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1 Material Teórico DIREITO IMOBILIÁRIO Aula 3 – Parte I Contratos Imobiliários cod ImobCDS1109_a03 Conteudista Responsável: Profª Marlene Lessa 2 Introdução Estudaremos nesta oportunidade os contratos mais usuais do setor imobiliário, entendendo suas características e peculiaridades. É importante que você acompanhe a legislação específica de cada contrato, a fim de que outros detalhes - sobre a relação jurídica que se desenvolve em cada situação - fique bem sedimentada. O contrato pode ser conceituado como “um negócio jurídico por meio do qual as partes declarantes, limitadas pelos princípios da função social e da boa-fé objetiva, autodisciplinam os efeitos patrimoniais que pretendem atingir, segundo a autonomia de suas próprias vontades” (Gagliano, Pablo Stolze1). Orlando Gomes nos lembra da força contratual que estes liames jurídicos possuem: “o principal efeito do contrato é criar um vínculo jurídico entre as partes. Pontes de obrigações é tamanha a força vinculante do contrato que se traduz, enfaticamente, dizendo-se que tem força de lei entre as partes. O contrato deve ser executado tal como se suas cláusulas fossem disposições legais para os que o estipularam”2. Como os contratos envolvem a convenção, o pacto entre pessoas, para instituir, regular ou finalizar entre elas uma relação jurídica patrimonial, é necessário que sejam observados aspectos dos sujeitos que se vinculam. Nos lembra Pablo Stolze que “o agente precisa ter capacidade para manifestar sua vontade por meio de um contrato. Esta capacidade não é somente capacidade genérica, como medida da personalidade, mas também a específica para protagonizar determinado contrato, que denominamos legitimidade.” Assim, é imprescindível realizar esta vinculação segundo o plano de validade do negócio jurídico. Com o fim de não ser nulo, o negócio deve ser, então, praticado por agentes capazes, objetivando um fim lícito, idôneo e possível, sendo a forma de manifestação deste contrato não vedada pela lei. 1Gagliano, Pablo Stolze. Novo curso de direito civil, volume IV: contratos, tomo 1: teoria geral / Pablo Stolze Gagliano, Rodolfo Pamplona Filho. – 5. ed. – São Paulo: Saraiva, 2009. p. 11. 2 Gomes, Orlando. Contratos, 12. ed. / 3a. tiragem / 1990. Rio de Janeiro, Forense, 1990, p. 179. 3 Contratos Imobiliários Contrato de Administração de Imóveis O contrato de administração de imóveis encontra ampla aplicação no Brasil, sobretudo em épocas em que a construção civil e o mercado imobiliário estão aquecidos. O Código Civil não tratou expressamente desta espécie de contrato. Mas, a professora Maria Helena Diniz, assim o conceituou: “é o acordo pelo qual um dos contratantes, mediante mandato ou autorização, confere ao outro a gestão de imóveis ou direção de negócios relativos aos seus interesses imobiliários, comprometendo-se a pagar uma taxa pelos serviços prestados” 3. Veja, primeiramente, um modelo deste documento, disponibilizado pelo Conselho Regional dos Corretores de Imóveis do Ceará no link: http://www.creci-ce.gov.br/Contratos/02%20- %20DA%20LOCA%C3%87%C3%83O/DOCUMENTOS%20PARA%20ADMINISTR A%C3%87%C3%83O /CONTRATO%20DE%20ADMINISTRA%C3%87%C3%83O%20DE%20IM%C 3%93VEIS.doc CONTRATO DE ADMINISTRAÇÃO DE IMÓVEIS DAS PARTES De um lado como ADMINISTRADORA (Nome, endereço, CRECI, etc.) representada por seu Corretor Responsável (Nome, endereço, CRECI, etc.) e do outro lado com amplos poderes como PROPRIETÁRIO(S)... (Nome, nacionalidade, estado civil, Rg. CPF, endereço, etc.). Fica justo e acordado o presente “CONTRATO DE ADMINISTRAÇÃO DE IMÓVEIS”, que se regerá pelas cláusulas e condições seguintes: CLÁUSULA PRIMEIRA – O(A) PROPRIETÁRIO(A) confere a ADMINISTRADORA por este, mandato especial através de INSTRUMENTO PARTICULAR DE PROCURAÇÃO anexa a este contrato, a fim de administrar o(s) imóvel(is) de sua propriedade constante(s) no final do contrato, podendo exercer todos os atos inerentes à gestão do negócio com amplos poderes para foro em geral com fiel observância da legislação em vigor aplicável a locação de imóvel residencial e não residencial. CLÁUSULA SEGUNDA – Consistirá a ADMINISTRADORA dos bens de imóveis: efetuar locação, assinar contrato de locação, assinar termo de vistoria, estipular prazos e condições de locação, receber e dar quitação de aluguéis, fazer acordo, sendo o critério de reajuste dos aluguéis de acordo com o contrato de locação obedecendo o que rege a legislação específica em vigor. Parágrafo Único – Tendo em vista as disposições da vigente Lei do Inquilinato, o(a) PROPRIETÁRIO(A) autoriza a ADMINISTRADORA, desde logo, a contratar as locação(ões) residencial(is) e não residencial(is) pelo prazo inferior ou igual a 24 (VINTE E QUATRO) meses. CLÁUSULA TERCEIRA – Enquanto perdurar a responsabilidade da ADMINISTRADORA, todas as despesas para cobrança do aluguel correrão por sua conta e risco. A ADMINISTRADORA se sub-rogará, legal e expressamente em todos os direitos, ações, privilégios ao(a) PROPRIETÁRIO(A) contra os inquilinos e seus fiadores, podendo inclusive agir em seu próprio nome, em juízo ou fora dele. 3 DINIZ, Maria Helena. Tratado teórico e prático dos contratos . V3. 6ª Ed. Saraiva. 2020 – SP. 4 CLÁUSULA QUARTA – É de inteira responsabilidade do(a) LOCATÁRIO(A) e do(a) FIADOR pelos pagamento dos encargos locatícios tais como: taxas de condomínio, água e esgoto, luz (taxas de religações) IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano), taxa de coleta de lixo, seguro contra incêndio, como também reformas físicas: pinturas, consertos em geral, reparos, inclusive indenização por perdas e danos decorrentes de estragos ocorridos no imóvel, conforme previsto no CONTRATO DE LOCAÇÃO. A prestação de contas desses encargos será feita no término do contrato de locação após a apresentação dos comprovantes quitados pelo(a) locatário(a) ou fiador(a). O(A) PROPRIETÁRIO(A) terá assistência jurídica gratuita garantida pela ADMINISTRADORA §1º - É de livre competência da ADMINISTRADORA decidir qual a modalidade da garantia locatícia, dentre aquelas prevista na Lei; §2º - Na ausência da fiança como garantia locatícia, o locatário não honrando judicialmente com as obrigações da locação, a administradora utilizará pagamento da garantia locatícia paga pelo locatário para pagamentos dos encargos locatícios. A custódia de qualquer importância paga pelo locatário como garantia locatícia é de total responsabilidade da ADMINISTADORA. CLÁUSULA QUINTA – Pelos serviços prestados ao(a) PRORPIETÁRIO(A) a ADMINISTRADORA faz jus a uma remuneração mensal correspondente a 10% (dez por cento) sobre o(s) valor(es) do(s) aluguel(éis) a partir do segundo mês, até o término do contrato de locação que se inicia. CLÁUSULA SEXTA – A ADMINISTRADORA fará prestação de contas mensal, no 6º (SEXTO) dia útil após o vencimento do aluguel previsto no contrato de locação. E prestará conta também de todos os seus atos, mediante relatório periódico, citando-se as ações por acaso ajuizadas e/ou providências por ela tomadas. CLÁUSULA