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Gestão Estratégica de Marketing SUMÁRIO 1 Definições e diretrizes organizacionais 9 1.1 Marketing estratégico e planejamento 10 1.2 Metas estratégicas e diretrizes organizacionais 14 1.3 Plano de marketing 15 2 Posicionamento e vantagem competitiva 22 2.1 Definição e decisão de posicionamento 23 2.2 Posicionamento estratégico 27 2.3 Vantagem competitiva 30 3 Cenários competitivos e estratégia 33 3.1 Estrutura organizacional 33 3.2 Análise dos cenários e tendências 38 3.3 Definição de modelos estratégicos 40 3.4 Competitividade e negócios globais 47 4 Gestão e análise do ambiente de marketing 52 4.1 Forças de influência estratégica 53 4.2 Fatores de alavancagem de marketing 56 4.3 Gerenciamento da comunicação 59 5 Gestão de marca 67 5.1 Criação de brand equity 68 5.2 Imagem, identidade e percepção 72 5.3 Gestão da concorrência 75 5.4 Gestão de reputação da marca 78 6 Comportamento do consumidor 83 6.1 O personagem cliente 83 6.2 Processo de decisão de compra 87 6.3 Influência do comportamento de compra 91 6.4 Marketing de relacionamento 94 7 Perspectivas futuras 100 7.1 Inteligência de marketing 101 7.2 Tendências e práticas do marketing estratégico 104 7.3 Arte da inovação 107 8 Gabarito 113 Vídeo APRESENTAÇÃO O cenário dos negócios que hoje se apresenta passou por muitas mudanças sociais, tecnológicas e políticas, que culminaram na transformação da economia nacional e internacional. Tais mudanças foram necessárias para o atendimento das exigências de um consumidor que, atualmente, busca um produto ou serviço de qualidade e com bom preço em meio a muitas ofertas. Nesse contexto, as organizações aumentam sua produtividade para se manterem no mercado, desenvolvendo seus negócios de maneira satisfatória. Consequentemente, há competitividade acirrada e o processo se torna vantajoso para os dois lados. Toda organização, ao administrar seus negócios, prestar serviços ou produzir bens com o objetivo de atingir os resultados, visando superar as expectativas de seus consumidores, necessita se estruturar. Para isso, deve utilizar ferramentas e técnicas eficazes. Nesse sentido, o planejamento estratégico de marketing é destaque dentre as ferramentas atuais com o objetivo de entregar o que o cliente procura e obter lucro. Nesta obra são apresentados conceitos e exemplos do planejamento estratégico de marketing, além de sua influência positiva na sobrevivência e no sucesso da organização moderna. Em cada capítulo é mostrado como as organizações podem se estruturar para melhor atender seus clientes, atraindo-os e retendo-os em um cenário de informação acelerada, em uma constante de desafios e assertividade na tomada de decisões. Os capítulos apresentam elementos do marketing estratégico que propiciarão, de modo simples e objetivo, o entendimento e a compreensão acerca dos conceitos e métodos na atual realidade dos negócios. São abordados pontos importantes em relação ao mercado, aos concorrentes, aos consumidores, ao produto, ao preço, à praça e à promoção, sendo esta obra mais um subsídio para os que atuam ou pretendem atuar na área de marketing estratégico, auxiliando na escolha de qual caminho seguir no dia a dia, facilitando o trabalho e alavancando o desempenho organizacional. Este livro trata, ainda, de estratégias competitivas, ações voltadas ao composto mercadológico e ao foco no cliente, visando fazer com que o produto ou serviço seja um diferencial frente à concorrência e atinja a satisfação quanto às necessidades e aos desejos dos consumidores. Bons estudos! Definições e diretrizes organizacionais 9 1 Definições e diretrizes organizacionais A palavra marketing tem sido usada para designar principalmen- te as atividades de promoção, venda e propaganda. Além disso, marketing, hoje, é uma ferramenta gerencial, também responsável pelo julgamento criativo no direcionamento dos recursos da em- presa para alcançar metas lucrativas com a satisfação inovadora das necessidades do consumidor. Compreende-se que o marketing é o que se faz para conseguir que mais consumidores usem mais serviços ou comprem mais produtos e, com isso, satisfaçam suas necessidades mais frequen- temente. Por isso, a decisão e as atividades de marketing preci- sam visar à melhoria contínua do valor adicionado aos produtos e serviços. Para tanto, há um planejamento estratégico, ou seja, uma série de mecanismos sistêmicos utilizados para verificar a melhor manei- ra de estabelecer metas que levem os produtos ou serviços a atin- girem as necessidades do mercado-alvo. Dessa forma, é necessário encontrar soluções criativas de atração e retenção de clientes. Atualmente, com o acelerado avanço tecnológico, as inovações publicitárias e a nova cultura comportamental de compra trazem à tona a interdependência. Assim, com a segmentação do mercado em grupos de clientes que apresentam necessidades e caracterís- ticas semelhantes, o marketing estratégico atua para que o pro- duto ou serviço seja mais bem posicionado, colocando a marca à frente da concorrência. A exigência dos clientes e as forças competitivas vêm mudando significativamente em diversos setores da economia. Toda orga- nização que quer ser destaque em desempenho para obtenção de lucros, portanto, deve recorrer a estratégias para conquistar o mercado e consolidar sua marca. 10 Marketing Estratégico Vídeo Na atualidade, para sobreviver em um cenário altamente competiti- vo, a mudança organizacional é necessária, visando à produtividade e à satisfação quanto às necessidades dos consumidores. O intuito princi- pal de uma mudança é mecanizar os processos de produção buscando aumentar a produtividade, reduzir o esforço físico e repetitivo dos fun- cionários, além de aumentar o nível de padronização do produto e/ou serviço e, assim, melhorar os resultados organizacionais. 1.1.1 Marketing e marketing estratégico As organizações visam otimizar produtos e serviços cada vez mais. Nesse processo, para ter um reconhecimento consolidado no mercado, em relação ao valor e à satisfação do cliente, identificando e atingindo as necessidades, utilizam-se do marketing. Conforme Carvalhal (2005, p. 113), “marketing é uma ciência ou téc- nica que permite o planejamento de uma organização de forma a contri- buir para o atingimento do objetivo desejado”. Para o autor, o marketing impulsiona os colaboradores da empresa na otimização de seu trabalho para atender satisfatoriamente ao que o consumidor necessita e deseja. Com o marketing, o gestor conceberá como melhorar seus proces- sos produtivos na organização, podendo tomar decisões assertivas no que tange a mudar o que for preciso para destacar seu produto e/ou serviço no mercado. A chave para atingir as metas organizacionais, por- tanto, “consiste em ser mais eficaz do que os concorrentes para inte- grar as atividades de marketing, satisfazendo, assim, as necessidades e desejos dos mercados-alvo” (KOTLER, 1999, p. 37). Para isso, O marketing vale-se de estratégia, definida por Porter (1989) como a criação de uma posição única e de valor envolvendo um diferente conjunto de atividades (apud KOTLER; HAYES; BLOOM, 2000). Pautando-se nesse contexto, é possível concordar com Kotler (1999), que considera o marketing estratégico como ferramenta de criação de posição única e de valor da organização, envolvendo um diferente conjunto de atividades. Ao compreender a estratégia empresarial como as orientações que a organização segue, buscando melhorar sua posição em relação à con- 1.1 Marketing estratégico e planejamento Leitura No texto Marketing Best 2019 apresenta os 25 ca- ses vencedores, publicado no site do PROPMARK, é possível conhecer os maiores cases e a excelência em qualidade das organizaçõesque se utilizam de ferramentas de marketing estratégico. Disponível em: www.propmark.com. br\mercado\marketing-best-2019. Acesso em: 18 fev. 2020. http://www.propmark.com/ Definições e diretrizes organizacionais 11 corrência, selecionando linhas de negócio, alocando recursos e criando ações integradas para êxito de vendas e atendimento, a função do mar- keting estratégico é mais bem esclarecida. A saber: “seguir a evolução do mercado de referência e identificar os diferentes produtos-mercado e segmentos atuais ou potenciais, na base da análise da diversida- de de necessidades a satisfazer” (LAMBIN, 2000 apud LIMA; GARCIA; CARVALHO, 2007, p. 4). O marketing analisa as necessidades dos clientes, além disso, cria, comunica e proporciona valor e satisfação como um benefício, atraindo novos clientes e retendo os que já existem. É uma estratégia organiza- cional que, conforme Aaker (2001), possibilita ao cliente, à concorrência e ao mercado se orientarem quanto a mercados globais e buscarem ferramentas estratégicas para tomadas de decisão precisas. Pode-se assumir, assim, que o marketing estratégico está focado principalmente no desenvolvimento de uma resposta efetiva, não da área funcional de marketing e sim da empresa como um todo, uma vez determinadas as oportunidades ambientais e de mercado, em uma situação em que a empresa possua uma vantagem competitiva em relação à concorrência. (LIMA; GARCIA; CARVALHO, 2007, p. 4) É, portanto, baseado em redução de custos de produção e de distribuição, possibilitando a oferta de menor preço, os benefí- cios ao cliente e o foco de seu segmento no mercado. Nesse caso, clientes e concorrentes levam o departamento de marketing estratégico a analisar as necessi- dades individuais e das organizações, satisfazendo aos anseios do cliente e obtendo vantagem competitiva em re- lação à concorrência. 