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13 UNIVERSIDADE PAULISTA Curso: Educação Física Relatório de Estágio Curricular Obrigatório Aluno: RA: 2020 Universidade Paulista - UNIP Curso: Educação Física Relatório de Estágio Curricular Obrigatório Relatório apresentado como conclusão do Estágio Curricular Obrigatório do curso de Educação Física da Universidade Paulista - UNIP Professor orientador: Período: 2020 SUMÁRIO APRESENTAÇÃO 4 APRESENTAÇÃO DO CAMPO DE ESTÁGIO 5 Razão Social 5 Origem 5 Endereço 5 Filial 5 DESENVOLVIMENTO 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS 12 REFERÊNCIAS 13 ANEXO 14 APRESENTAÇÃO O presente trabalho tem por objetivo explanar sobre a vivência do estágio curricular obrigatório na academia Modele – C. Dentre dos pontos abordados temos avaliação física, montagem de treino e acompanhamento em geral e de pessoas especiais, e aula de dança. O processo de estágio é um momento rico, onde o aluno vai se deparar com seu futuro campo de trabalho, analisando e entendendo a construção da prática a partir da observação e da ação supervisionada. É o encontro da teoria e da prática para além da projeção, mas a partir da execução. APRESENTAÇÃO DO CAMPO DE ESTÁGIO O estágio foi realizado, funcionando de segunda-feira a sábado, das 5hrs às 10hrs e de 14hrs as 22hrs, contendo 5 funcionários, a mesma dispõe de diversas modalidades de exercícios físicos, como aeróbicos, step, jump, funcional, dança, introdução ao Box e musculação. Razão Social Origem No ano 2017 Endereço Filial Não possui. DESENVOLVIMENTO O estágio de 2020, abordando a avaliação física, foi possível observar as técnicas e protocolos direcionados para cada pessoa, utilizando fita; balança; adipômetro; protocolo 4 e 7 dobras cutâneas, questionário anamnese. Dentre as avaliações que pude acompanhar, destaca-se duas, como base de avaliação de parâmetro de acompanhamento. A aluna A, adentrou para a academia em média um mês atrás, necessitando redução do percentual de gordura corporal, fortalecimento das articulações e membros. Após a avaliação foi priorizado como forma de início do treinamento os alongamentos, visto que a mesma influência diretamente na adesão do exercício. No aluno B, trata-se de um aluno autista, necessitando diminuir a massa gorda e fortalecimento dos membros. ALONGAMENTOS, foram utilizados os mesmos para ambos Alongamento rotadores e internos e abdutores da escapula. 2x cada braço, 20 segundos cada posição. Intervalo: 20 segundos Alongamento lateral. 2° séries, 30 segundos para cada lado. Intervalo: 20 segundos. Alongamento glúteos. 2° séries, 30 segundos cada perna. Sem intervalo Alongamento posteriores e adutores e quadrado lombar. 2° séries, 20 segundos cada lado. Intervalo: 30 segundos. Alongamento adutores e paravertebrais. 2° séries, 30 segundos. Intervalo: 30 segundos. Alongamento posteriores e paravertebrais. 2° séries, 30 segundos. Intervalo: 30 segundos. Alongamento flexores do quadril. 2° séries, 25 segundos cada perna. Intervalo: 30 segundos. Alongamento posteriores de coxa e extensores do quadril. 