SÉTIMA – A ADMINISTRADORA garante o pagamento do(s) aluguel(eis) do(s) imóvel(eis) em data prevista na Cláusula Sexta mesmo que o(s) locatário(s) não efetuem o pagamento do(s) aluguel(eis) no vencimento, conforme contrato de locação, inclusive durante a cobrança administrativa e/ou advocatícia do(s) aluguel(eis) em atraso, cessando quando cobrado(s) judicialmente. §1º - A garantia do aluguel do imóvel financiado, objeto deste contrato, cessará quando o locatário suspender o pagamento do aluguel por qualquer problema do financiamento do imóvel junto ao Agente Credor; §2º - Neste ato, fica acordado, entre o contratantee contratada, com base no §1º, que o aluguel pago pela contratada ADMINISTRADORA sem o devido recebimento do aluguel do Locatário, o contratante se obriga a devolver a importância paga. *Atenção para essa cláusula que é de garantia de aluguel. Não é obrigatória. CLÁUSULA OITAVA – Pela intermediação da locação do imóvel(eis) o(a) PROPRIETÁRIO(A) pagará a ADMINISTRADORA o correspondente a 1(um) aluguel *, que deverá ser cobrado no 1º (primeiro) aluguel do contrato de locação que se inicial e/ou se prorroga. *A tabela de honorários prevê o pagamento correspondente a 1(um) aluguel, salvo ajuste expresso entre as partes. §1º - A ADMINISTRADORA se responsabiliza pelo pagamento de todos os custos operacionais da locação, tais como: anúncios em jornais local, placas ou faixas afixadas no(s) imóvel(eis), elaboração do Termo de Vistoria, visita(s) do(a) Corretor(a) ao(s) imóvel(eis) com o(s) pretendente(s) à locação. §2º - A ADMINISTRADORA comprometer-se-á em anunciar o(s) imóvel(eis) relacionado(s) neste contrato pelo prazo máximo de 30 (trinta) dias, em um ou mais jornais local. Podendo a ADMINISTRADORA voltar a anunciar o referido imóvel findo o prazo neste parágrafo, sem autorização do PROPRIETÁRIO(A) após 5 uma nova avaliação do preço do aluguel e condições gerais do mesmo. Terminando o prazo acima citado ficará afixado no imóvel cartaz, placa ou faixa para divulgação da locação. CLÁUSULA NONA – É de competência da ADMINISTRADORA cobrar do LOCATÁRIO(A) o ônus da impontualidade prevista na cláusula ........ do contrato de locação, como também a multa de rescisão contratual prevista na Cláusula ....... do mencionado contrato. Não podendo o(a) PROPRIETÁRIO(A) dispensar ônus e multa, salvo se, ele(a) responder pessoalmente perante a ADMINISTRADORA por esses pagamentos. Os valores cobrados pela ADMINISTRADORA não serão repassados ao(a) PROPRIETÁRIO(A) *.* Caso o aluguel seja feito com garantia essa cláusula pode ser escrita dessa forma, caso contrário, a ADMINISTRADORA deverá repassar os ônus decorrentes de multa e juros por impontualidade. §1º - É de inteira responsabilidade do(a) PROPRIETÁRIO(A) quando a rescisão do contrato de locação ocorrer com base na lei do inquilinato, ou por qualquer motivo que seja de competência do(a) PROPRIETÁRIO(A); §2º - A garantia do aluguel ao(a) PROPRIETÁRIO(A) cessará quando o(a) LOCATÁRIO(A) suspender o pagamento do aluguel, objeto deste contrato, com base no parágrafo primeiro. CLÁUSULA DÉCIMA – O presente contrato vigorará por 24 (VINTE E QUATRO) meses a data da sua celebração, sendo prorrogado automaticamente por períodos iguais e sucessivos, caso a parte interessada não comunique a outra com a antecedência mínima de 30 (trinta) dias do término deste contrato. Podendo ser também rescindido a qualquer tempo, depois que a parte interessada comunicar a outra, por escrito, à sua intenção de rescindi-lo, com a antecedência mínima de 30 (trinta), e após a devida prestação de contas. Parágrafo único – Vale ressaltar que, caso o(a) LOCADOR(A) desista de locar o(s) imóvel(eis) relatado(s) neste contrato, compromete-se em cumprir na íntegra os termos do §1º da cláusula oitava. CLÁUSULA DÉCIMA PRIMEIRA – Caso a rescisão deste contrato na retirada do imóvel(eis) da ADMINSTRADORA pelo(a) PROPRIETÁRIO(A), na vigência deste contrato, o(a) PROPRIETÁRIO(A) pagará a título de ressarcimento a ADMINISTRADORA o equivalente a 03 (três) vezes * a taxa de administração cobrada na Cláusula Oitava, calculada sobre o valor do aluguel pactuado entre as partes, conforme descrito neste contrato. * Existe um entendimento nos tribunais que dever a ADMINISTRADORA ser ressarcida de todas as despesas efetivamente comprovadas (anúncios, placas, despesas que teve com o imóvel). CLÁUSULA DÉCIMA SEGUNDA – A ADMINISTRADORA dará ao PROPRIETÁRIO(A) assistência jurídica gratuita, correndo, sempre por conta deste(a) todas as custas processuais e despesas jurídicas que sejam necessárias para o andamento do processo, nos seguintes casos abaixo discriminados: 12.1 – Ação de despejo por falta de pagamento de aluguéis e/ou de seus encargos; 12.2 – Consignação em pagamento. 12.3 – Sublocação, cessão ou transferência ilegal da locação; 12.4 – Outra qualquer infração às obrigações legais e/ou contratuais; 12.5 – No caso previsto na Cláusula Quarta, “in fine”; 12.6 – Revisional de aluguel residencial ou não residencial; 12.7 – Renovatória; 12.8 – Ação de perdas e danos do imóvel; 12.9 – Se for pedido para o uso próprio, de seu cônjuge ou companheiro(a), ou para uso residencial de ascendente ou descendente; 6 12.10 – Ação de cobrança de IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano), luz, água, esgoto, condomínio, contas telefônicas e reformas físicas; 12.11 – Ação de execução ou Ação Ordinária de cobrança de débito A assistência jurídica gratuita de que trata o “caput” desta cláusula, não inclui outras ações cujo ajuizamento seja de conveniência ou interesse do(a) PROPRIETÁRIO(A). O presente contrato vigorará por 24 (VINTE E QUATRO) meses a data da sua celebração, sendo prorrogado automaticamente por períodos iguais e sucessivos, caso a parte interessada não comunique a outra com a antecedência mínima de 30 (trinta) dias do término deste contrato. Podendo ser também rescindido a qualquer tempo, depois que a parte interessada comunicar a outra, por escrito, à sua intenção de rescindi-lo, com a antecedência mínima de 30 (trinta), e após a devida prestação de contas. CLÁUSULA DÉCIMA TERCEIRA – A ADMINISTRADORA não se responsabilizará pela segurança e vigilância do imóvel, objeto deste contrato antes e após o término da locação. CLÁUSULA DÉCIMA QUARTA – A infração a qualquer das cláusulas estabelecidas neste contrato, sujeitará a parte infratora a uma multa correspondente à 03 (três) vezes o valor da taxa, nos termos da Cláusula Quinta . CLÁUSULA DÉCIMA QUINTA – Fica eleito o foro da cidade de Fortaleza para solução de quaisquer dúvidas ou litígios decorrentes deste contrato, renunciando a qualquer outro que tenha ou venha a ter, por mais privilegiado que seja. OUTRAS DIPOSIÇÕES E por estarem assim contratados assinam o presente em 2 (duas) vias de igual teor e forma na presença de 02 (duas) testemunhas. Fortaleza, ___ de __________ de _____. _______________________ ___________________________ PROPRIETÁRIO ADMINISTRADORA TESTEMUNHAS: 1. __________________________________ 2.