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1 Sistema excretor Aula 25 7B Biologia Introdução Excreção é a eliminação, para o exterior do corpo, de substâncias tóxicas produzidas pelo metabolismo ou de substâncias acumuladas em excesso no organismo. Dessa forma, o sistema excretor regula a composição química interna, criando um ambiente equilibrado e compatível com a vida (homeostase = equilíbrio). Homeostase: é a capacidade dos seres vivos em manter, por autorregulação, condições internas equi- libradas e compatíveis com a vida. O metabolismo das proteínas, por exemplo, produz uma série de substâncias nitrogenadas tóxicas, como a amônia, a ureia e o ácido úrico, que devem ser imedia- tamente eliminadas da corrente sanguínea. O processo de excreção não tem ligação direta com a eliminação de resíduos da digestão (ou fezes). Excreção sempre envolve eliminação de resíduos celulares, o que não é o caso das fezes, pois são apenas restos não absorvidos. Órgãos que trabalham para o sistema excretor Pulmões Eliminam o gás carbônico produzido pela respiração celular e ajudam a eliminar o excesso de água. Pele Ajuda a eliminar o excesso de água e sais minerais. Fígado Elimina (através da bile) algumas substâncias tóxicas do sangue. Transforma algumas toxinas em moléculas reconhecíveis pelo sistema urinário, para que sejam expulsas na forma de urina. Transforma a amônia alta- mente tóxica e solúvel produzida pelo metabolismo de aminoácidos e proteínas em ureia que é menos tóxica. Após formada, a ureia é lançada no sangue e eliminada pelos rins. Sistema urinário (rins e órgãos anexos) Sistema é composto dos seguintes órgãos: rins, ureteres, bexiga e uretra. Bexiga Rins Ureteres Uretra ` Sistema urinário Rins e excreção Os rins são órgãos abdominais em forma de grãos de feijão, medindo aproximadamente 12 cm de compri- mento. Microscopicamente, possuem duas regiões dis- tintas, o córtex (periférico) e a medula (internamente), por onde penetram os vasos sanguíneos: artéria e veias renais. D iv an zi r P ad ilh a. 2 00 2. D ig ita l. 2 Extensivo Terceirão Sobre cada um dos dois rins estão colocadas as glândulas suprarrenais ou adrenais, responsáveis pela produção de alguns hormônios vitais ao organismo. Apesar de sua localização, elas não dependem nem possuem relação direta com os rins. Córtex renal Pelve renal Medula renal com ductos Vasos sanguíneos Ureter Veia Artéria ` Córtex e medula renais Estrutura dos rins Na porção cortical dos rins, encontramos centenas de milhares de pequeníssimas estruturas fibrosas denominadas néfrons, que são as unidades funcionais dos rins. Glomérulo de Malpighi Arteríola eferente Cápsula de Bowman Arteríola aferente Veia Rede de capilares e vênulas Alça de Henle Túbulo contornado proximal Túbulo contornado distal Tubo coletor de urina ` Estrutura de um néfron O sangue a ser filtrado entra nos rins pelas artérias renais – uma para cada rim –, as quais se ramificam em milhares de finíssimas arteríolas em direção à zona cortical dos rins, onde estão localizados os néfrons. Cada arteríola entra numa cápsula de Bowman de um néfron (arteríola aferente) e se enovela, formando uma estrutura chamada glomérulo renal. A seguir, ela sai da cápsula (arteríola eferente) e se enrola ao redor do tubo do néfron. Para a filtração do sangue e formação da urina, observam-se as seguintes etapas: Filtração glomerular O sangue entra no glomérulo sob alta pressão e parte do plasma (aproximadamente 20%) passa para o interior do tubo do néfron: é a filtração glomerular. É importante salientar que, nesse processo de filtração glomerular, os elementos figurados do sangue (plaquetas, hemácias e glóbulos brancos), assim como macromoléculas proteicas, não conseguem atravessar as paredes do glomérulo. Assim, quando estes elemen- tos aparecem na urina, temos um indicativo de lesão urinária. Urina primária O plasma desprovido de proteínas, que se forma na cápsula de Bowman, é chamado de urina primária ou filtrado glomerular. O plasma segue pelo néfron e chega ao tubo proximal. As células dessa região realizam intenso transporte ativo. Dessa forma, uma grande parte dos sais minerais, glicose, aminoácidos e hormônios contidos na urina primária são reabsorvidos e devolvidos à corrente sanguínea, pois ainda são úteis ao organismo. A reabsorção dos sais minerais (que se encontram na forma de íons) é fortemente estimulada pela ação do hormônio aldosterona, produzido no córtex das suprarrenais. Reabsorção renal Quando o líquido atinge a alça de Henle, encontra- -se muito diluído (muitos elementos já foram reabsor- vidos para o sangue, devido à ação da aldosterona). Os capilares sanguíneos (que envolvem a alça de Henle), por sua vez, contêm sangue bastante concentrado, devido à reabsorção maciça de materiais na região proximal do tubo. A água, portanto, será também reabsorvida por osmose – transporte passivo – e vol- tará para a corrente sanguínea. Assim, a urina primária começará a se tornar mais concentrada. No tubo contorcido distal, o transporte ativo volta a funcionar e mais glicose, sais minerais, hormônios e aminoácidos são reabsorvidos e devolvidos à corrente sanguínea. Nessa região ocorre também a ação do ADH (hormônio antidiurético ou vasopressina), que aumenta Ilu st ra çõ es : D iv an zi r P ad ilh a. 2 00 4. D ig ita l. Aula 25 3Biologia 7B a permeabilidade da membrana plasmática das células tubulares, facilitando a passagem de água do interior do tubo para os capilares sanguíneos. Assim, o ADH diminui a diurese (perda de água pela urina). Na alça de Henle, ocorre intensa osmose e reabsorção passiva de água. No tubo con- torcido distal ocorre o mesmo, porém com transporte ativo. Nos rins, passam diariamente aproximadamente 200 litros de água, dos quais cerca de 199 li- tros são reabsorvidos pela alça de Henle e pelo tubo distal, sen- do apenas um litro eliminado na forma de urina. Resumo 1. Filtração glomerular 2. Urina primária 3. Reabsorção renal 4. Urina Filtração Cápsula de Bowman Glomérulo Reabsorção Excreção Tubo de néfron Concentração Ja ck A rt . 2 01 7. D ig ita l. Depois de todo esse processo de reabsorção, o líquido que atinge o final do tubo distal tem concentração e composição bem diferentes do plasma. Temos, agora, a urina, que escorrerá pelos tubos coletores até o bacinete, de onde será conduzida pelos ureteres para a bexiga e, então, armazenada. Posteriormente, será expulsa do organismo através da uretra. Rins e pressão arterial Há situações em que ocorre acentuada redução da pressão sanguínea no rim, o que estimula certas células renais a produzirem renina, substância que, ao ser liberada no sangue, estimula a transformação do angiotensinogênio (proteína plasmática) em angiotensina. Uma vez no sangue, a angiotensina estimula as suprarrenais a liberarem mais aldosterona; dessa forma, haverá maior reabsorção de sais minerais nos néfrons e, consequentemente, maior reabsorção de água para o sangue, o que aumentará a pressão arterial san- guínea. Testes Assimilação 25.01. (UA – AM) – Sistema excretor elimina resíduos metabólicos e outras subs- tâncias tóxicas ingeridas ou originadas no próprio corpo. No RX representado abaixo os números 1, 2, 3 e 4 representam, respectivamente: a) Rim, ureter, bexiga e uretra. b) Rim, bacinetes, artérias e bexiga. c) Rim, uretra, bexiga e ureter. d) Rim, artérias renais, uretra e bexiga. e) Rim, vasos renais, uretra e bexiga. 25.02. (UFAL) – “No homem, os pro- dutos de excreção, resultantes do metabolismo, chegam ao fígado sob a forma de ….I…. e, nesse órgão, são transformados em ….II…. .” Para completar corretamente a frase acima, basta substituir I e II, respecti- vamente, por: a) amônia e ureia. b) ureia e amônia. c) amônia e ácido úrico. d) ureia e ácido úrico. e) ácido úrico e ureia. 4 Extensivo Terceirão 25.03. (CEFET – SP) – Os rins sãoórgãos do sistema excretor essenciais para a sobrevivência do ser humano. Dentre as funções exercidas por esses órgãos, está: a) A eliminação do gás carbônico produzido no metabo- lismo celular. b) A produção de hormônios que atuam no controle da temperatura corpórea. c) A regulação do volume e da composição do sangue. d) A produção de hormônios que controlam a taxa de glicose no sangue. e) O controle da produção de enzimas que agem no pân- creas e no estômago. 25.04. (UFPA) – Qual das alternativas abaixo indica correta- mente as concentrações normais de proteína? PLASMA SANGUÍNEO URINA FILTRADO GLOMERULAR a) Alta Ausente Ausente b) Alta Baixa Ausente c) Ausente Baixa Alta d) Baixa Alta Alta e) Baixa Ausente Ausente Aperfeiçoamento 25.05. (UFPB) – Uma das adaptações mais importantes, ocorrida durante a evolução dos vertebrados, foi a produ- ção de uma urina hipertônica em relação aos seus fluidos corporais e de um sistema urinário complexo. Com relação ao sistema urinário humano, identifique as proposições verdadeiras. ( ) A amônia é a principal substância nitrogenada excreta- da através do sistema urinário humano. ( ) Os néfrons estão intimamente associados aos vasos sanguíneos e são responsáveis pela filtração do san- gue, a qual leva à formação da urina. ( ) O álcool, quando presente no sangue, estimula a secre- ção do ADH (hormônio antidiurético) e causa a diurese. ( ) A renina, liberada pelos rins quando a pressão sanguí- nea diminui, ativa a produção de angiotensina, que causa a constrição dos vasos sanguíneos periféricos e a liberação da aldosterona, que aumenta a reabsorção de sódio e água. ( ) A hipófise libera menos ADH no sangue, quando a concentração do plasma sanguíneo diminui, e libera mais ADH, quando a concentração do plasma sanguí- neo aumenta. 