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Adrenérgicos e Antiadrenérgicos

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14 
Jordana Oliveira | Turma XX | Medicina UERN 
FARMOCOLOGIA BÁSICA U2 
Aula 03 – Adrenérgicos e Antiadrenérgicos 
 
ADRENÉRGICOS 
 
 Os agonistas adrenérgicos também podem ser 
chamados de simpaticomiméticos ou 
adrenomiméticos. 
 O estímulo simpático está intimamente relacionado 
com a liberação de mediadores (noradrenalina, 
adrenalina, dopamina, acetilcolina). 
 
 
 
1. Uma ação excitatória periférica sobre determinados 
tipos de músculo liso, como os dos vasos sanguíneos que 
irrigam a pele, o rim e as mucosas, e sobre células 
glandulares, como as das glândulas salivares e 
sudoríparas. 
2. Uma ação inibitória periférica sobre outros tipos de 
músculo liso, como os da parede intestinal, da árvore 
brônquica e dos vasos sanguíneos que suprem a 
musculatura esquelética. 
3. Uma ação excitatória cardíaca, que aumenta a 
frequência e a força de contração. 
4. Ações metabólicas, como aumento da taxa de 
glicogenólise no fígado e no músculo e liberação de 
ácidos graxos livres do tecido adiposo. 
5. Ações endócrinas, como modulação (aumento ou 
diminuição) da secreção de insulina, renina e hormônios 
hipofisários. 
6. Ações sobre o sistema nervoso central (SNC), como 
estimulação respiratória, aumento do estado de vigília e 
atividade psicomotora e redução do apetite. 
7. Ações pré-juncionais, que inibem ou que facilitam a 
liberação de neurotransmissores, sendo a ação inibitória 
fisiologicamente mais importante. 
 
SÍNTESE DE CATECOLAMINAS 
 A tirosina é captada por transporte ativo; é hidroxilada 
pela tirosina hidroxilase e forma a DOPA 
(dihidroxifenilalanina); essa é uma etapa demorada. 
 A DOPA é descarboxilada para formar a dopamina. 
 A dopamina é hidroxilada para formar a noradrenalina 
pela enzima beta hidroxilase. 
 Na medula da suprarrenal, a norepinefrina é 
convertida em epinefrina pela feniletanolamina N-
metiltransferase. 
 
 
 
 Norepinefrina (noradrenalina), transmissor 
liberado pelas terminações nervosas simpáticas. 
 Epinefrina (adrenalina), hormônio secretado pela 
medula da suprarrenal. 
 Dopamina, precursor metabólico da norepinefrina e 
epinefrina, e também transmissor/neuromodulador 
no sistema nervoso central. 
 Isoprenalina (também conhecido como 
isoproterenol), derivado sintético da norepinefrina, 
ausente no organismo. 
 
ARMAZENAMENTO E LIBERAÇÃO 
 
15 
Jordana Oliveira | Turma XX | Medicina UERN 
 Armazenamento do transmissor: a norepinefrina é 
armazenada em alta concentração nas vesículas 
sinápticas, juntamente com ATP, cromogranina e DBH, 
todos os quais são liberados por exocitose. O 
transporte de norepinefrina para o interior das 
vesículas ocorre por um transportador sensível a 
reserpina (VMAT). O conteúdo de norepinefrina no 
citosol é geralmente baixo, pela presença de 
monoamino-oxidase nas terminações nervosas. 
 A liberação do transmissor geralmente ocorre por 
exocitose mediada pelo Ca2+ a partir de varicosidades 
presentes na rede terminal. Ocorre liberação não 
exocitótica em resposta a agentes simpatomiméticos 
de ação indireta (p. ex., anfetamina), que deslocam a 
norepinefrina das vesículas. A norepinefrina sai da 
fenda pela ação do transportador NET (transporte 
reverso). 
 Uma vez liberada noradrenalina, ela não é degradada 
tão rapidamente como a acetilcolina é pela 
acetilcolinesterase. 
 A ação do transmissor é finalizada principalmente pela 
captura da norepinefrina nas terminações nervosas, 
mediada pelo transportador NET, o qual é bloqueado 
por fármacos antidepressivos tricíclicos e cocaína. 
 A liberação de norepinefrina é regulada por 
retroalimentação autoinibitória mediada por 
receptores α2-adrenérgicos. 
 
