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Carrapatos de Importância Veterinária

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Carrapatos de Importância Veterinária 
- No Brasil, a fauna de carrapatos é composta de 73 espécies pertencentes a duas famílias de importância 
veterinária: Ixodidae, com 47 espécies, e Argasidae, com 26 espécies. 
- Os ixodídeos constituem cinco gêneros: Amblyomma, Ixodes, Haemaphysalis, Rhipicephalus e 
Dermacentor. 
- O gênero de maior abundância é Amblyomma 
- Os carrapatos dos gêneros Amblyomma e Rhipicephalus são considerados de maior relevância 
tanto pelo impacto econômico gerado nas criações quanto pela importância para a saúde pública 
Família Ixodidae 
- As fêmeas, após se destacarem dos hospedeiros, procuram um abrigo próximo ao solo, onde põem, 
em média, 3 mil ovos (esse número varia dependendo do gênero do carrapato) 
- A postura é contínua e dura vários dias. Terminada a oviposição, as fêmeas morrem (são chamadas 
de quenóginas). 
- Período de incubação dos ovos varia de 17 a 60 dias 
- As larvas (neolarvas) que estão no meio ambiente sobem pelas gramíneas e pelos arbustos, esticam 
o primeiro par de patas, onde está o órgão de Haller, órgão sensorial utilizado na detecção de 
hospedeiros, e esperam a passagem do hospedeiro, para o qual se transferem 
Rhipicephalus sanguineus 
Ciclo biológico: 
*É um carrapato que exige três hospedeiros para completar o ciclo (trioxeno) -> todas as mudas são 
feitas fora do hospedeiro 
A larva sobe no animal, alimenta-se até ingurgitar (em torno de 2 a 7 dias), desce do hospedeiro e muda 
para ninfa -> esta sobe no hospedeiro, alimenta-se até ingurgitar (5 a 10 dias) e desce do animal -> No 
solo, muda para macho ou fêmea, que novamente sobe no hospedeiro para fazer o hematofagismo (6 
a 30 dias) -> A fêmea, depois de ingurgitada, vai ao solo, onde faz a postura contínua de 2 mil a 3 mil 
ovos -> Após 20 a 60 dias, dependendo das condições de temperatura e umidade, as larvas eclodem. 
- As larvas não alimentadas podem sobreviver até 8 meses e meio 
- As ninfas sobrevivem 6 meses 
- Os adultos sobrevivem até 19 meses. 
Importância em Medicina Veterinária e Saúde Pública 
- É comum em cães 
- Grandes infestações provocam desde leve irritação até anemia pela ação espoliadora de sangue 
- O carrapato pode atacar qualquer região do corpo -> mais frequente nos membros anteriores e nas 
orelhas 
- Principal vetor da babesiose canina e a transmissão da doença pode ser por via transovariana ou 
transestadial. 
- Pode também transmitir vírus e bactérias e atacar o ser humano, causando dermatites. 
Controle 
- Aplicação de banhos carrapaticidas nos cães, repetindo-se o tratamento 2 ou 3 vezes, com intervalos 
de 14 dias, ou 
- Utilização de ectoparasiticidas distribuído cutaneamente na superfície da pele do cão, ou um 
ectoparasiticida distribuído sistemicamente pela corrente sanguínea do cão. 
Ectoparasiticidas da classe das isoxazolinas -> .Existem atualmente três medicamentos nesta classe que 
receberam aprovação para uso em cães: fluralaner (Bravecto, MSD Animal Health, Madison, EUA), 
afoxolaner (NexGard, Merial, Lyon, França) e sarolaner (Simparica, Zoetis, Florham Park, EUA). 
- Manter o ambiente limpo e com vegetação baixa para que os ácaros não tenham refúgio e a incidência 
dos raios solares desseque as larvas 
- Higiene e aplicação de acaricidas nas paredes, teto e piso das instalações 
- Higiene e isolamento dos cães. 
Rhipicephalus (Boophilus) microplus 
- Hospedeiros: Bovídeos, mas pode ser encontrado em outros hospedeiros domésticos e silvestres. 
Ciclo Biológico 
- Possui só um hospedeiro (monoxeno). 
- A fase parasitária (de larva a fêmea) é, em média, de 21 dias 
- As fêmeas ingurgitadas (teleóginas) e prestes a darem início à oviposição desprendem-se naturalmente 
do hospedeiro e, no solo, procuram um lugar apropriado para a postura 
- A oviposição pode durar vários dias. -> As teleóginas realizam posturas de 3 mil a 4 mil ovos, que 
permanecem aglutinados. 