1.1.2 Níveis de planejamento As organizações, em seu plano de ação, pesquisam e reúnem as informações das necessidades dos clientes e do mercado. Esse plano é bastante flexível, apontando sempre para resultados positivos e obje- tivos a serem atingidos. 12 Marketing Estratégico PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO Alta administração (toda a organização) PLANEJAMENTO TÁTICO Administração de nível médio (principais divisões, funções) PLANEJAMENTO OPERACIONAL Administração de nível mais baixo (departamentos, indivíduos) Fonte: Daft, 1999, p. 127. Figura 1 Para cada objetivo, há um tipo de planejamento. Os tipos de plane- jamento podem ser relacionados aos níveis de decisão em uma pirâmi- de organizacional, conforme a figura a seguir. Níveis de planejamento A organização conta com: planejamento mercadológico, organiza- cional, de produção e de recursos humanos. Segundo a pirâmide, para atingir seus objetivos, a organização precisa de planos para cada decisão a ser tomada, além de contar com um ciclo básico composto pelos três tipos de planejamento: tático, operacional e estratégico, sendo este o ponto principal. 1.1.2.1 Planejamento estratégico O planejamento estratégico é o meio de o gestor organizar seu pro- duto e/ou serviço. Nele, define-se como levar o cliente ao encontro do que a organização oferece. Para isso, o planejamento estratégico prevê a demanda futura das necessidades do cliente em contraponto à oferta do mercado concorrente. Definições e diretrizes organizacionais 13 No nível estratégico formulam-se objetivos e ações a serem to- madas. Sendo de responsabilidade de funcionários de alto nível, nele ocorre o parâmetro do melhor caminho a seguir. Conforme Chiavenato (1999), no nível estratégico acontecem as tomadas de decisão de alto impacto na organização, portanto é o momento de ela refletir, discutir e definir seus propósitos e suas estratégias fundamentais. O planeja- mento estratégico é utilizado, então, como uma ferramenta de vanta- gem competitiva no mercado e, de acordo com Drucker (1997, p. 714), é um processo contínuo de, sistematicamente e com o maior conhecimento possível do futuro contido, tomar decisões atuais que envolvam riscos; organizar sistematicamente as atividades necessárias à execução destas decisões e, através de uma retroa- limentação organizada e sistemática, medir o resultado dessas decisões em confronto com as expectativas alimentadas. O planejamento estratégico garante um produto/serviço de qua- lidade, lucratividade e destaque para a marca, apontando o melhor caminho a seguir, independentemente do porte da organização. Deve guiar-se pelas questões: Onde queremos chegar? O que fazer? Como? Quando? Para quem? Por quê? Por quem? Onde? – sempre pautadas em missão, visão e valores. 1.1.2.2 Planejamento tático O planejamento tático é feito para que o gestor possa questionar especificidades da ação que se pretende desenvolver, procurando res- postas ao quê, como, se é possível e por onde fazê-la. São também analisados os recursos disponíveis para a ação planejada. 1.1.2.3 Planejamento operacional Neste nível se formaliza o plano de ação com documentos escritos. Neles constam partes do planejamento tático em que estão os recursos de que a organização deverá dispor, objetivos, prazos, quem fará o quê, atividades, tarefas e o cronograma de toda a operação. Para obter sucesso, a organização precisa de planejamento e ferra- mentas que possibilitem alcançar vantagens competitivas; estas advêm da estratégia que torna a empresa lucrativa e viável. Os objetivos orga- nizacionais são alcançados quando a organização adapta seu produto às necessidades e aos desejos do cliente. 14 Marketing Estratégico 1.2 Vídeo As organizações são órgãos vivos com valores, propósitos, missão e objetivos aos quais pretendem atingir. São um sistema único composto de subsistemas, cada qual desenvolve atividades específicas – como finanças, recursos humanos, marketing, entre outros – e interage com os demais (BASTOS, 2006). Toda organização, pública ou privada, de diferentes tamanhos, deve saber qual é sua missão no mercado, para que possa ter a visão deste e trazer para seus produtos/serviços o valor esperado pelo cliente, bem como criar o melhor caminho para liderar a concorrência. Para tanto, segue metas e diretrizes organizacionais. Metas são o que a organização visa alcançar em relação à concor- rência. São mensuradas por meio do desempenho organizacional e devem ser vistas como algo tangível, real e possível, conforme o plane- jamento estratégico. Metas estratégicas são níveis de desempenho que a organização necessita alcançar para ter seu objetivo atingido. Elas indicam e direcio- nam a organização, mensurando quais objetivos estão sendo ou não cumpridos, refletindo nos resultados obtidos. Além disso, as metas estratégicas levam a organização à defi- nição de etapas ou caminhos a serem seguidos para alcançar o que objetiva, ou seja, precisam ser específicas e realistas, para que se saiba com clareza quando foram atingidas. Chama-se de diretrizes organizacionais o conjunto de prin- cípios e normas que estabelecem o direcionamento ado- tado pela organização, pautando-se em missão, visão e valores. Metas estratégicas e diretrizes organizacionais Definições e diretrizes organizacionais 15 Os valores são utilizados como parâmetros de compor- tamentos, atitudes e decisões voltados à missão e à visão. Envolvem a ética, bem como as regras morais de adminis- tradores, fundadores, e colaboradores em geral, norteado- ras de suas ações. 1.3 Plano de marketing Com missão, visão e valores, portanto, a organização visa atender seus clientes da melhor maneira, ajudando seus colaboradores a me- lhorarem com seus valores intrínsecos, buscando cumprir suas metas. Assim, as diretrizes organizacionais dizem respeito à linha de con- duta que a organizaçãodefine, ou seja, são as normas de como proce- der até alcançar seus objetivos. Vídeo O plano de marketing é o documento que facilita uma escolha mais assertiva das ações e decisões a serem tomadas, levando em conside- ração a precisão de recursos e esforços necessários para a sua execu- ção. Nele, constam as informações das futuras tomadas de decisão de marketing, agregando mais valor ao cliente. Para Westwood (1996, p. 4): O plano de marketing estabelece os objetivos de marketing da companhia e sugere estratégias para se alcançar tais objeti- vos. Não inclui todos os objetivos e estratégias corporativas da companhia. Também haverá objetivos de produção, objetivos financeiros e objetivos de recursos humanos. Nenhum desses objetivos pode ser estabelecido isoladamente. A missão indica a que e a quem a organização serve, ou seja, por que ela existe. Está ligada diretamente aos seus objetivos institucionais e ao porquê de sua criação. A visão é o objetivo da organização. É o que a organiza- ção vislumbra conforme a necessidade da empresa e do cliente. Precisa ser concreta e ter possibilidade de alcan- ce. É o objetivo que a empresa quer atingir e em quanto tempo. Deve ser revista sempre. T et ia n a M al ts ev a/ S h u tt e rs to c k 16 Marketing Estratégico Glossário benchmarking: ação realizada pelo profissional de marketing que implica analisar a concorrência para monitorar as mudanças do mercado, conhecer as ações e posicionamentos dos concorrentes. Em outras palavras, espionar, para criar vantagem competitiva. O desenvolvimento de um plano de marketing deve ser coerente com as informações obtidas no mercado. Deve também estar aberto para que as frequentes mudanças do mercado sejam previstas e traba- lhadas pela organização, facilitando a tomada de decisão. Um plano de marketing é como um mapa – ele mostra à empre- sa onde ela está indo e como vai chegar lá. Ele é tanto um plano de ação como um documento escrito. Um plano de marketing deve identificar as oportunidades de manter negócios mais pro- missores para a empresa e esboçar como penetrar, conquistar e manter posições em mercados identificados. É uma ferramen- ta de comunicação que combina todos os elementos do com- posto mercadológico em um plano de ação coordenado. Ele estabelece quem fará o que, quando, onde e como para atingir suas finalidades. (WESTWOOD, 1996, p. 5) Dentro do plano de marketing, o profissional de marketing estabele- cerá um plano de ação em que serão mensurados e estabelecidos todos os objetivos mercadológicos. Desse modo, a organização poderá saber os caminhos e as decisões necessárias para o alcance desses objetivos. Segundo Kotler, Hayes e Bloom (2000, p. 110), “cada nível de produ- to (linha de produtos, marca) deve desenvolver um plano de marketing para atingir suas metas. O plano de marketing é um dos produtos mais importantes do processo de marketing”. Infere-se, então, que o plano de marketing dá mais clareza e segu- rança às atividades mercadológicas, como determinar as características do mercado, medir o seu potencial, investigar a