Regulação da Síntese e Liberação: 
 1. Excesso de NA no citoplasma bloqueia a tirosina 
hidroxilase. 
 2. Receptores α2 pré-sinápticos quando ativados 
inibem a exocitose de NA. 
 
DEGRADAÇÃO DAS CATECOLAMINAS 
 
Figura 1: Metabolismo das catecolaminas. 
 
 As enzimas que degradam a noradrenalina são a MOA 
e a COMT (catecol ortometil transferase), que não são 
tão rápidas. A COMT degrada catecolamina. No fígado e 
no rim, há grande concentração de MOA e de COMT. 
 
CLASSIFICAÇÃO DOS RECEPTORES 
ADRENÉRGICOS (EXTRA) 
 A principal classificação farmacológica em subtipos α e 
β baseou-se originalmente na ordem de potência de 
agonistas e, posteriormente, em antagonistas seletivos. 
 Todos pertencem à superfamília de receptores 
acoplados à proteína G. 
 Segundos mensageiros: 
 Os receptores α1-adrenérgicos ativam a fosfolipase 
C, produzindo trisfosfato de inositol e diacilglicerol 
como segundos mensageiros; 
 Os receptores α2-adrenérgicos inibem a adenilil 
ciclase, diminuindo a formação de AMPc; 
 Todos os tipos de receptores β estimulam a adenilil 
ciclase. 
 
MECANISMO DE AÇÃO 
 Ação direta: estimula os receptores adrenérgicos. 
 Exemplos: noradrenalina, adrenalina, 
isoproterenol. 
 Ação indireta: estimula liberação de noradrenalina. 
 Exemplos: tiramina, anfetamina, ciclopentamina. 
 Ação mista: tanto estimulam os receptores como a 
liberação de neurotransmissor. 
 Exemplos: dopamina, efedrina e metaraminol. 
 
 
Figura 2: Classificação dos agonistas dos receptores adrenérgicos (aminas simpaticomiméticas) 
ou fármacos que produzem efeitos semelhantes aos simpaticomiméticos. 
 
RECEPTORES ADRENÉRGICOS 
 
 
 Receptores α1: vasoconstrição, relaxamento da 
musculatura lisa gastrointestinal, midríase, secreção 
salivar e glicogenólise hepática. 
 Receptores α2: inibição da liberação de transmissores 
(incluindo a liberação de norepinefrina e acetilcolina 
pelos nervos autônomos), agregação plaquetária, 
contração do músculo liso vascular, da liberação de 
insulina. 
 
16 
Jordana Oliveira | Turma XX | Medicina UERN 
 Receptores β1: aumento da frequência (taquicardia) e 
da força de contração cardíacas, hipertrofia cardíaca 
tardia. 
 Receptores β2: broncodilatação, vasodilatação, 
relaxamento da musculatura lisa visceral, glicogenólise 
hepática e tremores musculares. 
 Receptores β3: lipólise e termogênese; relaxamento 
do músculo detrusor da bexiga. 
 
 Uma dica importante e útil é lembrar que a ação sobre 
receptores 1 causa excitação ou contração e ação 
sobre receptores 2 causa inibição ou relaxamento. 
 α2: inibir a liberação de neurotransmissores; 
 β1: efeitos cardíacos; 
 β2: efeitos vasculares e respiratórios 
(broncodilatação); 
 β3: mobilização de lipídios. 
 