25.06. (UFAL) – Um néfron é uma estrutura tubular que pos- sui, em uma extremidade, uma expansão em forma de taça, a cápsula de Bowman, a qual se conecta ao túbulo renal, que desemboca em um duto coletor. O túbulo renal, conforme ilustrado esquematicamente na figura, compreende três regiões diferenciadas: o túbulo contornado proximal, a alça de Henle e o túbulo contornado distal. Capilares sanguíneosGlomérulo de Malpighi Cápsula de Bowman Túbulo contornado proximal Túbulo contornado distal Duto coletor Alça de Henie Para o ureter Com relação às informações apresentadas, analise as pro- posições a seguir. 1. Nos capilares dos glomérulos de Malpighi, a pressão do sangue força a saída de proteínas e glicose existentes no sangue; substâncias que passam entre as células da parede da cápsula de Bowman e atingem o túbulo renal. 2. No túbulo contornado proximal, as células reabsorvem glicose, aminoácidos, vitaminas, parte dos sais e a maior parte da água do filtrado glomerular, devolvendo essas substâncias ao sangue dos capilares que envolvem o néfron. 3. Na região da alça de Henle ocorre, principalmente, rea- bsorção de água do filtrado glomerular. 4. No túbulo contornado distal ocorre a eliminação passiva de água, e as células da parede do túbulo absorvem as vitaminas e os sais minerais para então o filtrado desem- bocar no duto coletor. Estão corretas: a) 1, 2, 3 e 4. b) 1, 2 e 4, apenas. c) 2 e 3, apenas. d) 1 e 2, apenas. e) 3 e 4, apenas. 25.07. (PUC – RJ) – A presença de ureia na urina de humanos é consequência direta da: a) Degradação de lipídeos. b) Degradação de proteínas. c) Degradação de açúcares. d) Incorporação de vitaminas. e) Transformação de O2 e CO2 Aula 25 5Biologia 7B 25.08. (CESGRANRIO – RJ) – No homem, após a filtragem no glomérulo renal, ocorre a formação e eliminação da urina. Assinale a opção que associa corretamente as estruturas do aparelho urinário humano, apresentadas na coluna I, em algarismos romanos, com as funções apresentadas na coluna II, em algarismos arábicos. COLUNA I I. Uretra. II. Ureter. III. Néfron. IV. Bexiga. COLUNA II 1. Produz a urina através de excreção e reabsorção. 2. Conduz urina para o meio externo. 3. Armazena urina. 4. Recolhe a urina que surge na pelve renal. 5. Concentra a urina. a) I-2; II-4; III-1; IV-3. c) I-4; II-3; III-1; IV -V. e) I-3; II-5; III-3; IV -1. b) I-2; II-3; III-1; IV-5. d) I-4; II-5; III-3; IV-2. 25.09. (FUVEST – SP) – O sangue, ao circular pelo corpo de uma pessoa, entra nos rins pelas artérias renais e sai deles pelas veias renais. O sangue das artérias renais: a) É mais pobre em amônia do que o sangue das veias renais, pois nos rins ocorre síntese dessa substância pela degradação de ureia. b) É mais rico em amônia do que o sangue das veias renais, pois nos rins ocorre degradação dessa substância que se transforma em ureia. c) É mais pobre em ureia do que o sangue das veias renais, pois os túbulos renais secretam essa substância. d) É mais rico em ureia do que o sangue das veias renais, pois os túbulos renais absorvem essa substância. e) Tem a mesma concentração de ureia e de amônia que o sangue das veias renais, pois essas substâncias são sintetizadas no fígado. 25.10. Use a figura a seguir para responder esta questão: Fluxo sanguíneo x y 01) X está indicando a artéria renal. 02) Y está indicando a veia renal. 04) Y transporta sangue com menor quantidade de CO2 que X. 08) X transporta sangue com maior quantidade de ureia que Y. 16) O sangue que circula em X é venoso, enquanto o que circula em Y é arterial. Aprofundamento 25.11. Responda esta questão com base no esquema a seguir: GloméruloA B E C D Cápsula de Bowman Vaso sanguíneo Vaso sanguíneo Vaso sanguíneo Túbulo renal 01) Proteína do sangue não é encontrada em C, apesar de existir em A. 02) Dióxido de carbono é encontrado tanto em C, quanto em A. 04) Para a glicose passar de C para D, há necessidade da presença de insulina. 08) Para a glicose passar de C para D, há necessidade de “gasto” de ATP. 16) A ureia é encontrada tanto em A, quanto em E. 25.12. (PUC – MG) – Interpretando a figura a seguir que representa a regulação da secreção e ações do hormônio antidiurético (ADH), assinale a afirmativa incorreta. Rins Arteríolas Osmorreceptores A pressão osmótica baixa do sangue inibe os osmorreceptores hipotalâmicos A pressão osmótica elevada do sangue estimula os osmorreceptores hipotalâmicos Glândulas sudoríparas Impulsos nervosos liberam ADH na corrente sanguínea a) A liberação de ADH no sangue estimula os rins a reterem mais água, diminuindo o volume urinário. b) A pressão osmótica elevada estimula a liberação de ADH e reduz a perda de água por transpiração. c) As arteríolas sofrem vasoconstricção, elevando a pressão arterial em resposta à liberação de ADH. d) Com a ingestão e absorção de grande quantidade de água, a pressão osmótica do plasma sanguíneo irá au- mentar, inibindo a secreção de ADH. ADH 6 Extensivo Terceirão 25.13. (PUC – RJ) – A água do mar contém, aproximada- mente, três vezes mais sais que o nosso organismo. Nossos rins podem excretar uma solução salina de concentração intermediária entre a água do mar e de nosso sangue. A ingestão de água do mar por um náufrago acarreta, entre outras coisas: a) apenas desidratação dos tecidos. b) apenas diminuição do volume urinário. c) apenas aumento do volume urinário. d) desidratação dos tecidos e diminuição do volume san- guíneo. e) desidratação dos tecidos e aumento do volume sanguíneo. 25.14. (UEL – PR) – A figura a seguir representa a estrutura renal de um néfron de mamífero. Os números indicam os processos básicos que ocorrem para a formação da urina. sangue sangueurina 1 2 3 4 Adaptado de: SILVA JÚNIOR, C. da; SASSON, S. Biologia. São Paulo: Saraiva, 2007, p. 350.) Assinale a alternativa que contém a ordem sequencial dos números correspondentes aos processos indicados. a) 1 - reabsorção passiva de água; 2 - secreção ativa de íons H+ e K+; 3 - reabsorção ativa de sais e glicose; 4 - filtração. b) 1 - filtração; 2 - reabsorção ativa de sais e glicose; 3 - reab- sorçãopassiva de água; 4 - secreção ativa de íons H+ e K+. c) 1 - filtração; 2 - reabsorção passiva de água; 3 - secreção ativa de íons H+ e K+; 4 - reabsorção ativa de sais e glicose. d) 1 - reabsorção passiva de água; 2 - reabsorção ativa de sais e glicose; 3 - filtração; 4 - secreção ativa de íons H+ e K+. e) 1 - reabsorção ativa de sais e glicose; 2 - filtração; 3 - reab- sorção ativa de água; 4 - secreção ativa de íons H+ e K+. 25.15. (UFPel – RS) – Para quem sofre de insuficiência renal aguda, a hemodiálise é um tratamento esporádico, mas para os pacientes crônicos, nem mesmo o transplante elimina por completo a necessidade das sessões de diálise, ainda que possam se tornar menos frequentes. Em média, a doença se desencadeia entre os 40 e 59 anos de idade, mas é cada vez maior o número de jovens e de idosos nas salas de nefrologia, submetidos a esse tratamento. A necessidade disso reside na importância dos rins para o funcionamento adequado do organismo. Com base no texto e em seus conhecimentos, é correto afirmar que os rins exercem no organismo, entre outras ações, a) a regulação da pressão arterial – através da secreção do hormônio antidiurético –, a manutenção do equilíbrio entre os eletrólitos e a eliminação de substâncias úteis no sangue. b) a excreção de produtos nitrogenados e a secreção dos hormônios ADH e peptídeo natriurético atrial, respon- sáveis pela excreção de sódio e diminuição da pressão arterial. c) a regulação do diabetes melito – impedindo a excreção de glicose na urina –, a reabsorção de produtos nitrogenados e a regulação da pressão arterial. d) a reabsorção de substâncias úteis, a regulação do volume de líquidos, a regulação da secreção de potássio – funda- mental para manter a ATPase Na+/K+ (ou bomba de Na+/ K+) da membrana plasmática. e) a regulação da secreção de potássio, que, junto ao sódio, atua no funcionamento da ATPase Na+/K+ da membrana plasmática e a filtração do sangue que penetra através de sua ramificação venosa. 25.16. (FUVEST – SP) – Foi descoberto que, quando aumenta a pressão nos átrios (aurículas) cardíacos, estes secretam um hormônio (fator atrial) que tem ação direta sobre os néfrons, as unidades filtradoras dos rins. Entre outros efeitos, o fator atrial produz dilatação da arteríola aferente, combinada com a constrição da arteríola eferente (veja, abaixo, o esquema do néfron). Cápsula de Bowman Sangue Sangue Arteríola aferente Arteríola eferente Urina Dessas informações, pode-se deduzir que a secreção de fator atrial provoca: a) Maior filtração glomerular, formação de mais urina, dimi- nuição da pressão sanguínea. b) Menor filtração glomerular, formação de mais urina, diminuição da pressão sanguínea. c) Maior filtração glomerular, formação de menos urina, elevação da pressão sanguínea. d) Menor filtração glomerular, formação de menos urina, elevação da pressão sanguínea. e) Menor filtração glomerular, formação de mais urina, elevação da pressão sanguínea. Aula 25 7Biologia 7B 25.17. (UERJ) – A água, principal componente químico do corpo humano, é perdida em quantidades relativamente altas por meio dos mecanismos de excreção, devendo ser reposta para evitar a desidratação. Observe o gráfico abaixo. 