participação no merca- do, analisar as fases da venda, realizar o benchmarking, potencializar a entrada de um novo produto, realizar previsões de curto e longo prazo, realizar as definições dos objetivos empresariais, estudar as tendências dos negócios empresariais, contribuindo de modo decisório para os re- sultados organizacionais como um todo. O plano de marketing não deve atuar sozinho em uma organização. Embora de extrema importância, deve ser estabelecido com o planeja- mento organizacional. Coerente com essa perspectiva, Westwood (1996, p. 1) afirma: “o processo de planejamento de marketing [...] precisa ser executado como uma parte do planejamento global da companhia e do processo de elaboração do orçamento”. Leitura O texto Marketing Digital em 2020: saiba quais são as 7 maiores tendên- cias, publicado no blog da Rock Content, traz informações das últimas tendências em marketing digital. Para a elaboração de um plano de ação, um dos caminhos pode ser o marketing digital. Disponível em: https://rockcontent. com/blog/tendencias-de-marketin- g-digital/. Acesso em: 18 fev. 2020. Definições e diretrizes organizacionais 17 Análise externa Análise interna Determinação de situações favoráveis e desfavoráveis Determinação de pontos fortes e pontos fracos I ANÁLISE DA SITUAÇÃO Determinação de ameaças e oportunidades Fixação de objetivos Elaboração do programa de ação com prazos, custos, responsabilidade, (4 Ps) II OBJETIVOS III PROGRAMA DE AÇÃO IV CONTROLE Determinação de formas de controle Confecção do plano 1.3.1 Estrutura do plano de marketing As organizações utilizam diferentes modelos de plano de marketing. Contudo, para Bowen (2002), esse plano precisa ser um norteador das futuras ações de marketing da organização, asseguran- do-se que elas se alinhem com o seu planejamento estratégico. Deve, ainda, fazer com que os gerentes de marketing repensem os passos das ações para que não percam tempo nem dinheiro. Há um modelo mais genérico e funcional que muitas organizações adotam, como mostra a Figura 2. Figura 2 Modelo de plano de marketing Fonte: Campomar, 1977, p. 54-58. No plano de marketing há que se destacar a motivação interna, su- gerindo objetivos específicos, mensuráveis, realísticos, desafiadores e harmoniosos (CAMPOMAR, 1977). Além disso, por meio dele é possível identificar erros e problemas na empresa, auxiliando na antecipação do que se deseja e direcionando a melhor decisão a ser tomada. GEOGRÁFICA Requer a divisão do mercado em diferentes unida- des geográficas, como nações, estados, regiões, condados, cidades ou bairros. A empresa pode atuar em uma, em algumas ou em todas as áreas geográficas, prestando atenção nas variações locais. 1.3.2 Segmentação de mercado e posicionamento O posicionamento estratégico da organização é, atualmente, defini- do por seus produtos/serviços e segmentação. Cada produto ou serviço requer um segmento de mercado. Para Cravens (1994), as definições do marketing estratégico permitem vislumbrar quais consumidores conquis- tar em cada segmento, por meio de determinados produtos e serviços. 1.3.2.1 Segmentação de mercado e mercado-alvo A segmentação de mercado é a divisão do mercado-alvo em di- ferentes nichos, de acordo com determinadas características. Assim, conforme Kotler, Hayes e Bloom (2000), pode-se classificá-los em pre- ferências, localização geográfica, atitudes de compra, poder de com- pra e hábitos semelhantes. Segundo Myers (1996), a segmentação é a distinção de subgrupos de consumidores ou potenciais consumidores com escolhas similares. Para tanto, a segmentação de mercado inicia-se com uma análise e definição, seguidas da distinção e descrição do possível segmento a atender, estabelecendo uma estratégia para posicionar o produto e, por fim, vislumbrar e pôr em prática a ação de marketing (ANDERSON; VINCZE, 2000). Nesse caso, analisam-se algumas variáveis, como mos- tra a figura a seguir. Figura 3 Principais variáveis para a segmentação do mercado consumidor 18 Marketing Estratégico (Continua) DEMOGRÁFICA O mercado é dividido em grupos de variáveis bá- sicas, como idade, tamanho da família, ciclo de vida da família, sexo, rendimentos, ocupação, nível de instrução, raça, religião, geração, nacionalidade e classe social. As variáveis demográficas são as bases mais utilizadas para se distinguir grupos de clientes. Definições e diretrizes organizacionais 19 PORTAMENTAL compradores são divididos em grupos com se em seus conhecimentos de um produ- to, ou seja, em sua atitudecom relação a ele, no uso dele ou na resposta a ele. COM Os ba Fonte: Churchill Jr. e Peter, 2000, p. 219. As variáveis citadas acima permitem que o profissional de marke- ting conheça os traços (preferências, gostos, estilos) do seu público- -alvo e com isso oferte um produto atrativo no mercado, utilizando-se de ferramentas e meios eficazes de atração do cliente, superando a concorrência. A organização, embora tenha um importante ativo, que são as informações, precisa melhorar suas estratégias para obter van- tagem competitiva, ofertando produtos e/ou serviços com qualidades diferenciadas, melhor preço, condições de pagamento e entrega aces- síveis, entre outros. É fato que segmentar beneficia o mercado-alvo, posto que possi- bilita dar preferência, podendo detectar e priorizar oportunidades de oferta no mercado, bem como tipificar e monitorar os recursos para as ações de marketing. Na segmentação, é necessário ter foco em mensurabilidade, sendo possível medir o segmento; acessibilidade, avaliando se o produto ou serviço é acessível ao público que se quer alcançar; substancialidade, isto é, se o produto ou serviço é rentá- vel para a organização; e defensabilidade, devendo ser defensável a oferta dos produtos ou serviços no mercado. Os clientes exigem produtos com melhor qualidade e preços me- nores, e a organização busca vantagem competitiva. Portanto, a seg- mentação pode ser um diferencial, colocando o produto ou serviço em GRÁFICA compradores são divididos em diferentes upos, com base em seu estilo de vida, sua personalidade e seus valores. PSICO Os gr 20 Marketing Estratégico lugares onde a concorrência não está posicionada. A obtenção de uma posição única no mercado protege qualquer organização das ameaças de concorrentes, garantindo lucratividade e dominando segmentos com alta atratividade e potencial elevado. CONSIDERAÇÕES FINAIS Em tempos em que a concorrência é acirrada, novos consumidores surgem, novos canais de interação, como o comércio eletrônico, são cria- dos e potencializados, as organizações utilizam-se de ferramentas estra- tégicas, de apoio e suporte como aspecto fundamental para sobrevivência e sucesso, tanto em produtos quanto em serviços. Por isso, desenvolvem estratégias que garantam sua competitividade no mercado e utilizam-se do marketing para alcançar resultados satisfatórios e manter as organiza- ções rentáveis a médio e longo prazo. Infere-se, pois, que o marketing é a ferramenta utilizada pelas organi- zações para agregar valor a sua marca, serviços ou produtos, atrair novos clientes e reter os já existentes por meio de estratégias, técnicas e práticas. É de suma importância que a área de marketing desenvolva técnicas, campanhas e ações dentro de qualquer segmento, a partir do estudo dos ce- nários, consumidores, a fim de estrategicamente posicionar a organização à frente da concorrência, atendendo às necessidades dos clientes e agregando valor aos seus produtos, serviços e processos. Os novos cenários mundiais demandam que o marketing seja uma área estratégica, corroborando com a inovação – hoje imprescindível – e com outros setores da organização de modo a tornar possível a diferenciação e individualização nos relacionamen- tos com o público-alvo. ATIVIDADES 1. Qual é a funcionalidade do marketing estratégico na organização? 2. O que é planejamento estratégico? 3. Por que segmentar beneficia o mercado-alvo? Definições e diretrizes organizacionais 21 REFERÊNCIAS AAKER, D. A. Administração estratégica de mercado. 5. ed. Porto Alegre: Bookman, 2001. ANDERSON, C. H.; VINCZE, J. W. Strategic marketing management. 