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Roteiro Farmacologia

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Roteiro Farmacologia
Aula 1 - Introdução
1. Conceituar HA
2. Epidemiologia da HA
3. Fatores de risco para HA
4. Classificação da hipertensão
5. Tratamento da HA
1- É a elevação da pressão sob a qual o sangue circula dentro do sistema arterial, em decorrência de fatores
como aumento da frequência cardíaca ou redução da capacidade de relaxamento das artérias.
2- A HAS tem alta prevalência e baixas taxas de controle, é considerada um dos principais fatores de risco (FR)
modificáveis e um dos mais importantes problemas de saúde pública.
A mortalidade por doença cardiovascular (DCV) aumenta progressivamente com a elevação da PA a partir de
115/75 mmHg de forma linear, contínua e independente.
PREVALÊNCIA DA HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA
Inquéritos populacionais em cidades brasileiras nos últimos vinte anos apontaram uma prevalência de HAS acima
de 30%. Considerando-se valores de PA > 140/90 mmHg, 22 estudos encontraram prevalências entre 22,3% e
43,9%, (média de 32,5%), com mais de 50% entre 60 e 69 anos e 75 % acima de 70 anos.
Entre os gêneros, a prevalência foi de 35,8% em
homens e de 30% em mulheres, semelhante à de
outros países. Revisão sistemática quantitativa de 2003 a 2008, de 44 estudos em 35 países, revelou uma
prevalência global de 37,8% em homens e 32,1% em mulheres
3- Marcadores de Risco para Hipertensão
Risco não modificáveis
● Hereditariedade
● Idade
● Raça
● Sexo
Risco modificáveis
● Obesidade
● Tabagismo
● Excesso de sal
● Bebida Alcoólica
● Estresse
● Sedentarismo
4- Com relação à diretriz brasileira anterior (2016), a PA normal passa a ser denominada PA ótima e a
pré-hipertensão, a ser dividida em PA normal e pré-hipertensão. Os indivíduos com PAS entre 130 e 139 e
PAD entre 85 e 89 mmHg passam a ser considerados pré-hipertensos, pois esta população apresenta
consistentemente maior risco de doença CV, doença arterial coronária e acidente vascular encefálico do que
a população com níveis entre 120 e 129 ou 80 e 84 mmHg. Há também maior risco de ser portadores de HA
mascarada (HM).
Consequências da HA
● Artéria com aterosclerose
● Hipertrofia cardíaca
● Diminuição da visão
● AVC
● Doenças renais
5- Tratamento Não farmacológico
↪ Exercício Físico
↪ Controle do estresse
↪ Boa alimentação
Tratamento Farmacológico
↳ Fármacos que atuam no SRAA
↪ Inibidores da ECA
↪ Antagonista AT1
↪ Antagonista de renina
↳ Fármacos bloqueadores adrenérgicos
↪ Alfa bloqueadores
↪ Beta bloqueadores
↪ Fármacos de ação central
↳ Bloqueadores de canal de cálcio
↳ Vasodilatadores diretos
↳Diuréticos
Aula 2 e 3 - Anti- hipertensivos simpatolíticos
1. Rever os mecanismos de controle da PA
2. Explicar o controle da PA
3. Caracterizar as clases dos Agentes de ação central e Alfabloqueadores
1- A manutenção dos níveis normais da pressão arterial é condição necessária para perfusão sanguínea tecidual
adequada. A hipertensão é uma disfunção dos mecanismos controladores da pressão arterial, que pode culminar
com a falência do organismo. O controle da pressão arterial é feito por mecanismos diversos, de natureza
neural ou hormonal. O controle neural é feito por meio de eferências do sistema nervoso autônomo, atuando
sobre o coração e os vasos. No coração, modulam o débito cardíaco por meio do enchimento dos ventrículos e
da atividade inotrópica e cronotrópica; nos vasos, atuam sobre a resistência periférica. Os principais
mecanismos reflexos que atuam na regulação da pressão arterial são o barorreflexo, os reflexos
cardiopulmonares, o quimiorreflexo e o reflexo renorrenal. O controle hormonal envolve, principalmente,
o sistema renina-angiotensina.