0 Tempo Z Y X W 1,0 Densidade da urina Considere que o ponto zero do gráfico corresponde ao instante a partir do qual uma pessoa deixe de repor a água perdida por seu organismo. A curva que registra as alterações da densidade da urina dessa pessoa, em função do tempo, é a identificada pela seguinte letra: a) W b) X c) Y d) Z 25.18. (FCC – SP) – Considere indivíduos nas seguintes condições: I. Em ambiente frio e úmido. II. Após a realização de exercícios físicos. III. Após a ingestão de grande quantidade de água do mar. Haverá aumento de volume de produção de urina nos indivíduos que estão: a) Apenas na condição I. b) Apenas nas condições I e II. c) Apenas nas condições I e III. d) Apenas nas condições II e III. e) Nas condições I, II e III. Desafio 25.19. (FUVEST – SP) – Logo após a realização de provas esportivas, parte da rotina dos atletas inclui a ingestão de água e de bebidas isotônicas; também é feita a coleta de urina para exames antidoping, em que são detectados me- dicamentos e drogas, eventuamente ingeridos, que o corpo descarta. As bebidas isotônicas contêm água, glicose e sais minerais, apresentando concentração iônica semelhante à encontrada no sangue humano. No esquema abaixo, os números de 1 a 4 indicam processos, que ocorrem em um néfron do rim humano. a) Qual(is) número(s) indica(m) processo(s) pelo(s) qual(is) passa a água? b) Qual(is) número(s) indica(m) processo(s) pelo(s) qual(is) passam as substâncias dissolvidas, detectáveis no exame antidoping? c) Após uma corrida, um atleta, em boas condições de saúde, eliminou muito suor e muita urina e, depois, ingeriu bebi- da isotônica. Entre os componentes da bebida isotônica, qual(is) não será(ão) utilizado(s) para repor perdas de substâncias eliminadas pela urina e pelo suor? Justifique sua resposta. 25.20. (PUCCAM – SP) – Responda esta questão com base no esquema abaixo (ciclo da ornitina) e nos seus conheci- mentos. CO2 + NH3 2 ATP Enzima de conjugação Carbamil fosfato Ornitina Citrulina Enzima de transferência Enzima de conjugação Arginase Fumarato Enzima de clivagem UREIA Arginina Asparato Arginosuccinato (Knut Schmidt – Nielsen. Fisiologia Animal. Adaptação e Meio Ambiente. São Paulo: Santos Livraria, 1996. p. 380) A enzima urease, em meio aquoso, catalisa a decomposi- ção da ureia [(NH2)2CO]. Os produtos dessa decomposição devem ser a) CO2 e NH3 b) CO, N2 e H2 c) CO2, N2 e H2 d) C, H2O e N2 e) CO e NH3 8 Extensivo Terceirão Gabarito 25.01. a 25.02. a 25.03. c 25.04. a 25.05. F – V – F – V – V 25.06. c 25.07. b 25.08. a 25.09. d 25.10. 11 (01 + 02 + 08) 25.11. 27 (01 + 02 + 08 + 16) 25.12. d 25.13. e 25.14. b 25.15. d 25.16. a 25.17. a 25.18. c 25.19. a) 1 e 3; b) 1 e 4; c) Glicose. Os monossacarídeos consumidos e absorvidos para a corrente sanguínea do atleta durante a corrida não são elimina- dos pela urina ou pelo suor. Esses açúcares são metabolizados pelas mitocôndrias a fim de fornecer energia para a atividade do corredor. 25.20. a 9Biologia 7B Olho e visão humana Os olhos são órgãos mais ou menos esféricos inseridos em cavidades ósseas da face. O globo ocular apresenta as seguintes estruturas: esclera, córnea, coroide, íris, pupila, retina, humor vítreo, humor aquoso e cristalino. Coroide Íris Córnea Pupila Cristalino Ponto cego Nervo óptico Retina Esclerótica ` Figura mostrando as partes do globo ocular Esclerótica e córnea A esclera ou esclerótica é a parte branca dos olhos, formada por uma camada resistente de tecido conjunti- vo fibroso, o que confere proteção e sustentação para as estruturas internas do olho. Na região frontal do olho, a esclerótica afina-se e muda de estrutura, formando uma membrana transparente chamada córnea. Coroide A coroide é uma camada de tecido conjuntivo rica- mente vascularizada, logo abaixo da esclerótica, com função de nutrir e oxigenar a retina. Íris e pupila Na região frontal do olho, atrás da córnea, a coroide forma a íris, disco colorido que dá cor ao olho e tem como função controlar a entrada de luz para o interior do globo ocular. A pupila é um orifício encontrado na região central da íris, e tem a abertura controlada por uma muscula- tura lisa e involuntária. A pupila se dilata mais quando estamos em ambientes escuros, permitindo uma maior passagem da luz ao interior do globo ocular, e quase se fecha em ambientes muito iluminados. Retina A retina é uma fina camada que reveste o globo ocular internamente e é formada por uma rede de neu- rônios fotossensíveis. Os mais importantes neurônios da retina são os cones e os bastonetes. CONES BASTONETES Concentrados na fóvea Distribuem-se pela periferia da retina Menos sensíveis à luz – necessitam de umaluminosidade maior para serem acionados Mais sensíveis à luz – funcionam em baixa luminosidade Visão em cores Visão em preto e branco Único tipo de célula da fóvea ou mácula São predominantes na retina de animais noturnos Conferem melhor acuidade visual em lugares bem iluminados A retina comunica-se com o sistema nervoso central por meio do nervo óptico. No ponto em que o nervo óptico se insere no globo ocular, percebe-se a ausência de cones e bastonetes no seu revestimento. Essa região constitui, portanto, um ponto cego da retina, ou seja, qualquer imagem focalizada nessa área não será perceptível. Cristalino Coroide Retina Córnea Íris Esclerótica Ponto cego Retina Cones Nervo óptico Fóvea centrális Humor vítreo ` Figura mostrando o ponto cego Humor aquoso Ilu st ra çõ es : D iv an zi r P ad ilh a. 2 00 4. D ig ita l. 1B Órgãos dos sentidos I Aula 26 Biologia 7B 10 Extensivo Terceirão A mácula é uma área altamente especializada no centro da retina (no eixo ótico) responsável pela visão em detalhes. A região da mácula contém a maior parte dos neurô- nios fotossensíveis da retina. A fóvea é uma região mais sensível de toda a retina. Fica no centro da mácula e apresenta grande concentra- ção de cones e nenhum bastonete. A rodopsina é o pigmento produzido e utilizado pela retina para a percepção dos raios luminosos. Quando atingida pela luz, essa substância sofre decomposição e libera elétrons que ativam os neu- rônios sensores. A vitamina A (retinol) participa na formação da rodopisina, o que explica o quadro de cegueira noturna em indivíduos que apresentam ca- rência desta vitamina. Cristalino É uma lente biconvexa localizada logo atrás da pu- pila e tem a função de focalização da imagem na retina, processo denominado acomodação visual. A acomodação visual, isto é, “o ajuste focal” pro- porcionado pelo cristalino, depende da ação de fibras e músculos circulares presos na sua periferia. O crista- lino fica mais espesso para a visão de objetos próximos mediante a contração desta musculatura. Para focalizar objetos distantes a musculatura ciliar relaxa fazendo com que o cristalino fique mais delgado. O cristalino projeta na retina uma imagem inver- tida e menor do que a real. Cristalino Objeto Imagem do objeto na retina Retina ` Figura mostrando a imagem menor e invertida focalizada na retina Humor vítreo É o líquido que preenche a maior parte do olho, está presente na cavidade do olho entre o cristalino e a retina. Tem aspecto de um gel claro, composto de água (99%) e glicoproteínas. Humor aquoso É o líquido que preenche a cavidade anterior do olho entre a córnea e o cristalino. O olho contém quatro elementos refratores da luz: a córnea, o humor aquoso, o cristalino e o hu- mor vítreo. Defeitos da visão Miopia Na miopia, o globo ocular é mais alongado do que o normal, fazendo com que a imagem forme-se antes da retina, isto é, fora de foco. Na miopia, o indivíduo tem dificuldades em enxergar objetos distantes. A correção da miopia faz-se com o uso de lentes divergentes. Olho míope ` Figura de um olho míope, mostrando a imagem se formando antes da retina. Hipermetropia Na hipermetropia, o olho é mais estreito que o nor- mal, e a imagem forma-se atrás da retina, isto é, fora de foco. Na hipermetropia, o indivíduo tem dificuldade em enxergar objetos próximos. A correção da hipermetropia faz-se com lentes convergentes. Olho hipermetrope ` Figura de um olho hipermetrope com a imagem se formando atrás da retina. Ilu st ra çõ es : D iv an zi r P ad ilh a. 2 00 4. D ig ita l. Aula 26 11Biologia 7B Astigmatismo É um defeito da curvatura da córnea, tendo como con- sequência a difusão dos raios luminosos; logo a imagem sofrerá distorção. Normalmente o problema é resolvido com lentes esferocilíndricas. Catarata Caracteriza-se pela perda da transparência do cris- talino que ocorre, principalmente, em função da idade. O cristalino é uma lente transparente que apresenta uma grande quantidade de proteínas em sua estrutura, as quais, com o passar do tempo, sofrem alterações químicas, e o cristalino vai se tornando opaco, até que a pessoa perca completamente a visão. A correção da catarata é cirúrgica, havendo a retirada do cristalino e a implantação de uma lente sintética. Glaucoma É o aumento da pressão intraocular provocado pela obstrução do sistema de canais responsável pelo esco- amento do humor aquoso. Este aumento de pressão provoca danos à retina e ao nervo óptico. Vistas cansadas ou presbiopia É a perda gradativa da elasticidade e do poder de acomodação do cristalino com o passar do tempo, razões pelas quais a pessoa não consegue enxergar bem de perto. Estruturas acessórias do olho • Pálpebras: para proteção do globo ocular. • Glândulas lacrimais: responsáveis pela produção das lágrimas, que, além de lubrificarem o globo ocular, também possuem ação bactericida. • Cílios: para proteção do globo ocular. Córnea irregular ` Figura de um olho com astigmatismo Testes Assimilação 26.01. (UFGRS) – A membrana externa do olho, de cor branca, opaca e resistente, é: a) a coroide; b) a pupila; c) o cristalino; d) a esclerótica; e) a retina. 26.02. (OSEC – SP) – Na espécie humana, a cor dos olhos se deve à pigmentação da(o): a) Retina; b) Córnea; c) Íris; d) Pupila; e) Cristalino. 26.03. (PUCPR) – Um feixe luminoso atravessa, respecti- vamente, as seguintes estruturas oculares antes de atingir a retina: a) córnea, humor aquoso, humor vítreo, cristalino; b) córnea, humor aquoso, cristalino, humor vítreo; c) cristalino, córnea, humor aquoso, humor vítreo; d) cristalino, humor vítreo, humor aquoso, córnea; e) córnea, esclerótica, fóvea. 