______________________________ 7 Verificamos, neste tipo negocial, que há a entrega da administração de um bem especificado a um administrador. Através de uma autorização ou de um instrumento de mandato , este administrador exercerá o gerenciamento e a negociação daquilo que foi pactuado com o proprietário do imóvel (locação, venda, etc.). Assim, todos os interesses patrimoniais do dono do bem são realizados e geridos pelo administrador de imóveis. O prof. Daniel Áureo nos diz quais são as características deste contrato de administração de imóveis: Além das características acima, há ainda os pressupostos de validade do contrato. Devem estar presentes: • a capacidade do mandante (proprietário do bem); • o objeto do contrato, que deve ser lícito e idôneo, ou seja, a administração deve estar atrelada à cláusula contratual (locar, vender, perceber frutos, executar permuta, etc.); • a forma do contrato é livre, podendo ser verbal ou escrita. Nos recomenda o prof. Daniel Áureo que “por ser contrato consensual sua forma é livre, mas é recomendável que seja feito por escrito - especialmente porque as funções de administrador envolvem atividade econômica”. Bilateral Há direitos e obrigações para ambas as partes. Oneroso O administrador geralmente faz jus a uma remuneração financeira. Consensual Depende unicamente da vontade das partes para a realização desse contrato.Intuito personae Os poderes de administração são exclusivos do mandatário quando outorgados pelo mandante. Execução continuada Não havendo prazo, esse contrato se perdurará enquanto permanecer a prestação de serviços. 8 Como contrato bilateral, a administração de imóveis gera efeitos para o dono do imóvel e para o administrador. No contrato que foi juntado neste estudo vemos que o administrador tem os seguintes direitos : • Colocar o imóvel para locação; • Realizar o contrato respectivo com o interessado no imóvel; • Verificar os pretendentes a locatários e fiadores e escolhe-los; • Realizar o recebimento dos documentos da locação, aluguéis, fiança, etc; • Ser remunerado através da taxa de administração; • Promover, através do profissional habilitado, as ações judiciais que se comprometeu a realizar na defesa dos interesses do locador; • Pagar tributos inerentes ao negócio que se comprometeu a realizar; • Manter e conservar o imóvel. O administrador também possui obrigações ou deveres : • A mais importante é a prestação de contas da administração que foi realizada; • Ser responsável e diligente ao executar o gerenciamento do imóvel; • Entregar ao mandante as vantagens patrimoniais decorrentes do contrato (aluguéis, perdas e danos, prêmio do seguro fiança, etc.); • Em caso de danos culposamente ocorridos durante o período da execução do contrato, deve ressarcir ao locador, se os causar. Em contrapartida são deveres do proprietário do imóvel ou mandante : • Adiantar despesas que se mostrem necessárias para que a locação e o gerenciamento do imóvel sejam realizados; • Remunerar o administrador; • Cumprir outras obrigações para com o administrador de imóveis, tais como, entrega de documentos, autorizações para vistorias do bem, etc. 9 JURISPRUDÊNCIA RT, 628:127 Se a administradora de condomínio recebe dos locatários despesas relativas ao condomínio, cabe a ela a respectiva prestação de contas, para que aqueles possam saber se estão pagando corretamente os encargos que lhes foram atribuídos pelo contrato de locação. Contrato de Corretagem Pelo contrato de corretagem, uma pessoa, não ligada a outra em virtude de mandato, de prestação de serviços ou por qualquer relação de dependência, obriga-se a obter para a segunda um ou mais negócios, conforme as instruções recebidas. O corretor é obrigado a executar a mediação (ou corretagem) com diligência e prudência, e a prestar ao cliente, espontaneamente, todas as informações sobre o andamento do negócio. Sob pena de responder por perdas e danos, o corretor prestará ao cliente todos os esclarecimentos acerca da segurança ou do risco do negócio, das alterações de valores e de outros fatores que possam influir nos resultados da incumbência. Estas são delimitações do Código Civil para esta modalidade contratual, expressa em lei própria (Lei 6530/78 e Decreto 81.871/78 no que não for incompatível com o CC ) e nos arts.722 e seguintes da lei civil. O Professor Arnoldo Wald conceitua a mediação da forma seguinte: “é o contrato pelo qual uma parte se obriga para com outra a aproximar interessados e obter a conclusão de negócios,sem subordinação e mediante remuneração. É também chamado de mediação4”. 4 WALD, Arnoldo. Direito Civil, contratos em espécie. V. 3, 18ª Ed. Pg 247 – Saraiva – SP. 10 Para Pablo Stolze5 “o contrato de corretagem é o negócio jurídico por meio do qual uma pessoa, não vinculada a outra em decorrência de mandato, de prestação de serviços ou qualquer outra relação de dependência, se obriga a obter para a segunda, um ou mais negócios, conforme as instruções recebidas”. Acrescenta o autor que “o sujeito que se obriga é denominado corretor e o que contrata a intermediação é chamado comitente... A atividade do corretor é uma obrigação de resultado, pois este se obriga a aproximar pessoas interessadas na realização de um negócio, somente fazendo jus à sua remuneração se esta se concretizar, justamente por ter atendido aos objetivos da pessoa que lhe transmitiu as instruções e que lhe pagará a retribuição devida”. Vejamos, agora, o contrato de corretagem com cláusula de exclusividade: Disponibilizado pelo CRECI do Ceará no link: http://www.creci-ce.gov.br/Contratos/01%20- %20DA%20VENDA/CONTRATOS%20DE%20EXCLUSIVIDADES/CONTRATO%20DE%20EXCLUSIVID ADE%20-%20NOVO%20C%C3%93DIGO%20CIVIL.doc CONTRATO DE CORRETAGEM DE VENDA DE BENS IMÓVEIS COM CLÁUSULA DE EXCLUSIVIDADE (Arts. 722 a 729 do Novo Código Civil c/c Art. 20, III da Lei nº 6.530/78 e Resolução – COFECI Nº 458/95) I. CONTRATANTE: NOME: _________________________________________________________________________________ ESTADO CIVIL: __________________PROFISSÃO: --- __________________________________ CPF(MF) Nº: ______________________________ IDENTIDADE Nº: ________________________________ NOME DO CÔNJUGE:_______________________________________________________________________ CPF(MF) Nº: ______________________________ IDENTIDADE Nº: ________________________________ ENDEREÇO:___________________________________________________________________________ ____ _____________________________________________________________________________________ ___ TELEFONES:___________________________________________________________________________ ___ II. CONTRATADO(A): 5Gagliano, Pablo Stolze. Novo curso de direito civil, volume IV: contratos, tomo 1: teoria geral / Pablo Stolze Gagliano, Rodolfo Pamplona Filho. – 5. ed. – São Paulo: Saraiva, 2009. Op. cit. p. 404. 