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Embora a função primária do intestino delgado seja a digestão e a assimilação dos nutrientes provenientes dos alimentos, o intestino delgado e o cólon juntos executam funções importantes. Essas funções regulam a secreção e a absorção de água e eletrólitos, o armazenamento e o subsequente transporte do conteúdo intraluminal em direção anterógrada e a recuperação de alguns nutrientes que não são absorvidos no intestino delgado, depois que o metabolismo bacteriano de carboidratos permite a recuperação de ácidos graxos de cadeia curta. Alterações no equilíbrio hidreletrolítico contribuem de maneira significativa para a diarreia. As alterações nas funções motoras e sensitivas do cólon resultam em síndromes altamente prevalentes, como a síndrome do intestino irritável (SII), diarreia e constipação crônicas. Controle Neural: O intestino delgado e o cólon têm inervação intrínseca e extrínseca. A inervação intrínseca, também chamada de sistema nervoso entérico, compreende as camadas neuronais mioentérica, submucosa e mucosa. A função dessas camadas é modulada por interneurônios mediante as ações das aminas ou peptídeos neurotransmissores como acetilcolina, peptídeo intestinal vasoativo (VIP), opioides, norepinefrina, serotonina, trifosfato de adenosina (ATP) e óxido nítrico (NO). O plexo mioentérico regula a função do músculo liso por meio de células intermediárias tipo marca-passo chamadas de células intersticiais de Cajal, enquanto o plexo submucoso afeta a secreção, a absorção e o fluxo sanguíneo da mucosa. O sistema nervoso entérico recebe estímulos dos nervos extrínsecos, mas é capaz de controle independente dessas funções. As inervações extrínsecas dos intestinos delgado e grosso fazem parte do sistema nervoso autônomo e modulam as funções motoras e secretoras. Os nervos parassimpáticos conduzem as vias sensitivas viscerais e as excitatórias saindo e na direção do intestino delgado e do cólon, respectivamente. As fibras parassimpáticas originadas do nervo vago chegam ao intestino delgado e ao cólon proximal juntamente com os ramos da artéria mesentérica superior. O cólon distal é suprido por nervos parassimpáticos sacrais (S2-4) por meio do plexo pélvico; estas fibras seguem por meio da parede do intestino grosso como fibras intracolônicas ascendentes até o cólon proximal, por vezes incluindo-o. Os principais neurotransmissores excitatórios que controlam a função motora são a acetilcolina e as taquicininas, como a substância P. A inervação simpática modula as funções motoras e alcança os intestinos delgado e grosso junto com suas artérias correspondentes. A estimulação simpática para o intestino é geralmente excitatória para os esfincteres e inibitória para os músculos não esfinctéricos. Os aferentes viscerais transmitem estímulos sensoriais do intestino para o sistema nervoso central (SNC). Algumas fibras aferentes fazem sinapse nos gânglios pré-vertebrais e modulam de maneira reflexa a motilidade, o fluxo sanguíneo e a secreção dos intestinos Absorção e Secreção Intestinal de Líquido: Em um dia normal, cerca de 9 L de líquido entram no trato GI, aproximadamente 1 L de líquido residual alcança o cólon e a excreção fecal de líquidos é de cerca de 0,2 L/dia. O cólon tem grande capacitância e reserva funcional, podendo recuperar até 4 vezes seu volume habitual de 0,8 L/dia, desde que a taxa de fluxo permita que a reabsorção aconteça. Dessa maneira, o cólon pode compensar parcialmente a entrada de líquido em excesso, resultante de distúrbios de absorção ou secreção intestinal. No intestino delgado e no cólon, a absorção de sódio é predominantemente eletrogênica (i.e., pode ser mensurada como uma corrente iônica através da membrana porque não há perda equivalente de um cátion pela célula) e a captação acontece na membrana apical, sendo compensada pelas funções exportadoras da bomba de sódio basolateral. Existem várias proteínas de transporte ativo na membrana apical, especialmente no intestino delgado, por meio do qual a entrada de íon sódio é acoplada aos monossacarídeos (p. ex., glicose através do transportador SGLT1, ou frutose através do GLUT-5). Em seguida, a glicose atravessa a membrana basal por ação de uma proteína de transporte específica, GLUT-5, criando um gradiente de concentração de glicose entre o lúmen e o espaço intercelular, que atrai água e eletrólitos do lúmen por difusão passiva. Uma variedade de mediadores neurais e não neurais regulam o líquido colônico e o equilíbrio eletrolítico, incluindo mediadores colinérgicos, adrenérgicos e serotonérgicos. A angiotensina e a aldosterona também influenciam a absorção colônica, refletindo o desenvolvimento embriológico comum do epitélio colônico distal e dos túbulos renais. Motilidade do Intestino Delgado: Durante o jejum, a motilidade do intestino