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Puberdade Precoce (Resumo feito por mim) pdf

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Puberdade
Hormônio Local de Produção Função Desempenhada
GnRH
Hipotálamo Estimular a adenohipófise a
produzir LH e FSH.
LH
Adenohipófise
1. Estimula a secreção de
estrogênio pelos folículos.
2. Estimula o desenvolvimento
dos folículos ovarianos.
3. Estimula a produção de
testosterona pelas células de
de Leyding.
FSH Adenohipófise
1. Inicia o crescimento folicular.
2. Estimula a secreção de
estrogênio no ovário.
3. Estimula a espermatogênese
pelas células dos túbulos
seminíferos.
Estrogênio
Ovários e Adrenal 1. Desenvolvimento e
manutenção das estruturas
reprodutivas femininas, das
características sexuais
secundárias e das mamas.
2. Baixam o nível sanguíneo de
colesterol.
3. Aumentam o anabolismo
proteico, incluindo a formação de
ossos fortes.
Progesterona Ovários e Adrenal
1. Mantém o endométrio para a
implantação de um óvulo
fertilizado e prepara as glândulas
mamárias para a secreção de
leite.
2. Inibe as contrações do útero e
impede a expulsão do embrião
que está implantado ou do feto
em desenvolvimento.
3. Altos níveis desse hormônio
controlam a secreção do GnRH.
Testosterona
Testículos e Adrenal
1. Estimula o aparecimento dos
caracteres sexuais secundários.
2. Induz o amadurecimento dos
genitais, promove o impulso
sexual e controla a produção de
espermatozoides.
3. A produção de testosterona
começa a aumentar
significativamente durante a
puberdade e diminui após os 30
anos de idade.
4. O níveis de testosterona de um
homem podem afetar seu humor.
5. Os ovários também produzem
testosterona, embora essa
♥ As gônadas são órgãos que produzem gametas
(espermatozoide nos homens e ovócitos nas
mulheres). Além da sua função reprodutora, as
gônadas fabricam os hormônios esteroides,
inclusive dois estrogênios (estradiol e estrona)
e progesterona.
♥ Esses hormônios sexuais femininos,
juntamente com o FSH e o LH, regulam o ciclo
menstrual, mantêm a gravidez e preparam as
glândulas mamárias para a lactação.
♥ As gônadas masculinas, os testículos, são
glândulas ovais localizadas no escroto.
♥ O principal hormônio produzido e secretado é
a testosterona.
♥ A testosterona promove a migração (descida)
dos testículos para o escroto antes do
nascimento, regula a produção de
espermatozoides e estimula o desenvolvimento
e as manutenção de características secundárias
masculinas, como o crescimento da barba e
engrossamento da voz.
♥ A puberdade compreende o período de
transição entre a infância e a vida adulta.
♥ Ela se caracteriza por aparecimento dos
caracteres sexuais secundários, aceleração do
crescimento linear e maturação gonadal,
resultando na aquisição da função reprodutiva
e em modificações psicológicas em ambos os
sexos.
♥ Esse processo está intimamente relacionado
com eixo Hipotálamo-Hipófise-Gônada (HHG).
♥ O núcleo arqueado do hipotálamo e seus
neurônios liberam GnHR, o qual é transportado
para hipófise anterior estimula a liberação do
LH e do FSH.
♥ O desenvolvimento puberal é constituído por
dois eventos fisiológicos independentes:
1. A adrenarca: definida como o aumento de
andrógenos adrenais e de seus precursores,
principalmente deidroepiandrosterona (DHEA)
e sua forma sulfatada (DHEA-S).
quantidade seja reduzida se
comparada aos níveis de
testosterona no homem.
Relaxina
Produzida pelo corpo lúteo
durante cada ciclo mensal
Relaxa o útero inibindo as
contrações do miométrio.
Inibina
Secretada pelo corpo lúteo Inibe a secreção de FSH.
2. A gonadarca: caracterizada pela reativação do
eixo hipotálamo-hipófise-gônada (eixo
gonadotrófico).
♥ A puberdade normal no menino inicia - se
entre os 9 e 14 anos.
♥ Seu primeiro sinal é o aumento testicular,
atingindo 2,5 cm de diâmetro.
♥ Em seguida, ocorre a pubarca, caracterizada
pelo aparecimento de pelos axilares e pubianos.
♥ O estirão de crescimento no sexo masculino
ocorre no final da puberdade.