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Há muito tempo as organizações se esforçam continuamente para criar estratégias que contribuam para a melhoria do proces- so de decisão dos negócios e que influenciem a decisão de com- pras do consumidor. Sabe-se que o posicionamento está entre as melhores estratégias a serem adotadas pelas organizações, por apoiar-se na busca dos pontos-chaves dos produtos ou serviços e de como expô-los ao mercado. Entender o processo de posicionamento estratégico, para a obtenção de vantagem competitiva, implica entender a postura competitiva que os produtos ou a marca assumem perante os seus concorrentes. Para tanto, é importante desenvolver as competên- cias organizacionais, a fim de consolidar a proposta de valor da or- ganização para seu público, minimizando a ação da concorrência. Posicionamento e vantagem competitiva 23 Vídeo O marketing tem sido essencial para as organizações, visto que, se não houver entrada de recursos rentáveis, os demais setores (financei- ro, contabilidade, recursos humanos etc.) não terão com o que contri- buir para o crescimento conjunto da empresa. O uso adequado do marketing resulta no sucesso financeiro da or- ganização. Esse valor do marketing abrange a sociedade como um todo, pois é por meio dele que a variedade do mercado cresce ao passar do tempo e proporciona, ao consumidor, maiores opções e, consequen- temente, sua aceitação no mercado, simplificandoa vida das pessoas. Organizações que não dão a devida atenção a seus clientes e concor- rentes, que não buscam incansavelmente melhores estratégias de mar- keting e nem a atender as expectativas dos colaboradores, acionistas, fornecedores e parceiros estão sujeitas a não atingir o sucesso esperado. Para satisfazer as necessidades e ofertar aquilo que os clientes individuais e os nichos de mercados querem, as empresas utilizam o marketing e, ao utilizá-lo, melhoram o posicionamento. Esse termo foi utilizado, primeiramente, em um artigo de Jack Trout, em 1969, no Journal of Marketing. Para Trout (1969), tanto o que o produto oferece quanto sua imagem são importantes. O autor aponta para a atenção a ser dada quanto à ação de colocar o produto em uma posição que faça com que todo consumidor potencial queira tê-lo. De acordo com Maggard (1976, p. 48), o posicionamento é mais do que slogans engenhosos e bem-su- cedidas campanhas de comunicação [...] o verdadeiro posiciona- mento é o processo de distinguir uma empresa ou produto dos seus concorrentes em dimensões reais – valores corporativos e de produtos que são significativos para os consumidores – para tornar uma empresa ou produto preferida. O referido autor deixa claro que o posicionamento demonstra o que a organização é e como os consumidores a avaliam, uma vez que, para eles, os produtos são significativos. 2.1 Definição e decisão de posicionamento 24 Marketing Estratégico PRODUTO É a “oferta de uma empresa que satisfaz a uma necessidade” (McCARTHY; PERREAULT JR., 1997, p. 148). Assim, o produto é algo que uma organização oferece no mercado para que consumidores o apreciem e o adquiram com o intuito de satisfazer aquilo que desejam ou necessitam. m Figura 1 Na era da tecnologia, a sociedade está muito comuni- cativa, portanto é necessária a criação de uma posi- ção na mente do público-alvo, atentando-se aos pontos fortes e fracos tanto da própria empre- sa quanto de seus concorrentes. O posiciona- mento determina o valor que a organização quer ter, destacando um público-alvo que tenha percepção do produto, não dando condições ao concorrente de imitação ou su- peração dele, e, assim, atraindo novos clientes, bem como retendo os já existentes. Para retenção e atração de clientes, há ferramentas como os 4 Ps do marketing, também chamados de mix ou composto de marketing. A fi- gura a seguir apresenta as definições de cada um deles: 4 Ps do marketing Fonte: Elaborada pelos autores. PROMOÇÃO São os esforços em relação à comunicação e à promoção da organização nos mercados-alvo, convencendo-os a adquirir seus produtos. PRAÇA É o mercado onde se distribui o produto ou serviço, isto é, o canal de distribuição por onde o produto chega ao consumo. Somente a qualidade e o preço não garantem as vendas, afinal, o produto precisa chegar até os compradores finais. PREÇO É a “quantia que se cobra por um produto” (KOTLER; ARMSTRONG, 2007, p. 49). Quando a organização calcula o preço de seus produtos ou serviços, deve fazer análise de público-alvo e concorrência, bem como de custos com a produção para não ter prejuízo. Assim, o preço auxilia a organização no que se refere a valor de produto ou serviço, alocação de recursos, capital e mão de obra. T mm mf fm lp ix mm mm mm mm mm m m m Posicionamento e vantagem competitiva 25 Conveniência O 3º C refere-se à conveniência, equivalente ao P de praça. Porém, praça é o local onde o produto é vendido, enquanto a conveniência é uma abordagem sistematizada e voltada ao cliente. Comunicação O 4º C refere-se à comunicação, substituindo o P de promoção. A comunicação é uma abordagem focada no cliente, objetivando a venda de produtos. Com a utilização dos 4 Ps voltados, exclusivamente, para aten- der os consumidores, tornam-se acessíveis também os 4 Cs do marketing, que se referem aos compostos mercadológicos indica- dos na figura a seguir. Figura 2 4 Cs do marketing Fonte: Elaborada pelos autores. Os 4 Cs do marketing são utilizados para que se conheçam, a fun- do, as necessidades e os desejos do cliente em relação ao produto. Contudo, a retenção do cliente requer um planejamento bem elabora- do, com todas as ações orientadas e com comprometimento das áreas envolvidas, posto que um cliente satisfeito, em geral, fideliza-se com a organização. Cliente O 1º C se refere às necessidades e aos desejos dos consumidores, substituindo o P de produto. O foco, que era sobre o produto, agora se volta para o cliente, que toma a decisão de compra. $ Custo O 2º C refere-se ao custo, que é diferente do P de preço. O custo envolve preço, tempo e benefícios ou não do produto para o cliente. m _ m _ mm li n mm m_ d mm ig n mm mm mm mm mm m m m | IE m D E B mm mi l mm A 26 Marketing Estratégico Qualidade do produto/serviço + qualidade psíquica Artigo 2.1.1Importância do posicionamento nas estratégias de marketing As organizações buscam vantagem competitiva por meio de preço, praça, produção inovadora, qualidade, entre outros requisitos impor- tantes. Nesse caso, o seu posicionamento pode ser um estimulador ao consumidor, contribuindo para a diferenciação da concorrência. A de- pender do diferencial ofertado, com base em estratégias de marketing, o posicionamento melhora, e o público-alvo pode inclusive optar pelo produto mais caro. Conforme Peter e Olson (1996), a estratégia para um bom posiciona- mento é formar, na mente dos consumidores, uma imagem particular que os reaproxime da concepção do valor da marca, cuja função é ligar a posição da marca ao mix de marketing. Assim, compõe-se a fórmula: = ÷ Com base nessa fórmula, entende-se que o valor é o mínimo a ser gas- to para adquirir ou produzir algo com o uso, a estima e a quantidade re- querida. O posicionamento deve levar o cliente, portanto, a acreditar que adquirir o produto da empresa X, por exemplo, é de extrema necessidade, uma vez que ela se valeu de um produto que todos procuram por sua qua- lidade e posição de mercado (qualidade psíquica), dividindo isso em preço acessível e menor tempo para adquirir o produto em questão. O cliente busca novidades, produtos diferentes e qualidade, aliados ao preço. Nesse momento entra o posicionamento, pois a empresa de- finirá o seu sucesso no mercado por meio dele, o que ocorrerá quando seu produto satisfizer as necessidades e os desejos dos consumidores. http://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/rae/article/view/38174/36917 O artigo A busca da competitividade nas empresas, de Ricardo Motta, publicado na RAE-Revista de Administração de Empresas, em 1995, traz uma análise do cenário competitivo de um determinado período de nossa história, no qual é possível, por meio dos dados divulgados, comparar as informações com a realidade atual e, ainda, adotar estratégias para que as empresas continuem sendo competitivas e obtenham sucesso ao longo dos anos. Preço + tempo Valor Acesso em: 20 dez. 2019. http://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/rae/article/view/38174/36917 Posicionamento e vantagem competitiva 27 Vídeo As organizações precisam ter força no mercado, ter diferencial pe- rante a concorrência e entrar na mente dos consumidores. Para tanto, necessitam identificar o público-alvo, ou seja, localizá-lo e definir seu o perfil, criando estratégias que o leve a querer os seus produtos. Toda organização, conforme Porter (2005), pre- cisa saber seus pontos fortes e fracos para ajustar obstáculos de venda e ter vantagem competitiva, descobrindo, assim, posições fortes ou fracas tam- bém no setor de vendas. O consumidor sempre quer o melhor produto e o melhor preço, exigindo a superação das organi-zações. Para Kotler (1998 apud NEVES, 2001, p. 27), “é cada vez mais difícil agradar os clientes que que- rem produtos e serviços superiores, adaptados às suas necessidades, pelos menores preços e com ser- viços adicionais gratuitos”. Para isso, as organizações utilizam-se do posicionamento estratégico, que, de início, era considerado uma ferramenta exclusiva da propaganda. O posicionamento começa com o produto. Uma peça de merchandising, um serviço, uma empresa, uma instituição, ou mesmo uma pessoa. Mas posicionamento não é o que você faz com o produto. Posicionamento é o que você faz na mente do cliente em perspectiva, ou seja, você posiciona o produto na mente do consumidor em potencial. (RIES; TROUT, 2001, p. 56) Mais tarde, com o excesso de propagandas, o con- ceito de posicionamento estratégico mudou. Con- forme Ries e Trout (2001), havia o pensamento seletivo, ou seja, ao mercado-alvo atraía aquilo que lhe convinha, que achava realmente fazer a diferença possuir. O posicionamento está diretamente ligado, portanto, à percepção do cliente sobre o pro- duto ou serviço da organização em relação à concorrência, ou seja, o posicionamento perce- bido. Utilizar-se de programas de relacionamento m 2.2 Posicionamento estratégico Livro O livro Marketing de vantagem competitiva é um excelente recurso para aqueles que buscam