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Teoria da Burocracia

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teoria da burocracia 
abordagem estruturalista 
A Abordagem Estruturalista não se preocupa só com 
a visão interna da organização, mas também com uma 
visão mais ampla, que abrange a organização e sua 
relação com outras organizações dentro da sociedade. 
Fazem parte dessa abordagem a Teoria da Burocracia 
e a Teoria Estruturalista, que são consideradas 
explicativas e descritivas. 
A Teoria da Burocracia tinha o enfoque na estrutura 
e surgiu no início do século XX, mas só foi aplicada à 
administração na década de 1930-40, depois da morte 
do economista e sociólogo alemão Max Weber. 
A Teoria Estruturalista tinha como enfoque a 
estrutura e o ambiente. Surgiu por volta da década 
de 50, como um desdobramento dos autores voltados 
para a Teoria da Burocracia, os quais tentaram 
conciliar as teses propostas pela Teoria Clássica e pela 
Teoria das Relações Humanas. 
Há divergência teórica se a Teoria da Burocracia seria 
uma teoria prescritiva (Silva, 2001) ou explicativa 
(Chiavenato, 2000). 
 
 
 
contexto 
O contexto de surgimento da Teoria da Burocracia 
era um contexto em que as organizações estavam 
passando por um crescimento desordenado e com 
maior grau de complexidade. Havia, também, uma 
busca de racionalidade e igualdade no tratamento 
dos funcionários das diversas organizações. Além 
disso, havia uma abordagem mais ampla para o 
estudo da administração e, também, a necessidade 
de estudos mais estruturados para a análise dos 
tipos de relacionamento humanos, na busca de 
maior produtividade 
visão do ser humano 
A Burocracia preconiza a visão do Homem 
Organizacional, que significa o ser humano racional 
ocupante de um cargo na organização e possuidor de 
atribuições específicas. Esse homem, na burocracia, 
reage a incentivos materiais e salariais por parte da 
administração. 
finalidade 
A Burocracia é uma forma ideal de organização 
humana. Baseia-se na adequação dos meios aos 
objetivos (fins) pretendidos (racionalidade), a fim de 
garantir a máxima eficiência possível no alcance 
desses objetivos. 
pilares 
Formalidade: autoridade é expressa em leis; 
comunicação é padronizada; controle de 
procedimentos. 
Impessoalidade: isonomia no tratamento; 
meritocracia; racionalidade; sistema legal e econômico 
previsível. 
Profissionalismo: remuneração em dinheiro; 
administrador é especialista – noção de carreiras; 
hierarquia. 
características 
✓ Normas e regulamentos possuem caráter 
legal; 
✓ As comunicações são formais e oficiais; 
✓ O trabalho é dividido de forma racional; 
✓ Os relacionamentos são impessoais; 
✓ A autoridade segue a hierarquia 
organizacional; 
✓ As rotinas e procedimentos são padronizados; 
✓ Competência técnica é valorizada através da 
meritocracia; 
✓ A administração é especializada (não há 
patrimonialismo) 
✓ Os membros da organização são profissionais; 
✓ Funcionamento da organização é 
completamente previsível. 
vantagens 
✓ A racionalidade dos objetivos; 
✓ Cargos e tarefas bem definidas; 
✓ Rapidez nas decisões, já que elas estão 
previstas; 
✓ Interpretação única e clara dos regulamentos 
e normas, por quem necessite saber; 
✓ A uniformidade de procedimentos e rotinas 
de trabalho; 
✓ A manutenção da continuidade da 
organização, que se perpetua 
profissionalmente; 
✓ A diminuição dos atritos entre os indivíduos, 
já que cada um sabe claramente o seu papel; 
✓ Estabilidade das decisões (constância), já que 
as mesmas decisões serão tomadas nos 
mesmos casos, quando eles se repetirem; 
✓ Alta confiabilidade das decisões, já que fazem 
parte de rotinas e regras impessoais; 
✓ Existência de benefícios para as pessoas na 
organização, já que há hierarquia formal, 
divisão clara do trabalho, racionalidade, 
treinamento e meritocracia. 
 