delgado caracteriza-se por um evento cíclico chamado de complexo motor migratório (CMM), que serve para remover os resíduos indigeríveis do intestino delgado (o “faxineiro” intestinal). Essa série organizada e propagada de contrações dura em média 4 minutos, ocorre a cada 60 a 90 minutos e geralmente envolve todo o intestino delgado. Depois da ingestão de alimento, o intestino delgado produz contrações irregulares de amplitude relativamente baixa que misturam o alimento, exceto no íleo distal, em que ocorrem contrações mais poderosas de maneira mais intermitente e que esvaziam o íleo por transferência do bolo. Armazenamento e Recuperação Ileocolônicas: O íleo distal funciona como reservatório, esvaziando de maneira intermitente com os movimentos do bolo alimentar. Essa ação oferece tempo para a recuperação de líquidos, eletrólitos e nutrientes. A segmentação haustral compartimentaliza o cólon e facilita a mistura, a retenção de resíduos e a formação de fezes sólidas. Os microrganismos residentes do intestino grosso, predominantemente bactérias anaeróbias, são necessários para a digestão de carboidratos não absorvidos que alcançam o cólon mesmo em estado saudável, proporcionando, assim, uma fonte vital de nutrientes para a mucosa. A flora intestinal normal também impede o acesso dos patógenos por diversos mecanismos, inclusive seu papel crucial no desenvolvimento e na manutenção de uma resposta imune potente e bem regulada contra os microrganismos patogênicos e a tolerância à nutrição normal. Em um indivíduo saudável, os segmentos ascendente e transverso do cólon funcionam como reservatórios (trânsito médio de 15 horas), enquanto o cólon descendente atua como um conduto (trânsito médio de 3 horas). O cólon é eficiente na conservação de sódio e água, função particularmente importante nos pacientes com depleção de sódio, nos quais apenas o intestino delgado não seria incapaz de manter o balanço de sódio. A diarreia ou a constipação podem resultar de alteração da função de reservatório do cólon proximal ou da função propulsora do cólon esquerdo. A constipação também pode resultar de distúrbios do reservatório retal ou sigmoide, em consequência da disfunção do assoalho pélvico, dos esfincteres anais, da coordenação da defecação ou da desidratação. Tônus e Motilidade Colônica: O CMM do intestino delgado apenas raramente estende-se adentro do cólon. Entretanto, contrações fásicas ou de curta duração misturam o conteúdo colônico, sendo que as contrações propagadas de alta amplitude (CPAA, > 75 mmHg) estão por vezes associadas a movimentos de massa ao longo do intestino grosso que, em condições normais, ocorrem a uma frequência aproximada de 5 vezes por dia, geralmente quando o indivíduo acorda de manhã e depois das refeições. Um aumento da frequência das CPAA pode resultar em diarreia ou urgência fecal. As contrações fásicas predominantes no intestino grosso são irregulares, não se propagam e têm uma função “misturadora”. A expressão “tônus colônico”refere-se à contratilidade basal sobre a qual se superpõe a atividade contrátil fásica (contrações que duram < 15 segundos) e é um cofator importante para a capacitância (acomodação de volume) e sensibilidade do intestino grosso. Motilidade Colônica Pós-Prandial: Depois da ingestão de uma refeição, a contratilidade tônica e fásica do cólon aumenta por um período de aproximadamente 2 horas. A fase inicial (cerca de 10 minutos) é mediada pelo nervo vago em resposta à distensão mecânica do estômago. A resposta subsequente do intestino grosso depende da estimulação calórica (p. ex., ingestão de pelo menos 500 kcal) e é mediada, pelo menos em parte, por hormônios (p. ex., gastrina e serotonina). Defecação: A contração tônica do músculo puborretal, que forma uma tipoia ao redor da junção retoanal, é importante para manter a continência; durante a defecação, os nervos parassimpáticos sacrais relaxam este músculo, facilitando a retificação do ângulo retoanal. A distensão do reto resulta em relaxamento transitório do esfincter anal interno por meio da inervação simpática intrínseca e reflexa. À medida que as contrações sigmoides e retais, combinadas com o esforço para evacuar (manobra de Valsalva) que aumenta a pressão intra-abdominal, elevam a pressão dentro do reto, o ângulo retossigmoide abre-se a > 15 graus. O relaxamento voluntário do esfincter anal externo (músculo estriado inervado pelo nervo pudendo) em resposta à sensação produzida pela distensão permite a evacuação das fezes. A defecação também pode ser postergada voluntariamente mediante a contração do esfincter anal externo. Visão sagital do segmento anorretal em repouso (A) e durante o esforço para evacuar (B). A continência é mantida pela sensibilidade retal normal e pela contração tônica do esfincter anal interno, bem como do músculo puborretal que circunda o segmento