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Controle Higiênico e Sanitário dos Alimentos SANITIZAÇÃO Juliana Araujo Brasil Universidade Estácio de Sá Campos dos Goytacazes/RJ SANITIZAÇÃO É importante que os procedimentos de higienização não interfiram nas propriedades nutricionais e sensoriais dos alimentos, mas garantam a preservação de sua pureza e suas características microbiológicas. SANITIZAÇÃO QUALIDADE DA ÁGUA O fornecimento de água de boa qualidade é essencial ao funcionamento das empresas alimentícias, sendo usada não só na operação de limpeza e desinfecção, mas também no processamento, na transferência de calor, produção de vapor, entre outros. SANITIZAÇÃO QUALIDADE DA ÁGUA A dureza da água utilizada para limpeza é muito importante. Na dependência dos sais dissolvidos, a dureza pode ser: Temporária presença de carbonatos e bicarbonatos de cálcio e magnésio, a qual pode ser eliminada por aquecimento, ebulição. Permanente presença de cloretos, sulfatos e nitratos de cálcio e magnésio, que necessita de tratamentos especiais para serem eliminados. SANITIZAÇÃO QUALIDADE DA ÁGUA A dureza total da água é obtida pela soma dos dois tipos anteriores. Em relação à dureza, a água pode ser assim classificada: Água mole 0 a 60ppm. Água moderadamente dura 60 a 120ppm. Água dura 120 a 180ppm. Água muito dura mais que 180ppm. SANITIZAÇÃO TIPOS DE SUPERFÍCIES, CARACTERÍSTICAS E CUIDADOS ESPECÍFICOS SUPERFÍCIE CARACTERÍSTICAS CUIDADOS Madeira Permeável à umidade, gordura e óleo; difícil manutenção; é destruída por alcalinos. Difícil de higienizar. Aço carbono Detergentes ácidos e alcalinos clorados causam corrosão. Devem ser galvanizados ou estanhados; usar detergentes neutros. Estanho Corroído por alcalinos e ácidos. Superfícies estanhadas não devem entrar em contato com alimento. Concreto Danificado por alimentos ácidos e agentes de limpeza. Deve ser denso e resistente a ácidos. (continua) SANITIZAÇÃO SUPERFÍCIE CARACTERÍSTICAS CUIDADOS Vidro Liso e impermeável. Danificado por alcalinos fortes e outros agentes de limpeza. Deve ser limpo com detergente neutro ou de média alcalinidade Tinta Depende da técnica de aplicação; danificado por agentes alcalinos fortes; Algumas tintas são adequadas à indústria de alimentos. Borracha Não deve ser porosa; não esponjosa. Não afetada por alcalinos fortes; não atacadas por solventes orgânicos e ácidos fortes. Pode apresentar danos quando se usam soluções de ácido nítrico a temperaturas superiores a 70º C. Aço inoxidável Geralmente resistente à corrosão; superfície lisa e impermeável, resistente à oxidação a altas temperaturas; facilmente higienizados. É caro. Certos tipos podem ser corroídos por halogênios. Fonte: Marriot (1989) apud Andrade e Macêdo (1996) SANITIZAÇÃO RESÍDUO, SOLUBILIDADE, REMOÇÃO E ALTERAÇÃO PELO CALOR SANITIZAÇÃO De modo geral, a limpeza e desinfecção estão baseadas em 4 operações: PRÉ-LAVAGEM LIMPEZA COM DETERGENTES ENXÁGUE DESINFECÇÃO SANITIZAÇÃO PRÉ-LAVAGEM A pré-lavagem visa à redução da quantidade de resíduos presentes nas superfícies dos equipamentos e utensílios. Usando apenas água, esse processo geralmente promove a remoção de aproximadamente 90% dos resíduos solúveis em água. A temperatura ideal para a utilização da água é de aproximadamente 40oC, pois, quando excessivamente quente, desnatura proteínas, e quando fria pode provocar a solidificação de gorduras. SANITIZAÇÃO PRÉ-LAVAGEM A ação mecânica da água é responsável pela remoção de resíduos não solúveis e diminuição da carga microbiana das superfícies. Em certos casos, quando não é possível o uso da água para esse fim, pode-se realizar a redução de resíduos mais grosseiros com uma simples raspagem (ação mecânica) da superfície. SANITIZAÇÃO LIMPEZA COM DETERGENTES O uso de solução detergente em contato direto com as sujidades tem como objetivo separá-las das superfícies a serem higienizadas, dispersá-las no solvente e prevenir nova deposição sobre as superfícies. SANITIZAÇÃO LIMPEZA COM DETERGENTES Para alcançar a eficácia desejada na limpeza, é necessário que se conheçam as características dos detergentes, bem como suas condições de emprego, como: qual o tipo de sujidade a ser removida; em que superfície a sujidade se encontra; qual a forma de aplicação do detergente, se é possível para o processo em questão. SANITIZAÇÃO LIMPEZA COM DETERGENTES Um bom detergente deve ser: Emulsificador para dispersar as gorduras. Solvente para dissolver resíduos de alimentos, sobretudo proteínas. Emoliente para umedecer os utensílios que serão limpos. Agente de dispersão para lavar tanto em água branda como em dura. Muito solúvel para ser eliminado completamente na água de enxágue. Inofensivo para o homem atóxico, não corrosivo e econômico. SANITIZAÇÃO LIMPEZA COM DETERGENTES TIPOS DE DETERGENTES DETERGENTES ALCALINOS DETERGENTES ÁCIDOS