♥ Nesse momento, os valores de tetosterona,
comumente, estão acima de 100mg/mL e a
idade óssea encontra - se entre 13 e 15 anos.
♥ As cartilagens epifisárias se fecham após 1 a 2
anos do final do estirão puberal, ou seja, o
crescimento acaba aos 18 anos de idade óssea.
♥ A puberdade normal na menina inicia - se entre
os 8 e 13 anos.
♥ Seu primeiro sinal é o auamento na velocidade
de crescimento.
♥ Posteriormente, ocorre a adrenarca, que
depende de andrógenos adrenais,
aparecimento de pelos pubianos, axilares,
oleosidade da pele, acne e odor axilar.
♥ Por último, acontece a menarca (em torno de
12 anos), que marca o fim da puberdade mas
em velocidade reduzida, e as cartilagens
epifisárias se fecham por volta dos 16 anos da
idade óssea.
O evento hormonal que determina a
gonadarca é o incremento da amplitude e
frequência dos pulsos do hormônio GnRH na
circulação porta hipofisária.
Meninos
A pubarca depende mais da produção de
andrógenos testiculares, enquanto nas
meninas é dependente das adrenais.
Estadiamento de Tanner no menino.
Meninas
Estadiamento de Tanner na menina.
♥ A puberdade precoce (PP) é definida pelo
aparecimento dos caracteres sexuais
secundários antes dos 8 anos nas meninas e
antes dos 9 anos nos meninos.
♥ A classificação da PP se divide da seguinte
forma:
► Variantes do desenvolvimento puberal normal:
1. Telarca precoce isolada.
2. Pubarca precoce isolada.
3. Sangramento pré - puberal isolado (pode ter
causa hormonal ou não).
► Puberdade Precoce:
1. Central ou dependente de gonadotrofinas
(PPDG).
2. Periférica ou independente de gonadotrofinas
(PPIG).
♥ Consiste no aumento uni ou bilateral das
mamas em idade inferior a 8 anos, isolado, não
acompanhado de aumento da velocidade de
crescimento, pubarca, menarca, avanço de
idade óssea ou qualquer outro sinal de
puberdade verdadeira.
♥ É benigna, autolimitada, tem ótimo
prognóstico, não compromete a estrutura final
e nem a idade da menarca.
♥ Na telarca precoce isolada, deve - se orientar
os pais e a criança sobre a benignidade do
Estadiamento puberal. Critérios de Marshall-Tanner..
No entanto, a idade não deve ser utilizada
como critério isolado, precisa - se analisar a
progressão dos caracteres sexuais, a
velocidade de crescimento e ritmo de
maturação.
Muitas vezes, as mamas podem regredir
espontaneamente e voltar a crescer só
na fase puberal, ou permanecem
estáveis até a puberdade, quando
então se desenvolvem completamente.
quadro e a necessidade apenas de seguimento
clínico, sem necessidade de uso de medicações.
♥ Deve se feita uma avaliação clínica peródica da
criança, visto que 13% das telarcas precoces
isoladas podem evoluir para puberdade
precoce.
♥ Consiste no aparecimento de pelos pubianos
e/ou axilares antes dos 8 anos nas meninas ou
9 anos nos meninos.
♥ O termo adrenarca precoce é utilizado para
definir a elevação precoce dos andrógenos
adrenais, resultando na pubarca precoce.
♥ Pode estar associado a alguns outros sinais de
elevação de andrógenos, como acne,
oleosidade da pele, odor axilar e odor corporal.
♥ A fisiopatologia ocorre por meio do aumento
de andrógenos adrenais, por uma maturação
precoce da camada reticulada da adrenal.
♥ Dentro da adrenal, algumas enzimas são
constitucionalmente ativas, como a 17-
hidroxilase .
♥ Durante a infância, essa enzima geralmente
fica inerte e só se ativa em determinado
momento da vida adulta (adrenarca, de modo
que as adrenais passam a produzir andrógenos
adrenais.
Na pubarca precoce isolada, a 17-hidroxilase
começa a funcionar precocemnete, e então a
camada reticular da adrenal se ativa, iniciando
a produção de hormônios androgênicos
capazes de promover o crescimento
exacerbado de pelos.
♥ Caracteriza - se por sangramento vaginal em
meninas menores de 9 anos, sem caráter
cíclico, sem outros sinais puberais, sem
aumento de velocidade de crescimento, sem
pubarca, sem avanço da idade óssea e sem
anormalidades genitais.