Regulação rápida da PA
● Controle neural
● Reflexo barorreceptores
● Quimiorreflexo
● Reflexo cardio-pulmonares
● Resposta isquêmica do SNC
Controle Neural
Áreas de controle do tronco encefálico
Sistema nervoso autônomo simpático
Sistema nervoso autonomo parassimpatico
Reflexo Barorreceptor - neural
Barorreceptores no arco da aorta → Estímulo enviado ao tronco cerebral → Ativação de fibras simpatico ou
parassimpatico
Parassimpático = Nó sinoatrial
↳ Diminuição da frequência cardíaca
Simpático = Nó sinoatrial
↳ Aumento do débito cardíaco, frequência cardíaca, vasoconstrição e RVT
Reflexos RÁPIDOS que visam manter a PA constante por meio de alterações do SNA simpático e
parassimpático.
MECANISMO RENAL - HEMODINÂMICO
2- Regulação a longo prazo da PA
● Envolvimento dos rins
● Hormônio antidiurético ( ADH ou Vasopressina)
● Sistema renina- angiotensina ll
Sistema renina- angiotensina
● Liberação pelas células renais da RENINA (enzima)
● Células justaglomerulares
● Modulação simpática
Como a PA se altera durante o dia?
A pressão arterial varia durante o dia dependendo da sua atividade
Aumenta quando: você se exercita, quando está excitado ou nervoso em dias muito frios
Diminui quando: você está relaxado, quando você dorme em dias muito quentes
Até mesmo a postura - sentado ou em pé- influencia a PA.
3- Alfa bloqueadores
Beta bloqueadores
Fármacos de ação central
Bloqueadores adrenérgicos atuam em receptores beta-adrenérgicos e alfa-adrenérgicos, pré e pós-sinápticos,
reduzindo a pressão arterial primordialmente pela diminuição de débito cardíaco como consequência da redução
do tônus simpático.
Receptores α (alfa)- Noradrenalina > adrenalina > isoprenalina Receptores ɮ (beta)- Isoprenalina >
adrenalina > noradrenalina
https://www.medicinanet.com.br/pesquisas/bloqueadores_adrenergicos.htm
Explicação completa
O sistema nervoso simpático é um regulador importante de quase todos os sistemas orgânicos. Sua
estimulação ocorre por efeito de mediadores como a norepinefrina (noradrenalina) e a epinefrina
(adrenalina).
A norepinefrina é liberada nos terminais nervosos onde ativa os receptores adrenérgicos (ou adrenoceptores) em
sítios pós-sinápticos, assim, atuando como um neurotransmissor.
Já a epinefrina, liberada pela medula da suprarrenal em resposta a diversos estímulos, como o estresse, atua
como um hormônio se deslocando pelo sangue até os tecidos-alvo.
Os fármacos que ativam os adrenoceptores são denominados simpaticomiméticos. Alguns simpaticomiméticos
ativam diretamente os receptores adrenérgicos (agonistas de ação direta), enquanto outros atuam indiretamente,
aumentando a liberação ou bloqueando a captação de norepinefrina (agonistas de ação indireta).
Obs: Os neurônios adrenérgicos liberam norepinefrina como neurotransmissor primário. Eles são encontrados
no sistema nervoso central (SNC) e no sistema nervoso simpático, onde servem de ligação entre os gânglios e
os órgãos efetores. A neurotransmissão nesses neurônios envolve as etapas de síntese, armazenamento,
liberação e ligação da norepinefrina com o receptor, seguida de remoção do neurotransmissor da fenda
sináptica.
Na síntese, a tirosina é transportada para dentro do neurônio adrenérgico por um carreador, onde é hidroxilada
em di-hidroxifenilalanina (também denominada dopa) pela tirosina hidroxilase. Em seguida, a dopa é
descarboxilada pela enzima descarboxilase de L-aminoácido aromático, formando a dopamina no neurônio
pré-sináptico.
A dopamina é, então, transportada para dentro de vesículas sinápticas por um sistema transportador de aminas
e na sequência é hidroxilada pela enzima dopamina hidroxilase, resultando na formação de norepinefrina, que
fica armazenada no interior das vesículas até a passagem de um potencial de ação.
A liberação da norepinefrina ocorre com a chegada de um potencial de ação na junção neuromuscular. Este
evento propicia a entrada de íons de cálcio extracelulares para o interior do axoplasma (citoplasma do neurônio),
o que promove a fusão das vesículas sinápticas com a membrana celular. O resultado é a exocitose do conteúdo
das vesículas (norepinefrina) para fenda sináptica.