anorretal, mantendo o ângulo anorretal entre 80 e 110°. Durante a defecação, os músculos do assoalho pélvico (inclusive o puborretal) relaxam, permitindo que o ângulo anorretal retifique pelo menos 15° e o períneo desça de 1-3,5 cm. O esfincter anal externo também relaxa e reduz a pressão sobre o canal anal. DEFINIÇÃO: A frequência normal das evacuações varia de três vezes por dia até três vezes por semana. Como um sintoma, a diarreia pode ser descrita como a diminuição na consistência de fezes (aumento da fluidez), que causa urgência ou desconforto abdominal, ou um aumento na frequência das evacuações. A consistência é definida como a relação entre a água fecal e a capacidade de retenção de água dos sólidos insolúveis fecais, que se compõem de massa bacteriana e fibra proveniente dos alimentos. Como um sinal, a diarreia é definida pelo tamanho ou volume de fezes medida ao longo de um período de 24 a 72 horas. Classificação : 1. Aguda: são aquelas com duração menor que 2 a 3 semanas ou, raramente, 6 a 8 semanas. A causa mais comum das diarreias agudas é infecção. 2. Crônica: persiste por pelo menos 4 semanas e, normalmente, de 6 a 8 semanas ou mais. 3. Persistente: é aquela de duração entre 2 e 4 semanas. Mecanismos Fisiopatológicos : 1. Osmótica: ocorre por acúmulo de solutos osmoticamente ativos não absorvíveis no lúmen intestinal. Assim, ocorre retenção de líquidos intraluminais e consequentemente diarreia. É a partir desse mesmo mecanismo que funcionam os laxativos. Uso de antibióticos também podem causá-la. As características desse tipo de diarreia é o fato de ter gap osmolar alto, melhora em jejum e com suspensão de substâncias osmóticas. Ex.: deficiência de dissacarídeos, alta ingestão de carboidratos pouco absorvíveis (sorbitol, manitol, lactulose), abuso de laxativos. 2. Secretor: distúrbio no processo hidroeletrolítico pela mucosa intestinal, por meio do aumento de secreção de íons e água para o lúmen ou inibição da absorção, por meio de drogas ou toxinas. Diferentemente da osmótica, tem gap osmolar baixo, não melhora com jejum e é responsável por um grande volume de fezes aquosas. Esse é o tipo de diarreia provocada por E. coli enterotoxigênica, Vibrio cholerae, Salmonella sp. 3. Motor: nesse tipo de diarreia, a absorção e secreção estão normais, porém não há tempo suficiente para ocorrer a absorção desses nutrientes corretamente. É um diagnóstico de exclusão, ou seja, quando ausência de doença orgânica justificável. Ocorre por hipermotilidade intestinal. Exemplos: síndrome do intestino irritável e diarreia diabética (neuropatia autonômica). 4. Exsudativo: é causada por uma alteração inflamatória, levando a produção de muco, pus e/ou sangue nas fezes. Pode ter alteração laboratorial da calprotectina ou lactoferrina fecal. Dentre as causas, destacam-se a doença de Crohn e a retocolite ulcerativa. 5. Disabsortiva: também conhecida como esteatorreia. A causa dessa diarreia está associada à baixa absorção dos lipídios no intestino delgado, ou seja, pode ser causada também por uma síndrome de má absorção ou por uma síndrome de má digestão. Por exemplo doença celíaca, doença de Crohn, doença de Whipple, giardíase, estrongiloidíase e linfoma intestinal. Constipação intestinal é o distúrbio mais comum da defecação. Na prática, pode ser definida como a eliminação de fezes endurecidas com dor, dificuldade ou esforço ou a ocorrência de comportamento de retenção, aumento no intervalo entre as evacuações (menos que três evacuações por semana) e incontinência fecal secundária à retenção de fezes. Podem ocorrer, também, dor abdominal crônica e rajas de sangue na superfície das fezes em consequência de fissura anal. A constipação pode ser definida como atraso ou dificuldade na defecação presente por duas ou mais semanas causando desconforto ao paciente. No entanto, qualquer definição de constipação é relativa e depende da consistência, da frequência e da dificuldade de eliminação das fezes. Uma criança normal pode apresentar fezes pastosas apenas a cada dois ou três dias sem dificuldade; isso não é constipação. Fezes endurecidas, eliminadas com dificuldade a cada três dias, devem ser tratadas como constipação. DEFINIÇÃO: A doença inflamatória intestinal (DII) é uma condição intestinal crônica de mediação imune. A retocolite ulcerativa (RCU) e a doença de Crohn (DC) são os dois tipos principais de DII. Epidemiologia e fatores de riscos : A doença inflamatória intestinal ocorre em todo o mundo, mas a maior incidência é encontrada na América do Norte, Reino Unido e no norte da Europa. A incidência de doença de Crohn tem aumentado lentamente ao longo do tempo, embora a colite ulcerativa permaneça ligeiramente em maior prevalência do que a doença de Crohn. A doença de Crohn e a colite ulcerativa podem ocorrer em qualquer idade. O pico de incidência de doença de Crohn