AGONISTAS DE RECEPTORES ADRENÉRGICOS 
 A norepinefrina e a epinefrina mostram 
relativamente pouca seletividade de receptor. 
 Agonistas α1 seletivos incluem fenilefrina e 
oximetazolina. 
 Agonistas α2 seletivos incluem clonidina e α-
metilnorepinefrina. Esses agentes causam queda da 
pressão sanguínea, em parte por inibição da liberação 
de norepinefrina e em parte por uma ação central. A 
metildopa, desenvolvida como um fármaco 
hipotensor (hoje em dia, praticamente obsoleto, exceto 
durante a gravidez), dá origem à formação do falso 
mediador metilnorepinefrina. 
 Agonistas β1 seletivos incluem a dobutamina. O 
aumento da contratilidade cardíaca pode ser útil 
clinicamente, mas todos os agonistas β1-adrenérgicos 
podem causar arritmias cardíacas. 
 Agonistas β2 seletivos incluem salbut, terbutalina e 
salmeterol, usados principalmente na asma por sua 
ação broncodilatadora. 
 Um agonista β3 seletivo, mirabegron, é utilizado no 
tratamento da bexiga hiperativa. Os agonistas β3 
promovem a lipólise e apresentam um potencial de 
tratamento na obesidade. 
 
USOS CLÍNICOS DOS AGONISTAS DE RECEPTORES 
ADRENÉRGICOS 
 Sistema cardiovascular: 
 Parada cardíaca: epinefrina. 
 Choque cardiogênico: dobutamina (agonista β1). 
 Anafilaxia (hipersensibilidade aguda): epinefrina. 
 Sistema respiratório: 
 Asma: agonistas seletivos de receptores β2 (salbut, 
terbutalina, salmeterol, formoterol). 
 Descongestão nasal: gotas contendo 
xilometazolina ou efedrina para curta duração de 
uso. 
 Outras indicações: 
 Epinefrina: em associaçãoa anestésicos locais para 
prolongar sua ação. 
 Trabalho de parto prematuro (salbut). 
 
 Agonistas α2 (p. ex., clonidina): para reduzir a 
pressão arterial e a pressão intraocular; como 
fármaco coadjuvante durante a retirada de drogas 
em dependentes; para reduzir os rubores da 
menopausa; e para reduzir a frequência das crises 
de enxaqueca. Não tem autorização para o 
tratamento da síndrome de Tourette, caracterizada 
por tiques múltiplos e surtos de linguagem 
imprópria. 
 O agonista β3, mirabegron: tratamento de micções 
cada vez mais frequentes e urgentes e incontinência 
(sintomas da bexiga hiperativa). 
 
DROGAS ADRENÉRGICAS 
 
ADRENALINA | EPINEFRINA 
 Secretada pela medula das adrenais. 
 Não seletiva: atua em vários receptores. 
 
 Coração: estimulante cardíaco potente (beta-1). 
 Inotropismo e cronotropismo positivo. 
 Doses elevadas: arritmia, extrassistolia e fibrilação 
ventricular. 
 
 Vasos Sanguíneos: arteríolas e esfíncteres pré-
capilares. 
 Alfa-1: constrição e redução do fluxo sanguíneo 
cutaneomucoso, mesentérico e renal. 
 Beta-2: vasodilatação e aumento do fluxo 
sanguíneo (musculatura esquelética). 
 Doses menores efeitos beta, doses maiores efeitos 
alfa. 
 
 Pressão Arterial: elevação da PA. 
 Aumenta o débito cardíaco: aumenta pressão 
sistólica. 
 Vasodilatação periférica (beta-2): diminui a 
pressão diastólica. 
 Pressão arterial média não varia significativamente. 
 
 Efeitos metabólicos: 
 Aumenta as concentrações de glicose e de lactato no 
sangue: liberados pelo fígado e músculo, 
respectivamente; 
 Inibe a secreção de insulina (receptores α2) e 
intensificada pela ativação (receptores β2): ilhotas 
pancreáticas; 
- Diminui a captação de glicose pelos tecidos 
periféricos parte devido a seus efeitos sobre a 
secreção de insulina, mas também por efeitos 
diretos sobre o músculo esquelético; 
 Aumenta a secreção de glucagon aumenta 
(receptores β): ilhotas pancreáticas; 
 Aumenta as concentrações de ácidos graxos livres 
no sangue (receptores β): adipócitos. 
 