- As larvas, que têm seis patas, eclodem no ambiente, sobem no hospedeiro -> ingurgitam -> metalarva 
-> ninfas (adquirem mais um par de patas) -> ingurgitam -> metaninfa e se transformam em adultos 
Importância em Medicina Veterinária e Saúde Pública 
- A lesão causada pela picada do carrapato provoca irritação local e perda de sangue que favorece a 
formação de miíases no local 
- A pele irritada predispõe a infecções secundárias 
- Cada fêmea suga, em toda a sua vida, 1,5 ml de sangue, o que provoca no hospedei ro anemia e 
diminuição na produtividade de carne e leite 
-Desvio de energia -> esforço do animal para compensar os danos causados pelo carrapato, o que 
representa um desvio de energia que seria convertida para a produção 
- A picada produz lesões que causam a desvalorização do couro 
- Durante a sucção, os carrapatos injetam substâncias tóxicas prejudiciais à saúde dos bovinos 
- Transmitem protozoários do gênero Babesia e a riquétsia Anaplasma. Esses agentes, juntos, são 
responsáveis pela tristeza parasitária bovina 
- O ácaro também pode transmitir vírus e outras bactérias 
Controle 
• Nas pastagens 
- Limpeza das pastagens: a mudança de vegetação por meio de calagem e gradagem do solo diminui 
consideravelmente a quantidade de larvas na pastagem. A limpeza, com corte de pastos e de arbustos 
(abrigos naturais das larvas), contribui para a diminuição da infestação dos rebanhos 
- Rotação das pastagens 
- Queima das pastagens: não é 100% eficaz, pois algumas larvas não morrem, já que penetram no solo 
ou nas partes mais profundas da vegetação. 
• No hospedeiro 
- Banho de imersão: é utilizado em propriedades com grande número de animais, pois o custo das 
instalações e o gasto com produtos químicos são inviáveis para o pequeno produtor 
- Aspersão ou spray: é econômico e prático, utilizado em pequenas propriedades. É mais seguro que 
o banho de imersão para animais novos e vacas prenhes. 
*Deve-se seguir à risca as instruções dos fabricantes dos carrapaticidas quanto às diluições e ao uso dos 
produtos, para evitar a criação de resistência e intoxicação dos animais. 
- Vacinação -> eficácia das vacinas varia de região para região, pois há variação genética entre as 
populações de carrapato; Controle a longo prazo 
- Produtos pour on de aplicação dorsal 
- Produtos injetáveis 
Gênero Amblyomma 
Espécies 
- Existem 33 espécies de Amblyomma no Brasil, entre elas: 
✓ Amblyomma cajennense (chamado de carrapato-estrela) 
✓ tigrinum 
✓ ovale 
✓ aureolatum. 
- Hospedeiros. Parasita a maioria dos animais domésticos e silvestres; pode parasitar o ser humano. 
- Ciclo de vida (trioxeno) -> Semelhante ao R. sanguineus 
- A fêmea põe de 6 mil a 8 mil ovos em uma única postura. 
Importância: 
- Pode transmitir vários agentes patogênicos, como Borrelia (agente da doença de Lyme) e Rickettsia 
rickettsi (causadora da febre maculosa) 
- sua picada pode originar ferimentos na pele de cura demorada. 
Controle 
- Encontrado preferencialmente em áreas silvestres -> ao frequentar ambientes com florestas, parques 
e áreas rurais, devem ser adotadas medidas preventivas, como utilizar acaricidas nos sapatos, usar roupas 
que cubram o corpo e, se for observada a presença de carrapatos na pele, removê-los o mais 
rapidamente possível para diminuir a possibilidade de transmissão de patógenos. 
- Em áreas urbanas infestadas -> mesmo controle do Rhipicephalus sanguineus 
Dermacentor nitens ou Anocentor nitens 
- Hospedeiros. Equídeos. 
- Localização. Por todo o corpo, mas prefere o pavilhão auricular, o divertículo nasal e a região da cauda 
do equino. 
-Ciclo biológico: monóxenos -> semelhante ao do R. (B.) microplus. 
- As fêmeas põem, em média, 3 mil ovos no ambiente e morrem após a postura 
Importância 
- Pode transmitir para os equinos agentes patogênicos, como a Babesia equi e a B. caballi 
- Sua picada pode originar ferimentos na pele que favorecem o aparecimento de miíases com lesões e 
até a perda da orelha 
Controle 
- é muitas vezes, difícil de controlar por encontrar-seem locais escondidos, como o interior do pavilhão 
auricular, embaixo da cauda e no divertículo nasal dos equinos. 
- Os tratamentos em regiões endêmicas devem ser realizados por meio da pulverização com produtos 
acaricidas todo o corpo dos equinos, inclusive dentro do divertículo nasal e da região auricular, em 
intervalos de 24 dias, por um período de, pelo menos, 4 meses ininterruptos do ano, na primavera e/ou 
no verão. 
- Após o tratamento, os animais devem voltar para o mesmo pasto -> promovem uma limpeza das 
pastagens, reduzindo o número de carrapatos que atingirão a fase adulta 
- Roçar a pastagem no verão, expondo o solo, reduz a população de carrapatos, pois a falta de abrigos 
faz com que as larvas dessequem pela ação do sol.

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