ocorre entre 15 e 30 anos de idade, com um segundo pico na sétima década. Existe uma relação de 1,2:1 mulher-homem. Colite ulcerativa também tem uma distribuição bimodal, com um pico de idade inicial entre 20 e 40 anos e segundo pico menor além da sétima década. Há uma distribuição igualitária dos sexos na colite ulcerativa. Doença de Crohn e colite ulcerativa são doenças poligênicas, para as quais o histórico familiar é um fator de risco. A doença de Crohn e a colite ulcerativa ocorrem em todos os grupos étnicos e raças, mas a incidência é maior em brancos e pessoas judias do leste europeu (judeus asquenazes) e descendentes. Doença de Crohn e colite ulcerativa são doenças poligênicas, para as quais o histórico familiar é um fator de risco. A doença de Crohn e a colite ulcerativa ocorrem em todos os grupos étnicos e raças, mas a incidência é maior em brancos e pessoas judias do leste europeu (judeus asquenazes) e descendentes. Diagnósticos Diferenciais: Aproximadamente 1% dos pacientes que apresentam diarreia crônica precisam de investigações especializadas.Vários diagnósticos diferenciais devem ser considerados como hipóteses nesses pacientes, tais como espiroquetoses, síndrome inflamatória intestinal pós- infecção, infecções mistas por Clostridium difficile e Campylobacter sp., relação com uso de medicamentos, colite alérgica associada a resposta eosinofílica e colite microscópica (CM). Principalmente em crianças, antes de se diagnosticar retocolite ou Crohn é fundamental a investigação de diarreias infecciosas e imunológicas. A CM corresponde à colite linfocítica e à colite colagenosa, estas relacionadas a alterações inflamatórias em células mucosas com macroscopia normal. Doenças granulomatosas, como tuberculose intestinal, devem entrar como diagnóstico diferencial, pelo mesmo tipo de formação de agregados linfocitários na mucosa e submucosa, porém devem ser excluídas na presença de granuloma sem necrose caseosa. Deve ser feita ainda a diferenciação com a doença de Crohn biopsiada, na qual há formação de granuloma com presença de células gigantes. Tratamentos: 1. Corticoide: usados principalmente para tratar as exacerbações de colite ulcerativa e doença de Crohn. As formulações orais podem ser usadas para a doença leve a moderada, enquanto os corticosteroides sistêmicos são usados para doença moderada a grave. e. A budesonida como revestimento entérico, uma formulação de um corticosteroide oral com liberação ileal dependentes de pH, é um corticosteroide oral com atividade tópica alta e baixa biodisponibilidade sistêmica. Indica- se a budesonida como revestimento entérico para o tratamento da doença de Crohn ileocecal leve a moderada. Budesonida MMX é uma formulação de budesonida que é liberada no cólon e está disponível para tratamento da colite ulcerativa leve a moderadamente ativa. Corticosteroides orais como a prednisona e metilprednisolona são usados para doença moderada a grave, começando com doses que variam de 40 a 60 mg/dia. Metilprednisolona intravenosa é usada para doença grave, com a dosagem que varia de 40 a 60 mg/dia. A manutenção com corticosteroides sistêmicos não é recomendada em razão dos seus efeitos colaterais substanciais. • Tratamento de Fator A de Necrose Antitumor: o tratamento com anticorpos monoclonais dirigida contra o fator de necrose tumoral α (anti-TNF-α) inclui infliximabe, que é um anticorpo monoclonal quimérico rato-humano IgG1 que está aprovado no tratamento da doença de Crohn moderada a grave, doença de Crohn fistulizante e colite ulcerativa moderada a grave que não respondeu ao tratamento convencional. Adalimumabe (Humira®) e certolizumabe pegol (Cimzia®) foram aprovados no tratamento da doença de Crohn moderada a grave para aqueles que falharam em responder ao tratamento convencional, e adalimumabe (Humira®) e golimumab (Simponi®) foram aprovados para tratar colite ulcerativa moderada a grave em pacientes que não responderam ao tratamento convencional. Adalimumabe e golimumab são anticorpos IgG1 totalmente humanos que são autoadministrados por via subcutânea. Certolizumabe pegol, que é um fragmento Fab pegilado quimérico para TNF-α, também é administrado por via subcutânea. Antes de o tratamento anti-TNF ser considerada, o risco versus benefício necessita ser avaliado em cada paciente, dado o risco potencial para infecção e malignidade. • Moléculas Antiadesão: o natalizumabe, um anticorpo monoclonal humanizado IgG4, se liga à α4 subunidade α4β1 e α4β7 integrinas expressa em todos os leucócitos, exceto os neutrófilos. Natalizumabe inibe as interações entre as integrinas α4 na superfície de leucócitos e moléculas de adesão nas células endoteliais vasculares no trato gastrointestinal, evitando assim a adesão e recrutamento de leucócitos. O natalizumabe é aprovado para o tratamento de doença de Crohn moderada a grave