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APOSTILA QUESTÃO SOCIAL

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Prévia do material em texto

RESUMÃO
“QUESTÃO SOCIAL”
Carta ao leitor
Concurseiro de serviço social, você está adquirindo mais uma de nossos
materiais, que é o RESUMÃO do tema “QUESTÃO SOCIAL”.
Com esse resumo você terá acesso a um dos conteúdos mais cobrados nos
concursos de serviço social que é a Questão Social. Então concurseiro aproveite
bem esse material, estude bastante por ele, para que você possa ficar bem
preparado para todos os concursos de serviço social.
Concurseiro gostaríamos de deixar algumas dicas para você, que ajudará em
seus estudos:
1- Faça um horário de estudo;
2- Faça síntese do que você estudar;
3- Responda muitas questões dos assuntos estudados;
4- Não deixe para estudar apenas quando o edital for lançado, estude para que
QUANDO o edital for lançado você esteja bem preparado;
5- Separe um tempo para se divertir, o tempo de descanso também é
importante no aprendizado;
Seguindo essas dicas você conseguirá ter um bom desemprenho. Concurseiro
gostaríamos de lembra que esse material comentado é protegido por
DIREITOS AUTORAIS de acordo com a lei 9.610 e que qualquer reprodução
dele sem a autorização dos concurseiros de serviço social é considerado crime,
na qual quem o pratica está sujeito as devidas penalidades legais. Portanto
pedimos que não compartilhe esse material, nem com fins lucrativos e nem sem
fins lucrativos. 
Concurseiro logo a abaixo colocamos também um texto explicativo de todos os
materiais que temos, caso esteja interessado em algum desses materiais entre
em contato conosco.
SUMÁRIO
1.0 Surgimento da Expressão “Questão Social”
2.0Conceito de Questão Social 
3.0 Velha Questão Social x Nova Questão Social
4.0 Abordagem dos diferentes autores
• José Paulo Netto
• Marilda Iamamoto
• Esquema da Questão Social baseado em Iamamoto
• Maria Carmelita Yazbeck
• Ana Elizabete Mota
• Robert Castel
• Pierre Rosavallon
5.0 Questão Social: objeto de trabalho do Serviço Social
6.0 Simulado com Questões
Surgimento da Expressão “Questão Social”
O surgimento do Serviço Social como profissão institucionalizada está
ligado, desde o seu princípio, à questão social, oriundas da contradição entre
capital e trabalho. Segundo José Paulo Netto a expressão “Questão Social”
começa a ser utilizada na terceira década do século XIX e surge para dar conta
do fenômeno do pauperismo, evidente na Europa Ocidental nesse período, assim
Netto (2001) destaca que as expressões da “Questão Social”, estão
relacionadas aos aspectos mais imediatos da instauração do capitalismo em seu
estágio industrial concorrencial.
Conceito de Questão Social 
 A concepção mais difundida de questão social é a de Carvalho e
Iamamoto (1991, 77): “A questão social não é senão as expressões do processo
de formação e desenvolvimento da classe operária e do seu ingresso no cenário
político da sociedade exigindo seu reconhecimento como classe por parte do
empresariado e do Estado. É a manifestação no cotidiano da vida social, da
contradição entre o proletariado e a burguesia a qual passa a exigir outros
tipos de intervenção além da caridade e da repressão”. 
Velha Questão Social x Nova Questão Social
De acordo com Pastorini “os defensores da “nova questão social” partem
do pressuposto de que as mudanças ocorridas no mundo capitalista
contemporâneo marcam uma ruptura com o período capitalista industrial e com
a “questão social” que emergiu na primeira metade do século XIX, com o
surgimento do pauperismo, na Europa Ocidental”. 
Os que defendem a existência de uma velha questão social defendem que
a sua raiz é a mesma que diz respeito a contradição fundamental
capital/trabalho.
É importante ressaltar que a maioria dos autores de serviço social não
falam de uma nova questão social e sim de novas expressões da velha questão
social.
Questão Comentada
FCC - 2012 - TJ-PE - Analista Judiciário - Assistência Social
1-Considere: Vi ontem um bicho Na imundície do pátio Catando comida entre os
detritos. Quando achava alguma coisa, Não examinava nem cheirava: Engolia
com voracidade. O bicho não era um cão, Não era um gato, Não era um rato. O
bicho, meu Deus, era um homem. Manuel Bandeira Representa o texto acima: 
(A) nas franjas da sociedade capitalista, apesar de serem inseridas em
programas sociais, as pessoas apresentam situações crônicas, e continuarão
sempre desajustadas. 
(B) é a expressão da questão social na atualidade, onde há igualdade de
oportunidades que não são utilizadas por todos os indivíduos. 
(C) na base da estrutura social em vigor, em que prevalece a competição, é
natural que, existam as elites e a massa de miseráveis. 
(D) cabe ao mercado a regulamentação e a intervenção para que a situação
acima descrita possa ser enfrentada e resolvida. 
(E) o cerne da questão social está no conflito entre capital e trabalho.
A alternativa CORRETA é a letra E. A perspectiva crítica que afirma a
existência de uma questão social encontra sua base de fundação sócio-
histórica na contradição capital/trabalho inerente à sociedade
capitalista, que se baseia na tensão existente entre a produção coletiva
frente à apropriação privada dos seus frutos.
Abordagem dos diferentes autores
 José Paulo Netto
Netto em sua análise da questão social destaca o momento histórico em
que “o capitalismo no último quartel do século XIX, experimenta profundas
modificações no seu ordenamento e na sua dinâmica econômica, com incidências
necessárias na estrutura social e nas instâncias políticas das sociedades
nacionais que envolvia. Trata-se do período histórico em que ao capitalismo
concorrencial sucede o capitalismo dos monopólios”.