DETERGENTES TENSOATIVOS SANITIZAÇÃO LIMPEZA COM DETERGENTES DETERGENTES ALCALINOS Promovem o deslocamento de resíduos por emulsificação, saponificação e peptização. Removem os resíduos proteicos e gordurosos das superfícies, além de ter propriedades germicidas. Sua aplicação é sempre efetuada na concentração de 1 a 2% em água a 80ºC. SANITIZAÇÃO LIMPEZA COM DETERGENTES DETERGENTES ALCALINOS Exemplos: hidróxido de sódio (soda cáustica); hidróxido de potássio; metassilicato; ortossilicato e sesquissilicato de sódio. O carbonato e bicarbonato de sódio são exemplos de álcalis fracos (fornecem ânions OH-) e são usados para remover resíduos orgânicos. SANITIZAÇÃO LIMPEZA COM DETERGENTES DETERGENTES ÁCIDOS A aplicação de agentes ácidos é efetuada quando existe a possibilidade de formação de incrustações minerais como as água dura, depósitos calcários ocasionados por álcalis entre outros, os quais não são removidos por detergentes alcalinos. As soluções ácidas são produtos compostos de ácidos orgânicos e inorgânicos que podem ser usados individualmente ou em combinações. SANITIZAÇÃO LIMPEZA COM DETERGENTES DETERGENTES ÁCIDOS O íon hidrogênio (H+) confere atividade aos ácidos, no entanto é extremamente corrosivo para metais, particularmente ferro galvanizado e aço inoxidável. ÁCIDOS FORTES INORGÂNICOS CLORÍDRICO SULFÚRICO NÍTRICO FOSFÓRICO ORGÂNICOS LÁTICO GLUCÔNICO CÍTRICO TARTÁRICO LEVULÍNICO HIDROXIACÉTICO SANITIZAÇÃO LIMPEZA COM DETERGENTES DETERGENTES ÁCIDOS Os ácidos orgânicos são produtos caros. Os ácidos fortes são usados somente em condições especiais, como no caso de superfícies muito incrustadas, mas sempre tomando precauções de manuseio. SANITIZAÇÃO LIMPEZA COM DETERGENTES DETERGENTES TENSOATIVOS São aqueles que modificam a tensão superficial em interfaces líquido-líquido, líquido-gás e sólido-líquido. Apresentam geralmente em sua fórmula grupos polares hidrofílicos, ou seja, com afinidade pela água, e grupos não polares lipofílicos, ou seja, com afinidade por óleos e gorduras, que os tornam agentes capazes de reduzir a tensão superficial. SANITIZAÇÃO LIMPEZA COM DETERGENTES DETERGENTES TENSOATIVOS Assim, os tensoativos são conhecidos também como detergentes sintéticos, umectantes, umedecedores, emulsificantes ou agentes de molhagem, entre outros. Os agentes emulsificantes permitem a dispersão de dois líquidos não miscíveis e os molhantes, uma melhor penetração de líquidos em resíduos sólidos. SANITIZAÇÃO LIMPEZA COM DETERGENTES DETERGENTES TENSOATIVOS (SURFACTANTES) ANIÔNICOS CATIÔNICOS NÃO IÔNICOS ANFÓTEROS SANITIZAÇÃO LIMPEZA COM DETERGENTES DETERGENTES TENSOATIVOS ANIÔNICOS São aqueles que se dissociam em solução, sendo o íon negativo a forma ativa. Nesse grupo está incluída a maioria dos detergentes comerciais. SANITIZAÇÃO LIMPEZA COM DETERGENTES DETERGENTES TENSOATIVOS CATIÔNICOS São aqueles que, ao se dissociarem em solução, apresentam um íon positivo ativo. São compostos mais eficientes como germicidas que como detergentes. Os compostos de amônio quaternáriosão seus principais representantes. SANITIZAÇÃO LIMPEZA COM DETERGENTES DETERGENTES TENSOATIVOS NÃO IÔNICOS São detergentes que não se ionizam em soluções aquosas. São compatíveis com tensoativos aniônicos e catiônicos, participando de diversas formulações. No entanto, muitos apresentam-se na forma pastosa ou de líquido denso, o que dificulta sua utilização nas formulações de detergentes. SANITIZAÇÃO LIMPEZA COM DETERGENTES DETERGENTES TENSOATIVOS ANFÓTEROS Substâncias com características de liberar carga elétrica positiva ou negativa dependendo do pH do meio. Carga positiva pH ácido. Carga negativa pH básico. SANITIZAÇÃO ENXÁGUE Depois da lavagem com detergentes, os equipamentos devem ser enxaguados com água limpa para remover resíduos suspensos e traços dos componentes de limpeza, caso contrário esses resíduos interferirão na etapa subsequente, a desinfecção. Quando possível, o enxágue deve ser efetuado a temperatura elevada (acima de 70ºC). Isso favorece a eliminação de microrganismos e facilita a evaporação da água das superfícies. SANITIZAÇÃO DESINFECÇÃO É a última e indispensável etapa de um fluxograma geral de higienização. Visa à eliminação de microrganismos patogênicos e redução de alteradores, até níveis considerados seguros, nas superfícies de equipamentos e utensílios. As etapas anteriores do procedimento de higienização, de modo geral, reduzem a carga microbiana, mas não a índices considerados satisfatórios. SANITIZAÇÃO DESINFECÇÃO Um equipamento que não tenha sido adequadamente limpo não poderá ser desinfetado com eficiência, pois resíduos remanescentes protegerão os microrganismos da ação do agente desinfetante, ou seja, este por si só não é capaz de corrigir falhas das etapas anteriores do processo de higienização. Resíduos orgânicos inativam a maioria dos