 Efeitos Respiratórios: 
 Broncodilatação (beta adrenérgicos). 
 Reverte a broncoconstrição causada pela histamina 
e leucotrienos. 
 
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Jordana Oliveira | Turma XX | Medicina UERN 
USOS CLÍNICOS 
a. Alívio de broncoespasmo: via subcutânea 0,1 a 0,3 
ml a cada 4 ou 6 horas. 
- Pode ser usada EV no choque anafilático. 
b. Parada cardíaca: via intracardíaca 0,5 a 1 ml. 
c. Reações alérgicas graves: liberação maciça de 
histamina. 
d. Choque e bloqueio atrioventricular: desuso graças 
aos agonistas beta seletivos. 
 
REAÇÕES ADVERSAS 
 Tremores; 
 Palpitações; 
 Arritmias cardíacas graves; 
 Crises hipertensivas (hemorragia cerebral). 
 
NORADRENALINA 
 Sinonímias: Norepinefrina, Levarterenol. 
 Muito semelhante a adrenalina em termos de estrutura 
varia por falta de um CH3 ligado a um N. 
 Mediador químico das fibras pós-ganglionares 
simpáticas. 
 
 Ações farmacológicas: 
 Potente estimulante para alfa e beta-1, com baixa 
ação sobre beta-2. 
 Atua de forma eficiente sobre alfa-2: regulação da 
liberação de NA - autorregulação. 
 
 As ações farmacológicas da NE e da epinefrina são 
comparadas: 
 Ambos são agonistas diretos nas células efetoras, e 
suas ações diferem principalmente na eficácia de 
estimulação dos receptores α e β2. 
 Equipotentes na estimulação dos receptores β1. 
 NE é potente agonista α, com pouca ação sobre os 
receptores β2; 
 Menos potente do que a epinefrina sobre os 
receptores α da maioria dos órgãos. 
 
 Efeitos cardiovasculares: 
 Aumenta pressão sistólica e diastólica: aumento da 
resistência periférica. 
 Ativação dos barorreceptores com bradicardia 
reflexa: DC cai ou permanece inalterado. 
 Aumento da resistência periférica total. 
 Diminui fluxo sanguíneo para rins, músculos 
esqueléticos e fígado. 
 Aumenta a irrigação coronária. 
 
 Ao contrário da epinefrina, a administração de 
pequenas doses de NE não provoca vasodilatação nem 
diminui a pressão arterial, visto que os vasos 
sanguíneos do músculo esquelético sofrem mais 
contração do que dilatação. 
 Por conseguinte, os antagonistas dos receptores α-
adrenérgicos anulam os efeitos pressores, mas não 
produzem uma reversão significativa (i.e., hipotensão). 
 
USOS CLÍNICOS 
 Era utilizada para tratar hipotensão arterial, mas 
tornou-se obsoleta com a melhor compreensão do 
choque e desenvolvimento de outros fármacos. 
 Baixa margem de lucro. 
 Não é vendida comercialmente no Brasil. 
 
REAÇÕES ADVERSAS 
 Semelhantes às da adrenalina: tremores; palpitações; 
arritmias cardíacas graves; crises hipertensivas 
(hemorragia cerebral). 
 Necrose no local da injeção EV quando havia 
extravasamento. 
 
ISOPROTERENOL 
 Sinonímias: Isoprenalina, Isopropilnoradrenalina. 
 Mais potente estimulante beta-adrenérgico. 
 Catecolamina sintética. 
 
 Ações farmacológicas: 
 Estimulação beta adrenérgica. 
 Discreta elevação na pressão sistólica (PAS), queda 
na pressão diastólica (PAD) e redução da pressão 
média (PAM). 
 Aumento do débito cardíaco: beta-1. 
 Aumenta fluxo sanguíneo para os músculos 
(vasodilatação): beta-2. 
 Relaxa musculatura brônquica (broncodilatação) e 
do TGI: beta-2. 
 Estimula a glicogenólise, mas não a lipólise: alfa-1. 
 