26.04. (CESGRANRIO – RJ) – A correção da miopia e a corre- ção da hipermetropia são feitas com lentes respectivamente: MIOPIA HIPERMETROPIA a) afocal divergente b) convergente divergente c) afocal convergente d) divergente afocal e) divergente convergente Aperfeiçoamento 26.05. (FEMPAR – PR) – Leia os itens abaixo: I. A córnea é o primeiro meio de refração do feixe luminoso que incide no olho. II. Antes de chegar à retina, o feixe de luz atravessa o humor vítreo. III. O cristalino é uma lente bicôncava que focaliza a imagem na retina. IV. Quando procuramos observar objetos distantes, o cristali- no está sob tensão, apresentando uma espessura menor. Assinale a alternativa correta: a) Todas as afirmações estão corretas. b) As afirmações I e II estão corretas. c) As afirmações I, II e IV estão corretas. d) As afirmações II, III e IV estão erradas. e) Somente a afirmativa IV está errada. D iv an zi r P ad ilh a. 2 00 4. D ig ita l. 12 Extensivo Terceirão 26.06. (FUVEST – SP) – Na formação das imagens na retina da vista humana normal, o cristalino funciona como uma lente: a) convergente, formando imagens reais, diretas e dimi- nuídas; b) divergente, formando imagens reais, diretas e diminuídas; c) convergente, formando imagens reais, invertidas e di- minuídas; d) divergente, formando imagens virtuais, diretas e am- pliadas; e) convergente, formando imagens virtuais, invertidas e diminuídas. 26.07. Muitas pessoas que precisam de óculos acabam se rendendo ao apelo dos camelôs. Isso porque as ban- cas oferecem uma variedade de modelos escuros e de grau, muito parecidos com os que enfeitam as vitrines das óticas e com a vantagem de serem bem mais ba- ratos. No entanto, comprar óculos sem receita médica pode provocar sérios problemas aos olhos. Segundo o chefe do serviço de Oftalmologia do Hospital Federal da Lagoa, no Rio de Janeiro, ao com- prar óculos sem receita, você não faz um exame oftal- mológico completo. “Você não descobre se tem uma doença na retina, uma infecção, ou qualquer tipo de doença. E se o olho direito não tiver o mesmo grau do olho esquerdo? Esses óculos são, geralmente, do mesmo grau. Então, você vai terum olho enxergando melhor e o outro enxergando pior. Isso também faz mal para o seu olho”, afirma. Mas nem só os óculos de grau comprados em ca- melôs representam risco à saúde dos olhos. O oftalmo- logista alerta sobre a falta de informação que muitas pessoas têm sobre os modelos escuros expostos nas bancas. “Não é a cor da lente que protege o olho. O que protege o olho é o filtro ultravioleta que a lente tem que ter. Esse filtro evita que os raios ultravioleta do sol penetrem nos seus olhos e vá ocasionar doenças na retina. A grande maioria das lentes de boa qualidade já tem filtro ultravioleta. E essas lentes, vendidas em camelôs, não têm nada disso”, alerta o chefe do serviço de Oftalmologia do Hospital Federal da Lagoa. http://www.blog.saude.gov.br/cuidado-com-oculos-de-camelol O problema com o excesso de raios ultravioleta na retina é que: a) Eles destroem as hemáceas do sangue que passa nesta região comprometendo a oxigenação destes tecidos; b) Afetam a produção de rodopsina e comprometem visão, especialmente no período noturno; c) Destroem neurônios da retina que não podem ser repos- tos nem regenerados na região; d) Podem mudar a cor da íris causando sérios distúrbios visuais; e) Estimulam o bronzeamento destas região, o que dificulta a entrada de luz para o interior do olho. 26.08. Observe as imagens a seguir e marque a alternativa correta: I II III a) I. Olho normal; II. Olho com miopia; III. Olho com hiper- metropia; b) I. Olho com hipermetropia; II. Olho normal; III. Olho com miopia; c) I. Olho com miopia; II. Olho com hipermetropia; III. Olho normal; d) I. Olho com miopia; II. Olho normal; III. Olho com hiper- metropia; e) I. Olho normal; II. Olho com hipermetropia; III. Olho com miopia. 26.09. (FUVEST – SP) – O olho é o senhor da astronomia, autor da cosmografia, conselheiro e corretor de todas as artes humanas (...). É o príncipe das matemáticas; suas disciplinas são intimamente certas; determinou as alti- tudes e dimensões das estrelas; descobriu os elementos e seus níveis; permitiu o anúncio de acontecimentos futuros, graças ao curso dos astros; engendrou a arqui- tetura, a perspectiva, a divina pintura (...). O engenho humano lhe deve a descoberta do fogo, que oferece ao olhar o que as trevas haviam roubado. Leonardo da Vinci, Tratado da pintura. Considere as afirmações abaixo: I. O excerto de Leonardo da Vinci é um exemplo do huma- nismo renascentista que valoriza o racionalismo como instrumento de investigação dos fenômenos naturais e a aplicação da perspectiva em suas representações pictóricas. II. Num olho humano com visão perfeita, o cristalino fo- caliza exatamente sobre a retina um feixe de luz vindo de um objeto. Quando o cristalino está em sua forma mais alongada, é possível focalizar o feixe de luz vindo de um objeto distante. Quando o cristalino encontra-se em sua forma mais arredondada, é possível a focalização de objetos cada vez mais próximos do olho, até uma distância mínima. Aula 26 13Biologia 7B III. Um dos problemas de visão humana é a miopia. No olho míope, a imagem de um objeto distante forma-se depois da retina. Para corrigir tal defeito, utiliza-se uma lente divergente. Está correto o que se afirma em a) I, apenas. b) I e II, apenas. c) I e III, apenas. d) II e III, apenas. e) I, II e III. 26.10. (IFMT) – A biometria é o ramo da ciência que estuda as medidas físicas dos seres vivos. A tecnologia biométrica é usada para identificação de pessoas através das característi- cas únicas de cada indivíduo, como a face, a íris e a impressão digital. Além da impressão digital, reconhecimento da íris e retina facial, existem outros métodos como o reconhecimen- to pela voz, palma da mão, assinatura e digitação. Embora todos sejam ótimos, a mais segura é pela íris, com uma margem de erro bem pequena, porém seu custo ainda é alto. Com relação à íris, pode-se afirmar que, no olho humano, ela tem como função: a) promover a hidratação. b) formar a imagem e transmitir ao cérebro c) controlar a abertura da pupila. d) impedir a entrada de poeira. e) facilitar a lubrificação. Aprofundamento 26.11. (UNICAMP – SP) – Estima-se que cerca de 70% da população brasileira possui algum problema de visão. Entre elas, as mais comuns são a Miopia, Hipermetropia e Astigma- tismo. Abaixo são feitas afirmações sobre estes problemas. 1. A miopia ocorre quando o olho é muito longo em re- lação à curvatura da córnea. No míope, os raios de luz que penetram no olho focam em um plano anterior à retina, fazendo com que a imagem se torne borrada. Os portadores de Miopia podem enxergar muito bem os objetos próximos ao seu olho, porém apresentam deficiência para a visão de objetos distantes. 2. A hipermetropia ocorre quando o olho é muito curto em relação à curvatura da córnea. Os raios de luz focalizam atrás da retina, produzindo uma imagem embaçada. Normalmente, o indivíduo com Hipermetropia enxerga melhor de longe do que de perto. 3. A presbiopia, também conhecida popularmente como “vista cansada”, ocorre por volta dos 40 anos de idade quando as pessoas passam a ter dificuldade para enxer- gar de perto. A presbiopia nada mais é que o envelheci- mento do nosso sistema de focalização. É um processo natural que atinge 100% dos indivíduos. Nos míopes, ela ocorre mais tardiamente devido ao grau de Miopia neutralizar o grau da Presbiopia. 4. O astigmatismo afeta a curvatura da córnea. As córneas com astigmatismo pronunciado são menos redondas e têm formato mais oval. O astigmatismo faz com que o olho não consiga focalizar claramente a nenhuma distância. Assinale a afirmativa correta. a) Somente a afirmação 1 é verdadeira; b) Somente as afirmações 1 e 3 são verdadeiras; c) Somente as afirmações 2 e 4 são verdadeiras; d) Somente as afirmações 2, 3 e 4 são verdadeiras; e) Todas as afirmações são verdadeiras. 26.12. (UFU – MG) – Com relação ao olho humano, assinale a alternativa correta. a) A retina garante a alimentação dos tecidos dos olhos humanos e é pigmentada, formando a câmara escura, que funciona como uma máquina fotográfica. b) A coroide é a parte fibrosa de sustentação do olho hu- mano. Mantendo os olhos abertos, a coroide representa a parte pigmentada do olho. c) A córnea é o primeiro meio de refração do feixe luminoso que incide no olho. O cristalino é a lente responsável por uma espécie de “ajuste-focal” que torna possível a visão nítida da imagem. d) A íris é rica em cones e bastonetes, células sensíveis do olho humano, que são as principais pigmentações refe- rentes ao desenvolvimento ocular. 26.13. (UEG – GO)– Edwiges, a coruja-das-neves, companheira das aventuras de Harry Potter, vista no cinema apenas como uma mensageira, faz parte de um grupo de aves peculiar, com habilidades incríveis de exímia caçadora, possuindo visão este- reoscópica, capacidade de enxergar no escuro, audição notável, disco facial bem destacado pela plumagem e que funciona como uma parabólica, captando ruídos mínimos, assim como asas grandes comparadas com o tamanho do corpo, o que per- mite que ela voe com facilidade, dentre outras características que tornam essa coruja extremamente perigosa para as suas presas. A respeito dos atributos das corujas, é correto afirmar: a) A versatilidade das vértebras do pescoço das corujas permite que elas virem a cabeça num ângulo de 360 graus para os dois lados e num ângulo de 270 graus de cima para baixo. b) A visão estereoscópica é a visão que simula duas imagens ligeiramente diferentes projetadas nos olhos, fundindo-as no cérebro para obter quantidades tais como: densidade, forma e cor. c) A visão noturna é possível devido aos enormes olhos que captam grande quantidade de luz e ao fato de o globo ocular ser mais esférico do que o das aves diurnas, assim a distância a ser percorrida entre o cristalino e a retina é maior, possibilitando menor perda de informação. d) Há um número muito superior de bastonetes em relação aos cones, o que lhes permiteenxergar muito bem na presença de pouquíssima luz, embora essa visão seja em branco e preto. 