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Dismenorreia: Causas, Sintomas e Tratamentos

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Ana Luiza Spiassi Sampaio 
@anassampaioo 
 
Dismenorreia 
• É a dor uterina por volta do período menstrual - 
pode ocorrer com a menstruação ou precedê-la em 
1 a 3 dias; 
ETIOLOGIA 
• A dismenorreia pode ser: 
o Primária; 
o Secundária (decorrente de alterações 
pélvicas); 
Dismenorreia primária: 
• Dor resultante de isquemia e contrações uterinas, 
provavelmente mediadas por prostaglandinas 
(prostaglandina F2-alfa - estimulante e 
vasoconstritor do miométrio) e outros mediadores 
inflamatórios produzidos no endométrio 
secretório; 
• Fatores que contribuem: podem incluir: 
o Passagem do tecido menstrual através da 
cérvice; 
o Níveis altos de prostaglandina F2-alfa no 
líquido menstrual; 
o Óstio cervical estreito; 
o Útero mal posicionado; 
o Falta de exercícios; 
o Ansiedade sobre a menstruação; 
• Começa em um ano após a menarca e ocorre quase 
sempre em ciclos ovulatórios; 
• A dor quando a menstruação inicia (ou pouco 
antes) e persiste durante os primeiros 1 a 2 dias; 
• Dor: espasmódica; sobrepõem-se à dor abdominal 
inferior constante; pode se irradiar para as costas 
ou coxas; 
• Pode acompanhar mal-estar, fadiga, náuseas, 
vômitos, diarreia, dor lombar ou cefaleia; 
• Fatores de risco de sintomas graves: idade 
precoce da menarca; períodos menstruais longos 
ou intensos; tabagismo; história familiar de 
dismenorreia; 
• Os sintomas tendem a diminuir com a idade e 
depois da gestação; 
Dismenorreia secundária: 
• Os sintomas são decorrentes de anomalias 
pélvicas; 
• Dor: tende a aparecer de duas semanas antes até 
alguns dias após o sangramento menstrual. 
• Causas: 
o Endometriose (causa mais comum); 
o Adenomiose uterina; 
o Mioma; 
• Causas menos comuns: malformações 
congênitas, cistos e tumores ovarianos, doença 
inflamatória pélvica , congestão pélvica, 
aderências intrauterinas, dor psicogênica 
e dispositivos intrauterinos (DIUs). 
• Fatores de risco para a dismenorreia secundária 
grave são os mesmos que os para a primária; 
EXAME FÍSICO 
• Concentra-se na detecção das causas de 
dismenorreia secundária; 
• Inspecionam-se vagina, vulva e colo à procura de 
lesões e de massas que se desloquem através do 
óstio cervical; 
• Sinais de alerta: 
o Dor nova ou de início recente; 
o Dor intermitente; 
o Febre; 
https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/endometriose/endometriose
https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/doen%C3%A7as-ginecol%C3%B3gicas-diversas/adenomiose-uterina
https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/miomas-uterinos/miomas-uterinos
https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/vaginite-cervicite-e-doen%C3%A7a-inflamat%C3%B3ria-p%C3%A9lvica/doen%C3%A7a-inflamat%C3%B3ria-p%C3%A9lvica-dip
https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/vaginite-cervicite-e-doen%C3%A7a-inflamat%C3%B3ria-p%C3%A9lvica/doen%C3%A7a-inflamat%C3%B3ria-p%C3%A9lvica-dip
https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/planejamento-familiar/dispositivos-intrauterinos-dius
Ana Luiza Spiassi Sampaio 
@anassampaioo 
 
o Secreção vaginal; 
o Evidências de peritonite; 
• Suspeita-se de dismenorreia primária se: 
sintomas começam logo após a menarca ou 
durante a adolescência; 
• Suspeita-se de dismenorreia secundária se: 
sintomas começam após a adolescência; 
o Causas: adenomiose uterina, mioma, 
óstio cervical estreito, massa que provoca 
protrusão pelo óstio cervical ou 
endometriose. 
DIAGNÓSTICO 
• Dismenorreia primária: diagnóstico clínico; 
o Queixa de dor intensa, tipo cólica, no 
hipogástrio, podendo irradiar para a região 
sacral e parte superior das coxas; 
o Não está associada a alterações 
laboratoriais e anormalidades nos exames 
de imagem; 
o Exame físico é normal; 
o Na ausência de melhora com tratamento, 
considerar videolaparoscopia diagnóstica; 
• Dismenorreia secundária: diagnóstico 
relacionado à presença de alterações no exame 
físico, laboratorial ou de imagem; 
• Exames: objetivo de excluir doenças 
ginecológicas estruturais - teste de gestação; 
ultrassonografia pélvica; 
o Ultrassonografia pélvica: sensível para 
massas pélvicas (cistos ovarianos, 
miomas, endometriose, adenomiose 
uterina); 
o Histeroscopia ou laparoscopia pode ser 
feita; laparoscopia é o teste mais definitivo 
porque permite que os médicos examinem 
diretamente toda a pelve e os órgãos 
reprodutivos e para verificar se há 
anormalidades; 
TRATAMENTO 
• Dismenorreia primária: medicações para inibir a 
ação das protaglandinas – AINEs, piroxicam, 
ácido mefenâmico, ibuprofeno, cetoprofeno e 
diclofenaco (não são tratamento definitivo; usadas 
apenas no momento do quadro álgico); 
o Tratamento definitivo e preventivo: uso 
de anovulatórios - anticoncepcionais 
hormonais, pílulas de progestogênio 
isolado, adesivo transdérmico e anel 
vaginal, DIU com levonorgestrel; 
▪ DIU de cobre, não hormonal, 
NÃO É RECOMENDADO – 
associado ao aumento da 
intensidade do sintoma de 
dismenorreia; 
• Dismenorreia secundária: tratamento específico 
para cada doença;

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