refratária a outros tratamentos, mas existem diretrizes rigorosas para a prescrição de natalizumabe por causa de seu risco associado de leucoencefalopatia multifocal progressiva. Outra pequena molécula de adesão, vedolizumabe, está aprovada para pacientes com colite ulcerativa moderada a grave e pacientes adultos com doença de Crohn moderada a grave, quando uma ou mais tratamentos-padrão (corticosteroides, imunomodeladores ou bloqueadores do TNF) não forneceram uma resposta adequada. Uma vez que este agente é seletivo para o intestino e não está associado a comprometimento da vigilância imune do sistema nervoso central, o risco de leucoencefalopatia multifocal progressiva parece ser muito baixo nesta molécula. • Metotrexato: inibe a di-hidrofolato redutase, resultando em menor síntese do DNA. As outras propriedades anti-inflamatórias podem estar relacionadas com menor produção de IL-1. O MTX intramuscular (IM) ou o subcutâneo (SC) (25 mg/semana) conseguem induzir a remissão e permitem reduzir a dose de glicocorticoide; 15 mg/semana são efetivos na manutenção da remissão na DC ativa. As toxicidades potenciais incluem leucopenia e fibrose hepática, tornando necessária uma avaliação periódica dos hemogramas completos e das enzimas hepáticas. O papel da biópsia hepática nos pacientes medicados com MTX por períodos prolongados é duvidoso, porém limita-se, provavelmente, àqueles com aumento das enzimas hepáticas. A pneumonite de hipersensibilidade constitui complicação rara, porém grave, da terapia. • Ciclosporina: é um peptídeo lipofílico com efeitos inibitórios sobre os sistemas imunes tanto celular quanto humoral. A CSA bloqueia a produção de IL-2 pelos linfócitos T auxiliares. Une-se à ciclofilina, complexo que inibe a calcineurina, enzima fosfatase citoplasmática que participa na ativação das células T. Inibe também indiretamente a função das células B por bloquear as células T auxiliares. O início de sua ação é mais rápido que para a 6-MP e azatioprina. Doença de Crohn: Como resultado de uma desregulação do sistema imune, os pacientes com doença de Crohn desenvolvem úlceras aftosas, que são úlceras superficiais da mucosa. À medida que a doença progride, a ulceração se torna mais profunda, transmural e discreta; pode formar um padrão serpiginoso e pode ocorrer em qualquer lugar do esôfago até no ânus. A localização mais comum para a ulceração é a região ileocecal. Em alguns pacientes, a doença crônica leva à formação de estenoses fibrótica, e aproximadamente 30% dos pacientes podem desenvolver fístulas. No início da doença de Crohn, a histopatologia é caracterizada por um infiltrado inflamatório agudo na lâmina própria, com criptite e abcessos da cripta. Mais tarde, na evolução da doença, a arquitetura da cripta fica distorcida, com um infiltrado linfocítico e a consequente ramificação e encurtamento das criptas. Os granulomas não caseosos presentes em até 15% das amostras de biópsias endoscópicas e até 70% dos espécimes cirúrgicos, não são únicos para doença de Crohn, mas ajudam a confirmar o diagnóstico quando outras características clássicas estão presentes. Espécimes cirúrgicos também podem mostrar inflamação transmural na parede intestinal e penetração de gordura na superfície serosa. 1. Sintomas: podem incluir dor abdominal, geralmente no quadrante inferior direito, diarreia, hematoquezia e fadiga. Em caso mais grave, pode haver febre e perda de peso. Alguns pacientes podem apresentar sintomas obstrutivos, como dor abdominal, distensão abdominal e náuseas. Indivíduos com doença de Crohn comprometendo o gastrointestinal superior podem apresentar disfagia, odinofagia, dor torácica ou azia. A doença gastroduodenal atinge 0,5 a 4% dos pacientes e geralmente ocorre junto com a doença distal. Os sintomas podem incluir dor abdominal superior. A doença jejunal isolada é rara; se o jejuno está envolvido, há também o envolvimento do intestino delgado distal. Até 30% dos pacientes têm doença perianal (Capítulo 147), que podem incluir o desenvolvimentode fístulas, abscessos, fissuras e apêndices dérmicos. Os sintomas da doença perianal incluem dor e secreção. A febre pode estar presente se há um abscesso. As fístulas, que são faixas internas e podem ocorrer em qualquer parte do trato gastrointestinal e conectam-se a vários sítios, ocorrem em 20 a 40% dos pacientes de Crohn. Penetrar na doença de Crohn pode, também, causar abscessos intra-abdominais e perianais devido a uma fístula com uma extremidade cega ou perfuração intestinal. Fístulas externas, que se apresentam com sintomas de corrimento de fluido a partir da abertura cutânea, podem ser enterocutânea ou perianal. Fístulas internas podem ser enteroentérica, retovaginal ou enterocolônica. Os pacientes podem apresentar dor abdominal e febre com um abscesso neste local. 