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IXODIDOSE em Bovinos

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IXODIDOSE
quarta-feira, 14 de outubro de 2020
22:57
 
Carrapato que parasita bovino - Rhipicephalus (Boophilus) microplus parasita monoxeno a larva não muda de hosp fica sempre nesse bovino, a não ser em casos em que animais ficam muito próximos enquanto elas procuram local para se depositar passam de um para o outro; outras espécies podem comportar-se como hosp (búfalos, jumentos, ovinos, caprinos, gatos, porcos, animais silvestres)
 
Histórico
Originário da Ásia, entrou na expansão, colonização, movimentação de animais e mercadorias, regiões tropicais, e se adaptou muito bem nos paralelos (norte/sul)
Distribuição na América do Sul - bem distribuído na região centro-oeste e sudeste
 
Prejuízos econômicos
Perdas diretas pelo efeito da picada e suas consequências
· Irritabilidade
· Perda de sg acarretando perda de peso
· Prod leite
· Miiase secundária
· Danos no couro prejudicando a qualidade
· Transmissão tristeza parasitária bovina
Perdas indiretas
· Custo do controle químico
· Resíduos deixados nos produtos de origem animal
· Danos ambientais decorrentes do uso dos produtos químicos acarretando prejuízos superiores a um bilhão de dólares anuais
 
Ciclo de vida
 
 
 
Regiões oferecem temperatura e umidade favoráveis, o carrapato sobrevive
Maioria dos carrapatos estão em fase de vida livre, uma pequena parcela está em fase parasitária
Teleógena - ingurgitada que está apta para cair no solo, se as condições climáticas não estão adequados ela retarda o início da postura
Larva infestante - pode sobreviver na natureza até 200 dias mas quanto mais tempo fica sem encontrar com o hosp mais energia ela perde; ela encontra com o hosp através do odor, as vibrações ao caminhar, o sombreamento, estímulo visual e principalmente as [ ] de CO2 da respiração do hosp, as larvas tem movimento horizontal para chegar mais próxima, para conseguir subir
 
 
 
 
 
Fixa-se em regiões do corpo do hosp que favorecem o desenvolvimento: úbere, mamas, períneo, perianal, perivulvar e entrepernas, pescoço e orelhas
Essas regiões preferenciais de fixação são determinadas em função da espessura, vascularização e temp da pele, bem como pela dificuldade de acesso das lambidas do hosp
 
Epidemiologia
Clima e microclima
 - características da vegetação (capim crescimento sesiptoso com dente, ou capim crescimento tolonifico, tolões que cobrem o solo, várias ramas)
· Solos mais drenados e protegidos por vegetação
· Umidade relativa do ar
<70 interfere com a eclosão
Alta umidade relativa as larvas podem sobreviver até 8 meses
· Temperatura
> que 27ºC consumo excessivo de energia, larva não sobrevive mais do que 45-60 dias
Baixas temperaturas: larva é o estágio + vulnerável
A fase parasitária
· É pouco afetada pelas condições climáticas ambientais
 
Dinâmica populacional do carrapato bovino
F1- larvas sobreviveram chuva/inverno onde animais começam ser parasitados
JAN/FEV - F2 e F3 
Ano a ano o padrão pode modificar, pode ter surtos em épocas que não se esperava (épocas de muita chuva por ex)
 
Relação parasita x hosp
Reações inflamatórias e imunológicas envolvidas nas interações entre os carrapatos e os diversos hosp - o hosp responde com o afluxo de céls e ocitocinas para debelar o parasitismo ou pelo menos modular
· Limitações do parasito pelas defesa do hosp
· Habilidade do parasito de modular, evadir ou restringir a resposta imune
Zebuínos x Taurinos
· Destituídos de experiência prévia com o carrapato R. (Boophilus) microplus: são igualmente suscetíveis à infestação primária - zebuinos produz mais substâncias inflamatórias, vai se coçar mais, tem mais afluxo de eosinófilos, ocorre degranulação de mastócito, liberação de histamina então ele se coça muito, lambendo muito poucos carrapatos se fixam - da primeira infestação para a segunda já cai consideravelmente
· A resistência contra R. (Boophilus) microplus é um fenômeno adquirido
· Bovinos europeus apresentam em média 10,5x mais carrapatos que os de cruzamentos com zebuínos
· Cruzamentos: quanto maior a proporção de sg zebu, menor será a população média de carrapatos
Resistência
· Seleção natural pela convivência de Bos indicus com carrapatos???
· Raças zebuínas > raças crioulas latino-americanas (ex: caracu) > raças europeias, apesar de se originarem destas
· Variação individual dentro de uma mesma raça
· Raças europeias: existem aquelas com maior resistência aos carrapatos (ex: jersey)
Sexo: machos são mais suscetíveis do que as fêmeas
Bezerros até 6 meses de idade são mais resistentes do que a mãe? Depende de N fatores 
Época do ano: mais sensíveis no outono do que no inverno, mas no inverno são as piores condições para parasitismo, no outono é final da F3 
Estado nutricional influência diminuindo a resistência dos bovinos aos carrapatos
Coloração da pele e do pelo
 - animais de pelagem mais escura procuram locais mais protegidos do sol que são também locais de preferência dos carrapatos, facilitando o acesso das larvas aos animais
 - animais de pelagem mais clara são menos infestados
Animais resistentes
Rejeição aos carrapatos
· Reações de hipersensibilidade cutânea (coceira), particularmente contra fixação larval - atrapalha fixação da larva
· Somente 12,4% das larvas infectantes que se fixam no hosp conseguem chegar à fase de fêmea ingurgitada
A resistência adquirida dos bovinos ao longo de infestações seguidas acarreta em:
· Redução do peso final do carrapato ingurgitado
· Aumento do periodo de alimentação
· Dificuldade de realizar a muda e ingurgitamento
· Decréscimo do número de ovos na postura
· Redução da viabilidade dos ovos
*resistência do bovino implica na sobrevivência de vários estágios do carrapato
 