♥ Pode ser decorrente de causas hormonais,
como cistos ovarianos autônomos, ou de
causas não hormonais, enesses casos é
sempre necessário excluir manipulação genital
e abuso sexual.
Pode ocorrer aumento da velocidade de
crescimento e de avanço de idade óssea
em até 2 anos, mas sem progressão de
outros sinais da puberdade., afetando ou
não um pouco a estatura final.
O prognóstico é bom, pois geralmente os
sangramentos vaginais param espontaneamente e
depois a puberdade normal é retomada na idade
certa, e completada pelo início dos ciclos menstruais
regulares no final do desenvolvimento puberal.
♥ Nesse tipo de PP, que depende da ativação do
eixo HHG (dependente de gonadotrofinas), o
desenvolvimento sexual ocorre na sequência
da ouberdade fisiológica, com a maturação
sexual completa, porém com início precoce.
♥ Devido à produção normal dos esteroides
sexuais, os caracteres sexuais isossexuais, ou
seja, concordantes com o sexo genético da
criança.
♥ Nas meninas, inicia-se com aumento de VC,
seguida da telarca, pubarca, e por último
menarca, associada ao avanço de idade óssea.
♥ Nos meninos, inicia-se com aumento do
volume testicular, seguido de pubarca, e, por
fim, o estirão de crescimento associado ao
avanço de idade óssea.
♥ As causas da PPDG são:
1. Idiopática (é mais comum em meninas,
estando presente em mais de 80% dos casos e
é um PP sem causa orgânica definida).
2. Genética (inclui mutações em genes específicos
e anormalidade cromossômicas).
3. Neurogênica (é a mais presente em meninos e
é consequência de doenças que acometem o
SNC, nessa etiologia estão inclusos as
malformações congênitas, o hamartoma
hipotalâmico e os tumores que comprometem
o funcionamento do SNC).
♥ A puberdade precoce central idiopática (PPCI)
é um diagnóstico de exclusão que apenas pode
ser estabelecido após adequada avaliação
clínica, laboratorial e por exames de imagem.
♥ A PPCI pode evoluir de maneiras diferentes. Em
60% dos casos em meninas, a secreção de
estradiol é regular e progressiva, resultando, se
não tratada, em redução da estatura adulta e
menarca antes dos 10 anos de idade.
♥ Nos 30% restantes, a estrogenização e a
progressão dos caracteres sexuais são lentas,
resultando em estatura adulta adequada e
menarca em idade normal (forma pouco
evolutiva ou lentamente progressiva).
A PPDG é mais comum no sexo feminino que
no sexo masculino.
♥ Os neuropeptídios e fatores hipotalâmicos
implicados na regulação da síntese e
secreção do GnRH são considerados
candidatos na investigação da base
genética dos distúrbios da puberdade.
♥ A ocorrência da forma familiar de PPC,
caracterizada pela existência de mais de
um indivíduo afetado na mesma família,
reforça a influência de fatores genéticos
modulando a idade de início da puberdade.
♥ Defeitos gênicos na kisspeptina (KISS1) e
seu receptor (KISS1R ou GPR54) foram
recentemente implicados na patogênese
da PPC.
♥ Mutação inativadora no gene MKRN3 que
possui um papel supressor no início da
puberdade.
♥ A herança é autossômica dominante de
transmissão paterna, visto que o alelo
materno é silenciado (imprinting materno).
♥ Praticamente qualquer distúrbio intracraniano
pode causar PPC, seja ele congênito
(hidrocefalia, cistos aracnoides, cistos da bolsa
de Rathke, toxoplasmose, hamartomas) ou
adquirido (traumatismo craniano, doenças
granulomatosas ou infecciosas, processos
inflamatórios, síndromes convulsivas, anoxia
perinatal, prolactinomas e tumores
hipotalâmicos).
A PPCI tende a se manifestar mais
tardiamente do que nos casos em que
há lesões do SNC. Em meninas, o início
ocorre entre 6 e 7 anos de idade em
cerca de 50% dos casos e entre 2 e
6 anos em 25%; em 18%, o problema
surge antes dos 2 anos de idade.
Puberdade precoce central (PPC) idiopática em
menina de 9 anos.
