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O conteúdo desse material é de propriedade intelectual do ©IBET: é proibida sua utilização, manipulação ou reprodução, por 
pessoas estranhas e desvinculadas de suas atividades institucionais sem a devida, expressa e prévia autorização. 
 
 
ALUNA: ALINE RODRIGUES JACQUES 
MODULO II - INCIDÊNCIA E CRÉDITO TRIBUTÁRIO 
SEMINÁRIO I - ISENÇÕES TRIBUTÁRIAS E 
REGRA-MATRIZ DE INCIDÊNCIA TRIBUTÁRIA 
DATA: 29/05/2020 
 
 
Questões 
1. Que é isenção (vide anexo I)? 
 
Seguindo as premissas dos ensinamentos de Paulo de Barros de Carvalho a 
isenção é uma norma de estrutura, que promove modificações na norma de incidência 
do tributo, reduzindo o campo de abrangência da regra matriz de incidência tributária 
tanto em seu antecedente, quanto no consequente, o que impede o nascimento da 
obrigação tributária. 
A norma de isenção pode mutilar a regra de incidência tributária, sempre de 
forma parcial e de oito maneiras diferentes: 
I – No antecedente: 
a) atingindo-lhe o critério material, pela desqualificação do verbo, determinando que 
uma ocorrência não se enquadra mais em determinado verbo; 
b) atingindo-lhe o critério material, pela subtração do complemento, ao afastar 
determinado complemento do verbo; 
c) atingindo-lhe o critério espacial, delimitando região ou território da abrangência da 
incidência tributária; 
d) atingindo-lhe o critério temporal, estabelecendo que não há incidência tributária 
durante determinado tempo. 
II – No consequente: 
e) atingindo-lhe o critério pessoal, no sujeito ativo, pela supressão da capacidade 
tributária; 
 
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pessoas estranhas e desvinculadas de suas atividades institucionais sem a devida, expressa e prévia autorização. 
f) atingindo-lhe o critério pessoal, no sujeito passivo, pela redução dos possíveis 
sujeitos; 
g) atingindo-lhe o critério quantitativo, com redução da base de cálculo; 
h) atingindo-lhe o critério quantitativo, pela redução de alíquota. 
Esclarece Carvalho: 
“É uma fórmula inibitória da operatividade funcional da regra-
matriz, da tal forma que, mesmo acontecendo o evento tributário, 
no nível da concretude real, não pode o fato ser constituído e 
seus peculiares efeitos não se irradiam, justamente porque a 
relação obrigacional não se poderá instalar à míngua do objeto”1. 
 
A norma isentiva pode ser instituída concomitante ou posteriormente a edição 
da regra matriz do tributo, a ela implicando a subtração de parcela do campo de 
abrangência do critério do antecedente ou do consequente, alterando parcialmente de 
um dos aspectos, impedindo o surgimento da obrigação tributária. 
 
2. Elaborar quadro comparativo a respeito de: (i) isenção; (ii) imunidade; (iii) não 
incidência; (iv) anistia; e (v) remissão. 
 
Isenção é norma de estrutura que restringe o âmbito de abrangência da regra-
matriz de incidência tributária, mutilando, parcialmente, um de seus critérios, seja no 
antecedente ou no consequente, fazendo com que a exação tributária não incida 
sobre determinadas situações previstas em lei. 
Imunidade tributária é prescrição constitucional prevista como limitação ao 
poder de tributar, consiste em delimitação da competência tributária dos entes 
políticos e que devem ser observadas no início do processo de enunciação que dará 
origem à norma instituidora de tributo. Em suma, o poder de tributar confere ao ente 
a “faculdade” para a edição de leis para a instituição dos tributos e a previsão das 
imunidades pressupõe a proibição de exercer tal “faculdade” sobre fatos, pessoas ou 
situações previstas na Constituição Federal. 
Paulo de Barros Carvalho observa que “concebemos os dispositivos que 
 