princípios ativos utilizados nas formulações dos desinfetantes, reduzindo a ação antimicrobiana destes. SANITIZAÇÃO DESINFECÇÃO Equivale dizer que o resultado da desinfecção tem uma relação direta com a qualidade da limpeza. Outros fatores influenciam a eficácia dos desinfetantes e devem ser considerados: Concentração de uso; Qualidade da água; Tempo de contato; Temperatura; pH; Espécies de microrganismos; Grau de contaminação; Tolerância ou resistência ao desinfetante; Tipo de superfície. SANITIZAÇÃO DESINFECÇÃO Em razão disso, os melhores resultados de desinfecção muitas vezes são obtidos com o uso de mais de um tipo de desinfetante, cada um adequado para cada situação, ou com sua utilização alternada (rodízio). SANITIZAÇÃO DESINFECÇÃO DESINFECÇÃO MEIOS FÍSICOS CALOR RADIAÇÃO ULTRAVIOLETA MEIOS QUÍMICOS COMPOSTOS CLORADOS COMPOSTOS IODADOS BIGUANIDA ÁCIDO PERACÉTICO COMPOSTOS QUATERNÁRIOS DE AMÔNIO PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO SANITIZAÇÃO DESINFECÇÃO MEIOS FÍSICOS CALOR VAPOR ÁGUA QUENTE AR QUENTE SANITIZAÇÃO DESINFECÇÃO MEIOS FÍSICOS CALOR Vapor jatos de vapor a 77ºC durante 15 minutos; a 93ºC durante 5 minutos; ou ainda pelo uso do vapor direto durante 1 minuto. Água quente recomendada uma exposição de 2 minutos a 77ºC no caso de xícaras e utensílios e de 5 minutos a 77ºC no caso de equipamentos de processamento de alimentos. Ar quente exposição durante 20 minutos a 90ºC. SANITIZAÇÃO DESINFECÇÃO MEIOS FÍSICOS RADIAÇÃO ULTRAVIOLETA Usada para a redução de microrganismos em áreas de processamento, laboratórios, câmaras e fluxos laminares para microbiologia e em plástico para embalagens de leite. São de custo elevado por causa do consumo de energia elétrica e sua eficiência decresce com o tempo de utilização, devendo ser substituídas a cada 6 meses de utilização. Como vantagens, não conferem sabores indesejáveis aos alimentos nem apresentam efeito residual, atuam somente de modo superficial. SANITIZAÇÃO DESINFECÇÃO MEIOS QUÍMICOS São muito usados na prática, principalmente por razões econômicas, destacando-se o uso dos compostos clorados, iodados e quaternários de amônio, como agentes químicos ativos, ou biocidas, presentes nos produtos desinfetantes. SANITIZAÇÃO DESINFECÇÃO MEIOS QUÍMICOS COMPOSTOS CLORADOS O cloro é o desinfetante mais usado. Para minimizar a instabilidade dos compostos clorados, particularmente dos inorgânicos, a indústria de alimentos deve armazenar os produtos comerciais em recipientes escuros, bem fechados, em locais bem ventilados e de temperaturas não elevadas para que não haja diminuição do teor de cloro residual. SANITIZAÇÃO DESINFECÇÃO MEIOS QUÍMICOS COMPOSTOS CLORADOS O contato com a luz decompõe os produtos clorados, e a temperatura elevada provoca sua volatização. Tanto os compostos clorados inorgânicos quanto os orgânicos podem participar de formulações com substâncias detergentes, desde que haja compatibilidade entre eles, ou seja, não haja inativação ou redução da eficiência dos princípios ativos. Tais formulações originam os detergentes-desinfetantes à base de cloro. SANITIZAÇÃO DESINFECÇÃO MEIOS QUÍMICOS COMPOSTOS CLORADOS A ação germicida do cloro e seus derivados, excetuando-se o dióxido de cloro, efetua-se por meio do ácido hipocloroso. Ácido hipocloroso é considerado como a forma ativa do cloro com ação antimicrobiana, verifica-se que a quantidade desse composto depende do pH da solução. SANITIZAÇÃO DESINFECÇÃO MEIOS QUÍMICOS COMPOSTOS CLORADOS Dióxido de cloro não se hidrolisa em soluções aquosas, sendo a molécula intacta responsável pela atividade antimicrobiana, tendo atuação mais eficaz sob pH 8,5. SANITIZAÇÃO DESINFECÇÃO MEIOS QUÍMICOS COMPOSTOS CLORADOS COMPOSTOS CLORADOS INORGÂNICOS HIPOCLORITO DE SÓDIO HIPOCLORITO DE CÁLCIO HIPOCLORITO DE LÍTIO CLORO GÁS DIÓXIDO DE CLORO SANITIZAÇÃO DESINFECÇÃO MEIOS QUÍMICOS COMPOSTOS CLORADOS COMPOSTOS CLORADOS ORGÂNICOS CLORAMINA T DICLORAMINA T DICLORO DIMETIL HIDANTOÍNA ÁCIDO TRICLOROISOCIANÚRICO ÁCIDO DICLOROISOCIANÚRICO SANITIZAÇÃO DESINFECÇÃO MEIOS QUÍMICOS COMPOSTOS CLORADOS As cloraminas têm como vantagem serem mais estáveis do que os hipocloritos em termos de liberação prolongada de cloro. Os clorados orgânicos podem atingir prazos de validade cerca de 10 vezes maiores que os hipocloritos. Os clorados orgânicos tem outra grande vantagem que é o fato de não formarem trihalometanos substâncias cancerígenas como subproduto do processo de desinfecção, ao contrário dos clorados inorgânicos, que podem formar. SANITIZAÇÃO DESINFECÇÃO MEIOS QUÍMICOS COMPOSTOS CLORADOS O hipoclorito de sódio é o desinfetante de excelência em estações de tratamento de água para o abastecimento público; esse fato é absolutamente relevante e vem sendo cada vez mais considerado e estudado em razão do impacto dos trihalometanos no meio ambiente e na