♥ Gliomas ópticos, neoplasias hipotalâmicas
(gliomas, astrocitomas, ependimomas,
germinomas e, raramente, craniofaringiomas),
cisto da pineal ou outros tumores do SNC
podem causar PPC por interferirem nas vias
nervosas que inibem a secreção de GnRH.
► O hamartoma hipotalâmico é uma malformação congênita, não neoplásica, constituída de tecido
hipotalâmico ectópico na base do cérebro, no assoalho do terceiro ventrículo.
► Contém neurônios secretores de GnRH ou fatores estimuladores da secreção de GnRH.
► Pode ser assintomático, apresentar apenas manifestações neurológicas ou levar à puberdade
precoce central associada ou não a sintomas neurológicos.
► O quadro clínico é caracterizado pelo desenvolvimento sexual muito precoce (geralmente antes
dos 4 anos) e pode vir associado a epilepsias focais, generalizadas ou gelásticas (crises de risos
imotivadas).
► O diagnóstico é confirmado por RM da região hipotálamo hipofisária, onde se encontra uma
imagem típica: massa isointensa, entre o infundíbulo e os corpos mamilares, sem realce após o
contraste.
► A avaliação hormonal revela resposta puberal das gonadotrofinas ao teste de estímulo com GnRH
em ambos os sexos, concentrações elevadas de testosterona no sexo masculino e,
eventualmente, estradiol elevado no sexo feminino. A idade óssea (IO) geralmente é avançada
em relação à idade cronológica (IC).
Aspecto da genitália em menino de 8 anos com
puberdade precoce central, resultante de um
hamartoma hipotalâmico.
Ressonância magnética, corte sagital, de um paciente com
puberdade precoce central demonstrando massa isointensa
na região do infundíbulo compatível com hamartoma
hipotalâmico .
♥ Do ponto de vista clínico, a PPC mimetiza a
puberdade fisiológica em uma idade precoce,
logo o aparecimento dos caracteres sexuais
geralmente segue a seguinte ordem: telarca,
pubarca e, posteriormente, menarca.
♥ Em ambas as formas de puberdade precoce, as
concentrações elevadas dos esteroides sexuais
determinam aceleração da velocidade de
crescimento e da maturação esquelética,
culminando em fusão prematura das epífises
ósseas e comprometimento da estatura final
nos casos não submetidos a tratamento
adequado.
♥ A história clínica cuidadosa pode inferir dados
relevantes no diagnóstico etiológico da
puberdade precoce. São informações úteis:
1. A idade de aparecimento e o ritmo de evolução
dos caracteres sexuais secundários (mamas e
pelos pubianos nas meninas e aumento de
testículos e pelos pubianos nos meninos).
2. A ocorrência de sangramento vaginal
esporádico ou cíclico.
3. Relatos de traumas, infecções do SNC e
sintomas neuro-oftalmológicos.
4. Antecedentes pessoais (condições de parto,
períod o neonatal, doenças crônicas).
5. Aceleração do crescimento linear
6. História familiar de precocidade sexual.
♥ Ao exame físico, devem ser aferidos e avaliados
os dados de peso e altura, bem como a idade
estatural, utilizando-se as curvas de
crescimento adequadas e o cálculo do desvio
padrão (DP) da altura e do peso para a idade
cronológica, pelo uso de tabelas apropriadas.
♥ Deve-se proceder à descrição dos caracteres
sexuais secundários, incluindo a medida dos
testículos nos meninos e o desenvolvimento
mamário nas meninas, classificando-os de
acordo com os critérios de Marshall e Tanner.
♥ Os pelos pubianos devem ser avaliados em
ambos os sexos e classificados de acordo com
os critérios de Tanner (estágios de 1 a 5).
♥ Outros sinais físicos devem ser pesquisados,
como acne, oleosidade excessiva da pele e do
cabelo, pelos axilares, odor corporal,
desenvolvimento m uscular, bem como
existência de massas abdominais ou pélvicas.
♥ O diagnóstico diferencial entre as formas de
precocidade sexual baseia-se nas dosagens das
gonadotrofinas em condição basal e durante o
teste de estímulo com GnRH (GnRHteste).
♥ Esse teste consiste na administração de 100
Mg de GnRH IV, com coletas do LH e FSH nos
tempos 0, 15, 30, 45 e 60 min. Um pico de LH >
9,6 U/L nos meninos e > 6,9 U/L nas meninas
representa resposta puberal e,
consequentemente, confirma o diagnóstico de
PPC.