 
consequências 
Ao estudar as consequências previstas (ou desejadas) 
da burocracia, Robert K. Merton, um sociólogo 
americano, notou também as consequências 
imprevistas (ou não desejadas) que levam à 
ineficiência e às imperfeições. O autor Idalberto 
Chiavenato apresenta a sequência desse estudo. 
1. O modelo começa com a exigência de 
controle por parte da organização, a fim de 
reduzir a variabilidade do comportamento 
humano a padrões previsíveis, indispensáveis 
ao bom funcionamento da organização. 
2. Essa exigência de controle enfatiza a 
previsibilidade do comportamento, que é 
garantida por meio da imposição de normas e 
regulamentos. Assim, a organização 
estabelece os padrões de procedimentos para 
as pessoas, institui as penalidades pelo não 
cumprimento, bem como a supervisão 
hierárquica para assegurar a obediência. A 
ênfase sobre o cargo e a posição dos 
indivíduos diminuem as relações 
personalizadas. 
3. A ênfase nas regras e sua forte imposição 
levam as pessoas a justificarem sua ação 
individual. 
4. Essa justificativa conduz a consequências 
imprevistas (disfunções), tais como a rigidez 
no comportamento e a defesa mútua na 
organização. 
5. Essas consequências não atendem às 
expectativas e aos anseios da clientela, 
provocando dificuldades no atendimento ao 
público. 
6. Isso leva a um sentimento de defesa da ação 
individual, pois o burocrata não presta contas 
ao cliente, mas às regras da organização e ao 
seu superior hierárquico. 
disfunções 
Dificuldade de resposta às mudanças no meio 
externo: visão voltada excessivamente para as 
questões internas (sistema fechado, ou seja, 
autorreferente, com a preocupação não nas 
necessidades dos clientes, mas nas necessidades 
internas da própria burocracia). 
Rigidez e apreço extremo às regras: o controle é sobre 
procedimentos e não sobre resultados, levando à falta 
de criatividade e ineficiências. 
Perda da visão global da organização: a divisão de 
trabalho pode levar os funcionários a não terem mais 
a compreensão da importância de seu trabalho. 
Lentidão no processo decisório: hierarquia, 
formalidade, centralização e falta de confiança nos 
funcionários levam a uma demora na tomada de 
decisões importantes. 
Excessiva formalização: em um ambiente de 
mudanças rápidas, não se consegue padronizar e 
formalizar todos os procedimentos e tarefas, gerando 
uma dificuldade da organização de se adaptar a novas 
demandas. A formalização também dificulta o fluxo 
de informações dentro da instituição. 
Como consequência das disfunções da Burocracia, 
construiu-se um senso popular: estagnação, excesso 
de papelório, apego dos funcionários aos 
regulamentos e rotinas, causando ineficiência à 
organização. 
O modelo ideal da burocracia, que foi definido por 
Max Weber, é o da burocracia como organização 
eficiente por excelência. 
racionalidade 
A Racionalidade da Burocracia surge a partir do tipo 
de dominação que está dentro da burocracia. 
Abordaremos, agora, os tipos de dominação que são 
estudados. 
 
Tradicional: baseia-se na tradição, nos costumes 
arraigados, nos relacionamentos construídos por 
gerações. 
Racional legal: baseada na lei. Nesse tipo de 
dominação, não seguimos um indivíduo, mas devemos 
obediência a uma série de normas e regulamentos. 
Essa opção é a que descreve corretamente a 
concepção weberiana de autoridade burocrática. 
Carismática: baseada no carisma de uma pessoa. 
Acredita-se que um indivíduo específico possui 
qualidades e características extraordinárias, fora do 
comum, que o credenciam a liderar seus súditos ou 
seguidores. 
esquema

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