14 Extensivo Terceirão 26.14. (FUVEST – SP) – Num ambiente iluminado, ao fo- calizar um objeto distante, o olho humano se ajusta a essa situação. Se a pessoa passa, em seguida, para um ambiente de penumbra, ao focalizar um objeto próximo, a íris: a) aumenta, diminuindo a abertura da pupila, e os músculos ciliares se contraem, aumentando o poder refrativo do cristalino. b) diminui, aumentando a abertura da pupila, e os músculos ciliares se contraem, aumentando o poder refrativo do cristalino. c) diminui, aumentando a abertura da pupila, e os músculos ciliares se relaxam, aumentando o poder refrativo do cristalino. d) aumenta, diminuindo a abertura da pupila, e os múscu- los ciliares se relaxam, diminuindo o poder refrativo do cristalino. e) diminui, aumentando a abertura da pupila, e os múscu- los ciliares se relaxam, diminuindo o poder refrativo do cristalino. 26.15. (IFMT) – Especialistas alertam sobre o perigo de passar horas de frente para as telas do compu- tador, smartphone e tablet O número de piscadas cai até 30% durante o tra- balho em frente ao computador. Assim, ocorre uma rápida evaporação do filme lacrimal, uma fina camada de água que recobre os olhos. A córnea, então, fica seca. Daí, o olho pode ficar irritado, já que há menos proteção. Qualquer partícula de poeira causa incômo- do e a visão pode ficar embaçada. Com relação ao olho humano, marque a alternativa incorreta. a) A esclera ou esclerótica corresponde à parte branca do olho. b) A córnea situa-se na porção final do globo ocular, local onde se forma a imagem. c) A pupila é uma abertura no centro da Íris, e, quando contraída, atua no controle da quantidade de luz que entra nos olhos. d) A Íris é responsável pela cor dos olhos. e) Na retina, encontramos dois tipos de células fotossensí- veis, os cones e os bastonetes. 26.16. (UEPG – PR) – Os problemas mais comuns da visão humana são miopia, hipermetropia e astigmatismo. Com re- lação aos problemas mencionados, assinale o que for correto. 01) Na miopia, as pessoas não conseguem focalizar objetos distantes, pois a imagem se forma à frente da retina. 02) Na hipermetropia, as pessoas não conseguem focalizar objetos próximos, pois a imagem se forma atrás da re- tina. 04) Para a correção da hipermetropia podem ser utilizadas lentes divergentes, as quais afastam os raios de luz, le- vando a formação da imagem antes da retina. 08) No astigmatismo, as pessoas não conseguem focalizar objetos em qualquer distância e os enxergam embaça- dos ou tremidos. 26.17. (PUC – GO) – Use o texto a seguir, para responder esta questão. A mulher que comeu o amante Minueto em fó menor […] Era questão de ponto de vista. Podia matar suma- riamente que ninguém saberia jamais. Mas ele já se viciara com a justiça. Precisava achar uma desculpa, um pé qualquer para justificar seu crime e começou a nutrir um ódio feroz pelo velho. Foi Camélia que propôs um dia: – Bamo mata o cujo? De tarde, o velho estava agachado, santamen- te despreocupado, cochilando na porta do rancho, quando o primo deu um pulo em cima dele, e numa mão de aloite desigual, sojigou o bruto, amarrou-lhe as mãos e peou-o. O velho abriu os olhos inocente e perguntou que brinquedo de cavalo que era aquele. — Que nenhum brinquedo, que nada, seu cachor- ro! ocê qué me matá, mais in antes de ocê me jantá eu te armoço, porqueira. Vou te tacá ocê pras piranhas comê, viu! Januário pediu explicação: – apois se é pra móde a muié ocê num carece de xujá sua arma. Eu seio que ocês tão viveno junto e num incomodo ocês, mas dei- xa a gente morrê quando Deus fô servido. – Depois fez uma careta medonha e seus olhos murchos, cansa- dos, encheram-se de lágrimas, que corriam pela barba branca e entravam na boca contraída. O moço, porém, falava com uma raiva convicta, firme, para convencer a si mesmo da necessidade do ato: — Coisa ruim, cachorro, farso. A covardia, a fraqueza do velho davam-lhe força, aumentavam a sua barbaridade. E foi daí que ele car- regou Januário e o atirou ao poço, entre os garranchos e as folhas podres. Uma lágrima ainda saltou e caiu na boca de Ca- mélia que estava carrancuda e quieta atrás do primo. Ela teve nojo, quis cuspir fora, mas estava com tanta saudade de comer sal que resolveu engulir. O corpo de Januário deu uns corcovos elegantes, uns arrancos ágeis; depois uns passos engraçados de cururu ou de recortado e se confundiu com o sangue, com os tacos de porcaria. […] (ÉLIS, Bernardo. A mulher que comeu o amante. In: ______. Melhores contos. 4. ed. São Paulo: Global, 2015. p. 20-21.) “Uma lágrima ainda saltou e caiu na boca de Camélia que estava carrancuda e quieta atrás do primo.” Esse fragmento do Texto acima faz referência à lágrima, elemento produzi- do pelas glândulas lacrimais, que objetiva, através de suas funções, manter a homeostasia da visão e do olho humano. Com relação à lágrima, marque a alternativa correta: Aula 26 15Biologia 7B a) Apresenta na sua composição apenas água e sais minerais, dentre eles o sódio, elemento de maior quantidade. b) É destituída de componentes imunológicos, pois sua fun- ção de lubrificação do olho é exercida apenas pela água. c) Em razão de a córnea ser uma superfície hidrófila, o conteúdo lacrimal ali despejado se espalha facilmente e sofre imediata absorção para a câmara posterior do olho, garantindo assim a lubrificação ideal. d) É formada por água, sais minerais, proteínas e gorduras. 26.18. (UNESP – SP) – Além do Horizonte Numa frequência que seus olhos não captam – en- xergamos o mundo por uma fresta do espectro ele- tromagnético – passam pulsos curtos e manifestam-se fluxos constantes de energia. (…) Se fosse possível enxergar no infravermelho próximo, frequência pró- xima da luz visível, você teria os olhos grandes com que ufólogos descrevem supostos alienígenas surpre- endidos em incursões dissimuladas pela Terra. Mas o olho humano foi “pacientemente esculpido” pelo Sol, embora uma ideia como esta possa parecer um pouco surpreendente. Nossos olhos são detectores biológi- cos de uma parte da energia emitida por uma estrela amarela de meia-idade. Se fosse uma estrela vermelha e envelhecida, nosso olho seria maior. (Ulisses Capozzoli. Scientific American Brasil, fevereiro 2011. Adaptado.) Neste fragmento de texto, o autor estabelece uma interes- sante correlação entre um fenômeno físico e um fenômeno biológico. Com base nas afirmações ali contidas, pode-se afirmar corretamente que: a) os fenômenos da física, como o espectro luminoso, não têm influência sobre as formas dos organismos, uma vez que estas são determinadas pela seleção natural. Se fosse o contrário, nosso olho seria bem maior. b) o tamanho e a conformação do olho humano são conse- quências diretas da ação do sol sobre o desenvolvimento de cada indivíduo, desde a sua concepção até a forma adulta, o que justifica afirmar que nosso olho foi esculpido pelo Sol. c) o tamanho e a conformação do olho humano resultaram da ação da seleção natural. A seleção é um processo que tem, entre seus agentes, os fenômenos físicos, tais como a radiação solar. d) o tamanho e a conformação do olho humano são resul- tados da seleção natural. Contudo, desenvolveram-se no sentido contrário ao esperado em relação à ação dos raios solares e do espectro luminoso. e) o tamanho e a conformação do olho humano resultaram da ação de fenômenos físicos, como a radiação solar. Estes se sobrepõem aos fenômenos biológicos, como a seleção natural. Desafio 26.19. (UFSC) – A figura abaixo representa um corte longitudinal do olho humano. Nervo Óptico I II IIIÍris IV Fonte: National Eye Institute. Disponível em: <http://nei.nih.gov> [Adaptado] Acesso em: 14 out. 2011. Sobre as estruturas assinaladas acima e sua função, assinale a(s) proposição(ões) CORRETA(S). 01) A imagem de um objeto se forma por completo na estrutura III. 02)Em III temos a camada pigmentada do olho. 04) A estrutura I corresponde a uma lente chamada cristalino. 08) A abertura indicada em II é a córnea e pode ser transplantada entre seres humanos. 16) A estrutura IV é composta por células fotossensíveis, os cones e os bastonetes. 32) A miopia e a hipermetropia decorrem da formação incorreta da imagem na estrutura I. 64) A íris atua regulando a quantidade de luz que penetra no interior do globo ocular. 16 Extensivo Terceirão 26.20. (UEMA) – Nossos sentidos funcionam em determinadas regiões do nosso corpo a partir de estímulos que recebemos do meio ambiente. Eles são baseados em “sensores” muito sofisticados que foram desenvolvidos ao longo de milhões de anos, fruto da evolução. Cada um deles foi se transformando devido aos estímulos do meio ambiente, favorecendo as con- figurações mais adaptadas aos desafios impostos pelo meio. Costuma-se ter muita confiança no que os nossos sentidos nos transmitem. Em particular, a visão é um dos que consideramos mais confiáveis. Quando vemos alguma coisa, ficamos mais seguros sobre aquilo a que se refere. OLIVEIRA, Adilson de. Física sem mistério: um olhar para além dos sentidos. 2010. Disponível em: <http://cienciahoje. uol.com.br/colunas/fisica-sem-misterio/um-olhar-para-alem-dos-sentidos>. Acesso em: 20 out. 2013. A visão funciona de maneira extremamente sofisticada. Nossos olhos foram selecionados na faixa de captação entre 400 e 700 nanômetros porque grande parte da luz do Sol que chega até nós está dentro dessa faixa de comprimento de onda. A partir dessas informações, explique o funcionamento dos nossos sensores visuais. Gabarito 26.01. d 26.02. c 26.03. b 26.04. e 26.05. b 26.06. c 26.07. c 26.08. b 26.09. b 26.10. c 26.11. e 26.12. c 26.13. d 26.14. b 26.15. b 26.16. 11 (01 + 02 + 08) 26.17. d 26.18. c 26.19. 