11 NOME:__________________________________________________________________ _ CPF(MF) ou CNPJ(MF):_____________________________ CRECI – 15ª REGIÃO Nº: ____________________ ENDEREÇO:___________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________ _______ TELEFONES:___________________________________________________________________________ _ III. OBJETO DO CONTRATO: TIPO DE IMÓVEL: _____________________________________________________________ LOCALIZAÇÃO: __________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________ ___ _____________________________________________________________________________________ ___ DOCUMENTO DE PROPRIEDADE: _____________________________________________________________ MATRÍCULA: _________________________ INSCRIÇÃO PREFEITURA: _______________________________ OUTROS DADOS: __________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________ ___ PREÇO PARA VENDA:_____________________________________________________________________ CONDIÇÕES DE PAGAMENTO:_______________________________________________________________ Pelo presente instrumento particular, CONTRATANTE e CONTRATADO, têm justo e acertado, a presente contratação, que será regida pelas cláusulas e condições a seguir: PRIMEIRA – O presente instrumento tem por finalidade a intermediação na comercialização do imóvel de propriedade do CONTRATANTE, descrito no item III, que o CONTRATANTE declara estar desembaraçado de qualquer ônus ou gravame, inclusive de natureza tributária. SEGUNDA – A intermediação ora contratada é realizada em caráter de exclusividade, obrigando-se o CONTRATANTE a não tratar diretamente sobre a venda, direta ou indiretamente, sob pena da remuneração ser devida integralmente ao CONTRATADO, nos termos do art. 726 do Novo Código Civil. TERCEIRA – Para realização do serviço ora acertado, o CONTRATANTE autoriza o CONTRATADO a promover visitas ao imóvel, bemcomo, o autoriza a realização da divulgação no próprio imóvel, que poderá ser por meio de placa, faixa, ou por qualquer outra forma a critério do CONTRATADO. QUARTA - O CONTRATADO somente poderá fechar negócio por valor ou condição diferente do estipulado no item III, mediante aceite expresso do CONTRATANTE, sendo proposta de valor e condições rigorosamente iguais ao estipulado o CONTRATADO está autorizado a fechar o negócio, não precisando para isso, do aceite do CONTRATANTE. 12 QUINTA - Pela intermediação ora acertada, o CONTRATANTE pagará ao CONTRATADO, a título de honorários, o percentual de ___%(______________________), calculados sobre o valor total pelo qual a transação for fechada. § 1º - Os honorários de que trata o “caput’ desta cláusula será pago de uma só vez e no exato momento do recebimento do sinal de negócio, se não houver pagamento de sinal deverá ser pago por ocasião da assinatura da escritura pública. § 2º - A remuneração é devida ao CONTRATADO desde que tenha conseguido o resultado útil previsto neste contrato, ainda que este não se efetive em virtude de arrependimento das partes, nos termos do art. 725 do Novo Código Civil. § 3º - Caso o CONTRATANTE não pague os honorários devidos de que trata o “caput” desta cláusula, poderá o CONTRATADO promover a respectiva cobrança através dos meios que dispuser, sejam eles judiciais ou extrajudiciais, ficando o CONTRATANTE responsável pelo pagamento de todas as custas que se fizerem necessárias para esse fim, inclusive por honorários advocatícios, se existirem. SEXTA - Este contrato é válido por _____________dias, contados a partir da data de sua assinatura, com término em ____/____/____. § único - ao final do prazo estabelecido no “caput” desta cláusula, as partes acertarão se o mesmo será renovado ou não, através de aditivo. SÉTIMA – A comissão será igualmente devida se, no prazo do presente contrato, o CONTRATANTE vier a desistir da transação ou vier a efetivá-la diretamente ou por intermédio de terceiros. OITAVA - Caso a negociação se concretize após o prazo da referida contratação, por efeitos do trabalho do CONTRATADO, independentemente de prazo, lhe será devida integralmente a remuneração pela corretagem, nos termos do artigo 727 do Novo Código Civil. § único - O CONTRATADO, após o término do prazo do presente contrato, deverá encaminhar ao CONTRATANTE, relação com o nome dos candidatos e eventuais interessados na operação com os quais manteve entendimentos durante a sua vigência. NONA - O CONTRATADO poderá fazer parceria com outra imobiliária ou corretor para venda do imóvel, ficando, entretanto com a responsabilidade total pelo encaminhamento das negociações, bem como pelo acerto de comissão com o co-participante. DÉCIMA - As partes elegem o foro da Comarca de Fortaleza (CE) para dirimir qualquer dúvida relacionada a este instrumento, renunciando a qualquer outro, por mais privilegiado que seja. E por estarem, assim justas e contratadas, as parte assinam o presente contrato em 02(duas) vias de igual teor e forma, na presença das testemunhas. Fortaleza(CE),____ de _______________________ de _______. _______________________________________________________ CONTRATANTE ______________________________________________________ CÔNJUGE _______________________________________________________ CONTRATADO TESTEMUNHAS: ____________________________________ ___________________________________ CPF(MF) CPF (MF) 13 Partes Contratuais É designado como COMITENTE ou CLIENTE o interessado que contacta o corretor visando a realização de um negócio jurídico, apenas remunerando- o se o contrato for efetivado. É denominado CORRETOR o profissional que fará a intermediação, podendo ser pessoa física ou jurídica. Características do Contrato A corretagem é um contrato que pode ser assim classificado: • Contrato típico e nominado : está previsto na legislação expressamente. • Contrato não solene : a corretagem não exige um formato pré estabelecido em lei, podendo ser até verbal. • Contrato bilateral : implica obrigações e direitos para contratante e contratado; • Contrato acessório : visa a conclusão de outro contrato, de outro negócio; • Contrato aleatório : a obrigação do cliente só é exigida com a concretização do negócio. A corretagem depende do fator “sorte”, aliada ao trabalho efetivo do corretor. É obrigação de resultado (STJ); • Contrato consensual : basta o acordo de vontades e não precisa ser escrito (mas aconselhamos que seja); • Contrato oneroso : é realizado mediante remuneração, mas depende do resultado ter sido alcançado. 