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GLICONEOGÊNESE Uriel F. S. Junior - Medicina Nove de Julho Ativada quando estamos em jejum, pós prandial não precisa fazer gliconeogênese. Jejum noturno o ideal é que durma 8h por noite, neste período de 8 horas o estoque de glicogênio já está acabando e começamos a fazer gliconeogênese. Jejum prolongado tem a queda do glicogênio, com isso o organismo precisa suprir as necessidades de glicose ativando a gliconeogênese. Enzimas principais da Via Gliconeogênica desvia as etapas irreversíveis da glicólise: - Piruvato Carboxilase - PEP (Fosfoenolpiruvato carboxicinasa) - Frutose 1,6 bifosfatase - Glicose 6 fosfatase É uma via que requer energia, e essa energia é favorecida pela oxidação dos ácidos graxos. É uma via que requer esqueleto de carbono e eles são fornecidos pelos aa fornecidos pelo músculo esquelético e lactato fornecido pelo músculo e pelas hemácias -> Lactato. Somente o fígado, pode usar o glicerol livre da mobilização dos ácidos graxos para a gliconeogênese. Deficiência nas enzimas gliconeogênicas causa hipoglicemia de jejum. ETAPAS DA REAÇÃO DA VIA: -Piruvato carboxilasa -PEP -Frutose 1,6 bifosfatase (Participa limitando a velocidade da reação dessa via) -Glicose 1,6 fosfatase Tudo isso ignora as etapas irreversíveis da glicólise. Conversão de piruvato em PEP: A PEP é uma enzima mitocondrial contendo biotina, converte piruvato em oxalacetato e essa é uma reação irreversível que consome ATP, deficiência de biotina leva acúmulo de piruvato e se tem piruvato pode ser convertido em ácido lático levando a acidose lática. Oxalacetato reduzido em malato, utilizando o transporte de malato vai colocar o malato no citosol, reoxidado em oxalacetato. A PEP carboxilase, vai descarboxilar o oxalacetato e vai produzir PEP em uma reação reversível e consome GTP (Seta mais grossa, indica síntese de glicose, e seta tracejada indica reação glicolítica irreversível, que são bloqueadas em condições que favorecem a gliconeogênese em estado de jejum) CONVERSÃO DO PEP EM FRUTOSE 1,6 BIFOSFATO: GLICONEOGÊNESE Uriel F. S. Junior - Medicina Nove de Julho Ocorre pela reversão de 6 reações da via glicolítica (vê no canto direito), essa frutose 1,6 bifosfatase enzima limitante, ela que decide se vai pra frente ou volta dentro da via. Ela desfosforila a frutose 1,6 fosfato e produz frutose 6 fosfatase. Isso desvia a PFK1 que é uma etapa irreversível, é uma fuga da glicólise. A reversão simples da reação dada pela fosfoglicose isomerase converte a frutose 1,6 fosfato em glicose 1,6 fosfato essas conversão é importante para os substratos das outras. Fosfoglicose isomerase -> Forma isômeros Glicose 6 -fosfatase: tia um fosfato da glicose 6 fosfato, produzindo glicose contornando a reação irreversível da PFK ou glicoquinase. Etapas reguladas: Regulação recíproca, regula tanto de um lado para o outro. Garante que a gliconeogênese ou a glicolise predomina, evitando ciclo inútil de glicose para piruvato e de volta para glicose. O organismo é projetado para ter uma maior desempenho, ou faz glicólise ou gliconeogênese , precisando ter essa regulação. O Acetil CoA é um produto da oxidação do ácido graxo, ele atua como efeito alostérico positivo da piruvato carboxilase, que desvia o piruvato para a via gliconeogênica ao invés do ciclo do ácido cítrico. Outra relação é a produção de glucagon e insulina, que fazem a regulação da gliconeogênese. A proporção de insulina para glucagon é regulada a piruvato quinase, ela está envolvida na transformação do PEP em Piruvato e frutose 1,6 bifosfato ativa a PFK 1. Altos níveis de insulina e baixo de glucagon estamos falando do estado alimentando e nesse estado gera o aumento da atividade da piruvato quinase e aumento da frutose 1,6 bifosfato. Aumento da glicose no tecido hepático e diminuição da gliconeogênese. Baixa insulina e altos níveis de glucagon, que é o estado em jejum, tem a diminuição da piruvato quinase e diminuição dos níveis de frutose 