Para ao autor “o capitalismo monopolista recoloca em patamar mais alto, o
sistema totalizante de contradições que confere à ordem burguesa os seus
traços basilares de exploração, alienação e transitoriedade histórica, todos
eles desvelados pela crítica marxiana. Repondo estes caracteres em nível
econômico-social e histórico-político distinto, porém a idade do monopólio
altera significativamente a dinâmica inteira da sociedade burguesa: ao mesmo
tempo em que potencia as contradições fundamentais do capitalismo já
explicitadas no capitalismo concorrencial e as combina com novas contradições
e antagonismos, deflagra complexos processos que jogam no sentido de
contrarrestar a ponderação dos vetores negativos e críticos que detona. Com
efeito, o ingresso do capitalismo no estágio imperialista assinala uma inflexão
em que a totalidade concreta que é a sociedade burguesa ascende à sua
maturidade histórica, realizando as possibilidades de desenvolvimento que,
objetivadas, tornam mais amplos e complicados os sistemas de mediação que
garantem a sua dinâmica” 
O autor ressalta que se deve enfatizar é que a constituição da
organização monopólica obedeceu à urgência de viabilizar um objetivo primário:
o acréscimo dos lucros capitalistas através do controle dos mercados. 
Questão Comentada
2-Ano: 2014/Banca:CEPERJ/ Órgão:VIVA COMUNIDADE-VIVA RIO
Sobre o debate da Questão Social, Netto (2001) nos oferece elementos
essenciais para compreender a gênese de utilização desta expressão e sua
relação com fenômenos objetivos presentes na realidade social. O autor
informa que a expressão “Questão Social” começa a ser utilizada na terceira
década do século XIX e surge para dar conta do fenômeno do pauperismo,
evidente na Europa Ocidental nesse período. Sendo assim, pode-se
compreender, a partir do autor citado,que as expressões da “Questão Social”,
estão relacionadas aos aspectos mais imediatos da:
A) crise do Estado-Nação
B) mudança de Regime Produtivo
C) instauração do capitalismo financeiro
D) instauração do capitalismo em seu estágio industrial concorrencial
E) instauração do capitalismo monopolista, imperialista e industrial, que
ocasionou uma onda de pobreza por sobre a classe trabalhadora
A alternativa CORRETA é letra D Netto destaca o momento em que o
capitalismo de sua fase concorrencial passa para sua fase monopolista
amplificam a questão social.
 Marilda Iamamoto
Para Iamamoto (1998, p.27) “a questão social é apreendida como um
conjunto das expressões das desigualdades da sociedade capitalista madura que
tem uma raiz comum: a produção social é cada vez mais coletiva, o trabalho
torna-se mais amplamente social, enquanto a apropriação dos seus frutos
mantém-se privada, monopolizada por uma parte da sociedade”. 
A autora defende que a questão social é indissociável da sociedade
capitalista e que sua gênese na sociedade burguesa está ligada a produção
coletiva em contraposição a apropriação privada.
Para ela a questão social não é um fenômeno recente típico do
esgotamento dos 30 anos gloriosos de expansão do capitalismo (período
referente ao Welfare State que vigou entre 1945 a 1970) ao contrário trata-
se de “uma velha questão social” inscrita na própria natureza das relações
capitalistas, mas que, na contemporaneidade, se reproduz a partir de novas
mediações históricas e novas expressões que se apresentam em todas as
dimensões da vida social. 
Para autora o processo de naturalização da questão social é a
acompanhada da transformação de suas manifestações em objeto de programas
assistenciais focalizados no “combate à pobreza” e que uma dupla armadilha
pode envolver a análise da questão social, corre-se o risco, então, de cair na
pulverização e fragmentação das questões sociais, atribuindo unilateralmente
aos indivíduos a responsabilidade por suas dificuldades ou aprisionar a análise
em um discurso genérico, que redunda em uma visão unívoca e indiferenciada da
questão social. Finalmente, afirma que na perspectiva por ela assumida, a
questão social não se identifica com a noção de exclusão social, hoje
generalizada, dotada de grande consenso nos meios acadêmicos e políticos.
ESQUEMA DA QUESTÃO SOCIAL
Esquema baseado no texto: Sociabilidade Capitalista, questão social e
Serviço Social, contido no livro: Serviço Social em Tempo de Capital
Fetiche: Capital Financeiro, trabalho e questão social, da autora: Marilda
Villela Iamamoto. 
QUESTÃO SOCIAL
A “Questão Social” deve ser compreendida como o conjunto das
desigualdades inerentes ao modo de produção capitalista, bem como a
problematização realizada pelas classes sociais através das lutas sociais.
GÊNESE CARACTERÍSTICAS FORMAS DE
ENFRENTAMENTO
Sua gênese é 
condicionada à 
contradição inerente 
a produção do 
capital, onde a 
produção é coletiva 
em contraposição a 
apropriação privada 
da riqueza por ela 
• Indissociável da 
sociedade capitalista;
• Apresenta-se na 
realidade dos sujeitos
a partir das mais 
variadas expressões.
• Prevalência das 
necessidades da
coletividade dos
trabalhadores;
• Chamamento à 
responsabilidad
e do Estado;
• Afirmação de 
produzida. políticas sociais
de caráter 
universal.
CAPITALISMO MONOPOLISTA “VELHA” QUESTÃO
SOCIAL
Potencialização das expressões da
“questão social”
Não existe uma “nova”
questão social, na medida em
que sua raiz se encontra na
contradição fundamental do
modo de produção capitalista.
Suas expressões, no entanto,
reinventam-se e intensificam-
se a partir das modificações na
conjuntura sócio-histórica
condicionadas pelas
transformações na forma de
acumulação do capital.
QUESTÃO SOCIAL E SERVIÇO SOCIAL
O Serviço Social tem na “questão social” a base de sua fundação
enquanto especialização do trabalho, na medida em que este profissional
lida diretamente com as diferentes formas que a “questão social”
manifesta-se na vida dos sujeitos.