80 (16 + 64) 26.20. A luz refletida por um objeto chega ao olho, atravessa a córnea, atravessa o humor aquoso, passando pela abertura da pupila da íris, atravessa o humor vítreo e, finalmente, chegando à retina, onde impressiona neurônio fotorreceptores. Daí, sinais serão enviados pelo nervo óptico ao cérebro, e a visão será processada e gerada. 17Biologia 7B Audição O aparelho auditivo humano apresenta duas funções distintas: au- dição e equilíbrio. Para que as duas funções sejam desempenhadas, a orelha apresenta várias estruturas. De acordo com a posição considera- da em relação ao osso do crânio, a orelha divide-se em três partes: Orelha externa É formada pelo pavilhão auditivo e pelo canal auditivo externo, termi- nando na membrana timpânica. Orelha média Cavidade formada entre a mem- brana timpânica e o osso do crânio. Contém os três menores ossos do corpo: martelo, bigorna e estribo. Comunica-se com a faringe através da trompa de Eustáquio ou tuba auditiva, cuja função é equilibrar a pressão entre a orelha externa e orelha média. Orelha interna É formada por duas estruturas fundamentais: a cóclea ou caracol, relacionada com a audição, e os canais semicirculares ou labirinto, responsáveis pelo equilíbrio e sensação de movimento em nosso organismo. Para que ocorra a audição, as vibrações sonoras são captadas pelas orelhas e dirigidas para o tímpano através do canal auditivo. O tímpano vibra e transmite suas vibrações para o martelo, a bigor- na e o estribo. O estribo, por sua vez, liga-se à cóclea, numa região denominada janela oval. A vibração passa, então, para o líquido coclear e é captada por pelos sensoriais. Canais semicirculares Nervo vestibular Nervo auditivo Nervo coclear Caracol Osso Tuba auditiva Ossículos do ouvido médio (martelo, bigorna e estribo) Conduto auditivo Janela oval Pavilhão auditivo Tímpano ` Anatomia da orelha As vibrações dos pelos cocleares são convertidos em impulsos elétricos e daí vão direto para o cérebro, onde são criadas as sensações auditivas. Inervação do aparelho auditivo Dos canais semicirculares ou labirinto (vestíbulo) parte o nervo vesti- bular, que se comunica com o centro de equilíbrio no cerebelo, e da cóclea ou caracol parte o nervo coclear. A junção dos dois nervos forma o nervo auditivo. Olfato As células receptoras da sensação de olfato são chamadas de células olfativas. Estão locali- zadas na porção superior da ca- vidade nasal e têm como função captar e identificar substâncias voláteis inaladas, transmitir infor- mações para o córtex cerebral. Os seres humanos não apre- sentam o sentido do olfato altamente desenvolvido como alguns animais (o cão, por exem- plo). O olfato está relacionado ao sentido da gustação no sistema nervoso central, de tal forma que é capaz de fazer o indivíduo sentir o paladar dos alimentos. ` Figura mostrando a localização das células olfativas na cavidade nasal. Receptores da mucosa Bulbo olfativo Circuito olfativo Fossa nasal Ilu st ra çõ es : D iv an zi r P ad ilh a. 2 00 9. D ig ita l. 1B Biologia Aula 27 Órgãos dos sentidos II 7B 18 Extensivo Terceirão Gustação O sentido do paladar ou gustação é percebido por quimiorreceptores que formam as papilas gustativas da língua. Existem quatro sensações gustativas fundamen- tais: o ácido, o doce, o salgado e o amargo, resultando da sua combinação os demais sabores. Cada uma dessas sensações gustativas é percebida por uma região da língua. ` Figura de uma língua mostrando o local das sensações de doce, salgado, ácido e amargo. Receptores cutâneos Os receptores cutâneos são terminações nervosas e especializações de neurônios especiais capazes de perceber estímulos químicos, táteis, térmicos e de dor. São eles: Mecanorreceptores a) Corpúsculos de Meissner: dispostos na superfície da pele; medem cerca de 0,1 milímetro; receptores da impressão de contato. b) Corpúsculos de Vater-Pacini: dispostos nas camadas mais inferiores da pele; responsáveis pela percepção dos estímulos de pressão; percebem saliências e relevo, como, por exemplo, a percepção da combi- nação dos pontos do sistema braile, que permite a leitura e a escrita aos deficientes visuais. Termorreceptores c) Corpúsculos de Ruffini: são comuns na palma das mãos e plantas dos pés; responsáveis pela sensação de calor; d) Corpúsculos de Krause: pequenos e superficiais; responsáveis pela sensação de frio. Receptores de dor e) Terminações nervosas livres: responsáveis pela sensação de dor. Calcula-se que em 1 centímetro quadrado de pele haja: • 2 receptores de Krause (frio); • 12 receptores de Ruffini (calor); • 25 receptores de Meissner (tato); • 200 terminações nervosas livres, responsáveis pelo sentido de dor. `Os corpúsculos de Krause res- pondem à pressão nos lábios, na língua e nos genitais. Ed ua rd o Bo rg es . 2 00 9. D ig ita l.Terminações nervosas Corpúsculo de Meissner Corpúsculo de Krause Corpúsculo de Ru� ini Corpúsculo de Pacc ini ` Receptores cutâneos Resumo RECEPTORES DE SUPERFÍCIE SENSAÇÃO PERCEBIDA Receptores de Meissner Tato Receptores de Vater-Pacini Pressão Receptores de Ruffini Calor Receptores de Krause Frio Terminações nervosas livres Dor D iv an zi r P ad ilh a. 2 00 5. D ig ita l. D iv an zi r P ad ilh a. 2 00 5. D ig ita l. Aula 27 19Biologia 7B Testes Assimilação 27.01. (UNAMA – PA) – Um dos componentes do sistema sensorial humano, o labirinto, pode ter alterado o seu funcio- namento normal, fato que pode ser causado por agressões decorrentes de infecções respiratórias, podendo ter como manifestação do dano causado, um desequilíbrio corporal. O componente referido no enunciado, em conjunto com outras estruturas, além de estar associado ao equilíbrio estático, apresenta-se funcionalmente relacionado com o sentido da: a) visão; b) olfação; c) audição; d) gustação. 27.02. A cóclea, também denominada caracol, é uma estrutura altamente especializada como órgão receptor de sons. Possui o formato de um canal, com paredes ósseas, enrolado em forma de caracol,com aproximadamente 35 mm de extensão. Dentro, e ocupando apenas parte do canal ósseo, observa-se a porção membranosa, que adquire forma triangular quando vista em corte transversal. A cóclea ou caracol é encontrada: a) na orelha media; b) na orelha interna; c) na orelha externa; d) nos ossos da orelha media; e) na cavidade timpânica. 27.03. (UEL – PR) – Nos mamíferos, as estruturas responsá- veis pela sensação de equilíbrio estão: a) nas trompas de Eustáquio; b) na membrana timpânica; c) no conduto; d) nos ossículos da orelha média; e) nos canais semicirculares. 27.04. O equilíbrio do corpo no espaço é uma função cere- bral complexa que necessita de uma serie de informações a respeito da posição do corpo. Assinale a afirmativa que indica a estrutura do aparelho auditivo associada a esta função: a) orelha interna; b) tímpano; c) cóclea ou caracol; d) martelo; e) bigorna. Aperfeiçoamento 27.05. A orelha média começa na membrana timpânica e consiste, em sua totalidade, de um espaço aéreo – a cavi- dade timpânica – no osso temporal. Dentro dela estão três ossículos articulados entre si, cujos nomes descrevem sua forma: martelo, bigorna e estribo. Esses ossículos encontram- -se suspensos na orelha média, através de ligamentos. O funcionamento desta região do ouvido permite afirmar que: 1. Quando se choca com a membrana timpânica, a pressão e a descompressão alternadas do ar adjacente à mem- brana provocam o deslocamento do tímpano para trás e para frente. 2. Os ossículos funcionam como alavancas, aumentando a força das vibrações mecânicas e por isso, agindo como amplificadores das vibrações da onda sonora. 3. O pavilhão auditivo capta e canaliza as ondas para o canal auditivo e para o tímpano. 4. O tímpano transforma as vibrações sonoras em vibrações mecânicas que são comunicadas aos ossículos martelo, bigorna e estribo. a) somente as afirmações 1, 2 e 4 estão corretas; b) somente as afirmações 1, 2, 3 e 4 estão corretas; c) somente as afirmações 1 e 2 são incorretas; d) somente as afirmações 2, 3 e 4 são corretas; e) somente as afirmações 1 e 4 são corretas. 27.06. Na superfície da língua existem dezenas de papilas gustativas, cujas células sensoriais percebem os quatro sabores primários: amargo, azedo ou ácido, salgado e doce. Da sua combinação resultam centenas de sabores distintos. Assinale a alternativa que indica corretamente a região da língua e o sabor primário percebido: a) A- doce / B- salgado / C- ácido / D- amargo; b) A- amargo / B- doce / C- salgado / D- ácido; c) A- amargo / B- salgado / C- ácido / D- doce; d) A- ácido / B- salgado / C- amargo / D- doce; e) A- salgado / B- amargo / C- ácido / D- doce; 20 Extensivo Terceirão 27.07. (PUC – GO) – O ouvido humano ou orelha é um complexo órgão sensorial que está relacionado ao sentido da audição e também ao equilíbrio, permitindo a detecção do posicionamento do corpo. A respeito da anatomia da orelha, marque o item que corresponde a resposta verdadeira: a) Os ossículos que pertencem ao aparelho auditivo são componentes da orelha externa. b) A orelha media encontra-se isolada da faringe, pois e neces- sária uma diferença de pressão entre os lados da membrana timpânica para a percepção de equilíbrio de uma pessoa. c) A orelha humana pode ser dividida em orelha externa, orelha media e orelha interna. Essa última parte contém as estruturas que abrigam os receptores auditivos e os do equilíbrio. d) A orelha externa e compreendida pelo pavilhão auditivo e pela membrana timpânica. 27.08. (UFPel – RS) – Os receptores da dor são os que mais interessam a este estudo, uma vez que a anestesia destina-se exatamente ao controle ou supressão da dor. Estão largamen- te distribuídos no campo de atuação do cirurgião-dentista e são os de constituição mais simples. Pelo fato de estarem relacionados com estímulos capazes de causar danos às cé- lulas, têm importante valor protetor, avisando sobre perigos iminentes ou reais. Assim, a percepção de dor quando somos picados por uma abelha, deve-se: a) a ação das terminações nervosas livres na estrutura da pele; b) a ação dos corpúsculos de Meissner, que se encontram aprofundados na hipoderme; c) a ação dos corpúsculos de Krause, que são numerosos na estrutura da pele; d) a ação dos corpúsculos de Váter-Pacini, que são minús- culos e superficiais; e) a ação dos corpúsculos de Ruffini, que são muito sensíveis aos estímulos mecânicos. 