saúde da população. SANITIZAÇÃO DESINFECÇÃO VANTAGENS DOS HIPOCLORITOS COMO DESINFETANTES: Relativamente baratos; Agem rapidamente; Não afetados pela dureza da água; Efetivos contra uma grande variedade de microrganismos; Efetivos em baixas concentrações; Relativamente não tóxicos nas condições de uso; Fáceis de preparar e aplicar em equipamentos; SANITIZAÇÃO DESINFECÇÃO VANTAGENS DOS HIPOCLORITOS COMO DESINFETANTES: Concentrações facilmente determinadas; Podem ser usados em tratamento de água; Concentrações de 50mg/L geralmente são aprovadas no teste de suspensão; Os equipamentos não precisam ser rinsados após a sanificação. SANITIZAÇÃO DESINFECÇÃO DESVANTAGENS DOS HIPOCLORITOS COMO DESINFETANTES: Instáveis ao armazenamento; Inativados pela matéria orgânica; Corrosivos quando não usados corretamente; Irritantes à pele; Podem provocar odores indesejáveis; Precipitam em água que contenha ferro; Menor eficiência com aumento de pH da solução; Removem carbono da borracha. SANITIZAÇÃO DESINFECÇÃO MEIOS QUÍMICOS COMPOSTOS IODADOS Têm sido aplicados como desinfetantes há mais de um século nas formas de tintura de iodo, solução de iodo alcoólico e soluções que contenham iodo metálico mais iodeto. São ligeiramente solúveisem soluções alcoólicas e de iodeto de potássio. SANITIZAÇÃO DESINFECÇÃO MEIOS QUÍMICOS COMPOSTOS IODADOS Por causa de sua baixa solubilidade em água, é comum fazer-se a mistura do iodo com um agente tensoativo não iônico, o qual funciona como carreador e solvente desse elemento. Nessas soluções, o iodo é liberado de forma lenta e gradual a partir desses compostos, comumente chamados de iodóforos, que, além de solúveis em água, mantêm a capacidade germicida e não apresentam as características indesejáveis dos outros iodados por serem inodoros e não irritantes à pele. SANITIZAÇÃO DESINFECÇÃO MEIOS QUÍMICOS COMPOSTOS IODADOS O iodo é eficiente sobre células bacterianas, sejam Gram + ou - , e é moderadamente eficiente sobre fungos, leveduras e vírus. O iodo é tão eficiente quanto o cloro sobre células vegetativas, mas apresentam uma ação muito menor quando se trata de esporos bacterianos. SANITIZAÇÃO DESINFECÇÃO MEIOS QUÍMICOS COMPOSTOS IODADOS O iodo é menos ativo do que o cloro e por isso tem maior dificuldade em reagir com matéria orgânica; portanto, deve ser aplicado às superfícies previamente limpas, onde a matéria orgânica já tenha sido removida. As soluções de iodo são principalmente empregadas na antissepsia da pele (uso por manipuladores), mas também são usadas no ambiente, sob a forma de nebulização. SANITIZAÇÃO DESINFECÇÃO VANTAGENS DOS IODÓFOROS COMO DESINFETANTES: Boa estabilidade; Ação de molhagem; Eficientes contra todos os microrganismos, exceto sobre esporos bacterianos e bacteriófagos; Não devem ser usados à temperatura acima de 49ºC; Eliminam células de leveduras mais rápido que o hipoclorito; SANITIZAÇÃO DESINFECÇÃO VANTAGENS DOS IODÓFOROS COMO DESINFETANTES: Não afetados pela água dura; Relativamente não tóxicos; Não corrosivos e não penetrantes à pele; Boa penetração e propriedades de espalhamento; Previnem formação de incrustações minerais por serem de natureza ácida; Sua coloração é indicativa de níveis de concentração; SANITIZAÇÃO DESINFECÇÃO VANTAGENS DOS IODÓFOROS COMO DESINFETANTES: Facilmente preparados; Menos sensíveis à matéria orgânica que o cloro; Sua concentração é facilmente determinada. SANITIZAÇÃO DESINFECÇÃO DESVANTAGENS DOS IODÓFOROS COMO DESINFETANTES: Eficiência diminui com o aumento do pH; Menos eficientes que o cloro sobre esporos bacterianos e bacteriófagos; Podem causar odores desagradáveis em alguns produtos; Podem provocar descoloração; SANITIZAÇÃO DESINFECÇÃO DESVANTAGENS DOS IODÓFOROS COMO DESINFETANTES: Mais caros que o cloro; Causam coloração de alguns materiais como o plástico; Não devem ser empregados a temperaturas acima de 43ºC, pois sublimam; Não devem ser empregados em plantas de amido. SANITIZAÇÃO DESINFECÇÃO MEIOS QUÍMICOS BIGUANIDA Tem sido recomendada como agente desinfetante na indústria de alimentos, sendo utilizada por manipuladores e em equipamentos, utensílios e, ainda, recomendada para controle microbiológico de salmouras no processamento de queijos. SANITIZAÇÃO DESINFECÇÃO MEIOS QUÍMICOS BIGUANIDA As biguanidas são polímeros catiônicos, uma das mais conhecidas é a clorhexidina, que pode ser inativada por precipitação de sais minerais, inclusive aqueles que compõem a dureza da água. A clorhexidina parece apresentar baixa toxicidade em animais, além de não provocar danos à pele, a membranas e mucosas de manipuladores nas concentrações que apresentam efeito germicida. SANITIZAÇÃO DESINFECÇÃO MEIOS QUÍMICOS BIGUANIDA Uma das principais utilizações da clorhexidina é como antisséptico de mãos, enquanto a biguanida polimérica, ou polihexametileno biguanida (PHMB), é mais utilizada