2. Exames Físico: os sinais no exame físico são representativos do tipo de doença, assim como sua localização e severidade. Úlceras orais podem estar presentes na doença de Crohn. A localização de sensibilidade abdominal geralmente reflete a localização de envolvimento intestinal. Na doença de Crohn, a dor à palpação abdominal é classicamente no quadrante inferior direito e pode incluir inchaço ou uma massa dependendo da gravidade da inflamação. Os sinais peritoneais podem ocorrer quando a doença de Crohn penetrante causa perfuração intestinal. O exame retal pode revelar apêndices dérmicos, hemorroida, fissura e fístulas. 3. Manifestações Extraintestinais: 4. Avaliação Endoscópica: a manifestação endoscópica mais precoce da doença de Crohn inclui úlceras superficiais da mucosa, também chamadas de úlceras aftoides. Como a gravidade da doença de Crohn progride, a ulceração se torna mais profunda e pode se tornar redonda, linear ou serpiginosa. O aspecto de paralelepípedos (cobblestoning) da mucosa é causado por úlceras que se interconectam longitudinal e transversalmente, com áreas normais semelhantes a pavimento com paralelepípedos (Fig. 143-1). Áreas de ulceração, que normalmente são intercaladas com áreas salteadas “normais”, podem ocorrer em qualquer lugar do esôfago até o ânus, mas são mais comuns na região ileocecal. A doença colônica isolada ocorre em 25% dos pacientes, e 60% terão envolvimento retal, o que torna este, por vezes, difícil de diferenciar da colite ulcerativa. O diagnóstico da doença intestinal inflamatória é preciso, dependendo da histopatologia, de modo que é fundamental a biópsia da área afetada. Achados de um infiltrado inflamatório na própria lâmina e distorção da arquitetura da cripta sustentam o diagnóstico. O diagnóstico da doença de Crohn pode ser feito apenas por histopatologia se os granulomas não caseosos são observados, mas os granulomas são raramente encontrados em biópsias endoscópicas. O diagnóstico da doença de Crohn é fundamentado em uma combinação de informação adquirida da histopatologia, colonoscopia e imagens do intestino delgado. Um alto padrão de ulceração, ulceração no intestino delgado ou do trato gastrointestinal superior, ou a presença de fístulas sustentam o diagnóstico de doença de Crohn. Ulcerações do cólon e do intestino delgado ocorrem em vários outros distúrbios, incluindo infecções que não podem ser detectadas por estudos de fezes de rotina (como Escherichia coli entero-hemorrágica), distúrbios vasculares, enterocolite imunorrelacionada, neoplasia, diverticulite, radiação e medicamentos como os AINEs. 5. Radiologia: imagem radiológica é vital e deve quase sempre ser obtida quando a doença inflamatória intestinal, particularmente doença de Crohn, é suspeitada. As radiografias contrastadas do abdome superior, exame do trânsito gastroduodenal e enema de bário geralmente são necessários para diagnosticar as estenoses e fístulas na doença de Crohn. Se há suspeita de doença de Crohn pelo exame colonoscópico, um exame do trânsito gastroduodenal geralmente é feito para avaliar a extensão, gravidade e tipo de doença (estreitamentos e fístulas) no intestino delgado. A TC enterografia e a ressonância magnética (RM) enterografia são alternativas para um acompanhamento do intestino delgado. A TC enterografia pode ser preferida para a detecção de abscessos abdominais, enquanto a RM pode ser preferida para a detecção de abscessos perineal e estenoses. 6. Achados Laboratoriais: pode resultar anemia a partir de doença crônica, de perda de sangue ou de deficiências nutricionais de ferro, folato ou vitamina B12. Uma contagem de leucócitos discretamente elevada é indício de doença ativa, mas elevações significativas sugerem um abscesso ou outra complicação supurativa. A velocidade de hemossedimentação e a proteína C reativa são marcadores inflamatórios inespecíficos que, às vezes, são usadas para monitorar a atividade da doença. Hipoalbuminemia é indicação de desnutrição. Doença ileal ou ressecção de mais de 100 cm do íleo distal resultam em diminuição no nível sérico de vitamina B12 devido à má absorção. 7. Resumindo: as lesões, em oposição à retoculite ulcerativa, comprometem todas as camadas, da mucosa à serosa, e, apesar de haver envolvimento comumente restrito à porção final do intestino delgado e ao cólon, podem afetar qualquer parte do TGI. As lesões são do tipo “lesões descontínuas”, segmentadas no TGI, com duas áreas afetadas separadas por uma porção de intestino normal, a qual gera, com a evolução da doença, uma superfície em aspecto de paralelepípedo. Inicialmente, as úlceras, que ocorrem sobre placas de Peyer no intestino delgado e sobre agrefados linfoides no cólon, evoluem de tamanho, tornando-se estreladas e posteriormente, ao se unirem, dão origem a úlceras longitudinais e fissuras. Retocolite : A inflamação é difusa e inespecífica, confinada à mucosa e submucosa da parede do TGI, restrita ao cólon e reto, sendo a transição entre o tecido acometido e tecido normal nítida e bem demarcada. Os principais sintomas da RCU estão relacionados ao trato digestório, como dor abdominal, alteração. 