27.09. (ACAFE – SC) – A estrutura X, encontrada no apare- lho auditivo dos mamíferos, é responsável por equilibrar as pressões da orelha e do meio externo. Quando descemos ou subimos rapidamente uma serra, temos uma sensação de pressão nas orelhas, que resulta do desequilíbrio entre a pressão atmosférica e a pressão do ar em nossa orelha média. Quando subimos, a pressão atmosférica diminui em relação a nossa orelha, de modo que o tímpano é pressionado de den- tro para fora. Quando descemos ocorre o inverso: a pressão atmosférica aumenta em relação à da orelha, e o tímpano é pressionado para dentro. Quando a estrutura X se abre, as pressões dentro e fora da orelha se igualam. Assinale abaixo a alternativa que contém o nome da estrutura X: a) córnea; b) canais seminíferos; c) tuba auditiva; d) tímpano; e) martelo. 27.10. (UP – PR) – Os receptores de paladar estão localizados na língua, agrupados em pequenas saliências chamadas papi- las gustativas (cerca de 10.000), visíveis com lente de aumento. Existem quatro tipos de receptores gustativos, capazes de reconhecer os quatro sabores básicos: doce, azedo, salgado e amargo. Esses receptores estão localizados em diferentes regiões da língua. Em relação a estes receptores e ao paladar, assinale verdadeiro ou falso nas afirmações que seguem: I. ( ) Os sabores doces dependem, principalmente, de papilas localizadas na ponta da língua. II. ( ) Como gostos básicos ou elementares temos o amar- go, doce, ácido e azedo. III. ( ) As papilas gustativas são uma forma de quimiorre- ceptores. IV. ( ) Somente as papilas gustativas são responsáveis pela percepção de sabores. V. ( ) Dependendo do tipo de papila ocorre a percepção de gostos diferentes. a) são verdadeiras apenas as afirmações I, II e IV; b) são verdadeiras apenas as afirmações I, II, III e V; c) são verdadeiras apenas as afirmações I e IV; d) são verdadeiras apenas as afirmações III, IV e V; e) são verdadeiras apenas as afirmações I e V. 27.11. (FEMPAR – PR) – A orelha média, separada da orelha externa pelo ________________, é um canal estreito e cheio de ar. No interior da orelha média dos mamíferos existem três pequenos ossos, alinhados, em sequência, do tímpano à orelha interna. Esses ossículos são denominados: ______________, ______________, ______________. Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas: a) septo; martelo; estribo; bigorna; b) septo; bigorna; estribo; martelo; c) tímpano; martelo; bigorna; estribo; d) tímpano; bigorna; estribo; martelo; e) tímpano; estribo; bigorna; martelo. 27.12. (UFF – RJ) – “Dizer que o som das vuvuzelas usa- das pelos sul-africanos nos estádios é ensurdecedor não é exagero. Uma fundação suíça ligada a uma empresa fabricante de aparelhos auditivos alertou os torcedores da Copa que uma vuvuzela faz mais barulho que uma motosserra e que tal barulho pode prejudicar a audição de espectadores e jogadores.” (O globo on line, 07/06/2010 às 19:05) Supondo que um torcedor tenha a orelha média afetada pelo som da vuvuzela, as estruturas que podem sofrer danos, além do tímpano, são as seguintes: a) Pavilhão auditivo e cóclea. b) Ossículos e tuba auditiva. c) Meato acústico e canais semicirculares. d) Pavilhão auditivo e ossículos. e) Nervo coclear e meato acústico. Aula 27 21Biologia 7B 27.13. (UFAM) – Observe o esquema a seguir apresentando a estrutura externa e interna da orelha humana. A alternativa que contém as informações corretas em relação ao esquema é: a) 1-canal auditivo; 2-membrana timpânica;3- ossículos auditivos; 4-canais semicirculares (órgão do equilíbrio); 5-cóclea (órgão da audição); 6-nervo; 7-tuba auditiva. b) 1-canal auditivo; 2-ossículos auditivos; 3- membrana timpânica; 4-canais semicirculares (órgão do equilíbrio); 5-cóclea (órgão da audição); 6-nervo; 7-tuba auditiva. c) 1-canal auditivo; 2-membrana timpânica; 3- ossículos auditivos; 4-cóclea (órgão da audição); 5-canais semi- circulares (órgão do equilíbrio); 6-nervo; 7-tuba auditiva. d) 1-canal auditivo; 2-membrana timpânica; 3- ossículos auditivos; 4-canais semicirculares (órgão da audição); 5-cóclea (órgão do equilíbrio); 6-nervo; 7-tuba auditiva. e) 1-canal auditivo; 2-membrana timpânica; 3- ossículos auditivos; 4-canais semicirculares (órgão do equilíbrio); 5-cóclea (órgão da audição); 6-tuba auditiva; 7-nervo. Aprofundamento 27.14. (UNIFAL – SP) – Todo ser vivo, durante a sua existên- cia, trava uma batalha constante contra os infortúnios da vida. Predadores dos mais diferentes tipos estão sempre à espreita, esperando a melhor oportunidade para transformar o indivíduo no “prato do dia”. Chegar ao final do dia, em con- dições ambientais naturais, é uma vitória da sobrevivência. Muitas estruturas fisiológicas foram experimentadas durante a evolução das espécies, visando antecipar um ataque do predador. Entretanto, a natureza contribui também com os predadores, dotando-os de estruturas de percepção da presença da presa igualmente eficientes. Dessa batalha evolutiva, ocorreram baixas nos dois grandes grupos, dos predadores e das presas, mas, mesmo assim, o equilíbrio ainda está sendo mantido. Os órgãos dos sentidos evoluíram para melhor adequar os indivíduos ao seu meio ambiente. Visão, audição, olfato, paladar e tato são privilégios de alguns seres vivos, estando, todos eles, presentes somente nos grupos mais complexos. Sobre o funcionamento e a composição dos órgãos dos sentidos, foram feitas algumas afirmativas: I. No interior do olho humano, situa-se a retina, tecido que abriga os cones e bastonetes. Nos bastonetes existe um pigmento fotossensível denominado rodopsina, formada a partir da vitamina A, que, em presença de luz, aciona os mecanismos da visão. II. O ouvido interno apresenta uma estrutura responsável pelo equilíbrio do corpo: os canais semicirculares ou labirinto. III. Os dendritos das células olfativas dos seres humanos possuem prolongamentos que se alojam no epitélio mucoso que recobre as fossas nasais. Partículas presentes no ar geram estímulos nestas porções neurológicas que, por sua vez, encaminham a informação captadas aos nervo olfativo presente no bulbo que vai ter ao centro olfativo do cérebro. IV. A pele é o nosso maior órgão sensorial. Muitos dos seus receptores sensoriais são terminações nervosas livres. Assinale a opção que apresenta o julgamento correto das afirmativas acima: a) Somente as afirmativas I, III e IV estão corretas. b) Somente as afirmativas II e IV estão incorretas. c) As afirmativas I e III estão incorretas. d) Todas as afirmativas estão corretas. e) Todas as afirmativas estão incorretas. 27.15. (UFLA – MG) – Analise esta figura. D E C B G F A A – Conduto auditivo externo E – Labirinto F – Cóclea G – Trompa de Eustáquio B – Membrana timpânica C – Bigorna D – Martelo Fonte: <http://saude.hsw.uol.com.br/ouvido.htm>. Na orelha interna há uma membrana longa de densidade variável e com receptores nervosos em toda sua extensão. Este conjunto (membrana e receptores) é capaz de distinguir se alguém está sussurrando ou gritando. O nome da região que contém essa membrana com os receptores e a qualidade descrita, são, respectivamente: a) Bigorna e altura. b) Labirinto e timbre. c) Cóclea e intensidade. d) Membrana timpânica e volume. 22 Extensivo Terceirão 27.16. (UFPR) – O ouvido é composto de três partes: o ou- vido externo e médio asseguram e transferência das ondas sonoras ao ouvido interno, mais precisamente à cóclea, que transforma este estímulo em mensagem nervosa. Em relação este complexo aparelho sensorial, é correto afirmar: 01) Fazem parte do ouvido externo o pavilhão auricular e o canal auditivo, cujas funções são recolher e encaminhar as ondas sonoras até ao tímpano. 02) Quando subimos rapidamente uma montanha, o tím- pano é empurrado para fora da orelha media, dando uma sensação desagradável. 04) Bloqueios ao longo da tuba auditiva provocam dese- quilíbrio de pressão entre a orelha externa e a orelha média. 08) A membrana timpânica separa o canal auditivo externo da cavidade do ouvido médio. 16) A cóclea ou caracol representa a parte auditiva do ouvi- do interno, localizado no osso temporal. 27.17. Em relação ao aparelho auditivo humano, assinale as afirmativas corretas. 01) Quando se choca com a membrana timpânica, a pres- são e a descompressão alternadas do ar adjacente à membrana provocam o deslocamento do tímpano para trás e para frente. 02) Os ossículos funcionam como alavancas, aumentan- do a força das vibrações mecânicas e por isso, agindo como amplificadores das vibrações da onda sonora. 04) O pavilhão auditivo capta e canaliza as ondas para o canal auditivo e para o tímpano. 08) O tímpano vibra com a mesma frequência das ondas so- noras que o atingem. Dessa forma, o tímpano transforma as vibrações sonoras em vibrações mecânicas que são comunicadas aos ossículos martelo, bigorna e estribo. 