1 Carvalho, Paulo de Barros. Curso de direito tributário – 30.ed.– São Paulo: Saraiva Educação, 2019. 
p. 504. 
 
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pessoas estranhas e desvinculadas de suas atividades institucionais sem a devida, expressa e prévia autorização. 
identificam a chamada imunidade tributária como singelas regras que colaboram no 
desenho do quadro das competências, expostas, todavia, por meio de esquemas 
sintáticos proibitivos ou vedatórios”2. 
Não Incidência está relacionada aos fatos não previstos na lei de instituição do 
tributo como aptos a ensejar o surgimento da obrigação tributária, ou seja, o fato não 
é prescrito na norma tributária impedindo a inauguração da obrigação tributária e a 
consequente exigência da exação. Pode ocorrer pela delimitação da competência 
tributária, pelo impedimento da incidência, pela ausência de competência do ente ou 
pela não previsão da situação na lei. 
Carvalho ensina: 
 “a dicção não incidência, onde o não prefixo muda a valência 
proposicional, de tal forma que poderíamos enunciá-la assim: 
inexistiu fato sotoposto à norma tributária, razão pela qual não 
se instalou o vínculo obrigacional. Exibe a incompossibilidade de 
exigência do tributo, pela inocorrência do fato descrito no 
antecedente da regra”3. 
 
Anistia é o perdão das penalidades, PBC bem define “é o perdão da falta 
cometida pelo infrator de deveres tributários e, também quer dizer o perdão da 
penalidade a ele imposta por ter infringido mandamento legal”.4 
A remissão pode ser considera um perdão, mas diferente da anistia ela abrande 
quaisquer valores originados pela existência do crédito tributário, seja o tributo em si 
ou juros e multas, decorrentes de penalidades. Paulo de Barros explica que 
“desparece o direito subjetivo de exigir a prestação e, por decorrência lógica e 
imediata, some também o dever jurídico cometido ao sujeito passivo”.5 
 
3. A expressão “crédito tributário” utilizado no art. 175 do CTN tem o mesmo conteúdo 
de significação para a isenção e para a anistia? Justificar. 
 
 
2 Idem, p. 233. 
3 Idem, p. 238. 
4 Carvalho, Paulo de Barros. Linguagem e Método. – 30.ed.– São Paulo: Saraiva Educação, 2019. p. 
619. 
5 Idem. p. 581 
 
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pessoas estranhas e desvinculadas de suas atividades institucionais sem a devida, expressa e prévia autorização. 
Seguindo as lições de PBC, que define crédito tributário como “o direito 
subjetivo de que é portador o sujeito ativo de uma obrigação tributária e que lhe 
permite exigir o objeto prestacional, representado por uma importância em dinheiro”.6 
A isenção é a modalidade de exclusão do crédito tributário, definido nos termos 
acima, que exclui o crédito relativo ao tributo pela mutilação de um dos critérios da 
regra matriz de incidência tributária, enquanto a anistia, como prescrito no artigo 180 
do Código Tributário Nacional exclui, exclusivamente, o crédito originado pelo 
cometimento de infrações, em nada influi na regra matriz visto que abrange as 
penalidades pelo não pagamento, pelo pagamento em atraso ou pelo descumprimento 
de deveres instrumentais. 
Desta forma, quando o Código Tributário Nacional contempla que a isenção é 
uma hipótese de exclusão do crédito tributário, na verdade, deve-se entender que 
existe uma extinção da obrigação tributária, enquanto na anistia mantém-se a 
obrigação sendo exclui os valores referentes as penalidades. 
 
4. Tratando-se de isenção com prazo certo, ou de isenção por prazo indeterminado, 
responda: 
(i) equivalem, necessariamente, à isenção condicionada e à isenção incondicionada, 
respectivamente? Quais critérios são utilizados nessas classificações? 
 
Sim, em regra, a isenção pode ser condicionada e, normalmente, por prazo 
determinado ou incondicionada e, normalmente, por prazo indeterminado. 
A isenção condicionada é aquela que exige do sujeito passivo algum tipo de 
contrapartida, de investimento para gozar do benefício legal, o contribuinte terá uma 
série de gastospara fazer jus ao benefício da isenção. 
A incondicionada exige apenas e tão somente a verificação dos requisitos 
legais, sem qualquer contraprestação. para o gozo da isenção basta a pequena 
capacidade contributiva, não se exigindo qualquer gasto ou investimento do sujeito 
passivo. 
 