14 Efeitos do contrato Como contrato bilateral, a corretagem de imóveis gera efeitos para o dono do imóvel e para o corretor. No contrato que foi juntado neste estudo vemos que o CORRETOR tem os seguintes direitos : • Ser remunerado nos termos do que ficou acertado com o cliente, só após ter sido concretizado o negócio. • Se mais de um corretor intermediar a negociação, o preço deverá ser partilhado igualmente entre eles, salvo disposição contratual que determine outra forma. • Diz o prof. Daniel Áureo que “a comissão pela corretagem será devida mesmo sem o corretor estar filiado ao CRECI, mas é crime exercício irregular da profissão”. O CORRETOR também possui obrigações ou deveres : ser diligente e prudente na prática da corretagem, informando, com freqüência ao cliente, os negócios que está buscando, trazendo dados sobre riscos, condições e outros elementos importantes à efetivação do negócio principal (venda ou compra de imóvel). O cliente tem o dever de remunerar o corretor , realizado e concretizado o negócio, nos seguintes termos do CC: Art. 725. A remuneração é devida ao corretor uma vez que tenha conseguido o resultado previsto no contrato de mediação, ou ainda que este não se efetive em virtude de arrependimento das partes. Art. 726. Iniciado e concluído o negócio diretamente entre as partes, nenhuma remuneração será devida ao corretor; mas se, por escrito, for ajustada a corretagem com exclusividade, terá o corretor direito à remuneração integral, ainda que realizado o negócio sem a sua mediação, salvo se comprovada sua inércia ou ociosidade. Art. 727. Se, por não haver prazo determinado, o dono do negócio dispensar o corretor, e o negócio se realizar posteriormente, como fruto da sua mediação, a corretagem lhe será devida; igual solução se adotará se o negócio se realizar após a decorrência do prazo contratual, mas por efeito dos trabalhos do corretor. 15 Portanto, se a parte se arrepende, ainda assim terá o corretor o direito de ser remunerado. No contrato de corretagem com exclusividade a e remuneração obedece ao art. 726 do CC. Observe que o corretor de imóveis quando desempenha seu serviço de intermediação imobiliária, não encerra suas atividades com a simples apresentação das partes, somente fará jus ao seu pagamento em forma de comissão de corretagem, quando EFETIVAMENTE concluir o negócio. A obrigação do corretor de imóveis é de resultado, mesmo que tenha desempenhado todos os esforços para concluir o contrato futuro, caso este não se conclua, o corretor não terá direito à comissão, já que a prestação de serviços imobiliários não foi concluída. JURISPRUDÊNCIA TJPR, 4ª Câm. Civ. , j. 14-5-1986 O trabalho do corretor não é apenas aproximar as partes interessadas, mas vender o imóvel do seu cliente. Se a venda não resultou concluída, a comissão não é devida, conforme orientação do STF (RTJ, 66:324, 72:514). Sendo essa a posição da melhor doutrina. 16 Contrato Preliminar Segundo o prof. Orlando Gomes6 “sob a denominação de contrato preliminar,pré-contrato, promessa de contrato, compromisso ou contrato preparatório, delinea-se interessante categoria jurídica, de crescente importância prática. Trata-se de figuras distintas do respectivo contrato definitivo, havendo, entretanto, quem conteste a independência dos dois... Pode-se conceitua-lo nesses termos: convenção pela qual as partes criam em favor de uma delas, ou de cada qual, a faculdade de exigir a imediata eficácia de contrato que projetaram”. Previsão Arts. 462 a 466 CC Art. 462. O contrato preliminar, exceto quanto à forma, deve conter todos os requisitos essenciais ao contrato a ser celebrado. Art. 463. Concluído o contrato preliminar, com observância do disposto no artigo antecedente, e desde que dele não conste cláusula de arrependimento, qualquer das partes terá o direito de exigir a celebração do definitivo, assinando prazo à outra para que o efetive.Parágrafo único. O contrato preliminar deverá ser levado ao registro competente. Art. 464. Esgotado o prazo, poderá o juiz, a pedido do interessado, suprir a vontade da parte inadimplente, conferindo caráter definitivo ao contrato preliminar, salvo se a isto se opuser a natureza da obrigação. Art. 465. Se o estipulante não der execução ao contrato preliminar, poderá a outra parte considerá-lo desfeito, e pedir perdas e danos. Art. 466. Se a promessa de contrato for unilateral, o credor, sob pena de ficar a mesma sem efeito, deverá manifestar-se no prazo nela previsto, ou, inexistindo este, no que lhe for razoavelmente assinado pelo devedor. 6 GOMES, Orlando. Op. cit. p. 150. 17 Conceito “O contrato preliminar (pactum de contrahendo) não é uma simples negociação, por ser um contrato que traça os contornos de um contrato final que se pretende efetivar no momento oportuno, gerando direitos e deveres para as partes que assumem a obrigação de um futuro contrahere, isto é, de contrair um contrato definitivo. Trata-se de uma promessa de contratar, pela qual uma ou ambas as partes firmatárias se comprometem a concluir, no porvir, um contrato definitivo. Por exemplo, promessa de compra e venda”. (Maria Helena Diniz7). Desse conceito é possível se extrair as características deste contrato e suas espécies. Vejamos o que nos ensina o prof. Daniel Áureo sobre estas categorias de contrato preliminar. Espécies a) Unilateral - “opção de compra”: • Vincula ambas as partes, mas gera obrigação para apenas uma delas; • Obrigação de contratar • Opção de exercer A opção de compra é muito utilizada por pretensos compradores, para vincular os vendedores por certo tempo. Tal vinculação permite que sejam feitas as análises documentais sobre o imóvel e sobre os proprietários, cautela que evita dissabores futuros. Nesse período, o vendedor não pode vender o imóvel para ninguém, e findo o prazo, o pretenso comprador poderá optar em comprar ou não o imóvel. Logo, trata-se de um contrato bem mais vantajoso para o pretenso comprador. b) Bilateral - “compromisso de compra e venda”. É um contrato preliminar que tem por objetivo um contrato futuro de venda e compra. Por meio dele, o vendedor continua titular do domínio que somente será transferido após a quitação integral do preço, constituindo excelente garantia para o alienante. (Pablo Stolze8). É, portanto, um contrato autônomo em que as partes se comprometem a efetivar em momento oportuno um contrato definitivo, com “ESCRITURA PÚBLICA”. É uma promessa de contratar, nas palavras do prof. Daniel Áureo. 7 DINIZ, Maria Helena. Op. cit. p. 386. 8 Gagliano, Pablo Stolze. Op. Cit. p. 38. 18 O fim perseguido é concluir um contrato futuro que não pode ser concretizado imediatamente, ou por falta de documentos; ou, por falta de recursos financeiros para aquisição imediata; ou por apontamentos em nome das partes que coloquem em risco a aquisição imediata; ou ainda, para garantir um negócio enquanto são feitas verificações construtivas ou ambientais. Vejamos a documentação exigida, mesmo num contrato preliminar, quando os recursos decorrem de financiamento bancário. Disponível no link: http://www.santander.com.br/document/gsb/finan_CI_form_opcao_compra_venda_imovel.p df Opção de Compra e Venda do Imóvel Dados do Comprador Nome Completo: Comprador 1_________________________ CPF __________________________________ Nome Completo: Comprador 2 _________________________CPF __________________________________ Dados da Conta Corrente no Banco para Débito das Prestações _________________________________ Nº do Banco ________ Nº do Ponto de Venda ____________ Nome do Ponto de Venda _________________ Nº da Conta Corrente ________________ Dados do Imóvel a ser Financiado Endereço Completo __________________________________________________________________________________ Bairro ___________________________ Município __________________ UF _________ CEP _______________________ Nº Vagas de Garagem ______________________ Pessoa a ser contatada para Avaliação do Imóvel: Nome ______________________________________________________________________________________________ Telefone Chaves no local? Sim __Não ____ Ponto de Referência ______________________________________________ Nome do(s) atual(is) Proprietário(s): _____________________________________________________________________ CPF/CNPJ: ________________________________________________________________________________________ Se o imóvel estiver financiado pelo Banco informar o nº do contrato: ___________________________________________ Preenchimento Obrigatório Se o imóvel é novo informar: ___________________________________________________________________________ Nome da Construtora: _____________________________________ Nome do Empreendimento:____________________ A construção foi financiada pelo Banco? Sim Não Faz parte do Plano Piloto? Sim Não Dados da Operação: Mês sem pagar (Plano Super Casa – Parcelas Fixas) _____________Sim ______Qual mês? _______Não______________ Quer utilizar o despachante do Banco?