estratégias, técnicas e elementos para serem competitivos no mercado em que atuam. O mate- rial apresenta conteúdo riquíssimo para você aplicar no seu dia a dia. FILHO, L. S. L. São Paulo: Editora Saraiva, 2017. m 28 Marketing Estratégico Figura 3 é uma estratégia das organizações para maior durabilidade e rentabili- dade de seus relacionamentos. Tendo em vista essas questões, são mui- tas as forças que podem influenciar o posicionamento em marketing, como mostra a Figura 3. Processo e condicionantes do posicionamento em marketing Fonte: Oliveira; Campomar, 2007, p. 7. O posicionamento percebido é o produto que resulta da análise de algum fator externo, levando a buscar estratégias do composto de marketing que viabilizem os posicionamentos almejados pelas empre- sas, tendo em vista a parcela de contribuição de todos os stakeholders. Infere-se, pois, que o posicionamento tem a contribuição de ele- mentos do composto de marketing, os quais fazem com que o cliente escolha determinados produtos e relacione a imagem de suas marcas com a dos concorrentes, verificando vantagens na compra. Por isso, utilizar estratégias de marketing viabiliza e otimiza os posicionamentos pretendidos pelas organizações. Posicionamento almejado Composto de marketing Marca Posicionamento percebido Processamento mental Público-alvo Outros públicos Regulamentação Concorrentes Capacidades da empresa Glossário stakeholders: conjunto de interessados em um projeto da organização, que podem ser donos, acionistas, fornecedores, empregados, investidores etc. São as partes envolvidas em algum processo, que se benefi- ciam mutuamente e, do mesmo modo, têm suas expectativas e demandas atendidas. F o rn e ce d o re s In te rm e d iá ri o s Posicionamento e vantagem competitiva 29 Identificar os concorrentes. Determinar a percepção dos concorrentes. Analisar a posição dos concorrentes. Selecionar a posição e monitorá-la. A abordagem mais básica de posicionamento exige que estejam muito claras as diferenças entre as marcas concorrentes, assim como suas semelhanças. Por meio do posicionamento estratégico, a organização torna o produto ou serviço atrativo para o cliente. Portanto, posicionar-se es- trategicamente é elaborar e ofertar a imagem organizacional, atrain- do o cliente-alvo pelos benefícios-chave e pela singularidade (KOTLER, 1999). Nesse caso, elabora-se uma oferta de produtos/serviços que sa- tisfaçam às necessidades de um mercado-alvo singular. Contudo, sempre se deve analisar o retorno e, se necessário, segun- do Trout e Rivkin (1996), fazer o reposicionamento. O consumidor neces- sita ser ouvido, já que suas ações se modificam e a tecnologia pode ficar ultrapassada. Conforme os referidos autores, houve a evolução da era do produto, em que se destacavam as singularidades e vantagens dele; depois, veio a era da imagem, sendo esta mais importante do que as singularidades; e, em seguida, a era do posicionamento, na qual tanto o que o produto oferece quanto sua imagem são importantes. Para que a estratégia de posicionamento seja possível, Aaker (2001) apresenta algumas etapas, mencionadas na Figura 4. Figura 4 Etapas do posicionamento estratégico Fonte: Elaborada pelos autores com base em Aaker, 2001, p. 40. 30 Marketing Estratégico Glossário produtos singulares: são bens que possuem uma diferenciação, não envolvendo comparações, pelos quais os consumidores estão dispostos a fazer um esforço extra de compra. Sugere-se que seja realizada a análise do posicionamento de um produto após identificar os fatores que impactarão a escolha dessa estratégia de marketing a ser adotada, neste caso o mercado-alvo; o estágio do ciclo de vida do produto; as prioridades da administração; os recursos disponíveis; e, por fim, as influências da concorrência. Em re- lação à elaboração de uma estratégia de posicionamento, os produtos podem ser singulares até uma altura, porém nem sempre as singula- ridades são relevantes ou trazem bons resultados, devido a mudanças nas preferências dos consumidores, novos entrantes no mercado etc., exigindo reposicionamento com base nas novas variáveis. Vídeo A vantagem competitiva, ou seja, o destaque e a superação da orga- nização no mercado, avançou no fim dos anos 1970, quando a concor- rência cresceu grandemente e as organizações viram a necessidade de estar à frente. Nos anos 1980, deu-se ênfase à competição, voltando-se a falar em vantagem competitiva como destaque. Vasconcelos e Cyrino (2000, p. 24) esclarecem que a vantagem com- petitiva “é o resultado da capacidade da [...] [empresa] em realizar efi- cientemente atividades, obtendo, dessa maneira, menores custos do que os seus concorrentes”. Além desse cuidado, as organizações de- vem ter como objetivo estruturar ações que criem valor de maneira diferenciada para seus clientes, respeitando-se a situação de mercado ao mesmo tempo que se obtêm ganhos significativos para o negócio. O início da vantagem competitiva reside nos recursos que a orga- nização acumulou em sua história e nas escolhas, isto é, opções estra- tégicas organizacionais adotadas no curto, médio e longo prazo. Com isso, a dinâmica de trabalho e a sua capacidade de adaptar-se às no- vas realidades empresariais permitem que a organização seja capaz de sustentar o negócio e diferenciar-se dos concorrentes. DmimmyGmzmmninmmmmmmmmmmmmm 2.3 Vantagem competitiva Posicionamento e vantagem competitiva 31 2.3.1 Planejamento e vantagem competitiva O planejamento organizacional é uma estratégia relacio- nada aos objetivos da organização. Envolve um plano estruturado e interligado às metas e aos princí- pios dela, tornando-a competitiva e com vanta- gem no mercado. Assim, a vantagem competitiva se dá quando a organização implementa uma boa estratégia, ou seja, quando agrega valor e ren- tabilidade acima da média do segmento. A vantagem competitiva, então, está ligada ao valor percebido pelo cliente nos produtos ou serviços ofertados pela organização, o que já a diferencia das outras, e às atividades singulares que só ela tem de melhor no segmento. Nesse caso, não há concorrência que possa fazer igual ou superá-las. Ações de marketing trazem para a organização uma grande vanta- gem competitiva, uma vez que atuam como um veículo que transfere conhecimentos e valoresaos clientes, para que desejem adquirir seus produtos ou serviços, influenciando diretamente o comportamento do consumidor. CONSIDERAÇÕES FINAIS Site No blog da Ahrefs é possível encontrar guias relacionados ao mercado de SEO. A vantagem com- petitiva não é decorrente apenas dos produtos ou do posicionamento no mercado, mas das compe- tências específicas para a criação desses produtos e para a competição em outros mercados. Esse blog apresenta conteúdos bastante importantes na era digital e de inovação, como o planejamento de palavras-chave e link building. Disponível em: https://ahrefs.com/ blog/. Acesso em: 17 fev. 2020. Para que as organizações tenham vantagem competitiva é necessário um planejamento, com foco competitivo, por meio de várias ferramentas. O po- sicionamento é uma delas, o qual é visto como fundamental por ser uma for- ma rápida e eficaz de obter o índice desejado de vendas e, ainda, por ter uma posição que ocupa a mente dos clientes, atendendo às suas necessidades e garantindo ganhos de mercado e rentabilidade. A estratégia de qualquer organização está pautada em tomadas de decisões conscientes e coordenadas, que a levarão à sobrevivência e ao sucesso no mercado. Conhecer o comportamento do cliente e po- sicionar o produto ou serviço de maneira assertiva aumenta a compe- titividade no mercado, posto que deixa claro onde a organização deve concentrar seus esforços. A n d mii Y m lm n mmyimmmmmmmmmmm m m 32 Marketing Estratégico A velocidade das mudanças no ambiente organizacional é elevada. A cada dia aparecem novos produtos, novos fabricantes e formatos de ne- gócios; por isso esse conhecimento é importantíssimo, para estabelecer um posicionamento competitivo adequado, trazendo lucros à organiza- ção e atendendo, com eficiência, às necessidades e aos desejos do cliente. ATIVIDADES 1. Qual a definição de praça em marketing? 2. Como o posicionamento de uma organização pode estimular o consumidor? 3. Por que a diferenciação no posicionamento traz vantagem competitiva? REFERÊNCIAS AAKER, D. A. Administração estratégica de mercado. 5. ed. Porto Alegre: Bookman, 2001. KOTLER, P. Conquistando clientes, mantendo-os e aumentando sua fidelidade. In: KOTLER, P. Marketing para o século XXI: como criar, conquistar e dominar mercados. São Paulo: Futura, 1999. KOTLER, P.; ARMSTRONG, G. Princípios de marketing. Rio de Janeiro: Prentice-Hall do Brasil, 2007. MAGGARD, J. P. Positioning revisited. Journal of Marketing, Nova Iorque, v. 40, n. 1, p. 63-66, jan. 1976. McCARTHY, E. J.; PERREAULT Jr., W. D. Marketing essencial: uma abordagem gerencial e global. São Paulo: Atlas, 1997. NEVES, M. M. Marketing social no Brasil: a nova abordagem na era da gestão empresarial globalizada. Rio de Janeiro: E-papers Serviços Editoriais Ltda., 2001. OLIVEIRA, B.; CAMPOMAR, M. C. Revisitando o posicionamento em marketing. Revista de Gestão USP, São Paulo, v. 14, n. 1, p. 41-52, jan./mar. 2007. Disponível em: www.revistasusp. sibi.usp.br/pdf/rege/v14n1/v14n1a4.pdf. Acesso em: 11 fev. 2020. PETER, J. P.; OLSON, J. C. Consumer behavior and marketing strategy. 