Quando liberada das vesículas sinápticas, a norepinefrina se difunde para o espaço sináptico e se liga aos
receptores pós-sinápticos no órgão efetor ou aos receptores pré-sinápticos no terminal nervoso. Essa ligação
inicia uma cascata de eventos no interior da célula, resultandona formação do segundo mensageiro celular, que
atua como transdutor na comunicação entre o neurotransmissor e a ação gerada no interior da célula efetora.
Por fim, a norepinefrina é removida do espaço sináptico por meio de três mecanismos distintos. 1) ela pode ser
metabolizada a metabólitos inativos pela enzima catecol-O-metil-transferase (COMT) na fenda sináptica; 2) a
norepinefrina pode sofrer captação de volta para o neurônio por meio de um transportador de norepinefrina
dependente de sódio-cloreto (NET) e 3) a norepinefrina pode se difundir para fora do espaço sináptico e entrar
na circulação sistêmica.
Receptores Adrenérgicos
Várias classes de adrenoceptores foram identificadas no sistema nervoso simpático. Eles são, tipicamente,
receptores acoplados a proteína G e distinguem-se em duas principais famílias de receptores designadas α e β.
Essa classificação é fundamentada com base nas respostas desses receptores a agonistas adrenérgicos, como
a epinefrina, a norepinefrina e o isoproterenol.
Adrenoceptores α
Os adrenoceptores α apresentam respostas fracas ao agonista sintético isoproterenol, mas respondem às
catecolaminas naturais epinefrina e norepinefrina. Para α-receptores a ordem de afinidade consiste em epinefrina
≥ norepinefrina ≥ isoproterenol. Os adrenoceptores α ainda são subdivididos em dois grupos: α1 e α2.
Clinicamente, alguns fármacos apresentam seletividade distinta em relação a estes últimos. Os α1-receptores
têm maior afinidade por fenilefrina do que os receptores α2 , enquanto a clonidina possui maior seletividade aos
receptores α2 e tem menor efeito nos receptores α1, por exemplo.
Os receptores α1 são ativados por uma série de reações por meio da fosfolipase C ativada pela proteína G. Isso
resulta na formação dos segundos mensageiros: o inositol-1,4,5-trifosfato (IP3) e o diacilglicerol (DAG). O IP3
inicia a liberação de Ca²+ do retículo endoplasmático para o citosol e o DAG ativa outras proteínas no interior da
célula. Estes receptores estão situados na membrana pós-sináptica dos órgãos efetores e intermedeiam vários
efeitos clássicos envolvendo a contração do músculo liso.
Nesse sentido, pode ser observada a vasoconstrição no leito vascular, o aumento da pressão arterial, a
contração do músculo dilatador radial da pupila na íris do olho (midríase), a contração na base da bexiga urinária
e na próstata (promovendo continência urinária) e o aumento na força de contração cardíaca.
Os receptores α2 são acoplados a proteína G inibitória e seus efeitos são mediados pela inibição da
adenililciclase e pela redução nos níveis intracelulares de AMPc (monofosfato cíclico de adenosina). Estes
receptores estão localizados primariamente nas terminações nervosas de nervos simpáticos pré-sinápticos e
controlam a liberação de norepinefrina.
Parte da norepinefrina liberada na fenda sináptica durante a estimulação de um nervo simpático adrenérgico
reage com os receptores α2 na membrana pré-sináptica. Isso promove uma retroalimentação inibitória, assim,
inibindo a liberação adicional de norepinefrina. Essa ação inibitória serve como mecanismo local para modular a
saída de norepinefrina quando existe atividade simpática elevada.
Receptores α2 também são encontrados em neurônios pré-sinápticos parassimpáticos. A norepinefrina liberada
do neurônio simpático pré-sináptico pode se difundir entre esses receptores e interagir com eles, inibindo a
liberação de acetilcolina (ACh). Os adipócitos humanos também contêm receptores α2, que inibem a lipólise por
diminuição do AMPc intracelular, o que pode propiciar o ganho de peso.