Questão Comentada 
Tribunal de Justiça - AL (TJAL/AL) 2012 Banca: Centro de Seleção e de
Promoção de Eventos UnB (CESPE)
3-Com relação à questão social, assinale a opção correta.
A) lógica financeira do regime de acumulação, a qual tende a provocar crises e,
consequentemente, recessão, consiste em uma das mediações históricas à
produção da questão social na cena contemporânea.
B) De acordo com a perspectiva sociológica crítica, a questão social consiste em
uma ameaça à ordem e à coesão, caracterizando-se como uma nova questão
social.
C) A questão social é um fenômeno recente, típico do esgotamento dos
denominados trinta anos gloriosos da expansão capitalista.
D) A garantia dos direitos sociais à população pauperizada brasileira é
assegurada pelas constantes mudanças nas relações entre Estado e sociedade
civil, traduzidas na ampliação dos programas sociais em face da questão social.
E) Os conceitos de questão social e exclusão social são sinônimos, atribuindo,
ambos, uma característica negativa — a falta de — ao termo social.
Comentários
A letra A está CORRETA, pois Iamamoto defende a existência de uma
velha questão social que assume na contemporaneidade novas mediações
e expressões.
A letra B está INCORRETA, pois é a perspectiva neoliberal que
considera a questão social como uma ameaça a ordem e a coesão social. E
para a perspectiva crítica não existe uma nova questão social.
A letra C está INCORRETA, pois conforme Iamamoto questão social
não é fenômeno recente típico do esgotamento dos 30 anos gloriosos de
expansão do capitalismo, ao contrário trata-se de “uma velha questão
social” inscrita na própria natureza das relações capitalistas.
A letra D está INCORRETA, pois de acordo com Iamamoto o
processo de naturalização da questão social é a acompanhada da
transformação de suas manifestações em objeto de programas
assistenciais focalizados no “combate à pobreza”
A letra E está INCORRETA, na perspectiva por ela assumida, a
questão social não se identifica com a noção de exclusão social, hoje
generalizada, dotada de grande consenso nos meios acadêmicos e políticos.
Ministério Público Estadual - PI (MPE/PI) 2012 Banca: Centro de Seleção
e de Promoção de Eventos UnB (CESPE)
Considerando temas historicamente articulados, a questão social e os
direitos de cidadania, julgue os itens subsequentes.
4-No marco da teoria social crítica, a questão social é considerada um
fenômeno recente, típico do trânsito do padrão de acumulação no esgotamento
dos trinta anos gloriosos da expansão capitalista.
A assertiva está ERRADA. De acordo com Iamamoto a questão social
não é um fenômeno recente típico do esgotamento dos 30 anos gloriosos
de expansão do capitalismo, ao contrário trata-se de “uma velha
questão social” inscrita na própria natureza das relações capitalistas,
mas que, na contemporaneidade, se reproduz a partir de novas
mediações históricas e novas expressões que se apresentam em todas as
dimensões da vida social.
CEPERJ - 2014 - VIVA COMUNIDADE-VIVA RIO
5-Iamamoto (2008), ao analisar o Serviço Social em tempos de capital e
fetiche, informa que a questão social passa a ser objeto de um “processo de
criminalização”, atingindo as classes pobres. Em meio a esse contexto, pode-se
verifi car a retomada de uma noçãoque fundamentou o olhar sobre os pobres
no Brasil. A noção que historicamente caracterizou as classes pobres na
realidade brasileira é a noção de: 
A) vagabundos, para os quais a proteção social acaba por ser prejudicial 
B) classes subalternas 
C) classes perigosas 
D) violentos que necessitam ser contidos 
E) carentes e em vulnerabilidade social
A alternativa CORRETA é a letra C. De acordo com Iamamoto a questão
social passa por um processo de criminalização da pobreza que atinge as
classes subalterna retomando-se a perspectiva de classes perigosas,
sendo sujeitas a repressão e extinção.
 Maria Carmelita Yazbeck
Yazbeck traz a pobreza como uma das expressões da questão social
afirmando que ela é “a expressão direta das relações sociais vigentes na
sociedade e certamente não se reduz às privações materiais. Alcança o plano
espiritual, moral e político dos indivíduos submetidos aos problemas da
sobrevivência”.
A autora coloca ainda que a experiência da pobreza é ainda a experiência
da desqualificação dos pobres por suas crenças, seu modo de expressar-se e
seu comportamento social, sinais das “qualidades negativas” e indesejáveis que
lhes são conferidas por sua procedência de classe” (p.62). Chama a atenção
ainda para a despolitização da pobreza devido a naturalidade com que as
pessoas a enxergam. 
De acordo com a autora “a pobreza brasileira constitui-se de um conjunto
heterogêneo, cuja unidade buscamos encontrar na renda limitada, na exclusão e
na subalternidade
De acordo com a autora a condição de pobreza, exclusão e subalternidade
vem aumentando continuamente, principalmente a partir dos anos 90. Onde a
subalternidade refere-se à ausência de protagonismo, de poder, expressando a
dominação e a exploração.
Questões Comentadas
Concurso: Tribunal Regional do Trabalho / 18ª Região (TRT 18ª) 2008/
Banca: Fundação Carlos Chagas (FCC)
6-A "pobreza" é a expressão direta das relações vigentes na sociedade,
localizando a questão no âmbito de relações constitutivas de um padrão de
desenvolvimento extremamente desigual, em que convivem acumulação e
miséria. A nossa sociedade a produz e reproduz. É importante considerar que a
pobreza é uma categoria multidimensional, expressando-se
A) pela subalternidade e pela alienação, tão-somente.
B) pela carência exclusiva de bens materiais e de valores morais.
C) pela carência de bens materiais, mas também pela carência de direitos, de
oportunidades, de informações, de possibilidades e de esperanças.
D) por um somatório de dificuldades, especialmente as precárias condições
socioeconômicas e a ausência de deveres.
E) por condições adversas, esfacelando ou impedindo laços de convivência social
e familiar, levando ao crime e à marginalização.