2° séries, 25 segundos cada perna. Intervalo: 30 segundos. DIVISÃO SEMANAL DE TREINO: Aluno A 27 anos · Volume de treino mais baixo · Intensidade alta · Volume semanal menor; Segunda-feira e sexta-feira: Membros inferiores Máquina Abdutora 2 séries: 8 – 12 repetições, 60 seg. de intervalo, 35 quilos; Elevação pélvica solo 2 séries: 12 – 15 repetições, 1 min. de intervalo; Leg press 3 séries: 45 – 12 – 15 rep., 1:20 min. De intervalo, 40 quilos; Máquina extensora unilateral 3 séries: 12 – 45 rep., 60 seg. de intervalo, 15 quilos; Agachamento 3 séries: 8 – 12 rep., 60 – 90 seg. de intervalo. Abdominais: abdominal supra segurar 4 séries: 10 – 15 seg. 30 seg. de intervalo; abdominal assimétrica ponte 3 séries: 20 – 25 seg. 30 seg. Intervalo. Bike: 10 – 12 minutos Quarta-feira Abdominal supra segurar 4 séries: 10 – 15 seg. 30 seg. de intervalo; Abdominal assimétrica ponte 3 séries: 20 – 25 seg. 30 seg. Intervalo. Bike: 20 – 25 minutos Esteira inclinada nível 3: 30 minutos Terça-feira e quinta-feira: Membros superiores Desenvolvimento aberto + elevação lateral + elevação frontal 9 – 12 repetições > Troca para elevação lateral 8 – 12 rep. > Troca para elevação lateral 8 – 12, 45 – 60 segundos, testando os pesos; Puxada aberta + remada curvada com halter 9 – 12 rep. > troca para remada curvada 9 – 12 rep., 45 – 60 seg. de intervalo, 30 quilos e 10 quilos respectivamente; Supino inclinado halter + remada unilateral 9 – 12 rep. > troca para remada 9 – 12 rep., testando os pesos; Triceps corda + rosca martelo corda 9 – 12 rep. > troca para rosca 12 – 15 rep., 30 quilos; Bike: 20 – 25 minutos Aluno B Idade: 22 anos Segunda-feira, 3 séries de 15 rep., peso: 15 a 25 quilos. Supino inclinado Bicicleta 10 minutos Supino reto Esteira 10 minutos Crucifixo reto Elíptico 10 minutos Pullover Jump: 5 minutos Peck deck anterior Extensão na polia superior Extensão na polia com pegada supinada Rosca francesa Tríceps individual com halteres Terça-feira 3 séries de 15 rep., peso: 15 a 20 quilos Crucifixo inverso deitado Bicicleta 10 minutos Polia alta alavanca Esteira 10 minutos Puxada com pegada supinada na barra Remada baixa Peck deck posterior Rosca scott Rosca scott máquina Rosca concentrada Rosca inversa Quarta-feira: tríceps, costa e ombro, peso:15 a 25 quilos. 5 minutos polichinelo (descanso 20 segundos) Cadeira abdutora 3 séries de 15 rep. Cadeira adutora 3 séries de 15 rep. Agachamento 3séries de 10 rep. Hack 3 séries de 10 rep. Leg press 45° 3 séries de 10 rep. Banco flexor 3 séries de 15 rep. Desenvolvimento frontal com barra 3 séries de 12 rep. Elevação frontal 3 séries de 10 rep. Elevação lateral 3 séries de 10 rep. Quinta-feira Abdominal frente no solo 15 minutos esteira Abdominal lateral no solo 10 minutos elíptico Cintura na polia baixa Cintura com halteres Rotação do tronco Panturrilha vertical Acompanhar uma pessoa especial nos desafia e nos possibilita evoluir enquanto profissional, nos preparando para auxiliar diversas categorias com suas características e diferentes necessidades; e a evoluir também, enquanto ser humano, aprendendo a entender e ter paciência com o outro. Segundo o Instituto NeuroSaber o Autismo “é um transtorno do desenvolvimento que leva a comprometimentos na comunicação e interação social, englobando comportamentos restritivos e repetitivos” (2015, on-line), portanto, pessoas autistas podem ter mais dificuldade em se expressar; ter manias; atos repetitivos; sensibilidade a barulhos, a agrupamentos de pessoas, entre outros. O acompanhamento do aluno B, se deu de forma atenta e cautelosa, fazendo uso de figuras, para exemplificar o exercício, foi necessária uma atenção redobrada, evitando, que de acordo com a sua situação, ele fica-se numa indeterminada repetição de um mesmo exercício sem executar outros. É importante salientar que sua condição não o incapacita, com perseverança e profissionais preparados (também é interessante frisar a importância da terapia) o autista consegue evoluções significativas. A ciência vem comprovando o benefício da atividade física para autistas, melhorando sua interação social, auxiliando numa vida