6 Carvalho, Paulo de Barros. Curso de direito tributário – 30.ed.– São Paulo: Saraiva Educação, 2019. 
p. 389. 
 
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pessoas estranhas e desvinculadas de suas atividades institucionais sem a devida, expressa e prévia autorização. 
A isenção por prazo certo condicionada, leva em consideração o critério literal 
do tempo (determinado) e da onerosidade ou contrapartida para a sua satisfação que, 
em decorrência disso, gera o chamado direito adquirido para o contribuinte. Ademais, 
não pode ser revogada nem modificada antes de findo o prazo, caso seja modificada, 
não poderá gerar efeitos para os que estiverem dentro do referido prazo. 
De outra banda, a isenção por prazo indeterminado incondicional tem o critério 
do tempo (indeterminado) e a gratuidade ou sem contrapartida, podendo ser revogada 
ou modificada a qualquer tempo, gerando novamente a obrigação tributária e deverá 
respeitar o princípio da anterioridade, somente produzirá seus efeitos no exercício 
financeiro seguinte. 
(ii) a revogação da isenção, que reinstitui a norma tributária no sistema, apenas 
restabelece sua eficácia ou requer a publicação de nova regra tributária no 
ordenamento? Neste último caso, deverá ser respeitado o princípio da anterioridade 
(nonagesimal / exercício)? Há direito adquirido (vide anexo II e III)? 
 
A revogação da isenção restabelece a eficácia da regra matriz no sistema, pois 
a norma isentiva retirava a eficácia plena daquela. Com a revogação fica restabelecida 
a total capacidade de produzir efeitos da regra matriz, o que equivale a criação do 
próprio tributo. 
Portanto, a revogação da isenção representa um retorno da tributação e há que 
se respeitar o princípio da anterioridade e todas as regras de direito tributário, pois a 
situação que não estava sendo submetida à tributação passa a ser tributada e os que 
tinham direito à isenção não podem ser prejudicados em virtude de alterações 
legislativas posteriores, pois isso implicariam em violação a direito adquirido. 
Ademais, o artigo 104, inciso III do Código Tributário Nacional, prevê que “a 
revogação da isenção é, assim como sua instituição, manifestação da competência 
tributária e, portanto, está sujeita à todas as regras prescritas na Constituição da 
República”. 
 
5. Há distinção entre alíquota 0% e isenção? Os insumos isentos, não tributados e 
tributados à alíquota 0%, adquiridos no processo de industrialização, conferem direito 
ao crédito tributário? Por quê? Em caso afirmativo, qual critério deveria ser utilizado 
 
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pessoas estranhas e desvinculadas de suas atividades institucionais sem a devida, expressa e prévia autorização. 
para determinar o crédito presumido de IPI? Se o produto for adquirido da ZFM, isso 
alteraria a resposta? Se sim, por quê? (Vide anexos IV, V, VI, VII, VIII e IX) 
 
Na alíquota 0% a regra matriz do tributo possui todos os seus critérios previstos, 
há descrição do fato como critério material contudo esta prevê em seu consequente 
que o quantum devido pela ocorrência do fato gerador será calculado sobre uma 
alíquota igual a zero, não gerando valores a serem pagos à título de tributo. 
A isenção é uma norma de estrutura, que promove modificações na norma de 
incidência do tributo, reduzindo o campo de abrangência da regra matriz de incidência 
tributária tanto em seu antecedente, quanto no consequente, o que impede o 
nascimento da obrigação tributária. 
Sim, há distinção entre eles, a alíquota zero é uma manobra, prevista 
constitucionalmente, na qual o Executivo, por meio de decreto, pode desonerar 
algumas exações (IPI, ICMS, II, IE e IOF) como meio de incentivo fiscal. Já a isenção, 
ao contrário, só pode ser instituída por meio de lei. Outra distinção está na existência 
de obrigação, a alíquota 0% sofre a incidência da regra matriz e gera obrigação 
tributária, a isenção não gera obrigação tributária. 
Não, o Supremo Tribunal Federal manifestou entendimento no sentido da 
impossibilidade de o contribuinte tomar créditos fiscais do IPI nas aquisições de 
insumos saídos do estabelecimento fornecedor com isenção, não tributados ou 
tributados à alíquota de 0% (zero por cento). Contudo, se o produto for adquirido da 
Zona Franca de Manaus, a decisão do STF entendeu por permitir o aproveitamento 
do crédito proveniente dessas aquisições para quitar outros tributos federais, o que 
excepciona a não-cumulatividade. 
 