Adrenoceptores β
As respostas dos receptores β são caracterizadas por uma intensa resposta ao isoproterenol, com pouca
sensibilidade para epinefrina e norepinefrina. Para o β-receptores a ordem de potência é isoproterenol ≥
epinefrina ≥ norepinefrina. Os adrenoceptores β são divididos em três principais subgrupos, β1, β2 e β3, com base
nas suas afinidades por agonista e antagonistas adrenérgicos.
A ativação de todos os três subtipos de receptor β resulta em estimulação de adenililciclase e aumento da
conversão de ATP (trifosfato de adenosina) em AMPc.
Alfa bloqueadores
Os medicamentos dessa classe age como antagonista competitivo do alfa- receptores pós sinápticos, levando a
redução da RVP, sem maior alteração do débito cardíaco
Tem vantagem de propiciar melhora discreta no metabolismo lipídico e glicídico e dos sintomas de pacientes com
hipertrofia prostática benigna
Baixa eficácia em monoterapia, devem ser utilizados em associação. Podem induzir ao aparecimento de
tolerância, o que exige o uso de doses gradativamente crescentes.
Reações adversas: Hipotensão postural, mais evidente com a primeira dose, sobretudo se a dose inicial for alta,
palpitações e astenia.
Beta bloqueadores
Promovem diminuição inicial do débito cardíaco e da secreção da renina, havendo readaptação dos
barorreceptores e diminuição das catecolaminas nas sinapses nervosas.
Os fármacos de terceira geração (carvedilol, nebivolol) além das ações anteriores, tem efeito vasodilatador por
mecanismo diferentes:
⇨ O carvedilol, pelo efeito de bloqueio concomitante do receptor alfa-1-adrenérgico
⇨ O nebivolol, por aumentar a síntese e liberação de óxido nítrico no endotélio vascular
⇨ O propranolol mostra-se também útil em pacientes com tremor essencial, síndromes hipercinéticas, cefaléia de
origem vascular e hipertensão portal.
Eles são divididos em categorias, de acordo com sua seletividade:
Não seletivos: Bloqueiam tantos os receptores adrenérgicos B1, encontrados principalmente no miocárdio,
quando o B2, encontrados no músculo liso, nos pulmões, nos vasos sanguíneos e em outros órgãos.
Apresentam efeitos periféricos mais acentuados como aumento da resistência arterial periférica e
broncoconstrição.
Exemplos: Propranolol, nadolol e timolol.
Um betabloqueador não seletivo, pindolol, se destaca por apresentar atividade simpatomimética intrínseca,
agindo como um agonista adrenérgico parcial e, portanto, apresentando menos bradicardia e broncoconstrição
que os demais betabloqueadores desta categoria.
CARDIOSSELETIVOS: bloqueiam apenas os receptores β1 adrenérgicos, presentes em maior parte no
coração, no sistema nervoso e nos rins e, portanto, sem os efeitos de bloqueio periférico indesejáveis. No
entanto, em doses muito altas podem também ter ação nos receptores β2 .
AÇÃO VASODILATADORA: manifesta-se por antagonismo ao receptor alfa-1 periférico, como o carvedilol e
o labetalol, e por produção de óxido nítrico, como o nebivolol.
Resumo
Bloqueio Beta 1 = Reduz taquicardia
Bloqueio Beta 1 = Reduz liberação de renina pelas células justaglomerulares
Bloqueio Beta 2 = Broncoconstrição e
vasoconstrição
Ação central
Os agentes alfa-agonistas de ação central agem através do estímulo dos receptores α2 que estão envolvidos
nos mecanismos simpatoinibitórios. Nem todos são seletivos.
Diminuição da atividade simpática e do reflexo dos barorreceptores, contribuindo para bradicardia
relativa e a hipotensão notada em ortostatismo; • discreta diminuição na RVP e no débito cardíaco; • redução
nos níveis plasmáticos de renina e retenção de fluidos. • São representantes desse grupo: metildopa, clonidina,
guanabenzo e os inibidores dos receptores imidazolínicos (moxonidina e rilmenidina).
DESVANTAGENS:
• Baixa eficácia em monoterapia, devem ser utilizados em associação. Podem induzir tolerância farmacológica,
obrigando doses crescentes.
VANTAGENS
• propiciar melhora do metabolismo lipídico (discreta) e da urodinâmica (sintomas) de pacientes com hipertrofia
prostática.