Avaliação Clínica
Avaliação Laboratorial
♥ Com a síntese dos análogos agonistas de GnRH
(aGnRH) de ação prolongada, tais agentes
tornaram-se o tratamentode escolha da PPC.
♥ Esses compostos atuam na hipófise anterior,
ligando-se aos receptores de GnRH de maneira
competitiva com o GnRH endógeno, e
promovendo dessensibilização e redução no
número de receptores de GnRH (down-
regulation”).
Fluxograma de investigação laboratorial e diagnóstico diferencial da puberdade precoce.
Os aGnRH determinam um estímulo inicial da
síntese e secreção de gonadotrofinas, porém
sua administração crônica resulta na supressão
da produção desses hormônios, com
consequente supressão da produção dos
esteroides sexuais pelas gônadas
♥ Os principais objetivos do tratamento da PPC
são:
1. Detectar e tratar as lesões expansivas
intracranianas.
2. Interromper a maturação sexual até a idade
normal para o desenvolvimento puberal.
3. Promover a regressão ou estabilização dos
caracteres sexuais secundários.
4. Desacelerar a maturação esquelética.
5. Preservar o potencial de estatura normal
(dentro do intervalo da estatura-alvo).
6. Evitar desproporções corporais.
7. Prevenir os problemas emocionais da criança e
aliviar a ansiedade dos pais.
8. Reduzir o risco de abuso sexual e o início
precoce da atividade sexual.
9. Prevenir a ocorrência de gestação em idade
precoce.
10. Diminuir o risco de câncer de mama que está
relacionado à ocorrência de menarca precoce.
11. Preservar a fertilidade.
♥ As formas progressivas de puberdade precoce
exigem bloqueio puberal.
♥ As indicações de bloqueio puberal baseiam-se
em parâmetros antropométricos e psicológicos:
1. Desenvolvimento puberal acelerado
(progressão de um estágio puberal para o
seguinte em um período de tempo mais curto
do que o normal) .
2. Potencial de altura final anormal:
3. Razões psicossociais:
♥ Dentre os aGnRH depot disponíveis, o acetato
de leuprolida, a triptorrelina e a gosserrelina
são os mais utilizados. Sua eficácia e segurança
foram comprovadas.
► Predisposição de altura final abaixo da
estatura-alvo.
► Predisposição de altura final abaixo do
percentil 2,5.
► DP da altura para a idade óssea < –2.
► Perda de potencial de altura durante o
seguimento.
► Distúrbios
comportamentais.
► Imaturidade emocional.
► Retardo mental.
Convém ressaltar que deve ser cuidadosamente
avaliada a indicação de uso de aGnRH, considerando
exclusivamente os aspectos psicossociais da
puberdade precoce ou com o intuito apenas de
retardar a ocorrência da menarca.
♥ A Puberdade Precoce Periférica (PPP), também
denominada pseudopuberdade precoce ou
independente de gonadotrofinas, é decorrente
da secreção autônoma de esteroides sexuais
de origem principalmente gonádica, adrenal ou
exógena, independentemente da ativação do
eixo HHG.
♥ Dessa forma, esses casos não obedecem à
cronologia dos eventos puberais normais e a
maturação sexual é incompleta.
♥ Não há fertilidade, pois não ocorre seleção de
folículos e nem espermatogênese.
♥ As principais causas da PPP são:
1. Adquiridas
Tumores ovarianos, Tumores testiculares, Cistos
foliculares autônomos, Germinomas,
Gonadoblastomas, Tumor adrenal virilizante,
Hiperplasia de células de Leydig, Hipotireoidismo
primário e Insuficiência adrenal primária.
2. Genéticas
Síndrome do excesso de aromatase (mutações
ativadoras no gene receptor da aromatase, que
► Reação alérgica local (5% a 10% dos casos, a qual
pode ser acompanhada da formação de um
abscesso estéril que resulta em hiperemia, dor
local e formação de nodulação, potencialmente
levando a prejuízo na absorção do aGnRH e falha
na supressão hormonal ).
► Dor no local da aplicação.
► Cefaleia.
► Sangramento vaginal após a primeira dose do
aGnRH.
► Náuseas.
► Sintomas vasomotores, devido a
hipoestrogenismo e hiperprolactinemia.
Fluxograma de tratamento da puberdade precoce central com
aGnRH depot.