1. Sintomas: • Leve: confinada ao reto e retossigmoide; diarreia leve sanguinolenta e com muco; cólica; tenesmo; febre. • Moderada: atinge pelo menos a flexura esplênica; até 10 evacuações/dia; fezes sanguinolentas; anemia leve; dor abdominal moderada.; • Grave: apresentação fulminante; envolvimento extenso do cólon; mais de 10 evacuações/dia. A colite ulcerativa não afeta a parede do intestino grosso em toda sua espessura, e raramente, afeta o intestino delgado, sendo que as partes afetadas do intestino têm úlceras. Ao contrário da doença de crohn, não gera fistulas ou abcessos. 2. Diagnóstico: é realizado a partir da história clínica do doente, na qual o avaliador poderá encontrar história de diarreia sanguinolenta persistente, urgência retal ou tenesmo e dor abdominal intensa. Essas queixas costumam ser reicidivantes, com períodos de maior e menor intensidade. Para comprovação diagnóstica, o exame de eleição é a colonoscopia com biópsia seria da mucosa intestinal. O padrão observado na colonoscopia é uma inflamação continua. 3. Classificação: • Mucosa bastante inflamada na forma leve • Inflamação mais acentuada forma moderada • Inflamação crônica com presença de pólipos/pseudopólipos forma grave Há edema de mucosa, vasos sanguíneos dilatados e congestos, e a formação de abcessos de criptas, que são glândulas mucosas dilatadas, preenchidas por leucócitos polimorfonucleares, material necrótico e muco. 4. Avaliação Endoscópica: o diagnóstico de colite ulcerativa é baseado em achados endoscópicos e histopatólogicos. No início do processo da doença, os pacientes desenvolvem eritema difuso da mucosa, com perda do padrão vascular da mucosa normal. Em doença discreta, a mucosa pode ter uma aparência granular e edematosa. Como a doença se torna mais grave, a mucosa fica mais friável, sangra facilmente quando é tocadae, eventualmente, pode ulcerar. Achados endoscópicos que começam no reto e podem se estender proximalmente em um padrão contínuo, afetam apenas o cólon. Pseudopólipos podem se formar devido à regeneração epitelial após ataques recorrentes em pacientes com doença de longa duração. Em se tratando de doença crônica, a mucosa colônica pode perder seu padrão de dobras normal, e o cólon encurtar e parecer mais estreito. Manifestações como distorção da cripta, inflamação da mucosa contínua a partir do reto, ausência de granulomas e ausência de doença do intestino delgado são consistentes com colite ulcerativa. No início do processo da doença, os achados inflamatórios crônicos, como a distorção da cripta, podem não estar presentes, e o diagnóstico pode ser mais difícil de ser confirmado. A síndrome do intestino irritável (SII) é uma condição da ordem funcional do intestino, caracterizada por desconforto ou dor abdominal recorrente, acompanhado de pelo menos duas das características a seguir: relação com evacuação, associação com alterações na frequência de evacuação ou consistência das fezes. A causa é desconhecida, e a fisiopatologia ainda não é completamente compreendida. O diagnóstico é primariamente clínico. O tratamento é sintomático, consistindo em manejo dietético e tratamento farmacológico, incluindo anticolinérgicos e agentes que atuam nos receptores de serotonina. Sintomas: A SII é um distúrbio que acomete indivíduos de todas as idades, apesar de a maioria dos pacientes ter seus primeiros sintomas antes dos 45 anos. Os indivíduos mais velhos relatam sintomas com menor frequência. As mulheres são diagnosticadas com SII duas a três vezes mais frequentemente do que os homens e representam 80% da população com SII grave. Dor e desconforto abdominal são sintomas chave para se fazer o diagnóstico de SII. Esses sintomas devem melhorar com a defecação e/ou ter seu início associado a uma mudança na frequência das evacuações ou no formato das fezes. Diarreia ou constipação indolor não satisfazem os critérios diagnósticos para serem classificadas como SII. Os sintomas de confirmação que não fazem parte dos critérios diagnósticos incluem esforço na defecação, urgência ou sensação de evacuação incompleta, eliminação de muco e distensão abdominal. 