(verificar os serviços disponíveis)________________________________________ Sim ________________Não___________ Caso opte pelo nosso despachante, informar qual(is) serviço(s) pretende(m) utilizar: Despachante para retirada de Certidões______ Despachante para recolhimento de ITBI _______Despachante para registro do contrato _______Qual despesa deseja financiar? (Valores disponíveis no sistema de Crédito Imobiliário) _____________ Despesas com Certidões ___________ITBI _________Tarifa de Avaliação de Garantia Despesas com Registro__________ Nenhuma__________ Valores da Operação 1.Valor de Venda (2+4+5) R$ ______________ 2.Valor da Entrada (recursos próprios) R$___________________________ 3.Utilizará FGTS?Sim_________ Não___________ 4, Valor do FGTS a ser utilizado R$ ____________________________ Preenchimento Obrigatório 5. Valor do Financiamento de Imóvel R$________ 6. Valor Financiamento das despesas:(Consultar seu Gerente) R$______ 7. Valor total do financiamento( 5+6) R$_____________________ 8. Prazo do financiamento ________ anos. Vendedor 1 19 Dados pessoais Nome Completo_________________________________ CPF / CNPJ _______________________ Sexo F__ M____ Nacionalidade_____________ Profissão_____________ RG=NUMERO,_____________ORG.EXPEDIDOR E DATA DE EXPEDIÇÃO _______________ Estado Civil ________________Se casado, informar Regime de Casamento 1 Comum. Parcial 2 Separação Total 3 Comum. Universal____________ Se solteiro, separado, divorciado ou viúvo, mantém união estável sim _______não _________ Telefone Residencial_________ Telefone Celular_______ Telefone Comercial_______ Telefone preferencial:____________ Resid.____ Comerc. _____ Celular_______________ Período preferencial p/ contato: Manhã___ Tarde____ Noite_____ Endereço Residencial Completo _______________Bairro _________ Telefone para contato _____ Município ___________ UF _______ CEP__________ Nome Representante Legal (PJ) ou Procurador p/ assinat. do contrato____________ Dados do Cônjuge ou Convivente (PREENCHIMENTO OBRIGATORIO) Dados pessoais Nome Completo_________________________________ CPF / CNPJ _______________________ Sexo F__ M____ Nacionalidade_____________ Profissão_____________ RG=NUMERO,_____________ORG.EXPEDIDOR E DATA DE EXPEDIÇÃO _______________ Estado Civil ________________Se casado, informar Regime de Casamento 1 Comun. Parcial 2 Separação Total 3 Comum. Universal____________ Se solteiro, separado, divorciado ou viúvo, mantém união estável sim _______não _________ Telefone Residencial_________ Telefone Celular_______ Telefone Comercial _______ Telefone preferencial: ____________ Resid. ___ Comerc. ______Celular_______________ Período preferencial p/ contato: Manhã___ Tarde____ Noite_____ Endereço Residencial Completo _______________ Bairro _________ Telefone para contato _____ Município ___________ UF _______ CEP__________ Nome Representante Legal (PJ) ou Procurador p/ assinat. do contrato____________ 1. O(s) Comprador(es) e Vendedor(es) declaram, cientes e concordam expressamente, que: (a) os recursos devidos ao(s) Vendedor(es) somente serão pagos mediante crédito em conta de titularidade deste(s), mencionado(s) na presente Opção de Compra e Venda; (b) não será admitido, em nenhuma hipótese, liberação dos recursos do financiamento em nome de Procurador(es), Inventariante(s) ou qualquer outro representante legal do(s) Vendedor(es). (c) sendo constatadas irregularidades nos documentos relativos ao Imóvel e ao(s) Vendedor(es), a concessão do financiamento poderá ser negada ou poderão ser solicitados outros documentos para esclarecimento das pendências encontradas; (d) o Banco não assume nenhum comprometimento na aprovação do financiamento, bem como não se responsabilizará por: - Quaisquer importâncias pagas anteriormente, a qualquer título, pelo(s) Comprador(es) ao(s) Vendedor(es); - Eventuais multas e despesas com a rescisão do compromisso de Venda e Compra do Imóvel descrito na presente Opção; - Prazos fixados entre Comprador(es) e Vendedor(es) para pagamento do preço de Compra e Venda, bem como para entrega das chaves do imóvel. (e) havendo a concessão do financiamento pelo Banco, os recursos serão pagos diretamente mediante crédito na conta de titularidade do(s) Vendedor(es), indicadas no presente formulário, no prazo de 05 (cinco) dias úteis, contados à partir da entrega do contrato de financiamento devidamente registrado no Serviço de Registro de Imóveis competente e a matrícula do imóvel em sua via original constando o referido registro. (f) por força da legislação expedida pelo Banco Central do Brasil, o recurso do financiamento a ser liberado não estará sujeito à atualização monetária, seja a que título for. (g) caso os valores da operação indicados no presente formulário não reflitam fielmente aqueles a serem indicados no contrato de financiamento imobiliário, deverá ser assinada nova Opção de Venda e Compra; (h) o(s) número(s) da(s) conta(s) de titularidade do(s) Vendedor(es) para pagamento dos recursos deverá(ão) estar preenchido(s) corretamente, sem rasuras. Não serão admitidas, alterações posteriores, sem expressa autorização do Banco e assinatura de nova Opção de Compra e Venda; (i) o Banco se exime da responsabilidade de concessão de financiamento caso seja constatado qualquer irregularidade na documentação apresentada; (j) a aprovação do crédito terá validade por 90 (noventa) dias, a contar da data da aprovação pelo Banco; (l) o(s) seu(s) estado(s) civil(s) é(são) o(s) informado(s) na presente Opção de Compra e Venda, sendo esta a mais pura expressão da verdade, responsabilizando-se, civil e criminalmente, pela veracidade de referida declaração, estando ciente(s), ainda, que referida declaração será formalizada contratualmente, no teor do instrumento particular de venda e compra, com força de escritura pública. (m) É de sua responsabilidade verificar perante o Serviço de Registro de Imóveis da circunscrição imobiliária competente, quais os documentos necessários para efetivo registro do contrato de financiamento, tendo em vista a legislação específica. 