6. Considerando o art. 155, §2º, II, alíneas “a” e “b” da CF, pergunta-se: 
 a) Existe isenção parcial? Redução de base de cálculo pode ser considerada hipótese de 
isenção parcial? 
 
Se a norma de isenção impede o nascimento da obrigação tributária, fazendo 
com que a exação tributária não recaia sobre aquela determinada situação prevista 
na norma isentiva, ou seja, somente através de uma isenção que reduz ou mutila 
 
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totalmente um dos critérios da regra-matriz de incidência tributária é que não existirá 
o nascimento da obrigação tributária. 
Portanto, na hipótese da chamada isenção parcial, há o nascimento da 
obrigação tributária sobre determinada situação, ocorrendo tão somente uma 
diminuição do valor do débito a ser pago pelo contribuinte, decorrente do tributo 
devido. 
Outro não é o entendimento de Paulo de Barros Carvalho: 
 
“Não se pode confundir a subtração do campo de abrangência 
do critério da hipótese ou da consequência com a mera redução 
da base de cálculo ou da alíquota que não as anule. A 
diminuição que se venha processar no critério quantitativo sem, 
com isso, fazer desaparecer completamente o objeto da 
obrigação tributária, não é isenção. Isso porque, de acordo com 
a fenomenologia da isenção, a situação prescrita pelo direito 
como isenta não está sujeita a incidência tributária, o que não 
ocorre com aquela outra, cuja base de cálculo ou alíquota foram 
apenas reduzidas, situação impropriamente denominada 
isenção parcial por setores da doutrina e da jurisprudência 
pátrias: ainda que o valor pareça menor que aquele 
diacronicamente percebido, há ali incidência tributária e, 
portanto, não há isenção”7. 
Não, não é possível admitirmos a existência de isenção parcial, eis que meras 
reduções na base de cálculo não impedem o nascimento da obrigação tributária. 
Contudo, o Supremo Tribunal Federal consolidou jurisprudência no sentido de 
que a redução parcial da base de cálculo deve ser entendida como isenção parcial do 
tributo. 
 b) É possível lei estadual que determine a exigência do estorno do crédito do ICMS, 
relativo à entrada de insumos, proporcional à parcela correspondente à redução da 
base de cálculo do imposto incidente na operação de saída da mercadoria, com 
 
7 Idem. p. 505/506 (Grifos no original). 
 
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fundamento no art. 155, § 2º, II, da CF/88? (Vide anexos X, XI e Parecer da 
Procuradoria-Geral da República no RE n. 635.688/RS RG, de 09/12/11). 
 
Sim, o Supremo Tribunal Federal no RE 635688 decidiu pela anulação 
proporcional de crédito relativoàs operações anteriores quando houver redução da 
base de cálculo de ICMS, salvo disposição em lei estadual em sentido contrário. 
Diante disso, pode a lei estadual prever o estorno dos créditos referentes etapas 
antecedentes. 
 
7. A concessão de benefício fiscal relativo à isenção do ICMS incidente sobre a aquisição de 
veículo automotor por deficiente físico demanda a aprovação por convênio, nos termos do 
art. 155, §2º, XII, g, da CF, regulamentado pela Lei Complementar 24/75? Caso considere a 
dispensa de convênio nesse caso, ela poderá ser justificada pela garantia fundamental, cuja 
concessão do benefício visa a assegurar? (Vide anexo XII e XIII). 
 