27.18. (UFSC) – Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 1,1 bilhão de jovens em todo o mundo corre o risco de sofrer perda auditiva devido à exposição a níveis sonoros prejudiciais causada por seus hábitos diários, como o uso de fones de ouvido. Os adolescentes e os jovens adultos, com idade entre 12 e 35 anos, estão expostos a riscos pelo uso excessivo de dispositivos de áudio. O volume desses dispositivos pode variar entre 75 e 136 decibéis no nível máximo. O gráfico abaixo demonstra a relação entre o volume máximo e o tempo de exposição ao som que a OMS considera segura à saúde auditiva. Tempos em minutos 110 105 110 95 90 85 80 0 30 60 90 120 150 180 210 240 270 300 330 360 390 420 450 480 D ec ib éi s (d B) Sobre os assuntos relacionados ao texto e aos dados apre- sentados, é correto afirmar que: 01) O risco à saúde auditiva provocado pela intensidade do som em relação ao tempo de exposição é o mesmo de alguém que ouve quinze minutos de música a 100 dB e de um operário que trabalha duas horas e trinta mi- nutos a 85 dB. 02) Sons de alta intensidade ou infecções podem causar perda auditiva. 04) A tuba auditiva é um canal que equilibra a diferença entre a pressão atmosférica e a pressão no interior da orelha média. 08) A surdez é um fenótipo resultante das interações com o meio ambiente, não havendo casos de origem here- ditária. 16) A orelha interna é constituída pela cóclea e por canais semicirculares, estruturas responsáveis pela percepção das ondas mecânicas do som. 32) A percepção dos sons ocorre na orelha interna, sem a participação do nervo auditivo, pois a sua localização próxima ao cérebro facilita a transmissão dos impulsos nervosos ao centro de audição do córtex cerebral. Desafio 27.19. (UFCG) – “… Que povos, que línguas poderão descrever completamente sua função! O olho é a janela do corpo humano pela qual ele abre os caminhos e se deleita com a beleza do mundo”. Leonardo da Vinci. Sobre o olho, importante órgão dos animais, é correto afirmar: I. Nos seres humanos a retina é constituída por células fotorreceptoras que dão a percepção de claro e escuro, e os cones que dão a percepção das cores. II. O mito de que o touro é atraído pelo vermelho atribui-se à hipersensibilidade visual do animal a essa cor. III. A Íris é considerada a parte colorida do olho e que na sua região central encontra-se a pupila. IV. A “menina do olho” popularmente conhecida regula a entrada de luz no olho, contraindo-se em ambiente iluminado e dilatando-se no escuro. V. A presbiopia, denominada de “vistacansada”, atinge as pessoas com mais de 40 anos, levando-as à dificuldade de observar objetos próximos. VI. O aumento de pressão intraocular e danos ao nervo óptico caracterizam o glaucoma, com perda gradativa da visão, tornando-se irreversível. VII. A miopia ocorre, porque a imagem visual não é focada diretamente na retina, afetando a visão à distância. VIII. O daltonismo, incapacidade de distinguir determinadas cores, pode ser corrigido por tratamento oftálmico. Assinale a alternativa correta. a) I, III, V, VI e VIII. b) I, II, IV, V e VII. c) III, IV, V, VI e VII. d) II, IV, V, VI e VII. e) III, IV, V, VI e VIII. Aula 27 23Biologia 7B 27.20. (UFMG) – Todas as alternativas apresentam modalidades já verificadas de interação de seres vivos com o meio am- biente, exceto: a) a capacidade de certos peixes se defenderem com campo elétrico. b) a orientação das abelhas pela posição do Sol. c) a orientação dos morcegos por ultrassom. d) a percepção pelas cobras de radiação infravermelho emitida por presas. e) a visão estereoscópica em anfíbios. Gabarito 27.01. c 27.02. b 27.03. e 27.04. a 27.05. b 27.06. c 27.07. c 27.08. a 27.09. c 27.10. b 27.11. c 27.12. c 27.13. a 27.14. d 27.15. c 27.16. 31 (01 + 02 + 04 + 08 + 16) 27.17. 15 (01 + 02 + 04 + 08) 27.18. 06 (02 + 04) 27.19. c 27.20. e 24 Extensivo Terceirão Noções de imunologia I Aula 28 Biologia 7B Tipos de imunidade Um indivíduo pode se tornar imune, ou seja, prote- gido contra um dado antígeno, de duas formas básicas: entrando em contato com esse antígeno – imunidade ativa – ou recebendo anticorpos prontos contra ele – imunidade passiva. No entanto, apenas no primeiro caso a imunidade é permanente. Antígeno Elementos estranhos ao corpo Aglutinogênio Vírus Bactérias Peçonha de animais Espinhos, restos cirúrgicos, órgãos transplantados Anticorpo Proteína produzida em resposta a um antígeno Imunoglobulina Gamaglobulina Aglutinina Anticorpo ESPECIFICIDADE Anticorpo AntígenoAntígeno Ativa Naturalmente adquirida Arti�cialmente adquirida (vacinoterapia) Passiva Naturalmente adquirida Arti�cialmente adquirida (soroterapia) IMUNIDADE ` Tipos de imunidade Imunidade ativa Ocorre quando o organismo entra em contato com o antígeno, produzindo os seus próprios anticorpos (imu- noglobulinas). Esse contato pode ser natural ou induzido artificialmente mediante a aplicação de vacinas. Imunidade ativa natural É aquela imunidade produzida naturalmente em resposta a uma determinada doença. Os anticorpos ou a célula de memória produzidos (linfócitos B na circulação e medula óssea que se duplicam e produzem anticorpos quando em caso de novo contato com o antígeno) permanecem na corrente sanguínea por quase toda a vida, garantindo a imunização do organismo contra esse antígeno em eventuais contágios no futuro. Um exemplo característico é o do sarampo. Seu vírus contamina a criança provocando uma resposta no siste- ma imunitário. O anticorpo produzido (antissarampo) ou a célula de memória ficarão no sangue e na memória imunológica para o resto da vida, protegendo a pessoa contra possíveis contaminações futuras. Imunidade ativa artificial (vacinoprofilaxia) É uma forma artificial de induzir o sistema imunológi- co a desenvolver anticorpos contra doenças consideradas perigosas. A técnica consiste em inocular no paciente uma dose do antígeno inativo. O sistema imunológico identifi- ca prontamente o agente invasor e produz anticorpos e células de memória correspondentes. Se o agente verda- deiro invadir o corpo, os anticorpos já estarão prontos, e o combate à doença será muito mais rápido. Veja: Inoculação do antígeno inativo, abrandados ou de produtos dele derivados Vacina Estimula o sistema imune a produzir anticorpos Consequentemente, a vacina não pode ser usada como tratamento para uma doença e, sim, como pre- venção. As principais vacinas para os seres humanos estão relacionadas na tabela a seguir. Aula 28 25Biologia 7B Antipneumocócica Previne contra: Infecções bacterianas (Pneumonia) BCG Previne contra: Formas graves de tuberculose Hepatite A Previne contra: Hepatite A Hepatite B Previne contra: Hepatite B Tríplice Previne contra: difteria, tétano e coqueluche Tríplice viral Previne contra: caxumba, rubéola, sarampo Vacina antipólio (Sabin) Previne contra: paralisia infantil (poliomielite) Varicela Previne contra: catapora (varicela) ` Criança recebendo vacina que estimulará a produção de anticorpos. © Sh ut te rs to ck /F om in S er hi i Imunidade passiva Ocorre quando o indivíduo recebe anticorpos pron- tos, isto é, já formados em outros organismos. Esse tipo de imunização é sempre temporária, pois os anticorpos acabam sendo destruídos pelos macrófagos juntamente com os antígenos, e a célula de memória não é formada. Também pode ser natural ou artificial. Imunidade passiva natural É o caso da imunidade verificada em fetos e recém- -nascidos, que recebem anticorpos maternos prontos via placentária ou por meio do leite materno. Imunidade passiva artificial (so- roterapia) Certos antígenos têm uma ação tão fulminante que dificilmente o organismo consegue desenvolver anti- corpos a tempo de reagir, e a morte acaba ocorrendo. É o caso de toxinas, como peçonha de cobras, tétano e raiva, que normalmente matam antes de o organismo conseguir reagir. Nesses casos, utiliza-se a técnica da soroterapia, que consiste na inoculação de anticorpos previamente fabricados em outro organismo ou por meio de técnicas de engenharia genética. Este processo de imunização, apesar de rápida eficácia, tem curta duração, uma vez que não será armazenado na memória imunológica do corpo. An ge la G ise li. 2 00 9. D ig ita l. ` Técnica de produção de soro Após algum tempo. Pequena quantidade do veneno da cobra é diluído. Aplica-se o veneno diluído (antígeno) no cavalo. Retira-se o sangue do cavalo. Separam-se as células sanguíneas do plasma, onde se encontram os anticorpos contra o veneno.Soro Exemplos de soros a) peçonha de cobra – soro antiofídico; b) peçonha de escorpião – soro antiescorpiônico; c) peçonha da aranha-marrom – soro antiloxoscélico; d) raiva canina (hidrofobia) – soro antirrábico; e) bactéria do tétano – soro antitetânico. Conceitos importantes Infecção É a penetração, a multiplicação e o desenvolvimento de parasitas no interior do organismo animal. Exemplos: bactérias, vírus. Infestação É a doença causada por artrópodes na superfície do corpo. Exemplos: sarna, cravo. Agente etiológico É o agente responsável pela doença (causador) e apresenta vários sinônimos, como parasita, bionte, micróbio, micro-organismo. Vetor ou transmissor É todo agente que passa a transmitir, de indivíduo a indivíduo, uma doença qualquer. Exemplos: pulga – vetor da peste bubônica; barbeiro – vetor do mal de Chagas; porco – vetor da teníase; Anopheles – vetor da malária. 26 Extensivo Terceirão Epidemia Quando ocorre, em curto período de tempo, um grande número de casos de uma doença. Endemia Entende-se por endemia quando uma determinada doença afeta sempre uma mesma área de forma contínua ou se manifesta ciclicamente num período de tempo co- nhecido e esperado. Exemplos: mal de Chagas e malária. Assimilação 28.01. (UEA – AM) – Leia a tirinha. (Folha de S. Paulo, 31.08.2009.) A substância citada na tirinha pertence ao grupo orgânico ___________, cujo papel é realizar __________ a contra possíveis antígenos que invadem o organismo. Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas do texto. a) dos carboidratos – defesa inespecífica b) das proteínas – defesa específica c) dos lipídios – pinocitose d) das vitaminas – fagocitose e) dos ácidos nucleicos – exocitose 28.02. (PUC – RJ) – O princípio das vacinas se baseia na: a) Imunização ativa através da introdução de anticorpos. b) Imunização passiva através da introdução de anticorpos. c) Imunização ativa através