2. O(s) Vendedor(es) declara(m) para todos os fins e efeitos de direito que: (a) inexistem ações reais que recaiam sobre o imóvel: (b) inexistem ações de quaisquer natureza em seu nome que possam comprometer o imóvel da compra e venda (c) está em dia com o pagamento das despesas condominiais e fiscais do imóvel; O(s) vendedor(es) se responsabilizam por eventuais débitos, que recaiam sobre o imóvel até a data da efetiva transferência da sua posse ao(s) Comprador(es). 20 3. Para os produtos aplicáveis o contrato de financiamento será firmado no âmbito do Sistema Financeiro da Habitação (SFH), nos termos da Lei nº 4.380/64, e sendo o financiamento enquadrado no Plano SuperOffice, o contrato será firmado no âmbito do Sistema Financeiro da Habitação– SFH, ambos com garantia de alienação fiduciária, nos termos disposto na Lei 9.514/97, formalizados por instrumento particular com força de escritura pública. Local e Data: ____________________________________________ ______________________________________________ COMPRADOR 1 CÔNJUGE COMPRADOR 1 ____________________________________________ _______________________________________________ COMPRADOR 2 CÔNJUGE COMPRADOR 2 ____________________________________________ _______________________________________________ VENDEDOR 1 CÔNJUGE DO VENDEDOR 1 Agora vamos analisar melhor o compromisso de compra e venda... Compromisso de Compra e Venda O compromisso de compra e venda é um contrato preliminar especial. O Código Civil tratou dele nos arts. 1417 e 1418: Art. 1.417. Mediante promessa de compra e venda, em que se não pactuou arrependimento, celebrada por instrumento público ou particular, e registrada no Cartório de Registro de Imóveis, adquire o promitente comprador direito real à aquisição do imóvel. Art. 1.418. O promitente comprador, titular de direito real, pode exigir do promitente vendedor, ou de terceiros, a quem os direitos deste forem cedidos, a outorga da escritura definitiva de compra e venda, conforme o disposto no instrumento preliminar; e, se houver recusa, requerer ao juiz a adjudicação do imóvel. Nas palavras de Maria Helena Diniz9, o compromisso de compra e venda é um contrato preliminar no qual o compromitente-vendedor obriga-se a vender ao compromissário-comprador determinado imóvel pelo preço, condições e modos avençados, outorgando-lhe a escritura definitiva para transferência da propriedade, assim que ocorrer o adimplemento da obrigação; por outro lado, o compromissário-comprador, ao pagar integralmente o preço e satisfizer todas as condições estipuladas no contrato tem direito real sobre o imóvel, por força do assento do título no Registro Imobiliário, podendo reclamar a outorga da escritura definitiva, ou sua adjudicação compulsória. 9 DINIZ, Maria Helena. Op. cit., p. 963. 21 Complementa Pablo Stolze10, os efeitos que o compromisso de compra e venda trazem para as partes: o promitente ou compromissário –vendedor e promitente e compromissário comprador assumem a obrigação de fazer o contrato definitivo de compra e venda, mediante a outorga da escritura de venda do imóvel compromissado, após o adimplemento das obrigações financeiras assumidas. Conforme nos orienta o prof. Daniel Áureo, as razões para o contrato definitivo ser antecedido pelo compromisso são: I. Falta de disponibilidade do numerário; II. Falta de documentos necessários; III. Falta de consentimento ou autorização de terceiros; IV. Inexistência atual da coisa; V. Complexidade da operação econômica, como, por exemplo, a aquisição de estabelecimento comercial,que exige a verificação de dados, balanços, inventários, avaliações de estoque, etc. O compromisso de compra e venda apresenta características próprias . Pode ser dito que ele não admite retratação ou revogação , em regra. Daí o título “compromisso irretratável de compra e venda”. Qualquer bem imóvel passível de alienação pode ser objeto do contrato (imóvel loteado, urbano, rural, prédios, casas, terrenos, etc.). O pagamento pode se dar em prestações ou à vista , todavia, em sendo registrado o compromisso no Cartório de Registro de Imóveis, será considerado como “direito real de aquisição ”: “o promitente comprador, titular de direito real (art. 1417 CC) tem a faculdade de reivindicar de terceiro o imóvel prometido à venda” (Enunciado 253 do Conselho da Justiça Federal). O registro no cartório evita que o vendedor também apresente o bem a outros possíveis compradores, como se desembaraçado fosse o bem. Então o registro, mesmo com pagamento parcelado, permite que interessados conheçam que sobre aquela propriedade já há um pacto, um contrato preliminar de compra, em andamento. 10 Gagliano, Pablo Stolze. Op. Cit. P. 40. 22 O Prof. Daniel Áureo nos ensina que, da análise do art. 1.417do CC, o compromisso de compra e venda possui dois requisitos cumulativos necessários para que se tenha a característica de direito real de garantia: Sobre a irretratabilidade do contrato é importante frisar o seguinte: a Lei de Parcelamento do Solo Urbano (Lei No. 6.766/79) em seu art. 25 determina, para os IMÓVEIS NÃO LOTEADOS, que os compromissos de compra e venda são irretratáveis. No mesmo sentido determinou o STF na Súmula 166 que “é inadmissível o arrependimento no compromisso de compra e venda sujeito ao regime do Decreto Lei 58/37” (que trata de loteamento e venda de terrenos para pagamento em prestações). Em casos que não se enquadram na hipótese mencionada, o arrependimento pode ser exercido até o início da execução do compromisso de compra e venda. Se o preço do imóvel já estiver integralmente pago ou iniciada a execução contratual, não é possível a retratação. Mas, para haver a retratação é necessário estar, de modo EXPRESSO, prevista a cláusula de arrependimento, no contrato: Art. 463. Concluído o contrato preliminar, com observância do disposto no artigo antecedente, e desde que dele não conste cláusula de arrependimento, qualquer das partes terá o direito de exigir a celebração do definitivo, assinando prazo à outra para que o efetive. Parágrafo único. O contrato preliminar deverá ser levado ao registro competente. Portanto, não se presume a retratabilidade do negócio, ao contrário, no compromisso de compra e venda a intenção é que seja impossível voltar atrás. Assim, se houver EXPRESSAMENTE a cláusula de arrependimento, o comprador ou o vendedor podem deixar de realizar o negócio definitivo. Isto retira a característica do contrato preliminar e sua força legal, pondo fim à possibilidade do outro contratante fazer uso da tutela específica. “O compromisso irretratável de compra e venda, em razão de ausência de clausula de arrependimento, devidamente assentado no competente Registro de Imóveis, equivale a um direito real limitado, direito de aquisição, assecuratório do contrahere futuro, não só em relação às partes contratantes como erga omnes” (Maria Helena Diniz). Ausência de cláusula de arrependimento Registro no CRI competente 23 O registro no Cartório de Imóveis permite, portanto, que o compromisso de compra e venda do bem seja conhecido