Sim, as isenções relativas ao ICMS devem observar as normas gerais 
implementadas pela Lei Complementar 24/1975, a qual foi recepcionada pela 
Constituição Federal de 1988. 
De acordo com esta lei, as isenções relativas ao ICMS somente podem ser 
concedidas mediante prévia autorização nos termos de convênios celebrados e 
ratificados pelos Estados e pelo Distrito Federal. 
Não, é condição de validade para a instituição de isenções relativas ao ICMS a 
existência de deliberação de todos os representantes dos Estados e Distrito Federal 
autorizando a instituição de isenções, sob pena de declaração de 
inconstitucionalidade da isenção. 
 
8. Determinado Estado institui isenção de ICMS, com fundamento em convênio CONFAZ, 
exclusivamente para operações realizadas pelo contribuinte atacadista de 
determinado produto. A legislação (i) expressamente veda que essa isenção seja 
utilizada por estabelecimentos industriais e varejistas e (ii) nada fala sobre a 
possibilidade de manutenção de crédito pelo atacadista. Qual o efeito prático desta 
isenção para a cadeia do ICMS? Essa isenção é constitucional? Poderia o 
estabelecimento atacadista renunciar à isenção tributária e decidir tributar 
regularmente sua operação? Esse valor pago, em renúncia à isenção, seria tributo? Há 
relação entre essa isenção tributária e o princípio da legalidade estrita tributária? 
 
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Na modalidade de imposto não cumulativo de incidência plurifásica, só surtirá 
benefício ao contribuinte se outorgada no início ou no final da etapa de circulação. Se 
conferida no meio desse ciclo de comercialização, podendo surtir efeito contrário ao 
esperado pela isenção. 
Ocorre que o contribuinte da etapa seguinte não fará jus ao crédito do imposto 
da operação isenta e terá que estornar os créditos referentes as etapas que 
antecederam a isenção, ou seja, o imposto que deixou de ser destacado na operação 
isenta corresponde àquele que se acumula desde a primeira operação de circulação 
de mercadoria até a operação isenta. 
Não fosse a regra constitucional que determina a anulação do “crédito relativo 
às operações anteriores” o contribuinte da etapa subsequente a isenção teria direito 
ao crédito pertinente à etapa anterior, só deixando de fazer jus ao crédito da operação 
isenta, no caso, na etapa seguinte. 
Não, pois a Constituição Federal, nos termos do artigo 150, inciso II estabelece 
que a tributação deve respeitar o princípio da isonomia, sendo vedado à União, aos 
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios “instituir tratamento desigual entre 
contribuintes que se encontrem em situação equivalente, proibida qualquer distinção 
em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida, independentemente 
da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos”. Portanto, o legislador 
não pode eleger critérios pelo sistema para distinguir aqueles podem e os que não 
podem usufruir dos benefícios de determinada isenção. Há que respeitar a igualdade 
de tratamento para os que se encontram em situação idêntica. 
Não, como a isenção tributária é uma determinação legal e não há obrigação 
tributária que necessite de quitação, o contribuinte não tem a opção de renunciar a 
isenção sob pena de afronta ao princípio da legalidade. 
Todavia, se houver na lei previsão expressa de se optar pela renúncia de 
isenção, não haveria infringência do princípio da legalidade. 
Sim, pois as isenções somente podem ser concedidas por meio de lei, eis que 
as isenções nada mais são do que normas que conjugadas às que instituem certo 
 
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tributo, delimitam as hipóteses sujeitas à tributação. Ademais, o cidadão somente está 
obrigado a fazer algo se estiver previsto em lei. 
 
4 A revogação de norma isentiva por prazo determinado, permite que a RMIT volte a 
produzir volte a produzir os seus regulares efeitos sobre o fato isencional? Aplica-se a Súmula 
544 do STF? 
Aplica-se a Súmula 575 do STF? 
 
5 De onde decorre o direito ao crédito? Pode-se em falar em RMIT e regra-matriz do crédito? 
O que significa? O empréstimo da alíquota final relativa a operação diversa resultaria em 
atuação do Judiciário como legislador positivo? O direito do crédito depende de lei ordinária? 
E sua quantificação? 
NOTA 90