• A experiência favorável em relação à segurança do binômio maternofetal recomenda a alfametildopa como
agente de escolha para tratamento da hipertensão das grávidas.
• Não interferem na resistência periférica à insulina ou no perfil lipídico
• Efeitos indesejáveis mais comuns são: hipotensão postural (mais evidente com a primeira dose), palpitação e,
eventualmente, astenia.
Aula 4 - Bloqueadores de canais de cálcio ou outro vasodilatadores1. Qual o mecanismo de ação dos bloqueadores de cálcio?
2. Quais os tipos de bloqueadores dos canais de cálcio disponíveis e as diferenças?
3. Quais as indicações?
4. Quais os efeitos adversos?
5. Cite outros fármacos que podem ser utilizados para diminuir o tônus vascular e contribuir no
tratamento da hipertensão e outros problemas cardíacos
Introdução
Fármacos vasodilatadores
Atuam sobre a musculatura da parede vascular, promovendo relaxamento muscular com consequente
vasodilatação e redução da resistência vascular periférica, independentemente do sistema nervoso
autônomo.
Fármacos vasodilatadores: mecanismos de contração/relaxamento musculatura vascular
Os medicamentos vasodilatadores agem expandindo os vasos sanguíneos, principalmente as
arteríolas. Dois medicamentos merecem destaque: o nitroprussiato de sódio e a nitroglicerina.
Dilatam vasos, diminuindo a RVP:
⇨ Liberando NO (menos Ca +2 relaxa músculo liso vascular)
⇨ Abrindo canais de K+ (hiperpolariza e relaxa músculo liso vascular)
⇨ Bloqueando canais de Ca+2 (menos Ca+2 relaxa músculo liso vascular)
Vasodilatadores diretos
Atuam sobre a musculatura da parede vascular, promovendo relaxamento muscular com consequente
vasodilatação e redução da resistência vascular periférica, independentemente do sistema nervoso autônomo.
São utilizados em associação com diuréticos e/ou betabloqueadores.
Os fármacos anti-hipertensivos classificados como vasodilatadores de ação direta podem ser dos seguintes
tipos:
• ativadores (ou abridores) dos canais para K+,
• Hidralazina
• nitratos orgânicos.
Ativadores dos canais para K+
Provoca a abertura dos canais para potássio presentes na membrana celular, propiciando a saída de potássio
resultando em um estado de hiperpolarização. Como resultado, os canais para cálcio voltagem dependentes
(CaV) se mantêm fechados, impedindo a entrada de cálcio na célula, e a consequente contração muscular.
• Se isso ocorrer em uma célula de músculo liso, o relaxamento e a dilatação vascular são promovidos.
• Ao diminuir a resistência vascular, estes fármacos são capazes de diminuir a pressão arterial.
• Exemplos: Diazóxido e Minoxidil
HIPERPOLARIZAÇÃO DA MEMBRANA DO MÚSCULO LISO POR MEIO DE CANAIS PARA POTÁSSIO
Diazóxido Mecanismo de Ação
Relaxamento direto do músculo liso arteriolar.
Ativa os canais de K+ modulados pelo ATP,
Aumenta o efluxo de K+, causando hiperpolarização
Bloqueio de canais de cálcio → relaxamento da musculatura lisa.
O Diazóxido é utilizado para emergências hipertensivas e é um vasodilatador arteriolar de longa duração.
RAM: O principal efeito tóxico observado é a hipotensão exacerbada, que pode ocasionar problemas vasculares
e cardíacos e também exerce função sobre o controle da insulina, retenção renal de água e sal.
Minoxidil: Relaxamento direto do músculo liso arteriolar.
Ativa os canais de K+ modulados pelo ATP, Aumenta o efluxo de K+, causando hiperpolarização
Bloqueio de canais de cálcio → relaxamento da musculatura lisa.
O Minoxidil, não exerce função vasodilatadora sobre as veias, entretanto, quando consumido por via oral, é
altamente eficaz e ativo sobre as artérias.
É útil na hipertensão grave com insuficiência renal.
RAM: Taquicardia; cefaleia; edema periférico; aumento da frequência cardíaca; declínio não permanente da
hemoglobina e hematócrito; aumento não permanente a creatinina e ureia no sangue; náuseas e vômitos;
sudorese; e principalmente Hipertricose.