USOS CLÍNICOS 
 Asma brônquica: inalação aerossol. 
 Bloqueio atrioventricular: 1 a 4 microgramas/min 
EV. 
 Choque cardiogênico: 1 a 4 microgramas/min EV. 
 Parada cardíaca: dissociação eletromecânica - 
atividade elétrica sem pulso. 
 
REAÇÕES ADVERSAS 
 Palpitações em pacientes asmáticos. 
 Taquicardias. 
 Arritmias. 
 Necrose cardíaca (dose EV excessiva). 
 
DOPAMINA 
 Neurotransmissor 
 Precursor metabólico da Noradrenalina e da 
Adrenalina. 
 Amina de ação mista (estimula a liberação de NA nas 
terminações adrenérgicas). 
 Em pequenas concentrações, estimula receptores 
dopaminérgicos. 
 Em grandes concentrações, estimula a produção de 
noradrenalina e estimula diretamente os 
receptores adrenérgicos α e β. 
 Degrada pela MAO e pela COMT. 
 
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Jordana Oliveira | Turma XX | Medicina UERN 
 Efeitos cardiovasculares: 
 Efeito inotrópico positivo: ação direta beta-1 e 
liberação de NA. 
 Aumento da pressão sistólica e manutenção da 
diastólica. 
 Importante no tratamento de choque: substitui os 
alfa-adrenérgicos que causam contração dos vasos 
renais. 
 
 Em doses baixas ou intermediárias, a resistência 
periférica total permanece inalterada, devido à sua 
capacidade de reduzir a resistência arterial regional 
em alguns leitos vasculares, como o mesentérico e o 
renal. 
 Em altas concentrações, ativa os receptores α1 
vasculares, resultando em vasoconstrição mais 
generalizada. 
 A taquicardia é menos proeminente durante a 
infusão de DA do que durante a do isoproterenol. 
 
USOS CLÍNICOS 
 Hipotensão arterial com resistência periférica baixa ou 
normal e oligúria. 
 Tratamento de diversos tipos de choque. 
 Hipotensão grave após infarto agudo do miocárdio 
(IAM). 
 Insuficiência cardíaca congestiva crônica refratária: 
cardiotônico e vasodilatador renal. 
 Infusão EV contínua: 2 ampolas de 100 mg em 500 ml 
de soro = 200 microgramas/ml. 
 Inativada por soluções alcalinas. 
 
DOBUTAMINA 
 Catecolamina sintética. 
 Agonista beta-1, com discreta ação sobre alfa-1 e beta-
2. 
 Inotropismo positivo. 
 Menor efeito hipertensor que a dopamina. 
 Comercializada em ampolas de 250 mg. 
 Usada pelo efeito inotrópico na insuficiência cardíaca 
crônica de baixo débito. 
 
EFEDRINA 
 Estimula a liberação de NA. 
 Possui meia vida plasmática mais longa: resiste a ação 
da MAO - alfametilada. 
 Agonista direto sobre receptores alfa e beta. 
 
 Ações farmacológicas: 
 Efeitos cardiovasculares semelhantes aos da 
adrenalina (alfa-1 e beta 1 e 2). 
 Aumento da pressão arterial sistólica e diastólica. 
 Broncodilatador (beta-2). 
 
USOS CLÍNICOS 
 Tratamento da asma brônquica. 
 Associação comantialérgicos. 
 
ANFETAMINAS 
 Utilizada na II Guerra Mundial (efeitos estimulantes): 
diminuem o sono e a fadiga (cansaço). 
 O sono tem função de estabilizador psicológico, 
recupera o organismo → fadiga intensa após o 
efeito. 
 Drogas de abuso. 
 Anorexígenos: diminuem o apetite. 
 Associações com ansiolíticos. 
 Liberam NA nos terminais adrenérgicos e ação 
agonista direta em receptores. 
 Liberação de Dopamina. 
 Doses elevadas (eventos psicóticos). 
 Potente estimulador do SNC. 
 