4. ed. Chicago: Irwin, 1996. PORTER, M. E. Estratégia competitiva. Rio de Janeiro: Campus, 2005. RIES, A..; TROUT, J. Posicionamento: a batalha por sua mente. 20. ed. São Paulo: Makron Books, 2001. TROUT, J. ‘Positioning’ is a game people play in today’s me-too market place. Industrial Marketing, Chicago, v. 54, n. 6, p. 51-55, jun. 1969. TROUT, J.; RIVKIN, S . O novo posicionamento. São Paulo: Makron, 1996. VASCONCELOS, F. C.; CYRINO, Á. B. Vantagem competitiva: os modelos teóricos atuais e a convergência entre estratégia e teoria organizacional. Revista de administração de empresas, São Paulo, v. 40, n. 4, p. 20-37, out./dez. 2000. Disponível em: http://www.scielo. br/pdf/rae/v40n4/v40n4a03.pdf. Acesso em: 19 fev. 2020. Cenários competitivos e estratégia 33 3 Cenários competitivos e estratégia Atualmente, os clientes tendem a valorizar a qualidade de um produto ou serviço antes de outros atributos. Para atingir seus re- sultados organizacionais de médio e longo prazo, considerando-se os diversos cenários existentes, principalmente o da competitivi- dade desenfreada, as organizações devem visar a mudanças posi- tivas em relação à satisfação dos clientes, oferecendo aquilo que eles necessitam e desejam. Assim, as organizações lançam mão de muitas estratégias, como reduzir custos no processo de produção e aumentar a produtivi- dade, tornando-se, consequentemente, viáveis e competitivas. Para melhor compreensão dos cenários competitivos, serão apresentadas, neste capítulo, ferramentas da qualidade e uma es- tratégia organizacional que prioriza melhorias nos processos ope- racionais. Você conhecerá os modelos estratégicos e aprenderá a usá-los com o objetivo de potencializar essas abordagens, garantir excelentes resultados e aumentar o rendimento. A concorrência e a competitividade também serão abordadas no contexto da gestão de negócios globais. 3.1 Vídeo Cada vez mais as organizações vêm criando formas e processos para reduzir custos de produção, otimizando esforços e ampliando a quali- dade dos resultados. Uma dessas formas é o investimento na gestão centralizada, modelo em que as decisões são tomadas no topo da pirâ- mide organizacional, no nível estratégico, possibilitando maior nível de integração, uniformidade de decisões e ações, redução de custos etc. Estrutura organizacional 34 Marketing Estratégico Esse modelo de gestão, muito usado nas organizações, busca um reco- nhecimento consolidado da marca no mercado em relação ao valor e à satisfação do cliente, identificando e atingindo as necessidades dele. Para efetivar esse processo, a empresa precisa estar estruturada, posto que “as organizações fundamentam-se no fato de que o indivíduo sozinho é incapaz de satisfazer todas as suas necessidades” (SCHEIN, 1982, p. 10). Entende-se a estrutura organizacional “como a ordenação e o agrupamento de atividades e recursos, visando ao alcance de obje- tivos e resultados estabelecidos” (DJALMA, 2002, p. 84). Ainda, diversos autores reconhecem ser extremamente impor- tante a estrutura organizacional e sugerem diferentes maneiras de aplicá-la sem provocar prejuízos. Oliveira (2009, p. 79), por exem- plo, a conceitua como “o conjunto ordenado de responsabilidades, autoridades, comunicações e decisões das unidades organizacio- nais de uma empresa”. A organização de uma empresa reflete diretamente no cumprimen- to de seus objetivos. Sobre isso, Araújo e Garcia (2004, p. 132) ressaltam: a tarefa primordial da organização empresarial é satisfazer o con- sumidor, atendendo às suas necessidades, levando em conta seu bem-estar em longo prazo, respeitadas as exigências e limitações im- postas pela sociedade e atendidas as necessidades de sobrevivência e continuidade da organização. Há duas formas de estrutura organizacional, que precisam ser opera- das de maneira agregada para que os desfechos sejam positivos. São elas: 1. Formal: divisão burocrática que se remete ao reconhecimento da autoridade, responsabilidade, decisões, fatores tecnológicos, fato- res humanos, fatores ambientais e fatores estratégicos da empresa. 2. Informal: relações pessoais e sociais na empresa. Ela é de extre- ma importância porque mantém a cultura da empresa, e seus colaboradores tentam comportar-se de acordo com a cultura procurando não serem descartados pelos grupos sociais da em- presa. (OLIVEIRA, 2009, p. 70, grifos nossos) Observa-se, portanto, que as formas de estrutura organizacional abrangem elementos burocráticos e interpessoais. Nesse sentido, cabe considerar ser por meio da estrutura organizacional que “as ativida- des de uma organizaçãosão divididas, organizadas e coordenadas” Cenários competitivos e estratégia 35 (STONER; FREEMAN, 1995, p. 230), de modo que a gestão responsável por viabilizá-la deveria ponderar a respeito dela ao longo de toda a du- rabilidade da empresa. Não é possível, nesse contexto, mencionar estrutura sem conside- rar, portanto, o modelo de gestão organizacional adotado. Hemsley e Vasconcellos (2003) afirmam que gestão organizacional é consequên- cia da divisão de autoridade e determinação de atribuições. Sendo um conceito tão relevante, importa também mencionar a definição de Maximiano (2006, p. 265): organizar é o processo de dispor qualquer coleção de recursos em uma gestão que facilite a realização de objetivos. O processo de organizar tem como resultado a divisão de um todo em par- tes, segundo critério ou princípio de classificação. Um conjunto organizado segundo algum tipo de critério tem uma gestão. [...] O processo de organizar, ou processo de organização, cria uma gestão estável e dinâmica, que define o trabalho que as pessoas, como indivíduos ou integrantes de grupos, devem realizar. Essa gestão chama-se gestão organizacional. A partir da definição do modelo de gestão, para produzir a estrutu- ra organizacional, deve-se realizar uma pesquisa aprofundada sobre a empresa em sua totalidade. A estruturação organizacional [...] representa a otimizada orde- nação e alocação dos vários recursos (humanos, financeiros, ma- teriais, equipamentos, tecnológicos), visando alcançar objetivos, desafios e metas, bem como operacionalizar as estratégias esta- belecidas no processo de planejamento anteriormente elabora- do e implementado. (OLIVEIRA, 1992 p. 131) Os autores já citados afirmam que o êxito da organização está di- retamente ligado à sua estrutura, pois, com isso, as metas a que se propõe serão atingidas. A organização precisa, portanto, de “estrutura ou a rede de relações entre indivíduos e posições em um ambiente de trabalho e o processo pelo qual a estrutura é criada, mantida e usada” (KWASNICKA, 1995, p. 185). Todo espaço de trabalho requer uma harmonização com um clima favorável à negociação, aos debates e aos diálogos acerca do que fazer para melhorar a qualidade organizacional. Isso manterá a estrutura or- ganizacional preparada para a concorrência. 36 Marketing Estratégico Na sua estrutura formal, a organização utiliza a divisão entre departamentos para delegar a cada um o que fazer. Assim, serão agrupadas “atividades em frações organizacionais definidas se- gundo um dado critério, visando à melhor adequação da estrutu- ra organizacional e sua dinâmica de ação” (ARAÚJO; GARCIA, 2004, p. 38). É instituída, então, a departamentalização, que, por definir a hierarquia e os setores da empresa, é um componente importante da estrutura organizacional. Segundo Chiavenato e Sapiro (2003), a departamentalização é alusi- va ao tamanho da empresa e sua complexidade. Quando uma empresa é grande, o dono ou diretor não consegue supervisionar as atividades de todos os seus colaboradores. Sendo assim, existem múltiplos execu- tivos encarregados de diferentes setores. Lacombe (2009, p. 201) define a departamentalização como a “subdivisão de um órgão em unidades menores; nesse caso, nem o órgão dividido nem os resultantes da divisão precisam ter o nível de departamento”. Para Oliveira (2009, p. 101), por sua vez, “departamen- talização é o agrupamento, de acordo com um critério específico de homogeneidade, das atividades e correspondentes recursos (huma- nos, financeiros, tecnológicos, materiais e equipamentos) em unidades organizacionais”. O método mais utilizado pelas empresas é a departamentalização funcional. Conforme Chiavenato (2000), ela se compõe da junção de tarefas segundo as incumbências principais da empresa. O autor tam- bém destaca as diversas vantagens da departamentalização funcional: a. Permite agrupar os especialistas com uma única chefia comum; b. Garante o máximo da utilização das habilidades técnicas; c. Permite economia de escala pela utilização integrada de pes- soas, máquinas e produção em massa; d. Orienta as pessoas para uma atividade específica; e. Indicada para empresas estáveis com tarefas rotineiras; f. Aconselhada para empresas que tenham produtos ou serviços que permaneçam inalterados por longo tempo; g. Reflete um dos mais altos níveis de autoorientação de uma or- ganização e de introversão administrativa. (CHIAVENATO, 2000, p. 122) Além das vantagens, Chiavenato (2000, p. 122) aponta as fragilida- des da departamentalização funcional, as quais precisam ser estuda- das de acordo