em formulações de desinfetantes de superfícies (pisos, paredes, equipamentos e outros), sozinha ou em combinações com outros agentes antimicrobianos, geralmente contendo 20% de princípio ativo. SANITIZAÇÃO DESINFECÇÃO VANTAGENS DOS PHMB COMO DESINFETANTES: Efetiva ação contra bactérias Gram + e - ; Baixas toxicidade; Baixa formação de espuma; Baixo odor; Atividade minimamente afetada na presença de água dura ou resíduos orgânicos; Pode ser utilizado em procedimentos de higienização manuais e/ou automatizados. SANITIZAÇÃO DESINFECÇÃO MEIOS QUÍMICOS ÁCIDO PERACÉTICO É o princípio ativo de diversos desinfetantes comerciais, produtos constituídos de uma mistura estabilizada de ácido peracético, peróxido de hidrogênio, ácido acético e um veículo estabilizante. A grande capacidade de oxidação dos componentes celulares torna o ácido peracético um excelente desinfetante, pois o oxigênio liberado pelo peróxido reage imediatamente com os sistemas enzimáticos, inativando-os. SANITIZAÇÃO DESINFECÇÃO MEIOS QUÍMICOS ÁCIDO PERACÉTICO Quanto ao seu emprego, o setor cervejeiro tem sido um dos mais citados, sendo indicado também para o uso nos laticínios, no tratamento de esgotos e na esterilização de materiais cirúrgicos. A maior eficiência do produto é atingida a temperaturas abaixo de 35ºC e em pH entre 2 e 4. SANITIZAÇÃO DESINFECÇÃO MEIOS QUÍMICOS ÁCIDO PERACÉTICO O ácido peracético é irritante para pele e mucosas, havendo necessidade de cuidados especiais no manuseio do produto concentrado, como roupas protetoras, luvas de PVC, máscaras providas de filtro contra gases tóxicos e proteção ocular. Quando ocorrer a aplicação desse ácido deve-se tomar precauções para evitar sua ação corrosiva, pois ataca ferro, cobre, níquel, titânio, cromo, prata, zinco, alumínio e suas respectivas ligas. SANITIZAÇÃO DESINFECÇÃO MEIOS QUÍMICOS ÁCIDO PERACÉTICO Da mesma forma, como ataca tanto borracha natural como sintética, deve-se evitar o uso em equipamentos que tenham gaxetas de borracha. Por outro lado, não ataca vidro, porcelana, PVC, polietileno, polipropileno, teflon e aço inoxidável. SANITIZAÇÃO DESINFECÇÃO VANTAGENS DO ÁCIDO PERACÉTICO COMO DESINFETANTE: Excelente ação sanificante; Excelente atividade antimicrobiana e largo espectro de ação (células vegetativas, fungos, esporos e vírus); Baixo efeito residual e toxicidade; Concentração facilmente determinada; Seguro para o uso em filtros de éster-celulose, usados nas cervejarias agem em baixas temperaturas; SANITIZAÇÃO DESINFECÇÃO VANTAGENS DO ÁCIDO PERACÉTICO COMO DESINFETANTE: Não corante e não afetado pela dureza da água; Não corrosivo ao aço inox e alumínio, nas concentrações de uso recomendado; Não espumante dentro das concentrações recomendadas de uso; Rápida decomposição após uso em ácido acético, oxigênio e água, dispensando um enxágue final; Baixa concentração de uso e praticamente inodoro na forma diluída. SANITIZAÇÃO DESINFECÇÃO DESVANTAGENS DO ÁCIDO PERACÉTICO COMO DESINFETANTE: Irritante à pele; Vapores são irritantes; Baixa estabilidade à estocagem; Requer cuidados no manuseio; O composto concentrado tem odor pungente de vinagre, além de ser incompatível com ácidos e álcalis concentrados, borrachas naturais e sintéticas; Incompatível com ferro, cobre e alumínio. SANITIZAÇÃO DESINFECÇÃO MEIOS QUÍMICOS COMPOSTOS QUATERNÁRIOS DE AMÔNIO (CQA) São compostos tensoativos, catiônicos, que representam pouca atividade como detergentes, mas boa atividade germicida. Esses desinfetantes não são eficientes contra bacteriófagos e não apresentam atividade esporicida, embora possam ser esporostáticos. Por outro lado, apresentam boa atividade sobre fungos e leveduras. SANITIZAÇÃO DESINFECÇÃO MEIOS QUÍMICOS COMPOSTOS QUATERNÁRIOS DE AMÔNIO (CQA) Os CQA, também chamados de quats, são muito usados na desinfecção de ambientes, equipamentos e utensílios. Exige-se um contato mínimo por 10 a 15 minutos à temperatura ambiente. Por diminuir a tensão superficial da água os CQA apresentam boas características de penetração, tornando-se eficientes mesmo em superfícies porosas. SANITIZAÇÃO DESINFECÇÃO MEIOS QUÍMICOS COMPOSTOS QUATERNÁRIOS DE AMÔNIO (CQA) São incompatíveis com agentes tensoativos aniônicos, tornando- se inativos, não devem ser adicionados em soluções para a formulaçãode detergentes-desinfetantes com esse tipo de tensoativo. SANITIZAÇÃO DESINFECÇÃO VANTAGENS DOS CQA COMO DESINFETANTES: Pouco afetados por matéria orgânica; Inodores, incolores, não corrosivos e não irritantes; Efeito bacteriostático residual; Não irritante à pele, quando em limpeza mecânica; Facilmente controlados; Estáveis ao armazenamento; Vida de prateleira longa; Controlam odores desagradáveis; Não tóxicos; SANITIZAÇÃO DESINFECÇÃO VANTAGENS DOS CQA COMO DESINFETANTES: Compatíveis com tensoativos não iônicos em formulações de detergentes; Ativos