Associação com betabloqueadores e/ou diuréticos para redução dos efeitos adversos.
Hidralazina
Mecanismo de Ação: Relaxamento direto do músculo liso arteriolar.
Bloqueia o receptor de IP3 localizado na membrana do retículo endoplasmático liso; impedindo a saída de cálcio
da organela para o meio e a consequente contração muscular.
É um medicamento de fácil absorção, sua metabolização é hepática e eliminação pela urina; sua administração
não é recomendada em casos de hepatopatias ou nefropatias.
RAM:
Induz atividade simpática intensa, provavelmente por barorreceptores;
Aumento da frequência e contratilidade cardíaca;
Retenção hídrica (edema principalmente nos pés/tornozelo);
Rush cutâneo; inchaço dos olhos; cefaleia; náuseas; vertigem; congestão nasal; distúrbios gastrointestinais
Doenças autoimunes (lúpus eritematoso sistêmico) – raro.
Associação com betabloqueadores (redução da taquicardia reflexa
CLÍNICA
Hidralazina é um vasodilatador direto usado apenas em hipertensão grave e refratária, emergência hipertensiva
e pré-eclâmpsia grave e eclâmpsia
Pode ter seus efeitos potencializados quando associada com outros vasodilatadores, antagonistas de cálcio,
inibidores da ECA, diuréticos e álcool
Regulação endotelial do relaxamento do músculo liso vascular pelo ÓXIDO NÍTRICO
Regulação endotelial do relaxamento do músculo liso vascular pelo ÓXIDO NÍTRICO
Nitratos orgânicos: estes vasodilatadores de ação direta apresentam em sua molécula o grupo nitro e quando
administrada, libera de sua estrutura química o NO, que funciona semelhante ao fator principal de relaxamento
muscular–o NO endotelial.
O óxido nítrico liberado da droga, uma vez no organismo do paciente, passa a exercer um mecanismo
semelhante ao NO endotelial: se liga em seu receptor na célula de um músculo liso (ciclase de guanilil), converte
GTP em GMPc capaz de ativar uma PKG que fosforila os canais de potássio (liberando sua saída da célula, que
se tornará hiperpolarizada) e ativando proteínas carreadoras de cálcio do REL, as quais passam a armazenar
concentrações de Ca2+ citoplasmático para dentro de seu lúmen.
Estes eventos culminam em um relaxamento vascular, diminuindo, assim, as consequências da hipertensão
arterial de forma rápida e eficaz.
Vasodilatadores Directos: liberadores de óxido nítrico
• Nitroprussiato de Sódio*
• Mononitrato de Isossorbida
• Dinitrato de Isossorbida
• Nitroglicerina X X São metabolizados pelo músculo liso, liberando óxido
nítrico (NO) causando vasodilatação principalmente arterial. Pode ocorrer
aumento moderado da frequência cardíaca como reflexo da
vasodilatação. Pertencem ao grupo de vasodilatadores PARENTERAIS.
Têm ação direta nos vasos, não são fármacos de primeira escolha, e o
uso está restrito a HAS de difícil controle e na emergência hipertensiva.
liberadores de óxido nítrico
• Sítios de ação de nitratos orgânicos
• RPT e retorno venoso.
VASODILATADORES DE AÇÃO DIRETA: NITRATOS ORGÂNICOS
Ex: Nitrato de amila; Trinitrato de gliceril; Mononitrato de isossorbida
(Isordil®).
• Este pode ser administrado por via sublingual para alívio da dor anginosa,
geralmente causada por infarto.
• A via escolhida é a sublingual pois além de possibilitar uma absorção rápida, faz com que a droga seja
diretamente drenada para aveia cava superior, agilizando seu efeito.
• Uma contra indicação clássica ao uso dos Nitratos é o infarto de ventrículo direito ou o uso recente de sildenafil
(Viagra®), pois potencializa o efeito hipotensor destas drogas.
LIBERAÇÃO DE ÓXIDO NÍTRICO
O Nitroprussiato é um fármaco com potente ação vasodilatadora, pois ao reagir com os grupamentos sulfidrilas
teciduais produz altas concentrações de NO.