A alternativa CORRETA é a letra C. De acordo com Yazbeck a pobreza
manifesta-se no plano político, econômico e cultural, definindo para os
pobres um lugar na sociedade”.
FCC - 2008 - TRT - 18ª Região (GO)
7-A abordagem conceitual da subalternidade diz respeito
A) às desigualdades e injustiças.
B) às privações material e social
C) à exploração e à redução de liberdades.
D) às precárias condições de vida de alguns na sociedade.
E)à ausência de protagonismo e de poder, expressando a dominação e a 
exploração.
A Alternativa CORRETA é a letra E. De acordo co Yazbeck a
subalternidade refere-se à ausência de protagonismo, de poder,
expressando a dominação e a exploração.
 Ana Elizabete Mota
De acordo com Ana Elizabete Mota (2009) em termos histórico-
conceituais, a expressão questão social foi utilizada para designar o processo
de politização da desigualdade inerente à constituição da sociedade burguesa.
Sua emergência vincular-se-ia ao surgimento do capitalismo e à pauperização
dos trabalhadores e sua constituição, enquanto questão política, foi remetida ao
século XIX, como resultado das lutas operárias donde o protagonismo político
da classe trabalhadora – à qual se creditou a capacidade de tornar públicas as
suas precárias condições de vida e trabalho, expondo as contradições que
marcam historicamente a relação entre o capital e o trabalho.
Questão Comentada
CESPE | CEBRASPE – RESMULT - 2016
8-Em termos histórico-conceituais, a expressão questão social foi utilizada
para designar o processo de politização da desigualdade social inerente à
constituição da sociedade burguesa.
A questão é CERTA. Esse entendimento é da autora Ana Elizabete Mota
presente no texto “Questão Social e Serviço Social um debate
contemporâneo”, contido no livro O Mito da assistência social: ensaios
sobre Estado, política e sociedade.
 Robert Castel
Para Robert Castel a questão social diz respeito a uma preocupação
constante em relação a capacidade de manutenção da coesão da sociedade.
Para o autor a gênese da questão social encontra-se ancorada em duas
perspectivas o distanciamento do crescimento econômico e agudização da
pobreza, e pela ordem jurídico-político que reconhecia direitos e uma ordem
econômica que os negava.
Para Castel a partir da década de 1970 passa se enfrentar a questão
social de forma individualizante, para ele isso significa um retorno aos
primórdios da sociedade industrial, onde os indivíduos eram responsáveis por
buscar formas de sair dos “seus problemas”, assim nesse período as
metamorfoses da “questão social” são expressa pela precarização do trabalho e
pelo desemprego o que leva à desestabilização dos estáveis, desfiliação e
desproteção social, fragmentando a sociedade e pondo em risco a coesão social.
Castel defende a existência de um nova questão social enfatizando que a
diferença reside no surgimento de novos atores sociais. Enquanto no
capitalismo industrial a questão social encontrava-se na exploração do trabalho
e no processo de pauperização da classe trabalhadora após a crise da década de
1970 com a nova questão social com a onda de desemprego e da precarização do
trabalho reaparece pessoas sem trabalho.
Para Castela a velha questão social foi superada com o Estado de Bem
Estar Social, através do sistema de proteção social que nele foi implantado.
Assim o autor destaca que em uma sociedade salarial o trabalhador tem
conquistas que o permitem ter uma vida digna, como sujeitos de direitos, isso
traz uma inflexão no desenvolvimento capitalista e inaugura uma nova condição
da classe trabalhadora, a qual suprime a “questão social” da forma como ele
aparece com a revolução industrial.
Segundo Castel a “nova questão social” afirma-se em três novas
expressões, que são:
• Desestabilização dos trabalhadores estáveis;
• Instalação da precaridade;
• Constituição de uma população sobrante
O autor coloca como opção da saída da questão social a recuperação do
trabalho assalariado como forma de garantir a cidadania, através do
fortalecimento do Estado como mediação para redistribuição dos recursos.
Castel propõe uma luta pelo reconhecimento e ampliação dos direitos sociais.
 Pierre Rosavallon
Pierre Rosavallon (1998) destaca que as transformações contemporâneas
decorrentes da crise da década de 1970, provocaram a emergência de uma nova
questão social tendo em vista que em suas análises dos sistemas seguradores,
os benefícios do crescimento econômico e das conquistas das lutas sociais
modificaram a vida dos trabalhadores e o Estado-providência quase conseguiu
vencer a antiga insegurança social e superar o medo do futuro. Dessa forma,
defende que o crescimento do desemprego e o surgimento de novasformas de
pobreza remete a antigas formas de exploração e que a emergência de uma
nova questão social é traduzido pela não adaptação dos métodos antigos de
gestão social.
 Desse modo, a nova questão social se associa ao fenômeno da exclusão
social
decorrentes da crise da década de 1970, crise que segundo Rosavallon
apresenta três dimensões: uma financeira, uma vez que os gastos são maiores
que o
ingresso de recursos; uma ideológica, devido à falta de eficácia do Estado
empresário para enfrentar as questões sociais; e uma filosófica, pela
desintegração dos princípios que organizam a solidariedade e a concepção
tradicional de direitos sociais. Logo, as políticas sociais impõem considerar os
indivíduos em sua singularidade, sendo a meta dar a cada um os meios para que
modifique a sua vida e, para tanto, é necessário, nesses novos tempos, a
proposição de uma nova cultura política.
Questão Social: objeto de trabalho do Serviço Social
A proposta de Reforma Curricular da ABESS/CEDEPSS assume
explicitamente que “a particularidade do Serviço Social, como especialização do
trabalho coletivo, inscrito na divisão social e técnica do trabalho, está
organicamente vinculada às configurações estruturais e conjunturais da
“questão social” e às formas históricas de seu enfrentamento – que são
permeadas pela ação dos trabalhadores, do capital e do Estado” (p.154).