com cada empresa: Cenários competitivos e estratégia 37 a. Os esforços ficam concentrados nas especialidades em detri- mento do objetivo global da empresa; b. Inadequada para tecnologias inovadoras; c. Dificulta a adaptação e flexibilidade a mudanças externas; d. Reduz a cooperação interdepartamental e cria barreiras entre departamentos em razão da ênfase nas especialidades. (CHIAVENATO, 2000, p. 122) Nota-se que, embora existam benefícios com a departamentaliza- ção, há pontos negativos que devem ser analisados em cada empre- sa. Seja qual for o método adotado, contudo, a departamentalização precisa existir em todas as empresas. Graças a ela, os procedimentos podem se tornar mais eficientes, além de conferir clareza em relação à centralização de poderes. Toda organização é configurada de acordo com sua estrutura. Para uma empresa começar sua jornada já organizada e com menos chan- ces de falir, é imprescindível ter um organograma, representado na fi- gura a seguir: Figura 1 Modelo de organograma Para ter pleno conhecimento da configuração de sua empresa, é importante ao gestor ter um recurso gráfico. O organograma cumpre essa necessidade: Criado essencialmente para dar representação gráfica às relações entre cargos na organização, o organograma tem basicamente Z e n ta n g le /S h u tt er st o ck 38 Marketing Estratégico duas partes interligadas: linhas e retângulos, sendo que o primei- ro representa o fluxo de autoridade na organização, e o último, os cargos entre os quais flui a autoridade. (BALCÃO, 1965, p. 108) Lacombe (2009) afirma que o organograma possibilita reconhecer falhas na estrutura e, assim, encontrar uma saída para os problemas. Já Cury (2007) aponta ser um recurso que demonstra com clareza a hierar- quia da empresa, possibilitando que os colaboradores e clientes saibam a quem recorrer em caso de problemas. Por fim, para que uma organização atinja seus objetivos a médio e longo prazos, é altamente recomendado um controle das ações das pes- soas envolvidas nas tarefas, cabendo ao gestor imediato acompanhar a atuação delas e o cumprimento das responsabilidades inerentes e que impactam diretamente a área de marketing e vendas, bem como o respeito aos níveis de autoridade, uma vez que cada um tem seu papel estratégico e contribui sobremaneira no alcance das ações de marke- ting. Diante do exposto, faz-se necessário o estudo da estrutura orga- nizacional, devido a sua influência na eficiência das ações de marketing na organização. O caminho trilhado com o envolvimento de todas as áreas, respeitando-se suas atribuições, dessa forma, maximizará os re- cursos, monetários e de tempo, principalmente para, diante da concor- rência acirrada, conquistar clientes e mantê-los conectados ao modelo do negócio. 3.2 Vídeo Em toda organização há fatores externos e internos que podem influenciar negativa ou positivamente o seu desenvolvimento. É ne- cessário, nesse sentido, compreender onde e quais fatores estão agindo para solucionar os obstáculos enfrentados pela organização. O papel do posicionamento estratégico pode influenciar a satisfa- ção e a competitividade mercadológica, e ele envolve mudanças ado- tadas pelas organizações.É imprescindível um método de informação integrado ao processo estratégico para manter todos informados a respeito do que acontece e, também, para atrair e/ou fidelizar clientes. Com as informações gerenciais econômica, financeira e patrimonial da organização, com a análise do que deu errado e a previsão de aconte- cimentos, ou seja, demonstrando pontos fracos e fortes de cada setor, diminuem-se gastos e perdas desnecessários. Análise dos cenários e tendências Cenários competitivos e estratégia 39 Internet das Coisas (IoT): a IoT auxilia a organização a planejar suas estratégias de marketing. Muitas empresas já utilizam esse recurso analisando o comportamento do consumidor em relação aos seus produtos, permitindo que os profissionais de marketing definam melhor o foco das campanhas publicitárias. O papel do posicionamento estratégico é trazer para a organiza- ção a estabilidade dos processos internos e externos, satisfazendo colaboradores e clientes, uma vez que assessora os gestores na definição do melhor conjunto de diretrizes para o cumprimento de sua missão. Assim, a organização deve dispor das análises neces- sárias para aplicar a melhor ação. 3.3.1Análise dos cenários Quando a organização busca estratégias de marketing, precisa analisar o cenário mercadológico, isto é, verificar para que serve seu negócio, o que a concorrência está propondo e, principalmen- te, quais são as necessidades dos consumidores. Conhecer o con- corrente é essencial na análise de cenários. Isso implica à organização avaliar seu negócio, isto é, seu core business, sua atividade central, aquilo que mais gera valor a ela. Saber seu core business ajuda na compreensão de como se posicionar no cenário mercadológico. Depois, é necessária a percepção do diferencial de sua marca. É essencial analisar os cenários dos consumidores e, para isso, há al- gumas tendências na área de marketing, tais como as explicadas a seguir: Big Data: é uma ferramenta de marketing que permite visualizar o que o cliente potencial quer, seus anseios, como é seu estilo de compra, ou seja, que verifica o perfil do público-alvo, do mercado e da concorrência. Por meio dessa ferramenta, revelam-se padrões que podem garantir vantagens competitivas. A organização, então, deve investir em inteligência de mercado. Realidade aumentada: é uma ferramenta que muitas organizações utilizam. Por meio da realidade virtual aumentada, é possível ter uma melhor precisão do serviço feito ou de como é o produto a ser comprado. Assim, as ações de marketing podem ser bem mais precisas. 40 Marketing Estratégico As tendências na área de marketing superam a visão limitada acerca de estratégias, buscando alcançar novos mercados. Toda organização precisa utilizar ferramentas para sobreviver no merca- do, e, dessa forma, deve adaptar-se para atender às necessidades e aos desejos dos clientes. 3.3 Vídeo Para compreender modelos estratégicos, convém antes definir es- tratégia. No planejamento, a estratégia norteia determinada organiza- ção em ações e políticas que contribuirão para atingir seus objetivos (QUEIROZ et al., 2011). Slack, Chambers e Johnston (2009 apud QUEIROZ et al., 2011, p. 2), no contexto de uma organização, compreendem estratégia como “[...] um conjunto de princípios gerais que guiarão seu pro- cesso de tomada de decisões”. Assim, para Queiroz et al. (2011, p. 42), “o desenvolvimento de uma estratégia é fundamental para que uma organização se mantenha viva em seu nicho, afinal de contas, permite prever mudanças e perceber novas oportunidades que podem ser decisivas no futuro”. Para Lakhal, Pasin e Limam (2006), assim como para Battikha (2003), uma vez que o cliente satisfeito fideliza-se, é possível relacionar a qua- lidade aos produtos e serviços de uma organização. Quando há gestão da qualidade, os colaboradores consequentemente desempenharão melhor seus papéis, levando a empresa a ser destaque competitivo. Conforme Juran e Gryna (1991 apud OLIVEIRA et al., 2011, p. 73), “para a maioria dos clientes, qualidade relaciona-se às características do produto que atendem suas necessidades. Além disso, qualidade quer dizer ausência de falhas, bem como um bom serviço ao cliente [...]. Uma definição abrangente para isso é ‘adequação ao uso’”. Ao pensar em modelos estratégicos, portanto, uma gestão volta- da para a qualidade visa padronizar processos nos quais, ao planejar e controlar, otimiza-se a qualidade de seus produtos e serviços. Para Srdoc, Sluga e Bratko (2005), cabe às organizações encontrar meios es- tratégicos que priorizem a qualidade em tudo que for decidido, alcan- çando e mantendo a qualidade de seus processos, produtos e serviços. Definição de modelos estratégicos Cenários competitivos e estratégia 41 Assim, para que se destaquem no mercado, é necessário que elas te- nham uma estratégia competitiva. 3.4.1 Cinco forças competitivas de Porter Ao refletir sobre modelos estratégicos e vantagem competitiva, é importante destacar as forças competitivas do ambiente propostas por Porter (2004). Essas forças definem o posicionamento estratégico como meio de superar a concorrência por liderar o custo total, ter dife- rencial e enfoque. A liderança no custo total ocorre quando a organização oferece produtos ou serviços de baixo custo, menor que o da concorrência. O diferencial é a produção de produtos e serviços com valor agre- gado, considerados únicos quando comparados aos da concorrência (PORTER, 1996). Por fim, ter enfoque é direcionar-se a um grupo com- prador específico, trabalhar com uma única linha de produtos ou único mercado geográfico no campo de atuação (PORTER, 2004). O enfoque pode incorporar tanto a diferenciação quanto a liderança no custo. Diante desse contexto, Porter (2004) determina cinco forças competitivas: • Rivalidade entre concorrentes: verificar o grau de competição da concorrência. • Poder de barganha dos fornecedores: facilitar a compra de matéria-prima para reduzir custos de produção. • Poder de barganha dos clientes: facilitar a venda dos produtos ou serviços com preços, atendimento, entre outros fatores de in- teresse dos clientes. • Ameaça de novos concorrentes: estar antenado às tendências de mercado para atrair cada vez mais clientes e reter aqueles já existentes. • Ameaça de novos produtos ou serviços: estar atento a novos produtos ou serviços para que não se tornem ultrapassados. As forças competitivas auxiliam a organização a descobrir o que é menos oneroso e a se antecipar às expectativas dos clientes. Estar atento às forças apresentadas é estar à frente no mercado. 