1. Dor Abdominal: em conformidade com os atuais critérios diagnósticos para SII, a dor ou o desconforto abdominal constituem uma característica clínica indispensável da SII. A dor abdominal na SII é altamente variável em termos de intensidade e localização. A dor costuma ser episódica e do tipo em cólica, mas pode sobrepor-se a um quadro precedente de dolorimento constante. A dor pode ser suficientemente leve a ponto de ser ignorada, ou pode até mesmo interferir nas atividades da vida diária. Não obstante, a desnutrição devida a uma ingesta calórica inadequada é extremamente rara na SII. A privação de sono também é incomum, pois quase sempre a dor abdominal só está presente durante as horas de vigília. No entanto, os pacientes com SII grave costumam ser acordados repetidamente durante a noite; assim sendo, a dor noturna é um fator discriminante inadequado entre doença intestinal orgânica e funcional. Na maior parte das vezes, a dor é exacerbada quando o paciente come ou por estresse emocional e melhora com a eliminação de gases ou de fezes. Além disso, as mulheres com SII relatam comumente um agravamento dos sintomas durante as fases pré-menstrual e menstrual. 2. Alterações do Hábito Intestinal: são a característica clínica mais consistente na SII. O padrão mais comum é uma alternância entre constipação e diarreia, em geral com a predominância de um desses sintomas. Inicialmente, a constipação pode ser episódica, mas acabará por tornar-se contínua e cada vez mais refratária ao tratamento com laxativos. Em geral, as fezes são duras e de calibre estreitado, refletindo possivelmente a desidratação excessiva causada pela retenção colônica prolongada e pelo espasmo. A maioria dos pacientes experimenta também uma sensação de evacuação incompleta, o que acaba implicando tentativas repetidas de defecar em um curto espaço de tempo. Os pacientes cujo sintoma predominante é a constipação poderão ter semanas ou meses de constipação interrompidos por curtos períodos de diarreia. Em outros pacientes, a diarreia pode ser o sintoma predominante. A diarreia que resulta da SII geralmente consiste em pequenos volumes de fezes moles. Na maioria dos pacientes, os volumes fecais são < 200ml. A diarreia noturna não ocorre na SII. A diarreia pode ser agravada por estresse emocional ou ao comer. As fezes podem ser acompanhadas da eliminação de grandes quantidades de muco. O sangramento não representa uma característica da SII, a não ser na presença de hemorroidas, e não há má́ absorção nem perda de peso. 3. Gases e Flatulência: os pacientes com SII queixam-se com frequência de distensão abdominal e maior eructação ou flatulência, que contribuem todas para uma quantidade maior de gases. Na verdade, alguns pacientes com esses sintomas podem ter maior quantidade de gases, porém as mensurações quantitativas revelam que a maioria dos pacientes que se queixam de aumento dos gases não gera mais que a quantidade normal de gases intestinais. A maioria dos pacientes com SII apresenta alteração do trânsito e de tolerância às cargas de gases intestinais. Além disso, os pacientes com SII tendem a apresentar refluxo de gás da parte distal do intestino para os segmentos mais proximais, o que pode explicar as eructações. 4. Sintomas Gastrintestinais Altos: entre 25 e 50% dos pacientes com SII queixamse de dispepsia, pirose (azia), náuseas e vômitos. Isso sugere que outras áreas do trato gastrintestinal além do cólon podem ser afetadas. Os registros ambulatoriais prolongados da motilidade do intestino delgado nos pacientes com SII mostram alta incidência de anormalidades no intestino delgado durante o período diurno (acordado); os padrões motores noturnos não são diferentes daqueles dos controles sadios. A sobreposição entre dispepsia e SII é grande. A prevalência da SII é mais alta entre pacientes com dispepsia (31,7%) do que entre aqueles que não relatam sintomas de dispepsia (7,9%). Inversamente, entre os pacientes com SII, 55,6% relatam sintomas de dispepsia. Além disso, os sintomas abdominais funcionais podem modificar -se com o passar do tempo. Aqueles que têm dispepsia ou SII predominante podem oscilar entre as duas. Embora a prevalência de distúrbios gastrintestinais funcionais permaneça estável com o passar do tempo, a mudança no estado dos sintomas é elevada. Muitos episódios de desaparecimento dos sintomas decorrem mais da mudança de sintomas dos indivíduos do que de uma resolução total desses sintomas. Assim sendo, pode-se conceber que a dispepsia funcional e a SII são duas manifestações de um único distúrbio mais extenso do tubo digestivo. Além disso, os sintomas de SII são prevalentes em pacientes com dor torácica não cardíaca, sugerindo uma sobreposição com outros distúrbios intestinais de natureza funcional. Diagnóstico : • Schafer AI, Goldman.L. Cecil Tratado de Medicina Interna. 26ª Ed. Rio de Janeiro: Elsevier; 2018. • Braunwald E, Fauci AS, Kasper DL, Hauser SL, Longo DL, Jameson JL. Medicina Interna de Harrison. 20ª Ed. Amgh Editora; 2020. • Resumos da Med • SuperMaterial SanarFlix Diarreia • SuperMaterial SanarFlix Obstipação Intestinal • SuperMaterial SanarFlix Doenças Inflamatórias Intestinais • SuperMaterial SanarFlix Síndrome do Intestino Irritável • Rang. Rang & Dale Farmacologia. 9ª Ed. Elsevier; 2020.
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