Continua a formação profissional tem na questão social sua base de fundação
sócio-histórica, o que lhe confere um estatuto de elemento central e
constitutivo da relação entre profissão e realidade social. O assistente social
convive cotidianamente com as mais amplas expressões da questão social,
matéria-prima de seu trabalho. Confronta-se com as manifestações mais
dramáticas dos processos da questão social no nível dos indivíduos sociais, seja
em sua vida individual ou coletiva (p.154-5) 
No projeto de formação profissional a questão social foi referendada
como o “elemento que dá concretude à profissão, base de sua fundação
histórico-social na realidade brasileira, devendo ser, a sua compreensão e
análise, estruturadora dos conteúdos da formação profissional” (CARDOSO et
al.,1997).
O Capitalismo Contemporâneo e as Tendências da Questão Social
De acordo com o autor José Paulo Netto se tem historicamente 05
momentos importantes para a compreensão da questão social, esses momentos
são destacados no texto “Cinco Notas a propósito da questão social”, que são:
1) A expressão “questão social” surgiu para dar conta do pauperismo: Esse
pauperismo é decorrente dos impactos que a primeira industrialização trouxe,
assim a designação do pauperismo estava relacionado diretamente aos seus
desdobramentos sociopolíticos. 
2) A expressão questão social passa fazer parte do vocabulário conservador:
Para Netto (2001) na metade do século XIX a questão social passa a ser
naturalizada e assim perde-se aos pouco sua estrutura histórica determinada.
O pensamento conservador laico o pensamento conservador tradicional
contribuíram para essa naturalização. De acordo com o pensamento conservador
tradicional laico as manifestações da questão social eram vistas como
características que faziam parte de toda e qualquer ordem social e que não
podiam ser eliminadas, assim restava apenas amenizá-las e reduzi-las, através
de uma intervenção política limitada. Já o pensamento conservador tradicional
as manifestações da questão social só podiam ser resolvidas através da vontade
divina. O que é válido ressaltar dessas duas formas de pensamentos é que elas
baseavam-se em uma ação moralizadora, onde os meios de produção e a
propriedade privada não era colocado em questão.
3)O terceiro ponto necessário a compreensão histórica da questão social
refere-se a compreensão das mudanças que o livro “O Capital” de Karl Marx,
publicado pela primeira vez em 1867 produziu. Segundo Netto essa obra
permitiu uma compreensão teórica acerca do processo de produção do capital,
relevando a questão social. Karl Marx via a questão social como determinada
pelo traço próprio e peculiar da relação capital-trabalho, a exploração, fruto da
sociabilidade erguida sob o comando do capital. 
4) Outro momento importante segundo Netto foi o período do Welfare State,
que ocorreu entre 1945 a 1970, esse período é conhecimento como “30 anos
gloriosos”, como foi mencionado anteriormente quando falamos da autora
Iamamoto. Nesse período a condições de vida dos trabalhadores teve uma
significativa melhora, entretanto nesse período via-se a questão social como
algo do passado, apenas quem defendia a corrente marxista insistia em afirmar
que a melhoria de vida dos trabalhadores não alterava a essência exploradora
do capitalismo. Assim Netto (2001) afirma que com a crise do Welfare State
em meados da década de 1970 mostrou que o capitalismo não tinha compromisso
social, assim a intelectualidade acadêmica descobriu uma “nova questão social”.
5)No último ponto Netto (2001) afirma que não existe uma nova questão social
e sim a emergência de novas expressões da questão social é decorrente da
ordem do capitalismo. 
Questão Comentada
9-Para o Serviço Social, conforme a Proposta Básica para o Projeto de
Formação Profissional, formulada na Convenção de ABESS, em 1996, a questão
social foi referendada como 
(A) o elemento que dá concretude à profissão, base de sua fundação histórico-
social na realidade brasileira, devendo ser a sua compreensão e análise
estruturadoras dos conteúdos da formação profissional. 
(B) um dos elementos que deve referendar a profissão de Serviço Social,
devendo ser transversal em toda a formação profissional, sobretudo na análise
da intervenção estatal na realidade social. 
(C) um elemento apropriado indevidamente pelo Serviço Social para marcar o
rompimento da influência religiosa na profissão.
 (D) um conceito que precisa ser atualizado, tendo em vista sua relação com
aspectos ideológicos e partidários. 
(E) o elemento que fundamenta a profissão de Serviço Social, tendo em vista o
caráter inovador que a profissão vem assumindo frente à perda dos grandes
ideais da transformação da sociedade capitalista.
A alternativa CORRETA é a letra A. Na Proposta Básica para o Projeto
de Formação Profissional” a questão social foi referendada como o
“elemento que dá concretude á profissão, base de sua fundação
histórico-social na realidade brasileira, devendo ser, a sua compreensão
e análise, estruturadora dos conteúdos da formação profissional. 
O Trato da Questão Social na Contemporaneidade
Segundo Duarte (2007) ao final no século XX engendram-se um conjunto
de transformações sócio-históricas que incidem de modo particular na relação
Estado e sociedade. Passa-se a existir uma transferência das responsabilidades
no enfrentamento das expressões da questão social do Estado para o mercado,
isso provoca profundas mudanças nas respostas as sequelas da questão social.
Em meados da década de 1970, inseri-se um amplo processo de
reestruturação capitalista, emerge a estratégia neoliberal de reforma do
Estado, Behring (2003) chama esse processo de contra-reforma. Essa contra-
reforma promoveu um reordenamento do Estado, atendendo aos interesses do
capital, dessa forma os interesses da classe trabalhadora forma deixados de
lado.
A política neoliberal em meados da década de 1990 faz de forma mais
contundente o seu ataque a área social, nesse período minimiza-se mais ainda aintervenção do Estado e chama-se a sociedade a participar da execução das
políticas sociais e também abre-se espaço para o capital financeiro
internacional. Borón (1995) explicita que nesse período passa a se propagar que
o que é estatal é ineficiente e corrupto e o que é privado é eficiente.