 Sistema cardiovascular: 
 Eleva a pressão arterial sistólica e diastólica. 
 Diminui a frequência cardíaca: arritmias cardíacas 
em grandes doses. 
 Débito cardíaco e fluxo sanguíneo cerebral 
permanecem inalterados em doses terapêuticas. 
 
USOS CLÍNICOS 
 Tratamento da obesidade. 
 Narcolepsia (raro). 
 
REAÇÕES ADVERSAS 
 Dependência física. 
 Insônia. 
 Nervosismo. 
 Fadiga (após o efeito). 
 Tremores. 
 Psicose (em doses elevadas). 
19 
Jordana Oliveira | Turma XX | Medicina UERN 
ANTIADRENÉRGICOS 
 
 Os antagonistas adrenérgicos também são chamados 
de simpaticolíticos (bloqueiam a manifestação do 
simpático), antiadrenérgicos, bloqueadores 
adrenérgicos ou bloqueadores de receptores 
adrenérgicos. 
 
 Mecanismo de ação: 
 Os fármacos antagonistas adrenérgicos têm alta 
afinidade pelos receptores adrenérgicos, porém 
eles não são agonistas são antagonistas; 
 Os antagonistas adrenérgicos bloqueiam as ações 
da noradrenalina e as ações dos agonistas 
adrenérgicos sobre células efetoras. 
 Eles bloqueiam receptores α 1, α 2, β1 e β2. 
 
 
Figura 3: Classificação dos antagonistas dos receptores 
adrenérgicos. Os fármacos assinalados com um asterisco (*) 
também bloqueiam os receptores α1. 
 
ANTAGONISTAS DE RECEPTORES ALFA 
ADRENÉRGICOS 
 Pouca aplicabilidade clínica. 
 Efeitos indesejáveis inconvenientes. 
 Divididos em: 
 Haloalquilaminas 
 Imidazolinas 
 Alcalóides do Ergot: bloqueiam os receptores α, e 
apresentam outras ações, principalmente em 
receptores 5-HT. 
 
USOS CLÍNICOS 
 Fármacos que bloqueiam receptores α1 e α2-
adrenérgicos (p. ex., fenoxibenzamina e 
fentolamina): vasodilatação no tratamento de 
doenças vasculares periféricas, mas esse uso na 
atualidade está muito obsoleto. 
 Antagonistas seletivos α1 (p. ex., prazosina, 
doxazosina, terazosina) são utilizados no tratamento 
da hipertensão e da hipertrofia benigna da próstata. 
 Os efeitos adversos incluem hipotensão postural, 
incontinência de estresse e impotência. 
 A tansulosina é α1A seletiva e age principalmente no 
trato urogenital. É utilizada no tratamento da 
hipertrofia benigna da próstata e pode causar 
hipotensão postural, menor do que com outros 
agonistas α1. 
 
 Feocromocitoma: fenoxibenzamina (antagonista 
irreversível) no preparo pré- cirúrgico. 
 é um tumor nas células cromafins (produzem 
adrenalina), que causa hipertensão, pois provoca 
níveis altos de catecolaminas endógenas. A 
administração de haloalquilaminas é um 
tratamento paliativo; só fazer a cirurgia. 
 
HALOALQUILAMINAS: 
DIBENAMINA E FENOXIBENZAMINA 
 Bloqueadores não competitivos (curva dose resposta 
deslocada para a direita e achatada). 
 Mais potentes em alfa-1. 
 Provocam taquicardia intensa. 
 Produzem hipotensão ortostática. 
 
IMIDAZOLINAS: 
TOLAZOLINA E FENTOLAMINA 
 Antagonismo competitivo: competem com as 
catecolaminas endógenas. 
 Fentolamina (alfa-1 e 2) e Tolazolina (mais afinidade 
alfa-2). 
 
ALCALÓIDES DO ERGOT: 
ERGOTAMINA E ERGOTOXINA 
 Ação vasoconstritora intensa podendo levar a necrose 
de extremidades. 
 Produzido pelo fungo Claviceps purpurea (cereais). 
 Ergotismo (isquemia de dedos). 
 