Outro aspecto importante é que
os caracteres sexuais podem
ser iso ou heterossexuais.
é uma enzima responsável por catalisar a
aromatização dos androgénios em estrogénios,
resultando na conversão da testosterona em
estradiol e da androstenediona em estrona),
Testotoxidade (mutação ativadora do LH-r de
herança autossômica dominante. Causa PPP
isossexual de início bem precoce, entre 2 e 4 anos
de idade, com testículos aumentados de volume
bilateralmente e valores elevados de testosterona,
apesar de LH e FSH baixos., sendo restrita apenas
ao sexo masculino), Mutações no gene receptor de
glicoccorticoides e Síndrome de McCune-Albright
(MCA).
♥ Os tumores de células de Leydig representam 1
a 3% de todos os tumores testiculares.
♥ São geralmente benignos, porém 10% deles
podem apresentar comportamento maligno.
♥ Manifestam-se clinicamente com puberdade
precoce e aumento unilateral do testículo, às
vezes nodular.
♥ Concentrações elevadas de testosterona
acompanhadas por valores pré-puberais ou
suprimidos de gonadotrofinas indicam o
diagnóstico de PPP.
♥ A ressecção cirúrgica do tumor é o tratamento
de escolha.
♥ Cistos ovarianos foliculares secretam
estrógenos de modo transitório, causando
desenvolvimento mamário ou até mesmo
hemorragia vaginal.
Tumores Testiculares
Cistos Foliculares
Autônomos
Cistos foliculares maiores podem
determinar rotação sobre o pedículo e
infarto, levando a um quadro de abdome
agudo que requer intervenção cirúrgica.
♥ Os tumores ovarianos são raros, porém de
importância reconhecida na idade pediátrica.
♥ Dor abdominal é uma manifestação clínica
frequente.
♥ O valor de estradiol pode ser muito elevado,
seguido por concentrações suprimidas de
gonadotrofinas.
♥ Tumores que secretam HCG podem,
eventualmente, causar PPP.
♥ Teratomas, corio - epiteliomas ou tumores
mistos de células germinativas localizados no
hipotálamo, mediastino, pulmões, gônadas ou
retroperitônio foram associados à precocidade
sexual.
♥ Hepatomas e hepatoblastomas também
podem secretar HCG.
♥ Hipotireoidismo primário de longa duração,
grave e não tratado, representa a única forma
de PP em que se observam crescimento
deficiente e retardo da idade óssea,
caracterizando a Síndrome de Van Wyk-
Grumbach.
♥ Cistos ovarianos (solitários ou múltiplos)
podem ser observados à US pélvica.
♥ Em meninos, os testículos estão aumentados
devido ao incremento do tamanho dos túbulos
seminíferos, mas sinais de virilização ou
maturação das células de Leydig estão
ausentes.
♥ A síndrome é causada pelo TSH elevado, que
pode atuar sobre os receptores do FSH,
causando efeitos gonadotróficos.
Tumores Ovarianos
Germinomas
No sexo feminino, esses tumores não
causam PPP, visto que a presença
isolada de LH sem aumento
concomitante de FSH não é suficiente
para desencadear puberdade precoce.
Hipotireoidismo
Primário
Síndrome de Van Wyk-Grumbach. Puberdade precoce periférica em
menina de 6 anos com hipotireoidismo primário
♥ A testotoxicose é uma condição genética rara
com herança autossômica dominante, causada
por mutações ativadoras constitutivas do gene
do receptor de LH (LHCGR).
♥ A doença geralmente apresenta-se em torno
de 2 a 4 anos com virilização progressiva,
aumento da velocidade de crescimento e
avanço da idade óssea, levando à baixa
estatura na idade adulta, devido ao
fechamento prematuro das epífises ósseas.
♥ Os testículos encontram-se aumentados de
volume, com testosterona bastante elevada,
porém com resposta bloqueada do LH e FSH
ao estímulo com GnRH.
♥ O aumento do volume testicular é
habitualmente discreto, uma vez que a
mutação no receptor de LH ativa as células de
Leydig e não os túbulos seminíferos .
♥ Meninas portadoras de mutações ativadoras
do gene do receptor do LH não desenvolvem
PPP e apresentam função reprodutiva normal.
♥ A Síndrome de McCune-Albright (SMA) é uma
condição clínica esporádica e heterogênea
caracterizada principalmente por uma tríade
clássica:
1. “Manchas de café com leite” com bordas
irregulares (85%).