Para Duarte (2007) nesse período maximiza-se os interesses do capital e
uma minimiza-se a atuação do Estado e os direitos, segunda a autora um novo
quadro de resposta às expressões da questão social é inaugurado nesse período,
onde essas passam a precarização das políticas sociais de responsabilidade do
Estado e a “privatização, esta última via re-mercantilização e re-
filantropização” (p.3).
No Brasil em meados da década de 1990, ocorre segundo Koioke (2009)
existe a “ supressão de direitos sociais historicamente consolidados; abertura
dos mercados nacionais ao capital especulativo; geração de superávit primário
para garantia de pagamento do juros da dívida; privatização do patrimônio
público e de atividades de reconhecida atribuição do Estado, como as
políticas sociais públicas. Medidas que deterioram esses países, sobretudo as
condições de vida das classes subalternizadas” (p.3).
Assim segundo Duarte (2007) o neoliberalismo realiza um ataque aos
direitos que haviam sido gestados na Constituição Federal de 1988. De acordo
com Mota (2009, p.8) “é nesse marco, que se dá a integração do Brasil à ordem
econômica mundial, nos anos iniciais da década de 90, sob os imperativos do
capital financeiro e do neoliberalismo, responsável pela redefinição das
estratégias de acumulação e pela reforma do Estado. Na prática, isso se traduz
em medidas de ajuste econômico e retração das políticas públicas de proteção
social, numa conjuntura de crescimento da pobreza, do desemprego e do
enfrentamento do movimento sindical, neutralizando em grande medida, os
avanços e conquistas sociais alcançadas pela classe trabalhadora nos anos 80.
Assim de acordo com Iamamoto na contemporaneidade está ocorrendo
uma “progressiva mercantilização do atendimento das necessidades sociais”
(IAMAMOTO, 2001, p. 24) , está ocorrendo também o aumento do terceiro
setor que dá as expressões questão social um trato pulverizado, pontual,
descoordenado, desconsiderando assim os direitos conquistados.
Esquema de Questão Social
SIMULADO COM QUESTÕES
CESPE - 2015 - STJ - Analista Judiciário - Serviço Social
Acerca da questão social e dos direitos de cidadania, julgue os próximos itens.
1-Na atualidade, as políticas de enfrentamento da questão social expressam o
reconhecimento da existência de problemas de cunho social por meio de
políticas de amplo alcance e de caráter universal. 
2- A questão social se configura a partir de determinantes históricos objetivos,
sem interferência de dimensões subjetivas. 
CESPE - 2015 - MPOG - Assistente Social - Cargo 16
Com relação a questão social e direitos de cidadania, julgue os itens a
seguir. 
3- O tratamento da questão social sob a noção de pobreza é reconhecido desde
o fim da segunda guerra mundial, a partir da crescente presença dos
organismos internacionais. 
4- A cidadania no Brasil, diferentemente da lógica inglesa, foi marcada pela
implantação de direitos sociais em período de supressão de direitos políticos e
de redução de direitos civis. 
5- A intervenção exclusiva do Estado, com vistas a assegurar direitos, é
pressuposto básico para a existência da cidadania. 
6- O crescimento do desemprego e de novas formas de pobreza está associado
à emergência de uma nova questão social, e isso se deve à implosão dos
históricos modelos de proteção social.
UFBA - 2014 - UFBA - Assistente Social
7-De acordo com Iamamoto e Paulo Netto, a crise do capital, na
contemporaneidade, gera uma nova questão social.
8-No Brasil, a partir dos anos de 1930, as intervenções do Estado nas
expressões da questão social passaram a ocorrer de maneira contínua e
sistemática.
9-Iamamoto e Carvalho compreendem a questão social como um problema social
cuja resolução depende de ações imediatas dos(as) profissionais de Serviço
Social. 
FGV - 2014 - DPE-RJ - Técnico Superior Especializado - Serviço Social
10-A intersetorialidade integra o desenho de diferentes programas sociais
atuais. Essa diretriz parte do pressuposto de que a complexidade da questão
social hoje impõe o desenvolvimento de ações estatais mais integradas, que
incluem necessariamente 
(A) diversos setores de políticas públicas. 
(B) redefinição de objetivos institucionais. 
(C) múltiplos atores políticos e gerenciais.
(D) planejamento estratégico.
(E) definição de metas factíveis 
11-No uso da mediação familiar como instrumental de trabalho, é imprescindível
estabelecer as conexões com a questão social. Nesse sentido, considera-se que 
(A) os efeitos do neoliberalismo têm pouca repercussão junto às famílias
atendidas pelo Serviço Social. 
(B) as noções de família desestruturada/ feminilização da pobreza devem
fundamentar as ações de rompimento do vínculo familiar. 
(C) as categorias indivíduo/coletivo não podem ser articuladas na análise das
experiências sociais concretas.
(D) os fenômenos ligados ao transtorno de personalidade/uso de drogas são os
principais responsáveis pelos conflitos familiares.
(E) categorias território e família oferecem importantes articulações para o
desvelamento da realidade social. 
CEFET-MG - 2014 - CEFET-MG - Assistente Social
12-Mota (2010) e Pastorini (2010) concluem que não existe a denominada “nova
questão social”. Essas autoras reafirmam que a questão social decorre da(o)
a) violência urbana e rural e da falta de políticas públicas na prevenção à
criminalidade.
b) ausência de cidadania e de direitos sociais, na contemporaneidade, como no
campo educacional.
c) crescimento do desemprego, da desigualdade, da exclusão e das novas
formas de pobreza, ocorridas nas sociedades.
d) expressão das manifestações das desigualdades e dos antagonismos
ancorados nas contradições da sociedade capitalista.
e) fim dos empregos, praticamente sem trabalhadores que ocupam postos no
mercado formal na sociedade contemporânea.