mais saudável, diminuindo o índice de obesidade; contribuindo com a melhora da coordenação motora, da deficiência cognitiva, entre outros. Podem ser prescritos exercícios de flexibilidade, resistência, atividades de grupo (AGUIAR, PEREIRA, BAUMAN, 2017). Complementando, podemos ver a visão de Tomljanovic et al (2011 apud Pinto, 2016, p. 23) sobre a atuação do exercício físico sob pessoas autistas “treino de força tradicional aumentou o potencialenergético da musculatura e o TF (treino funcional) melhorou o controle postural e a coordenação”. Para elaboração do treino foi primeiro realizada a avaliação física dos alunos, utilizando as ferramentas já citadas (adipômetro, anamnese, balança, fita métrica, entre outros), depois feito alguns testes simples de flexibilidade, resistência, após analisar a situação clínica e física do indivíduo, suas dificuldades, habilidades, necessidades, foi somado seus objetivos e assim, montado um plano de exercícios que melhor se adapta-se sua realidade, suprisse suas necessidades e garantisse uma melhor adesão. A adesão é um fator importante a ser considerado, pois é o que garantirá que o aluno não abandone o treino e consiga chegar a seus almejados resultados. A aluna A que não possui autismo obteve um bom êxito, assim como o aluno B, ambos chegaram a resultados proveitosos, de acordo com seus objetivos individuais, comprovando que um treino individualizado, para as necessidades de cada um, dedicação e um bom acompanhamento profissional proporciona inúmeros ganhos ao indivíduo, ou seja, a prática de atividade física regular possibilita benefícios biológicos/físicos, psicológicos e sociais. Acompanhar o exercício de dança proporcionou entender a mesma como um exercício que age na coordenação motora, na melhora cardiorrespiratória, no auxílio da perda de gordura, trabalhando diversos músculos e estimulando partes da atividade cognitiva e física, dando agilidade mental, diminuindo a incidência de demência. Nos abre um leque também a estudar/observar a dança a partir de outras óticas, como a Biomecânica do movimento, realizando correções e evitando possíveis lesões, incentivando o alongamento, importante também para essa modalidade. Saímos da ótica da dança apenas como diversão e inofensiva e passamos a vê-la com olhos de profissionais. CONSIDERAÇÕES FINAIS O estágio tem por premissa enriquecer a formação do aluno e garantir que o mesmo compreenda e análise o seu futuro campo de trabalho, garantindo que assim, tenha base para se inserir no campo de trabalho, identificar problemas e propor soluções, não foi diferente do que obtive nessa minha experiência. Identificar aonde é possível aplicar e qual teoria utilizar, foi um ato de extremo aprendizado, conhecer um pouco das áreas da educação física, como a educação física adaptada é abrir um leque de possibilidades e fomentar a exploração e aprofundamento da área, para garantir um profissional mais qualificado e contribuir para que essa temática ganhe mais visibilidade. REFERÊNCIAS INSTITUTO NEUROSABER. Autismo o que é? Definição e Características. 2015. Disponível em: <https://institutoneurosaber.com.br/autismo-o-que-e/>. Acesso em: 25/11/2020. PINTO, Joana Ricardo. Influência de um Programa de Treino Funcional no perfil de funcionalidade de indivíduos com Perturbação do Espectro do Autismo. 2016. 127 f. Dissertação (Mestrado em Ciência do Desporto) - Faculdade de Desporto/Universidade do Porto, Porto, 2016. Disponível em: <https://repositorio-aberto.up.pt/handle/10216/87303>. Acesso em: 27/1/2020 ANEXO
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