2. Displasia óssea fibrosa poliostótica (97%).
3. Puberdade precoce periférica (52%).
♥ Ela é mais frequente no sexo feminino.
♥ No sexo feminino, a puberdadeprecoce da
SMA resulta do desenvolvimento esporádico de
cistos ovarianos funcionantes, que produzem
Os pacientes afetados podem
desenvolver ativação secundária do
eixo hipotálamohipófise-gonadal após
o início da terapia antiandrogênica.
Testotoxicose familiar (TF) em menino de 7 anos.
elevações transitórias do estradiol,
independentemente da secreção de
gonadotrofinas.
♥ As concentrações dos estrogênios séricos
tendem a flutuar drasticamente, provocando
manifestações episódicas de puberdade
precoce.
♥ Esses sinais clínicos de puberdade precoce
frequentemente ocorrem nos primeiros 2 anos
de vida e incluem aumento transitório da
mama, estrogenização da mucosa vaginal,
crescimento acelerado e aparecimento súbito
de sangramento menstrual que decorre da
queda dos valores estrogênicos, em função da
resolução espontânea do cisto ovariano.
♥ A doença óssea da SMA ocorre quando as
células da medula óssea são afetadas pela
mutação no GNSA1 e é caracterizada por
lesões displásicas que consistem em tecido
fibroso anormal no espaço medular.
♥ O córtex ósseo adjacente é afinado e, algumas
vezes, o osso inteiro está alargado. As áreas
mais acometidas são o fêmur proximal e a
base do crânio.
♥ Marcadores de formação e reabsorção óssea
estão aumentados, principalmente se as lesões
forem múltiplas.
♥ As causas de PPP de origem adrenal incluem:
1. As formas virilizantes de hiperplasia adrenal
congênita.
2. Resistência ao glicocorticoide.
3. Defeitos do gene DAX (essa proteína exerce um
papel importante no desenvolvimento normal
de vários tecidos produtores de hormonas.
Estes tecidos incluem as glândulas adrenais, a
pituitária e o hipotálamo).
♥ O tratamento clínico da PPP é constituído pela
administração de medicamentos que
Diante da suspeita de SMA, a
radiografia de esqueleto e a
cintilografia óssea podem revelar
displasia fibrosa poliostótica.
A síndrome de McCune-Albright tem como tríade
característica manchas café com leite irregulares, displasia
óssea poliostótica e puberdade precoce.
bloqueiem a síntese ou a ação dos esteroides
sexuais.
♥ Cirurgia: Em casos de tumores funcionantes,
como tumores adrenais, ovarianos ou
testiculares, bem como tumores produtores de
HCG.
♥ Inibidores da esteroidogênese:
► Agentes Progestacionais.
► Antiandrogênicos (espironolactona e acetato
de ciproterona).
► Inibidores de aromatase (anastrozol e letrozol).
► Além de terem efeito central inibindo
LH e FSH, com isso reduzindo a
progressão para PPDG secundária.
► Boa opção para tratamento de cistos
ovarianos autônomos, testotoxicose e
MCA.
► Cefaleia
► Edema
► Retenção hídrica
► Aumento de peso
► Estrias
► Úteis para PP isossexual em
meninos ou heterossexual em
meninas.
► Podem causar ginecomastia (distúrbio que
ocorre no homem caracterizado pelo
aumento das mamas, devido ao excesso de
tecido da glândula mamária) pelo aumento
dos valores de estrógenos após a
aromatização da testosterona.
► Para evitar essa complicação, pode-se
associar um inibidor de aromatase.
► Inibem a conversão de andrógenos em
estrógenos.
► Úteis no tratamento de PP isossexual de
meninas e na heterossexual de meninos, ou
no tratamento da isossexual de meninos
com antiandrogênios, visando reduzir a
aromatização da testosterona em estradiol,
evitando assim a ginecomastia
► Moduladores seletivos so receptor de
estrógenio. (tamoxifeno).
► É um modulador seletivo do receptor de
estrógeno, que antagoniza seu efeito em
alguns tecidos.
► O estrogênio continua alto, mas ocorre
redução da VC, da maturação óssea e do
sangramento menstrual.
► É uma boa opção para PP isossexual em
meninas, como MCA.
Deve-se fazer monitoramento de
hemograma, eletrólitos, transaminases
e função renal.

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