Resp imune dos bovinos contra o carrapato
A alimentação realizada pelo carrapato no hosp induz uma resp imune complexa no hosp envolvendo
· Céls apresentadoras de antígenos (APC), linfócitos T e B, AC, complemento, basófilos, mastócitos e eosinófilos e moléculas bioativas
Degranulação de mastócitos e infiltração de eosinófilos no local da picada
· Dificulta a alimentação do carrapato
· Causa irritação cutânea no hosp desencadeando as reações de autolimpeza
 
Recorte de tela efetuado: 21/10/2020 09:14
 
Predadores naturais
Predadores
· Garça vaqueira, galinhas, patos, ema, avestruz
· Formigas carnivoras
· Bactérias: anaplasma (quando sugam bovinos que estão muito parasitados por essa bactéria acabam sofrendo também)
· Fungos
· Protozoários: Babesia
Carrapatos não gostam muito do capim gordura - dificultam a subida do carrapato (mas não é para utilizar como prevenção de carrapatos, e ele não resiste a pisoteio)
 
Controle
Manejo das pastagens
· Rotação - pode ajudar a não pegar larvas frescas/vigorosas, mas quando bovino voltar terá presença de larva da outra passagem (dura até 8 meses - depende insolação/temp) 
· Lotação - maior número de animais, aumenta quantidade de carrapatos que vai cair e aumenta a quantidade de hospedeiros
· Frequência - quanto menor o período de descanso maior a chance de encontrar com larvas vigorosas
Rotação com culturas - quando troca da uma limpada, esse rodizio tira os carrapatos e vai controlando, o bovino carrega o carrapato mas o de vida livre não sobrevive
Pastejo alternado com espécies diferentes - muito complicado o rodízio de outras espécies
Piquetes de descanso roçados - solo forrado mas não com capim muito alto que escondem carrapatos; local onde tem os bezerros 
 
Carrapaticidas
· Resistência parasitária
 Produtos
· Arsenicais
· Clorados DDT e BHC - resistência em 2 anos
· Fosforados - utilizados por 20 anos
· Imidimas
· Piretróides
· Abamectina, ivermectina, moxidectina, doramectina
· Fipronil
· Fluazuron
· Citronela
· Spinosad
Cálculo eficiência do produto
ER = Eficiência reprodutiva
ER = peso da massa dos ovos(g) X eclosão X 20.000*/peso das fêmeas
*= nº de larvas por 1 grama de ovos
 
EP = eficiência do produto
EP = ER controle - ER produto X 100%/ER controle
 
(EMBRAPA faz o exame de resistência)
 
Aplicação carrapaticidas
Aspersão - manual; fazenda com muitos animais não é indicado, pois é muito pesado dando muito trabalho,usado bretes de aspersão animais passam e já são pulverizados, bretes tem um sensor
Imersão - banhos (não são usados)
Pour-on - nas costas
Injetáveis
 
· Resistência aos acaricidas
A resistência no país é alta em vários estados, apesar da eficiência alta o valor de resistência de vários tipos de carrapaticidas ainda é grande
 
Controle convencional
 
Onde o controle de carrapatos e os bovinos são parasitados mais na época de verão e outono, o uso de acaricidas pode ser feito a parti de janeiro
Quando população de carrapatos está muito descontrolada, a atuação é feita na primavera 
*Conforme for a infestação dos animais: atuo logo após aumento umidade relativa do ar (set/out), quando população carrapato é baixa, atuo da F2 para F3
 
1litro de calda para cada 100kg de peso vivo
1 litro por minuto - jato em leque
Intervalo
· 21/21 dias
· 3 a 5 banhos
· Geração de primavera ou segunda geração
· Atenção para resistência!!! Fazer o teste resistência, usar na [ ] adequada e na quantidade de banhos certa
 
Controle seletivo (contagem carrapatos)
Selecionar na fazenda apenas alguns animais para pulverizar
Pulverizar apenas os animais mais infestados
· Com número de teleóginas > 20
Objetivos
· Minimizar o estabelecimento da resistência
· Minimizar contaminação ambiental
· Reduzir custos com carrapaticidas
· ATENÇÃO: critérios bem definidos e acompanhamento rotineiro dos resultados
*precisa ser melhor estudado
 
Vacinação
Difícil fazer vacina para bactérias, para carrapatos então!
*Bm86 - proteina do intestino do carrapato, bovino é vacinado e produz AC anti Bm86 carrapato ao sugar o sg tem problemas intestinais, problemas de desenvolvimento e muitos outros; em alguns lugares teve efeitos e outros não
Outros estudos
*Bm91 - localizadas nas céls de intestino gl salivares; em algumas populações de carrapatos promoveu redução da oviposição teleóginas
*BMA7
*BYC - anticorpo policlonal, reagiu com diferentes antigenos, reduziu ovipostura em 26%, redução não é tão alta quanto se gostaria

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