por todos (erga omnes), além de resguardar aos herdeiros o direito sobre o bem, caso haja morte de um dos contratantes. O compromissário comprador pode pedir a imissão na posse do bem, garantir que a escritura definitiva lhe seja entregue, impedindo terceiros de adquirirem o imóvel. O compromissário comprador pode, ainda, transferir a promessa a outrem e purgar a mora, após ser notificado para pagar prestações vencidas. Por todas estas razões o promissário comprador passa a ter direito real sobre o bem. Antes do registro do compromisso de compra e venda no Cartório, há obrigações recíprocas entre os contratantes, no âmbito dos direitos pessoais. Se algum deles se arrepender, resolvem-se as pendências através das “perdas e danos” e a devolução do sinal dado, em dobro. Sobre o registro imobiliário deve ser ainda enfatizado que a qualificação completa dos contratantes deve estar colocada no instrumento de contrato, COM A AUTORIZAÇÃO MARITAL ou OUTORGA UXÓRIA (autorização do cônjuge), para ser válida. O imóvel com todas suas descrições e correta titularidade do bem, preço e condições de pagamento devem ser pormenorizadas. Uma vez realizado o registro do compromisso de compra e venda no Cartório de Imóveis e quitadas as obrigações, deve ser lavrada a escritura definitiva do bem. Se o proprietário do bem, compromitente vendedor, se negar a lavrar a escritura em favor do compromitente vendedor, cabe a ação de adjudicação compulsória. Nas palavras do Prof. Daniel Áureo a ação de adjudicação compulsória é a ação pessoal que cabe ao compromissário comprador ou ao cessionário de seus direitos à aquisição, ajuizada em face do titular do domínio do imóvel, que tem por objetivo o suprimento judicial dessa outorga, mediante sentença constitutiva com a mesma eficácia do ato não praticado.Por determinação da Súmula 239 do STJ, o direito de se utilizar da via da ação de adjudicação compulsória, não fica condicionado ao registro do compromisso de compra e venda no cartório de imóveis, podendo aquele que quitou o compromisso, mesmo sem registro, pedir a adjudicação. A sentença do juiz se substituirá a escritura definitiva, permitindo que o compromissário comprador registre e se torne proprietário do bem. 24 Alienação Fiduciária de Bem Imóvel – SFI Trata-se de um negócio jurídico cuja finalidade é promover a venda de bem imóvel, com a seguinte característica: o comprador do imóvel não possui a integralidade do valor do bem. Então se torna devedor (fiduciante), pagando as prestações pactuadas com o credor (fiduciário). O devedor fiduciante entra na posse do bem, mas caso não pague a dívida, terá devolvida a propriedade imobiliária ao credor (fiduciário). Veja o que fala a Lei 9.514/97 com alteração da Lei 10.931/04, entre outras: Art. 22. A alienação fiduciária regulada por esta Lei é o negócio jurídico pelo qual o devedor, ou fiduciante, com o escopo de garantia, contrata a transferência ao credor, ou fiduciário, da propriedade resolúvel de coisa imóvel. Conceito É o negócio jurídico em que o devedor (fiduciante), transmite a propriedade imobiliária ao credor (fiduciário), em caráter resolúvel e em garantia da dívida assumida pela aquisição de imóvel (prof. Daniel Áureo). Pago o preço estipulado no contrato, resolve-se a propriedade do credor fiduciário, retornando a propriedade ao antigo devedor fiduciante. É portanto, um direito real de garantia. A terminologia extraída da lei, sobre as partes contratantes é “devedor- fiduciante ” ( proprietário do bem imóvel a ser transmitido em garantia) e “credor-fiduciário ” ( aquele que tem um crédito contra o devedor-fiduciante e, em garantia do pagamento, receberá a propriedade fiduciária do imóvel). O objeto do contrato é qualquer bem imóvel passível de alienação. 25 Art. 22.§ 1o A alienação fiduciária poderá ser contratada por pessoa física ou jurídica, não sendo privativa das entidades que operam no SFI, podendo ter como objeto, além da propriedade plena: I - bens enfitêuticos, hipótese em que será exigível o pagamento do laudêmio, se houver a consolidação do domínio útil no fiduciário; II - o direito de uso especial para fins de moradia; III - o direito real de uso, desde quesuscetível de alienação; IV - a propriedade superficiária. § 2o Os direitos de garantia instituídos nas hipóteses dos incisos III e IV do § 1o deste artigo ficam limitados à duração da concessão ou direito de superfície, caso tenham sido transferidos por período determinado. Art. 23. Constitui-se a propriedade fiduciária de coisa imóvel mediante registro, no competente Registro de Imóveis, do contrato que lhe serve de título.Parágrafo único. Com a constituição da propriedade fiduciária, dá-se o desdobramento da posse, tornando-se o fiduciante possuidor direto e o fiduciário possuidor indireto da coisa imóvel. Desta forma, o devedor – fiduciante, permanece com a posse direta do bem, transferindo ao credor, juntamente com a propriedade, a posse indireta. Ambos os contratantes podem fazer uso dos remédios possessórios em caso de defesa da posse (ações de reintegração de posse, ação de manutenção de posse e interdito proibitório). A propriedade, por outro lado, só será consolidada com o respectivo registro. A alienação fiduciária... • É um contrato bilateral, trazendo obrigações e direitos para as partes contratantes; • Possui onerosidade, eis que dá crédito ao que vende o bem e assegura ao comprador desfrutar do imóvel, entrando em sua posse; • É um contrato acessório, ou seja, está vinculado ao contrato principal (por exemplo, compra e venda de imóvel) ao qual irá servir de garantia; • Possui forma específica, requer instrumento escrito público ou particular; • É um contrato indivisível, a propriedade se aperfeiçoa, para o devedor, com a quitação integral. Assim, o pagamento de uma ou mais prestações da dívida não retira a garantia que recai sobre o imóvel. 26 Segundo o Prof. Daniel Áure,o as consequências da inadimplência contratual, são as seguintes: 1. O devedor é intimado pessoalmente ou por edital pelo Oficial registrador a pagar as prestações vencidas com multa e juros em 15 dias. Paga a dívida, segue o contrato. 2. Não paga a dívida, o Registro de Imóveis fará o registro da consolidação da propriedade em nome do credor fiduciário com prova do pagamento do imposto de transmissão. 3. Em até 30 dias do registro da consolidação em seu nome, o fiduciário providenciará o leilão público para a venda do imóvel e se algum valor sobrar, será entregue ao devedor. Observação Trata-se de uma espécie contratual muito utilizada na atualidade, pois com a presença da instituição financeira, permite que o pretenso comprador que não possui recursos financeiros para adquirir um imóvel, possa fazê-lo, substituindo as parcelas que seriam teoricamente de uma locação, por parcelas para aquisição de seu bem imóvel. Contudo, urge certo cuidado, pois caso o devedor fiduciante não consiga cumprir o contrato, terá imensos dissabores futuros com a retomada do imóvel por parte do fiduciário.
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