em ampla faixa de pH (melhor acima de 6,0); Estáveis à temperatura ambiente e mesmo a temperaturas mais elevadas; Eficazes contra bactérias Gram-positivas; Solúveis em água e boa penetração; Efetivos contra microrganismos termodúricos; Estáveis à mudança de temperatura; Efetivos em condições alcalinas. SANITIZAÇÃO DESINFECÇÃO DESVANTAGENS DOS CQA COMO DESINFETANTES: Incompatíveis com agentes tensoativos aniônicos; Caros; Baixa atividade em água dura; Pouco efetivos contra esporos bacterianos, bacteriófagos, coliformes e psicrotróficos; É necessário efetuar a rinsagem do equipamento; Problemas com formação de espumas e sabores estranhos em laticínios; Atividade reduzida na presença de Ca++, Mg++ e Fe++; Mais caros que os compostos clorados. SANITIZAÇÃO DESINFECÇÃO MEIOS QUÍMICOS PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO É um forte oxidante em razão da liberação do oxigênio, há décadas é usado como agente bactericida e esporicida. Tem sido aplicado à esterilização de embalagens de produtos assepticamente embalados e na desinfecção de equipamentos e utensílios na indústria de alimentos. SANITIZAÇÃO DESINFECÇÃO VANTAGENS DO PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO COMO DESINFETANTE: Baixa toxicidade; Baixo efeito residual; Não requer enxágue. SANITIZAÇÃO DESINFECÇÃO DESVANTAGENS DO PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO COMO DESINFETANTE: Corrosivo para cobre, zinco e bronze; Sob baixas temperaturas requer longo tempo de contato; Requer controle do oxigênio ativo na utilização; Requer precaução no manuseio e dosagem. SANITIZAÇÃO DESINFECÇÃO DETERGENTES-DESINFETANTES Existem alguns produtos cujas formulações combinam agentes de limpeza com um agente antimicrobiano e que são utilizados para realizar a higienização em uma única etapa, a limpeza e a desinfecção ocorrem ao mesmo tempo. SANITIZAÇÃO DESINFECÇÃO DETERGENTES-DESINFETANTES Apesar de parecer vantajoso e mais econômico, o uso desses produtos possui limitações e condições que deve ser bem entendidas antes da escolha, mesmo havendo compatibilidade química entre os agentes, pois suas capacidades tanto de limpeza quanto de desinfecção ficam comprometidas porque são ainda mais afetadas pelas presença de resíduos orgânicos. SANITIZAÇÃO DESINFECÇÃO DETERGENTES-DESINFETANTES São produtos mais indicados para superfícies lisas e com teor de sujidades baixo, e o custo-benefício da operação deve ser dimensionado. Detergentes e desinfetantes são os chamados saneantes domissanitários produtos para limpeza e higienização de ambientes domésticos e coletivos, públicos ou privados, sendo regulamentados pelo Ministério da Saúde, através da Anvisa. SANITIZAÇÃO DESINFECÇÃO DETERGENTES-DESINFETANTES Nos últimos anos, o uso indiscriminado de produtos desinfetantes levou ao surgimento de especulações e pesquisas sobre o desenvolvimento de resistência microbiana ao agentes ativos (biocidas). Biocidas são agentes químicos de amplo espectro de ação que inativam os microrganismos por agirem em vários pontos das células microbianas. SANITIZAÇÃO DESINFECÇÃO DETERGENTES-DESINFETANTES A primeira etapa da ação dos biocidas/desinfetantes sobre os microrganismos é a interação com a superfície da célula, em seguida penetram na célula microbiana e, então, atingem seus componentes intracelulares. É nesse processo que ocorre uma série de reações químicas que acabam por inativar os microrganismos. SANITIZAÇÃO DESINFECÇÃO DETERGENTES-DESINFETANTES A atividade do biocida/desinfetante depende de fatores como: Tipo de microrganismo (estrutura celular, composição celular e fisiologia diferentes); Número de células microbianas; Formulações de produtos químicos; Concentrações de ativos; Concentrações de soluções de uso; SANITIZAÇÃO DESINFECÇÃO DETERGENTES-DESINFETANTES Presença de matéria orgânica (como sujidade); pH do meio; Temperatura; Método analítico utilizado para a avaliação de sua eficácia. SANITIZAÇÃO MÉTODOS DE HIGIENIZAÇÃO No setor alimentício, para que um programa de higienização alcance sucesso, é necessário que os métodos adotados considerem as instalações, os equipamentos, utensílios e manipuladores. MÉTODOS DE HIGIENIZAÇÃO MANUAL POR IMERSÃO POR MEIO DE MÁQUINAS LAVA-JATO TIPO TÚNEL POR MEIO DE EQUIPAMENTOS SPRAY POR NEBULIZAÇÃO OU ATOMIZAÇÃO POR CIRCULAÇÃO POR ESPUMA E POR GEL SANITIZAÇÃO SANITIZAÇÃO MÉTODOS DE HIGIENIZAÇÃO HIGIENIZAÇÃO MANUAL Usado onde a higienização mecânica não é aplicável ou quando é necessária uma abrasão adicional. Devem ser utilizados detergentes de média ou baixa alcalinidade e a temperaturas de no máximo 45ºC. Recomenda-se que, ao final da limpeza, esses utensílios devam ser adequadamente enxaguados e imersos em solução desinfetante. A escolha adequada de escovas, raspadores e esponjas é importante, uma vez que poderão provocar ranhuras nas