq) + H2O→ CH3COOH(aq) + CH3CH2OH(aq) Na lei da velocidade, a concentração da água não é levada em consideração, portanto a ordem de reação é primeira ordem, sendo assim, conseguimos plotar os gráficos já linearizados para temperaturas de 25 e 40 ºC representados nas Figuras 1 e 2 respectivamente. UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO Centro de Ciências Exatas Departamento de Química Laboratório de Físico Química Experimental Av. Fernando Ferrari, 514 - Campus Goiabeiras, 29075-910 - Vitória - ES - Brasil Fone: (++55-27) 4009-2487 - Fax: (++55-27) 4009-2823 - http://www.cce.ufes.br/dfis/lmc.htm Figura 1 – Gráfico de primeira ordem da concentração pelo tempo. Figura 2 – Gráfico de primeira ordem da concentração pelo tempo. y = -0,08x + 0,7188 R² = 0,9194 0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 25 40 55 70 85 lo g [A 0 -x ] Tempo (min) Temperatura de 25 ºC y = -0,1184x + 0,8343 R² = 0,9934 0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 25 40 55 70 85 lo g[ A 0 -x ] Tempo (min) Temperatura 40 ºC UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO Centro de Ciências Exatas Departamento de Química Laboratório de Físico Química Experimental Av. Fernando Ferrari, 514 - Campus Goiabeiras, 29075-910 - Vitória - ES - Brasil Fone: (++55-27) 4009-2487 - Fax: (++55-27) 4009-2823 - http://www.cce.ufes.br/dfis/lmc.htm Constante de velocidade para 25°C Tempo de meia vida para 25°C Constante de velocidade para 40°C Tempo de meia vida para 40°C Energia de ativação ( ) ( ) ( ) ( ) UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO Centro de Ciências Exatas Departamento de Química Laboratório de Físico Química Experimental Av. Fernando Ferrari, 514 - Campus Goiabeiras, 29075-910 - Vitória - ES - Brasil Fone: (++55-27) 4009-2487 - Fax: (++55-27) 4009-2823 - http://www.cce.ufes.br/dfis/lmc.htm O fator de freqüência de colisões Para a temperatura de 25°C Para a temperatura de 40°C B) Método contínuo na determinação da constante de velocidade da reação: A massa de NaOH utilizada para preparo da solução de concentração 0,04 mol/L foi determinada a partir da sua massa molar (MMNaOH) e a concentração final da solução. Foi adicionado em um erlenmeyer 50 mL da solução de hidróxido de sódio juntamente com 50 mL de acetato de etila comercial e foram medidas as condutividades (kt) em intervalos de 5 minutos e após 30 minutos após a estabilização, esses valores podem ser encontrados na Tabela 3. UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO Centro de Ciências Exatas Departamento de Química Laboratório de Físico Química Experimental Av. Fernando Ferrari, 514 - Campus Goiabeiras, 29075-910 - Vitória - ES - Brasil Fone: (++55-27) 4009-2487 - Fax: (++55-27) 4009-2823 - http://www.cce.ufes.br/dfis/lmc.htm Tabela 3 – condutividade da solução em função do tempo. Tempo (min) Condutividade (μS/cm) 0 1941 0,02 1367 5 1353 10 1343 15 1342 21 1337 26 1328 31 1324 36 1322 41 1315 49 1313 56 1310 62 1309 70 1297 76 1295 ∞ 1271 Partindo dos dados da Tabela 3 podemos calcular a concentração de A em cada momento pela equação abaixo. Os valores encontrados estão relacionados na Tabela 4. UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO Centro de Ciências Exatas Departamento de Química Laboratório de Físico Química Experimental Av. Fernando Ferrari, 514 - Campus Goiabeiras, 29075-910 - Vitória - ES - Brasil Fone: (++55-27) 4009-2487 - Fax: (++55-27) 4009-2823 - http://www.cce.ufes.br/dfis/lmc.htm Tabela 4 – Concentração da solução nos tempos medidos. Tempo (min) Concentração (mol/L) 0,02 96 5 82 10 72 15 71 21 66 26 57 31 53 36 51 41 44 49 42 56 39 62 38 70 26 76 24 A reação do acetato de etila com o hidróxido de sódio é dada por: CH3COOC2H5(aq) + NaOH(aq) → NaCH3COO(aq) + C2H5OH(aq) Sabe-se que a ordem de reação é dada pela soma dos coeficientes estequiométricos dos reagentes, podemos dizer que esta reação é de segunda ordem. Sendo assim, podemos plotar o gráfico correspondente já com ajuste linear mostrado na Figura 3. UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO Centro de Ciências Exatas Departamento de Química Laboratório de Físico Química Experimental Av. Fernando Ferrari, 514 - Campus Goiabeiras, 29075-910 - Vitória - ES - Brasil Fone: (++55-27) 4009-2487 - Fax: (++55-27) 4009-2823 - http://www.cce.ufes.br/dfis/lmc.htm Figura 3 – Gráfico de segunda ordem da concentração pelo tempo. Pela equação da reta dada a partir da linearização, podemos dizer que a constante de velocidade da equação regente é o coeficiente angular dessa reta, portanto: y = 0,0021x + 0,0058 R² = 0,8728 0 0,005 0,01 0,015 0,02 0,025 0,03 0,035 0,04 0,045 0,02 5 10 15 21 26 31 36 41 49 56 62 70 76 1 /[ A ] Tempo (min) UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO Centro de Ciências Exatas Departamento de Química Laboratório de Físico Química Experimental Av. Fernando Ferrari, 514 - Campus Goiabeiras, 29075-910 - Vitória - ES - Brasil Fone: (++55-27) 4009-2487 - Fax: (++55-27) 4009-2823 - http://www.cce.ufes.br/dfis/lmc.htm 5. Bibliografia ATKINS,P. W.; JONES, Loretta. Princípios de química: questionando a vida moderna e o meio ambiente. 3 ed. Porto Alegre: Bookman, 2006. 965p. (SOUZA, 2005) CONSTANTINO, M. G; da Silva G. V. J; DONATE, P. M. Fundamentos de Química Experimental. 2. ed. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2014. ATKINS, P. W.; PAULA, J., Físico- Química, 8a ed. Rio de Janeiro: LTC, 2008. BALL, David W. Físico-Química. Thomson, 2005, 877p.
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