1,6 bifosfato, existem vias que são compartilhadas pelos dois mecanismos. GLICONEOGÊNESE Uriel F. S. Junior - Medicina Nove de Julho Jejum: Diminuição da piruvato quinase, e frutose 1,6 bifosfato. Diminuição da glicólise e aumento da gliconeogênese, a gliconeogênese é importante para manter a glicose no sangue e ser captada pelos tecidos. Efetores alostéricos que têm efeito oposto na frutose 1,6 bifosfato e PFK 1 . A frutose 2,6 bifosfato e AMP -> os dois juntos tem estímulo da PFK 1, RESULTA NO AUMENTO DA glicólise isso inibe a frutose 1.6 bifosfatase diminuindo a via da gliconeogênese. Citrato e AMP, as duas substâncias inibem a PFK 1 o que leva diminuição da glicólise, estimulando a frutose 1.6 bifosfatase levando o aumento da gliconeogênese (formação de glicose utilizando outros compostos que não seja diretamente a glicose) COMPARAÇÃO GLICONEOGÊNESE E GLICÓLISE: Gliconeogênese são catalisadas pelas mesmas enzimas na glicólise. Característica única dessa via: Consome 6 ATP, o fígado local mais importante, enquanto os rins e epitélio do intestino delgado assumem um papel menos importante. Inanição prolongada os rins assume papel fundamental, a gliconeogênese é importante para manter os níveis de glicose em jejum para as necessidades de energia do cérebro, hemácia, músculo em exercício e medula renal um local de gliconeogênese em estado de jejum. Ocorre em parte na mitocôndria, principalmente a reação da piruvato carboxilase e também no citosol. A gliconeogênese vai se relacionar com outras vias, exemplo lactato fornece ⅓ dos esqueletos de carbono que vai ser usado na gliconeogênese, ciclo de cori o lactato produzido no músculo em exercícios e nas hemáceas viaja na corrente sanguínea no fígado sendo convertido em glicose e volta pro musculo e hemácias para a GLICONEOGÊNESE Uriel F. S. Junior - Medicina Nove de Julho formação de ATP. Os aminoácidos glicogênicos são derivados da degradação de proteína muscular e vai fornecer átomos de carbono para gliconeogênese por um processo de transaminaçãoem piruvato produzindo alanina e alfa cetoglutarato origem ao glutamato e oxalacetato que dá origem ao aspartato. O glicerol é uma fonte importante para átomo de carbono para a gliconeogênese em jejum ou condição de fome, quando os TAG são mobilizados no tecido adiposo uma enzima chamado glicerol quinase converte glicerol em glicerol 3 fosfato e posteriormente em DHAP e usar como substrato na gliconeogênese. ● Relação clínica: As deficiências das enzimas gliconeogênicas dão basicamente hipoglicemia de jejum. ● Doença de Von Gierke: Doença do armazenamento do glicogênio, tem uma ausência da glicose 6- fosfatase leva a diminuição da síntese de glicose. ● No desvio da piruvato quinase, nós temos a piruvato carboxilase mais a PEP carboxicinase. ● O OAA (Oxalacetato) NÃO pode sair da mitocôndria, então ele é convertido em malato para sair. ● A frutose 1,6 bifosfatase é a enzima limitadora da taxa de gliconeogênese, e vai ignorar para a PFK 1 ● A glicose 6 fosfatase libera glicose livre no sangue e ignora a hexoquinase ● O acetil CoA é produzido durante a gliconeogênese a partir de ácidos graxos mobilizados. ● Altos níveis de insulina e baixo de glucagon temos gliconeogênese inibida, baixo insulina baixo glucagon, temos gliconeogênese estimulada e glicólise inibida. ● A frutose 2,6 bifosfatos e AMP inibe a gliconeogênese. ● Citrato MP estimula a gliconeogênese ● Oxidação de gordura fornece energia, 6 ATP por molécula de glicose para iniciar a gliconeogênese, ela precisa desses 6 ATP vindo da oxidação da gordura. ● Locais de gliconeogênese: ● Fígado principal, rins em momento de fome e epitélio do intestino delgado GLICONEOGÊNESE Uriel F. S. Junior - Medicina Nove de Julho ● Ciclo de Cori: conversão hepática de lactato em glicose por meio da gliconeogênese, glicose retorna ao músculo. ● Ciclo da Alanina: Conversão hepática da alanina (músculo) em glicose pela gliconeogênese.
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