superfícies dos equipamentos, onde se instalarão microrganismos, dificultando sua remoção. SANITIZAÇÃO MÉTODOS DE HIGIENIZAÇÃO HIGIENIZAÇÃO POR IMERSÃO É utilizada para utensílios, partes desmontáveis de equipamentos e tubulações (válvulas, conexões, tachos e tanques, entre outros). Devem ser utilizados detergentes de baixa e de média alcalinidade; também se pode usar detergentes-desinfetantes à base de cloro e iodo. SANITIZAÇÃO MÉTODOS DE HIGIENIZAÇÃO HIGIENIZAÇÃO POR MEIO DE MÁQUINAS LAVA-JATO TIPO TÚNEL Processo aplicado na higienização de bandejas, talheres e em latões para transporte de leite. São recomendados detergentes de elevada alcalinidade, como hidróxido de sódio, ou ácidos como o nítrico ou fosfórico, pois não há contato manual durante a higienização. Essas máquinas podem utilizar água entre 70 a 80ºC, ou vapor direto, como agente desinfetante. SANITIZAÇÃO MÉTODOS DE HIGIENIZAÇÃO HIGIENIZAÇÃO POR MEIO DE EQUIPAMENTOS SPRAY O aparelho é dotado de uma pistola por meio da qual são aspergidas água para pré-lavagem e enxágue e, ainda, soluções detergentes e desinfetantes. Os agentes químicos usados não devem afetar os manipuladores. Pode ser efetuada a baixas ou altas pressões. Soluções a baixas pressões, entre 5 e 10Kgf/cm2, devem ser aplicadas em superfícies externas de equipamentos, tanques, pisos, paredes, entre outros. SANITIZAÇÃO MÉTODOS DE HIGIENIZAÇÃO HIGIENIZAÇÃO POR MEIO DE EQUIPAMENTOS SPRAY Altas pressões (40 a 60Kgf/cm2) devem ser recomendadas para a lavagem de caminhões de transporte e nas áreas de processamento. Sempre é necessário pessoal especializado, pois o uso incorreto do equipamento pode danificar partes elétricas ou eletrônicas de aparelhos ou instalações. SANITIZAÇÃO MÉTODOS DE HIGIENIZAÇÃO HIGIENIZAÇÃO POR NEBULIZAÇÃO OU ATOMIZAÇÃO A principal aplicação é na remoção de microrganismos contaminantes de ambientes. Os equipamentos produzem uma névoa da solução desinfetante, como amônio quaternário, que reduz a contaminação para padrões aceitáveis. Faz-se necessária a utilização de agentes químicos seguros para manipuladores, eficientes a baixas concentrações. SANITIZAÇÃO MÉTODOS DE HIGIENIZAÇÃO HIGIENIZAÇÃO POR CIRCULAÇÃO Sistema automático e permanente no qual os equipamentos e tubulações são higienizados sem desmontagem e a partir de tanques com soluções de limpeza. Podem ser empregados agentes alcalinos e ácidos mais fortes a temperaturas mais elevadas que aqueles utilizados por outros processos de higienização. Pode ser usado para linhas completas ou etapas do processamento. SANITIZAÇÃO MÉTODOS DE HIGIENIZAÇÃO HIGIENIZAÇÃOPOR CIRCULAÇÃO Por meio de circulação das soluções, podem ser higienizados tubulações, válvulas, bombas, centrífugas, pasteurizadores e evaporadores, entre outros. Sua instalação deve ser feita por empresas especializadas de acordo com as necessidades da indústria. SANITIZAÇÃO MÉTODOS DE HIGIENIZAÇÃO HIGIENIZAÇÃO POR ESPUMA E POR GEL São largamente aplicadas a pisos, paredes, veículos, partes externas de equipamentos e locais de difícil acesso. Baseiam-se no mesmo princípio: a adição de um agente espumante ou um formador de gel às formulações, de tal forma que os produtos finais tenham maior tempo de contato com as sujidades e superfícies a serem higienizadas, o que aumenta a eficácia do processo. SANITIZAÇÃO MÉTODOS DE HIGIENIZAÇÃO HIGIENIZAÇÃO POR ESPUMA E POR GEL Uma das vantagens do processo por espuma consiste em possibilitar a visualização das áreas em que a higienização aconteceu; por outro lado, a necessidade de um aparelho gerador de pressão e o controle da umidade da espuma são apontadas como desvantagens. SANITIZAÇÃO UTENSÍLIOS DE HIGIENIZAÇÃO Escovas, esfregões, esponjas e até mesmo equipamentos utilizados para a limpeza, quando negligenciados no seu estado de conservação e de higiene, ou até mesmo quando não são separados por finalidade, podem se transformar em fontes de contaminação e comprometer o resultado final da higienização. SANITIZAÇÃO UTENSÍLIOS DE HIGIENIZAÇÃO Esses utensílios devem, portanto, ser separados por finalidade ou local de uso (utensílios para higienização ambiental distintos daqueles para higienização de superfícies de contato com alimentos), mantidos em boas condições de uso, higienizados e guardados em local adequado. SANITIZAÇÃO PROGRAMAS DE HIGIENIZAÇÃO A elaboração e implementação de um bom programa de higienização garantem às empresas alimentícias o controle necessário sobre os contaminantes, principalmente microrganismos, dentro de um nível seguro à saúde do consumidor. A elaboração engloba a escolha dos produtos químicos adequados, a forma de aplicação e utilização compatíveis, e a determinação da frequência das operações de limpeza e desinfecção. SANITIZAÇÃO PROGRAMAS DE HIGIENIZAÇÃO Implementação a aplicação prática do que foi planejado na etapa de