42 Marketing Estratégico 3.4.2 Matriz SWOT A qualidade está ligada às ferramentas para controle, melhoria e planejamento. Essas ferramentas são utilizadas na otimização dos pro- cessos, levando o gestor a executar com qualidade o trabalho com seus produtos e serviços. Com elas, controla-se e otimiza-se a tomada de decisões, antecipan- do respostas que levem a sanar os problemas que possam interferir no bom desempenho dos processos de trabalho (VIEIRA, 1999). Entre as ferramentas de qualidade encontradas para otimizar os se- tores organizacionais, destaca-se a matriz SWOT por possibilitar que o gestor faça uma análise para identificar as forças e fraquezas da sua organização, sendo, atualmente, uma das ferramentas mais utilizadas na gestão estratégica competitiva (CHIAVENATO; SAPIRO, 2003). Veja, a seguir, o significado da sigla SWOT: Chiavenato e Sapiro (2003) explicam que esse modelo analisa o que é oportuno e qual ameaça externa poderá atingir a organização com seus pontos fortes e fracos. De acordo com Bicho e Baptista (2006, p. 76), “a análise SWOT corresponde à identificação por parte de uma organização e de forma integrada dos principaisaspectos que caracte- rizam a sua posição estratégica num determinado momento, tanto a nível interno como externo”. b u ff al o b o y/ S h u tt e rs to c k Cenários competitivos e estratégia 43 Quadro 1 Exemplo de uso de Matriz SWOT Análise externa Análise interna Oportunidades Ameaças Pontos fortes Política de ação ofensiva ou aproveitamento: área de domínio da empresa Política de ação defensiva ou enfrentamento: área de risco enfren- tável Pontos fracos Política de manutenção ou melhoria: área de aproveitamento potencial Política de saída ou desativação: área de risco acentuado Fonte: Chiavenato; Sapiro, 2003, p. 188. Por meio da análise SWOT interna e externa, são apresentados pon- tos que podem afetar negativamente a iniciativa organizacional, levan- do o gestor a buscar novas estratégias para administrá-los. A análise SWOT deve ser feita e interpretada de forma integra- da, conjugando os elementos da análise interna e externa, por forma a que o diagnóstico que dela resulta seja fiável e constitua uma fonte de informação e suporte adequada às necessidades da gestão estratégica, que se ocupa das decisões que vão no fundo delinear o futuro a médio e longo prazo da organização. (BICHO; BAPTISTA, 2006, p. 65) A matriz SWOT é fundamental, portanto, para definir estratégias e planos de ação com base nas forças, fraquezas, oportunidades e ameaças de uma organização. Praticá-la constantemente – embora trabalhoso – certamente trará uma melhor visão ao gestor sobre como está o cenário (ou análise de ambiente) de sua organização. Tendo em mãos os pontos fortes e fracos de sua organização, assim como as oportunidades e as ameaças, o gestor pode repen- sar estratégias para manter a organização no mercado. A matriz SWOT é peça-chave para a sustentabilidade das atividades realiza- das, bem como para uma gestão de qualidade. Uma empresa será competitiva se proporcionar a satisfação total de seu cliente. Porter (2004) comenta que, para isso, deve-se focar o desempenho da organização, utilizando-se de estratégias para atingir os objetivos esperados. Vídeo Toda organização, devido à concorrência, busca inovações para atender cada vez melhor aos clientes. Portanto, utilizar ferramentas como a matriz SWOT otimiza o planejamento estratégico. No vídeo Matriz SWOT – O que é a Martriz SWOT? Como funciona a Matriz SWOT?, publicado pelo canal Instituto Montanari, são apresentados conceitos e como utilizar essa matriz para obter mais subsídios na área de estratégia organizacional. Disponível em: https://youtu.be/ MsTg-stkOo8. Acesso em: 20 fev. 2020. 44 Marketing Estratégico Ao pensar em modelos estratégicos, portanto, a gestão da quali- dade tornou-se fator competitivo para as empresas. Conforme apon- ta Feigenbaum (1994, p. 8), “qualidade é a correção dos problemas e de suas causas ao longo de toda a série de fatores relacionados com marketing, projetos, engenharia, produção e manutenção, que exercem influência sobre a satisfação do usuário”. O cliente procurará a organiza- ção buscando qualidade nos produtos. A matriz SWOT ajuda o gestor a analisar os pontos fortes e fracos da organização, tanto interna quanto externamente, e a apontar o melhor planejamento de estratégias visando atender ao cliente com o máximo de qualidade possível. É uma ferramenta estratégica fortemente reco- mendada para o direcionamento das ações da organização. 3.4.3 Matriz de crescimento de produto-mercado de Ansoff Para a melhoria da qualidade, é possível utilizar a matriz de cresci- mento de produto-mercado de Ansoff, conhecida também como matriz produto-mercado. As duas dimensões dessa matriz, produto e mercado, têm quatro possíveis estratégias que, conforme Kotler e Armstrong (1998), são: Penetração de mercado: toda organização busca aumento de penetração de mercado, vendendo mais para os clientes existentes, sem alteração dos seus produtos e valendo-se de melhor preço, promoção, atendimento e pós-venda. Desenvolvimento de produto: a inovação é ponto-chave para vender. Assim, inovar modificando os produtos já existentes, reinventando-os ou criando- os do zero, pode levar ao aumento do volume de venda para os clientes atuais. Diversificação: a proposta é abrir novos negócios com novos mercados. Pode haver a identificação de um mercado emergente. É arriscada, mas uma boa alternativa. Desenvolvimento de mercado: tentativa de colocar seus produtos ou serviços em novos mercados sem alterá-los, estimulando novos clientes a comprar os produtos existentes. Isso pode ser feito por meio de publicidade. Cenários competitivos e estratégia 45 As organizações precisam atender aos seus clientes da melhor maneira e, para tanto, necessitam conhecer a sua realidade e focar o produto e o mercado, direcionando-se para o crescimento contínuo. Assim, a matriz de Ansoff oferece suporte às tomadas de decisão, pos- sibilitando ao gestor otimizar seus programas de qualidade. 3.4.4 Matriz BCG A matriz BCG é assim chamada por ter sido Bruce Henderson, do Boston Consulting Group, seu criador. É uma matriz que analisa o cresci- mento e a participação organizacional, como mostra o quadro a seguir. Quadro 2 Esquema conceitual da matriz BCG Participação relativa de mercado Alta Baixa C re s c im e n to d o m e rc a d o A lt o Estrela Em questionamento B a ix o Vaca leiteira Abacaxi Fonte: Adaptado de Barney; Hesterly, 2011, p. 46. Segundo Kotler (2006), no eixo vertical do quadro está a taxa de crescimento anual do produto no mercado, sendo a sua variação de 0 a 20%. O eixo horizontal, por sua vez, sinaliza a participação do pro- duto no mercado em relação ao seu maior concorrente. Este eixo ana- lisa estrategicamente as opções de alocação financeira organizacional. Curiosidade Boston Consulting Group é uma empresa fundada em 1963, que atua com consultoria empresarial em estratégia de negócios. Está presente no Brasil há mais de 20 anos, com escritórios em São Paulo e Rio de Janeiro, e em outras localidades no mundo todo. 46 Marketing Estratégico Quanto aos quadrantes, tem-se: • Estrela: refere-se aos produtos que precisam de investimentos constantes para se destacarem dos concorrentes. Apesar disso, são responsáveis por trazer retorno à empresa. • Em questionamento: refere-se aos produtos em fase de lança- mento, que normalmente não apresentam dados úteis para tra- çar o caminho a seguir. São apostas das empresas. • Vaca leiteira: envolve produtos que não demandam muito esfor- ço de marketing e vendas, pois já possuem reputação e qualidade percebida pelos clientes. • Abacaxi: refere-se aos produtos com baixa participação em um mercado maduro, sem crescimento aparente. Importante lembrar que a análise da Matriz BCG deve ser realizada mais de uma vez, pois ocorrem muitas mudanças de cenários na área de Vendas. Por exemplo, um produto que hoje é vaca leiteira amanhã pode virar um abacaxi. A matriz BCG tornou-se ferramenta de marketing na tomada de decisões. Com ela, é possível classificar os produtos de uma determina- da empresa de acordo com seu potencial, permitindo uma análise do portfólio de produtos, visando a uma melhor distribuição de recursos. 3.4.5 Matriz VRIO A matriz VRIO analisa se um negócio tem recursos valiosos, raros e difíceis de imitar, podendo demonstrar sua vantagem competitiva. Além disso, pode analisar casos e cenários de negócios por meio de posicionamento estratégico e visão baseada em recursos. Ao analisar os recursos da organização, é possível estabelecer uma ordem construindo uma estrutura para transformá-los em fontes de vantagem competitiva, bloqueando ameaças advindas
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