FUNCAB - 2014 - SEDS-TO - Analista em Defesa Social - Serviço Social
13-Conforme os estudos relacionados à questão da pobreza e das desigualdades
sociais existentes nos países de capitalismo periférico, e, sobretudo na
realidade brasileira, pode-se afirmar que são produtos históricos: 
A) da ausência de capacidades dos indivíduos se organizarem econômica e
financeiramente para que garantam seu acesso ao conjunto de bens e serviços
ofertados pelas políticas públicas. 
B) das relações tensionadas entre capital e trabalho que organicamente produz
a questão social que se manifesta no cotidiano por diversas expressões. 
C) da produção e reprodução das relações sociais forjadas no bojo do
capitalismo e da capacidade teleológica de o homem transformar a natureza
para atendimento de suas necessidades.
D) da fragmentação das políticas públicas estatais que não alteram a estrutura
dos problemas sociais gerados pelas altas taxas inflacionárias impactando no
salário da classe trabalhadora.
14-Diante da atual conjuntura socioeconômica e política brasileira que
potencializam as múltiplas expressões da questão social, objeto de trabalho do
assistente social, configuram-se como alguns dos desafios profissionais: 
A) a exigência de uma rigorosa formação teórico-metodológica que possibilite
uma análise do processode desenvolvimento capitalista e seus impactos na
realidade brasileira e o cultivo de uma atitude crítica na defesa das condições
de trabalho e da qualidade dos atendimentos. 
B) a mobilização política através de suas entidades representativas articulada
aos movimentos sociais e tornar como base da prática profissional as demandas
postas no mercado de trabalho sintonizadas com as normas e demandas
institucionais.
C) A a r t i c u l a ç ã o c o l e t i v a n a s e q u i p e s interdisciplinares nos
diversos espaços sócio-ocupacionais para a garantia de acesso aos direitos
sociais e à vinculação com os d i v e r s o s p a r t i d o s p o l í t i c o s c o m o
potencializadores das mudanças sociais.
D) um intenso e constante aprimoramento intelectual a partir das diferentes
concepções teóricas do campo das Ciências Sociais, qualificando seu processo
de intervenção no cotidiano e o real conhecimento das demandas dos extratos
mais empobrecidos das classes trabalhadoras
CEPERJ - 2014 - VIVA COMUNIDADE-VIVA RIO - Assistente Social
15-Sobre o debate da Questão Social, Netto (2001) nos oferece elementos
essenciais para compreender a gênese de utilização desta expressão e sua
relação com fenômenos objetivos presentes na realidade social. O autor
informa que a expressão “Questão Social” começa a ser utilizada na terceira
década do século XIX e surge para dar conta do fenômeno do pauperismo,
evidente na Europa Ocidental nesse período. Sendo assim, pode-se
compreender, a partir do autor citado, que as expressões da “Questão Social”,
estão relacionadas aos aspectos mais imediatos da: 
A) crise do Estado-Nação 
B) mudança de Regime Produtivo 
C) instauração do capitalismo financeiro
D) instauração do capitalismo em seu estágio industrial concorrencial
E) instauração do capitalismo monopolista, imperialista e industrial, que
ocasionou uma onda de pobreza por sobre a classe trabalhadora.
Prefeitura de São Luís-2017-Cespe/UNB
16-Acerca do serviço social, da questão social e do trabalho do assistente
social, assinale a opção correta. 
A) A questão social se expressa, fundamentalmente, no mundo do trabalho,
lócus de sua produção, o que limita a atuação do assistente social. 
B) As múltiplas expressões da questão social são o objeto de trabalho cotidiano
do assistente social. 
C) Os assistentes sociais trabalham junto a indivíduos e questões sociais
desvinculadas da reprodução do sistema capitalista de produção.
D) A questão social advém das contradições que demarcam a sociedade, sendo
assim um desafio imutável para a atuação profissional do assistente social.
E) A relação entre o serviço social e a questão social assumiu centralidade no
processo de formação profissional do assistente social a partir do ano 2000.
INSS-2016-ASSISTENTE SOCIAL-CESPE/UNB
17-O serviço social emergiu como profissão no estágio neoliberal da sociedade
capitalista, quando a questão social, por seu caráter de classe, demandou do
Estado, além de mecanismos de intervenção econômica, também mecanismos de
intervenção política e social.
INSS-2016-ASSISTENTE SOCIAL-CESPE/UNB
18-Na década de 30 do século passado, o Estado brasileiro assumiu a questão
social como problema de administração, desenvolvendo políticas e agências de
poder estatal em diversos setores. 
INSS-2016-ASSISTENTE SOCIAL-CESPE/UNB
19-Os movimentos sociais das classes subalternas expressam o desdobramento
sociopolítico das contradições do sistema capitalista que se materializam na
questão social.
INSS-2016-ASSISTENTE SOCIAL-CESPE/UNB
20-A questão social pode ser apreendida como o conjunto das expressões das
desigualdades da sociedade capitalista madura, que têm uma raiz comum, a qual
inclui a produção social coletiva e a apropriação privada da riqueza.
CONSULPLAN-ASSISTENTE SOCIAL
21-Sobre a questão social, fundamentando-se na análise de Iamamoto (2008)
acerca do serviço social em tempo de capital fetiche, é INCORRETO afirmar
que: 
A) Se identifica com a exclusão social. 
B) A sua pulverização, típica da ótica liberal resulta na autonomização de suas
múltiplas expressões. 
C) É expressão da “disfunção” ou “ameaça” à ordem e à coesão social, segundo a
tradição sociológica de E. Durkheim.
D) Expressa as desigualdades econômicas, políticas e culturais das classes
sociais, mediatizadas por disparidades nas relações de gênero,
CONSULPLAN-ASSISTENTE SOCIAL
22-O reconhecimento da questão social como objeto de intervenção
profissional (conforme estabelecido nas Diretrizes Curriculares da ABEPSS)
demanda uma atuação profissional em uma perspectiva totalizante, baseada na
identificação dos determinantes socioeconômicos e culturais das desigualdades
sociais. A intervenção orientada por esta perspectiva pressupõe, EXCETO: 
A) Leitura crítica da realidade. 