PRAZOSINA 
 Bloqueador alfa-adrenérgico. 
 Usado na terapia da hipertensão arterial. 
 Usado na Insuficiência Cardíaca Congestiva (redução 
pré e pós carga). 
 Maior afinidade sobre alfa-1 em relação a alfa-2. 
 Menor tendência a causar taquicardia. 
 Vasodilatação arteriolar e venosa. 
 
USOS CLÍNICOS 
 Tratamento da hipertensão arterial: normalmente 
associado com um beta bloqueador, um diurético ou 
ambos. 
 Tratamento da Insuficiência Cardíaca Refratária. 
 Dose: 2 a 20 mg/dia. 
 Tempo de ação: 8 a 12 horas. 
 
REAÇÕES ADVERSAS 
 Fenômeno da primeira dose: hipotensão arterial inicial 
acentuada. 
 Tonturas. 
 Cefaleias. 
 Zumbido. 
 Poliúria. 
 Parestesias. 
 
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Jordana Oliveira | Turma XX | Medicina UERN 
ANTAGONISTAS DE RECEPTORES BETA 
ADRENÉRGICOS 
 
 Não seletivos entre receptores β1 e β2-adrenérgicos: 
propranolol, alprenolol, oxprenolol. 
 Seletivos para β1: atenolol, nebivolol. 
 O alprenolol e o oxprenolol têm atividade agonista 
parcial. 
 Muitos usos clínicos (quadro clínico, mais adiante). 
 Riscos importantes são broncoconstrição e bradicardia 
com insuficiência cardíaca (possivelmente menos com 
agonistas parciais). 
 Os efeitos colaterais incluem extremidades frias, 
insônia, depressão, fadiga. 
 Alguns mostram eliminação pré-sistêmica rápida e, 
portanto, reduzida biodisponibilidade. 
 Alguns fármacos (p. ex., labetalol, carvedilol) 
bloqueiam tanto receptores α como β. 
 
USOS CLÍNICOS 
 Cardiovasculares: 
 Angina de peito; 
 Infarto agudo do miocárdio e infartos 
subsequentes; 
 Prevenção de arritmias recorrentes 
(principalmente se induzidas por ativação 
simpática); 
 Insuficiência cardíaca (em pacientes bem 
compensados); 
 Hipertensão (não são mais de primeira escolha). 
 
 Outros usos: 
 Glaucoma (p. ex., timolol em colírio); 
 Tireotoxicose, como adjuvante do tratamento 
definitivo (p. ex., pré- operatório); 
 Ansiedade, no controle dos sintomas somáticos (p. 
ex., palpitações, tremor); 
 Profilaxia da enxaqueca; 
 Tremor essencial benigno (distúrbio familiar). 
 
EFEITOS INDESEJÁVEIS 
 Broncoconstrição. 
 Depressão cardíaca. 
 Bradicardia. 
 Hipoglicemia. 
 Fadiga. 
 Extremidades frias. 
 
BETABLOQUEADORES 
 Antagonistas competitivos de receptores β; 
 Estrutura química parecida com a do isoproterenol. 
 Os receptores β1 estão localizados no coração. Os 
receptores β2 são encontrados na musculatura lisa dos 
brônquios e dos bronquíolos, no útero e nos vasos da 
musculatura esquelética, entre outros locais. 
 
CLASSIFICAÇÃO 
 Atividade simpaticomimética intrínseca (ASI): 
 Ação agonista parcial. 
 Exercem efeitos quantitativamente bem menores 
que o agonista. 
 Ex.: Pindolol e Oxprenolol. 
 Indicado para pacientes que precisam de 
betabloqueadores, mas que possuem vasculopatia 
periférica ou baixa frequência cardíaca. 
 