elaboração deve contemplar, primeiramente, a devida capacitação dos executores dos procedimentos; em seguida, medidas de avaliação e monitoração da higienização devem ser adotadas para que a efetividade seja mensurada. SANITIZAÇÃO PROGRAMAS DE HIGIENIZAÇÃO As causas de resultados insatisfatórios devem ser identificadas, e medidas corretivas precisam ser aplicadas. Na maioria das vezes os problemas ocorrem por falhas humanas e deficiências de capacitação e conscientização, falta de acompanhamento por parte de supervisores, equipe desmotivada e sem o devido reconhecimento da importância do seu trabalho. SANITIZAÇÃO PADRONIZAÇÃO DO PROCEDIMENTO DE HIGIENIZAÇÃO As indústrias de alimentos, a partir da Resolução RDC no 275/02, e o varejo de alimentos, mais especificamente, os serviços de alimentação, depois da publicação da Resolução RDC no 216/04, ambas da Anvisa, são obrigados a adotar os POPs Procedimentos Operacionais Padronizados. Em todas essas legislações, a higienização do ambiente, dos equipamentos e utensílios utilizados na manipulação dos alimentos aparece como um procedimento a ser padronizado. SANITIZAÇÃO PADRONIZAÇÃO DO PROCEDIMENTO DE HIGIENIZAÇÃO Os POPs e os PPHOs Procedimentos Padrão de Higiene Operacional são definidos como a descrição clara e objetiva de procedimentos rotineiros, contendo as instruções sequenciais de uma operação, para que qualquer pessoa saiba realizá-la com perfeição. Esses procedimentos são ferramentas baseadas em princípios de sistema de gestão, onde a empresa padronizada, documenta e avalia constantemente seus procedimentos, implementa melhorias e, assim, garante que seus objetivos sejam atingidos com eficácia. SANITIZAÇÃO PADRONIZAÇÃO DO PROCEDIMENTO DE HIGIENIZAÇÃO O POP de higienização e os PPHOs tem como objetivo garantir o controle das contaminações microbiológicas do ambiente, equipamentos e utensílios, através da adoção e execução de procedimentos de higienização adequados. SANITIZAÇÃO PADRONIZAÇÃO DO PROCEDIMENTO DE HIGIENIZAÇÃO Considerando que esses procedimentos estão embasados nos conceitos de sistema de gestão, é ideal que, além da descrição detalhada de como a higienização é realizada (superfície, produto químico, concentração de produto, método utilizado, frequência, temperatura e executor), também descrevam: como é efetuado e registrado o monitoramento da higienização; nos casos de desvios, quais são as ações corretivas adotadas para conduzir a higienização à normalidade; como é conduzida e registrada a verificação do que está estipulado no procedimento; de que forma a eficácia da higienização é avaliada; e, por fim, quando necessário, deve ser realizada uma revisão do procedimento. SANITIZAÇÃO PADRONIZAÇÃO DO PROCEDIMENTO DE HIGIENIZAÇÃO A adoção do POP de higienização e dos PPHOs é a melhor forma de implementar um procedimento de higienização adequado e garantir alimentos seguros aos clientes e/ou consumidores. SANITIZAÇÃO Uma das consequências mais graves da má higienização nas indústrias de alimentos é a possível ocorrência de doenças de origem alimentar. É importante destacar que os agentes ou técnicas de higienização utilizadas durante os diversos processos industriais nas instalações e nos equipamentos possuem características próprias que devem ser conhecidas e compreendidas, ao lado de fatores relevantes como pH, temperatura, dureza da água, tempo de exposição, além das espécies de microrganismos predominantes. SANITIZAÇÃO A higienização, com o objetivo de obter os melhores resultados, deve ser orientada de acordo com a avaliação dos produtos disponíveis e suas limitações, bem como a combinação de todas as características físico-químicas de cada situação. E, finalmente, é preciso que haja gerenciamento da higienização, estudos de custo-benefício precisam ser levados em conta e correções devem ser efetuadas, quando o monitoramento ou a avaliação indicarem desvios nos padrões estabelecidos. SANITIZAÇÃO Independentemente da exigência legal quanto à descrição e gestão dos procedimentos de higienização, é responsabilidade dos estabelecimentos que manipulam alimentos adotarem as melhores práticas de higiene e produzirem alimentos seguros. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA LIVRO: Higiene e Vigilância Sanitária de Alimentos Autores: Pedro Manuel Leal Germano e Maria Izabel Simões Germano Editora: Manole / Ano: 2011 / Edição: 4ª Capítulo: 29 Princípios gerais da higienização Autores do capítulo 29: Stela Scaglione Quarentei, Simone Aquino, Maria Izabel Simões Germano e Pedro Manuel Leal Germano Qual desinfetante utilizado para higiene ambiental apresenta a desvantagem de permitir que as bactérias adquiram resistência e se multipliquem em soluções diluídas? IodoCloro Clorexidina Ácido peracético Quaternário de amônia
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