B) Identificação das respostas existentes às expressões da questão social no
âmbito do Estado e da sociedade civil. 
C) Desenvolvimento dos programas e projetos sociais atendendo os princípios
da eficácia burocrática da gestão pública.
D) Reconhecimento e fortalecimento dos espaços e formas de luta e
organização dos trabalhadores em defesa de seus direitos.
 
CONSULPLAN-ASSISTENTE SOCIAL
23-Os Assistentes Sociais atuam nas manifestações mais contundentes da
questão social em diferentes espaços. Sobre os espaços sócioocupacionais, é
correto afirmar que 
A) são dotados de racionalidades e funções idênticas na divisão social e técnica
do trabalho. 
B) implicam relações sociais de natureza genérica, capitaneadas por sujeitos
sociais burgueses. 
C) as incidências do trabalho profissional na sociedade dependem apenas da
atuação isolada do Assistente Social nos espaços sócio-ocupacionais.
D) o caráter do trabalho realizado nos espaços sócio-ocupacionais, suas
possibilidades e limites, assim como o significado social e efeitos na sociedade,
são condicionados por relações sociais.
E) os espaços profissionais dos Assistentes Sociais resumem-se à formulação,
planejamento e execução de políticas públicas de seguridade social. Nas demais
atividades, a nomenclatura utilizada é outra. 
CONSULPLAN-ASSISTENTE SOCIAL
24-A partir de uma reflexão que considere a questão social e sua relação com o
Serviço Social, assinale a alternativa correta 
A) A questão social é a base de fundação do Serviço Social enquanto
especialização do trabalho. 
B) A intervenção profissional do assistente social deve ser diretamente na
questão social e não em suas expressões cotidianas. 
C) O assistente social não trabalha na tensão entre a produção da desigualdade
e da resistência.
D) O Serviço Social não deve buscar desvendar as novas mediações através das
quais se expressa a questão social na contemporaneidade.
E. Apreender a questão social não representa, também, captar as múltiplas
formas de pressão social construídas no cotidiano. 
Prova da Prefeitura de Porto Velho 2012 -CONSULPLAN-ASSISTENTE
SOCIAL
25-A _______________ é matéria-prima ou objeto de trabalho do assistente
social.” O termo ou expressão que completa corretamente a afirmativa anterior
é 
A) técnica 
B) sociedade 
C) teoria social
D) questão social
E.)política social 
GABARITO DO SIMULADO
1-ERRADO 2-ERRADO 3-ERRADO 4-CORRETO 5-ERRADO
6-ERRADO 7-ERRADO 8-
VERDADEIRO
9-ERRADO 10-A
11-E 12-D 13-B 14-A 15-D
16-B 17-ERRADO 18-CORRETO 19-CORRETO 20-CORRETO
21-A 22-C 23-D 24-A 25-A
Referências
CASTEL, Robert. As Metamorfoses da Questão Social, Petrópolis: Editora
Vozes, 1995.
CASTEL, R. As metamorfoses da questão social: uma crônica do salário
(trad.Iraci D. Poleti). 8. Ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2009.
IAMAMOTO, Marilda Villela. A questão social no capitalismo.
Temporalis. Revista da Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em
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______. Relações Sociais e Serviço Social no Brasil: esboço de uma
interpretação histórico-metodológica. 14. ed. São Paulo, Celats/Cortez,
2001b.
MOTA, Ana Elizabete. (Org.). Questão social e Serviço Social: um debate
contemporâneo. IN: O Mito da assistência social: ensaios sobre Estado,
política e sociedade. 3ª.ed. São Paulo: Cortez, 2009.
NETTO, P. Cinco notas a propósito da “questão social”. Revista Temporalis
– Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social. Ano 2. Nº
3 (jan/jul.2001). Brasília: ABEPSS, Grafline, 2001. 
NETTO, José Paulo. Capitalismo monopolista e serviço social. 2. Ed. São
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YAZBECK, Maria Carmelita. Classes Subalternas e assistência social. 2.
Ed. São Paulo: Cortez, 1996.
ROSAVALLON, P. A. A nova questão social (trad. Sérgio Bath). Brasília:
Instituto Teotônio Vilela, 1998.
MOTA, Ana Elizabete. Crise contemporânea e as transformações na produção
capitalista. CFESS, 2009.
IAMAMOTO, Marilda Vilela. A questão social no capitalismo. In: Temporalis.
Brasília: ABEPSS, Ano 2, n. 3, p. 9-32, 2001. 
DUARTE, Janaina Lopes do Nascimento. ONGs e Políticas Sociais Públicas – um
espaço em discussão a partir da Reforma do Estado no Brasil na década de 90.
Monografia de conclusão de curso de especialização em Políticas Públicas e
Gestão de Serviços Sociais. Recife: UFPE, 2002. 
	CESPE - 2015 - STJ - Analista Judiciário - Serviço Social
	CESPE - 2015 - MPOG - Assistente Social - Cargo 16
	UFBA - 2014 - UFBA - Assistente Social
	7-De acordo com Iamamoto e Paulo Netto, a crise do capital, na contemporaneidade, gera uma nova questão social.
	8-No Brasil, a partir dos anos de 1930, as intervenções do Estado nas expressões da questão social passaram a ocorrer de maneira contínua e sistemática.
	9-Iamamoto e Carvalho compreendem a questão social como um problema social cuja resolução depende de ações imediatas dos(as) profissionais de Serviço Social.
	FGV - 2014 - DPE-RJ - Técnico Superior Especializado - Serviço Social
	CEFET-MG - 2014 - CEFET-MG - Assistente Social
	FUNCAB - 2014 - SEDS-TO - Analista em Defesa Social - Serviço Social

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