 Cardiosseletividade: 
 Bloqueio de beta-1 em detrimento de beta-2. 
 Indicados em pacientes propensos à 
broncoconstrição (asmáticos ou alérgicos). 
- Fármacos que bloqueiam os receptores β2, 
qualquer resposta alérgica provocará uma 
broncoconstricção potente. 
 Ex.: Atenolol, metoprolol. 
 Os mais indicados para tratamentos de hipertensão. 
 
 Ação estabilizadora da membrana: 
 Ação quinidínica (antiarrítmico) ou anestésica 
local. 
 Capacidade de abolir arritmia cardíaca induzida 
pela ouabaína (animais). 
 Irrelevante na prática clínica. 
 
FARMACOCINÉTICA 
 Boa absorção por via oral. 
 Metabolismo hepático. 
 Meia vida de 2 a 13 horas. 
 Metabólitos ativos (maior duração). 
 
AÇÕES FARMACOLÓGICAS 
 Coração: 
 Pessoas normais (desprovidas de ASI): pouco efeito 
sobre o coração normal. 
- No indivíduo normal, o simpático não está agindo 
muito; eles não estão tendo descarga adrenérgica 
grande e sua pressão arterial está controlada. A 
ação predominante é da acetilcolina. A redução da 
frequência não é percebida. 
- Naqueles com atividade simpaticomimética 
intrínseca, pode ocorrer taquicardia. 
 Pessoas com hiperatividade adrenérgica: 
diminuição da frequência cardíaca 
- Em hipertensos, o simpático está em intensa 
atividade; os níveis de adrenalina e de 
noradrenalina estão altos e atividade cardíaca 
está aumentada. O β-bloqueador causará 
diminuição significativa da frequência cardíacanesses indivíduos. 
 Diminuem a contratilidade miocárdica. 
 Queda no débito cardíaco. 
 
 Vasos sanguíneos: 
 Inibe a vasodilatação provocada por beta-2. 
 Como diminui o débito cardíaco há um 
contrabalanceamento. 
 
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Jordana Oliveira | Turma XX | Medicina UERN 
 Outros efeitos: 
 Brônquios: broncoconstrição. 
 Útero: contratilidade uterina – pré-maturos e 
abortos. 
 TGI: impede o relaxamento do piloro – refluxo 
gastresofágico. 
 Olho: impede a midríase e reduz a pressão 
intraocular. 
 
USOS CLÍNICOS 
 Angina pectoris: redução do consumo de oxigênio. 
 Anti-hipertensivo: formas leves, pacientes jovens, FC 
elevada. 
 Arritmias cardíacas. 
 Enxaquecas. 
 Redução de mortalidade após infarto do miocárdio. 
 
REAÇÕES ADVERSAS 
 Broncoespamos, bradicardia, hipoglicemia, 
hipotensão, insuficiência cardíaca. 
 Síndrome do Proctalol: alterações oculares, 
manifestações cutâneas e polisserosite. 
 Interrupção abrupta em coronariopatias: angina, 
arritmia e IAM. 
 
DROGAS QUE REDUZEM A FUNÇÃO DO NEURÔNIO 
ADRENÉRGICO 
 
RESERPINA 
 Causa depleção de catecolaminas das fibras simpáticas 
pós-ganglionares, bloqueando a transmissão. 
 Diminui os níveis centrais de adrenalina, NA e 
serotonina. 
 Uso clínico como anti-hipertensivo. 
 Aumenta acidez gástrica e suicídios. 
 Dose: 0,1 a 0,25 mg / dia. 
 
METILDOPA 
 Conversão em alfa-metil-noradrenalina no SNC. 
 Ação inibitória sobre o tônus simpático. 
 Receptores alfa-2 pré-sinápticos reduzindo a 
neurotransmissão adrenérgica. 
 Dá origem a um falso transmissor 
(metilnorepinefrina), que é um agonista α2-
adrenérgico potente, causando uma forte 
retroalimentação pré-sináptica inibitória (bem 
como ações centrais). 
 Dose:0,5 a 3g de 8 e m 8 horas. 
 Redução da resistência periférica. 
 Uso em gestantes. 
 
 
Figura 4: Locais de ação de fármacos.

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