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CIRURGIA PEDIÁTRICA - 19 Invaginação Intestinal (Intussuscepção)

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CIRURGIA PEDIÁTRICA Mayara Suzano dos Santos – T XIV A 
 6º Semestre – 2021.2 
1 
 
 
Patologias em Cirurgia 
Pediátrica 
Disciplina de Cirurgia Pediátrica 
FASM 
MAYARA SUZANO DOS SANTOS 
TURMA XIV A 
6º Semestre – 2021.1 
CIRURGIA PEDIÁTRICA Mayara Suzano dos Santos – T XIV A 
 6º Semestre – 2021.2 
2 
 
INVAGINAÇA O INTESTINAL (INTUSSUSCEPÇA O) 
EPIDEMIOLOGIA ETIOLOGIA FATORES DE RISCO FISIOPATOLOGIA 
▪ Pico de incidência: 
6 m 
▪ Varia entre 5-9 m 
(60-65%) 
▪ 60-70% sexo 
masculino 
 
Maior incidência em 
época de maior indice 
de IVAS e infecção 
digestiva 
 
80% na região iliocecal 
Primária: idiopática 
(90%): Anatômicos? 
Infecciosos? Alimentares? 
 
Secundária (10%): 
▪ Doenças do TGI → 
pólipos, cistos e 
Meckel 
▪ Doenças sistêmicas 
▪ Neoplasias → linfomas 
▪ PO (1-2%) de cx 
abdominal ou 
extrabdominal 
Vacinação para 
rotavírus? (↑ de casos 
após vacinação) 
Ocorre quando um segmento proximal de alça intestinal penetra num segmento distal, 
acompanhado do seu mesentério¹ → compressão vascular mesenterial e obstrução da drenagem 
venosa e linfática → edema e obstrução → isquemia e necrose → perfuração e peritonite. 
 
Localização: 80% é a entrada do ílio pelo ceco (ilíocecocólica); pode ocorrer também ileoileal 
(82%), cecocólica, colocólica (5%) e jejunojejunal (1%) → pode haver progressão por todo cólon, 
podendo chegar até o reto com prolapso retal 
 
Idiopática: íleo terminal infantil rico em tecido linfóide → se infecção respiratória ou enterocolite 
→ hiperplasia linfóide → adenite mesentérica (“cabeça” de invaginação) → invaginação 
 
Secundária: qualquer doença que atue como “cabeça de invaginação” durante a peristalse 
▪ PO → em geral, por dismotilidade intestinal pós operatória 
 
 
CIRURGIA PEDIÁTRICA Mayara Suzano dos Santos – T XIV A 
 6º Semestre – 2021.2 
3 
 
INVAGINAÇA O INTESTINAL (INTUSSUSCEPÇA O) 
QUADRO CLÍNICO DIAGNÓSTICO TRATAMENTO PREVENÇÃO 
Sinais e sintomas clássicos: lactente bem nutrido, sem doença prévia 
▪ Dor abdominal aguda e intermitente → cólicas (60-75%) 
▪ A cada novo surto de dor apresenta sudorese, vômitos (80-100%) e 
irritabilidade 
▪ Palidez cutânea e contração dos MMII 
▪ Fezes em “geléia de morango” (sangue + muco) 
▪ Adenite mesentérica 
▪ Desidratação 
 
Sinais e sintomas atípicos: 
▪ Pode simular quadro de enterocolite aguda ou GECA 
▪ Pode ser Indolor e com sintomas pobres (13-20%) 
▪ Sintoma obstrutivo precoce, quanto mais alta 
▪ Púrpura de Henoch-Schnolein → simulam invaginação → crises de dor 
abdominal, vômitos e sangue nas fezes → mas apresentam também 
invaginações “verdadeiras” 
 
Complicações: 
▪ Abdome agudo → obstrução intestinal 
▪ Peritonite → perfuração 
▪ Choque séptico 
 
Invaginação crônica: lactentes com doença prévia local ou sistêmica 
▪ Dor abdominal recorrente acompanhado de vômitos, anorexia, 
alteração de hábito intestinal, perda de peso e ↓ estado geral 
▪ Massa palpável (em chouriço) intermitente, chamado de TU fantasma 
▪ Obstrução incompleta → invaginação se reduz espontaneamente (não 
causa estrangulamento ou necrose) 
Clínico: normalmente é suficiente se 
palpação de massa abdominal 
▪ Palidez e frialdade durante cólicas 
▪ Massa tuomral palpável 
(“chouriço”) em qualquer região 
▪ Sinal de Dance → FID vazia 
▪ Evacuação em “geléia de 
morango” 
▪ Em geral, não há distensão 
abdominal 
 
Exames complementares: quando não 
se palpa a massa 
▪ RX (se obstrução franca) → niveis 
hidroaéreos, FID vazia, 
deslocamento e dilatação do íleo 
▪ USG (exame de escolha) → 
camadas concêntricas de 
ecogenecidades diferentes 
(imagem em “alvo”) ou “pseudo 
rim” → reduçao com SF ou ar 
▪ TC → imagem em “alvo” 
▪ Enema opaco → imagem em “casca 
de cebola” ou “taça” → faz redução 
com Bário 
Clínico: redução gasosa, SF ou enema 
baritado (sucesso 70-90%) → só pode 
ser realizado com respaldo de um CC 
(risco de perfuração) 
 
Cirúrgico: indicada em casos ausência 
de progressão do contraste após 10’ de 
redução por enema, menores de 3 m e 
invaginação de delgado → risco de 
perfuração 
▪ Contraindicação → sinais de 
perfuração e peritonite, MEG, > 48h, 
< 2 anos ou RN, sinal de obstrução 
ou invaginação crônica 
▪ Incisão → laparotomia 
infraumbiliacal direita 
▪ Manobra de “ordenha 
retrógrada”2 → reduzir a 
invaginação e avaliar viabilidade2 
▪ Alças inviáveis → ressecção e 
reexloração em < 48h com 
anastomose primária ou colostomia 
▪ Apendicectomia obrigatória 
Alguns médicos 
contraindicam a 
vacinação contra 
rotavírus em 
famílias com 
boas condições 
de saneamento 
básico, 
tratamento de 
água e coleta de 
lixo (orientação 
do profº) 
 
 
 
CIRURGIA PEDIÁTRICA Mayara Suzano dos Santos – T XIV A 
 6º Semestre – 2021.2 
4 
 
INVAGINAÇA O INTESTINAL (INTUSSUSCEPÇA O) 
DETALHES IMPORTANTES: 
 QUADRO 1. Invaginação intestinal 
 
QUADRO 1. Procedimento cirúrgico para tratamento da invaginação 
Procedimento de “ordenha retrógrada” realizado durante o ato cirúrgico, seguido de avaliação da 
viabilidade do seguimento intestinal acometido 
 
CIRURGIA PEDIÁTRICA Mayara Suzano dos Santos – T XIV A 
 6º Semestre – 2021.2 
5 
 
REFERÊNCIAS: 
MAKSOUD, João Gilberto. Cirurgia pediátrica/ vol II. [S.l: s.n.], 2003.

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