• Sua ação vasodilatadora -diferentemente dos outros vasodilatadores usados no tratamento de HA –não se
limita apenas a musculatura lisa arterial, ou seja, também exerce influência sobre as veias.
• Sua utilização é restrita a casos de emergências hipertensivas, geralmente em unidades de terapia intensiva ou
em casos cirúrgicos específicos, uma vez que o uso prolongado causa acúmulo de tiocianato e alta toxicidade.
• Assim, recomenda-se que o tratamento não ultrapasse o período de 72h.
• Uma vez iniciado o tratamento com Nitroprussiato a PA deve ser monitorada a cada 2 minutos para um melhor
controle e avaliação. Além disso, a administração deve ser realizada por meio de bomba de infusão, e protegida
de qualquer contato com a luz.
Metabolismo do nitroprussiato de sódio (contraindicado na disfunção renal, devido aumento da
toxicidade)
Nitroprussiato de Sódio*
Hipertensão grave e emergência
Infusão EV – T ½ curto.RAM: Hipotensão Mononitrato e Dinitrato de Isossorbida e Nitroglicerina
Via oral: Comprimidos, Comprimidos sublingual
EV
Usos na insuficiência cardíaca e angina.
RAM: Cefaleia, hipotensão, náuseas, vômitos.
O fenoldopam (corlopan) é um agonista seletivo para receptores dopaminérgicos do tipo DA-1, é um potente
vasodilatador que tem como principal alvo as arteríolas periféricas, no leito capilar renal, promovendo aumento
no fluxo sanguíneo renal, natriurese e diurese, tendo poucos efeitos adrenégicos.
Assim como os demais vasodilatadores parenterais, é usado basicamente para emergências hipertensivas e
determinados procedimentos cirúrgicos específicos como adjuvante pósoperatório, podendo ser considerado
uma boa alternativa ao nitroprussiato de sódio devido ao fato do início de ação ser rápido e a meia-vida é breve,
com benefício adicional de não cruzar a barreira hematoencefálica.
Uma vez que fenoldopam é o único agente intravenoso que aumenta a perfusão renal, pode ter efeito benéfico
nos pacientes hipertensos com doença renal crônica.
Efeitos adversos: taquicardia, cefaleia, rubor; sendocapaz de aumentar a pressão intraocular, portanto deve ser
evitado em pessoas com glaucoma
Fenoldopam parenteral- dose inicial é 0,1 mcg/kg/min por infusão IV ajustada progressivamente a 0,1 mcg/kg a
cada 15 minutos até o máximo de 1,6 mcg/kg/min.
1- Fármacos bloqueadores de canais para cálcio
• Os canais para Cálcio são dotados de cinco unidades: α1(por onde passam os íons cálcio), α2, β, γ e δ.
• Todos os bloqueadores dos canais de Ca2+ ligam-se nas subunidades α1.
• São anti-hipertensivos eficazes e reduzem a morbidade e a mortalidade
cardiovasculares.
• Principais bloqueadores de canais para Ca
Fenilalquilamina:Verapamil;
Diidropiridinas: Nifedipina(Adalat®),Anlodipina;
Benzotiazepinas: Diltiazem.
Mecanismos:
1. Bloqueio de canais de Ca+2 voltagem dependentes do tipo
L Relaxamento do músculo liso vascular
2. Vasodilatação
3. Redução da resistência vascular periférica
4. queda da PA
Efeito inotrópico negativo
2- Tipos de bloqueadores dos canais de cálcio
Os bloqueadores dos canais de cálcio são divididos em dois grupos
↳ Bloqueadores dos canais de cálcio dihidropiridinas
↳ Bloqueadores dos canais de cálcio não-dihidropiridinas.
Bloqueadores de Canal para Ca 2+voltagem dependente tipo L:
Esse canal é sensível à nifedipina e está presente principalmente no músculo liso vascular.
Ao sofrerem ação da Nifedipina, ocorre alívio da hipertensão arterial e da angina pectoris.
Diz-se,portanto, que a nifedipina é vaso-seletiva, e sua prescrição para casos de taquicardia não seria uma
conduta adequada.
Agentes dihidropiridínicos são vasodilatadores mais potentes, provocando aumento reflexo de frequência
cardíaca, especialmente os de meia-vida mais curta, como nifedipino de pronta liberação. Nos de meiavida mais
longa, como anlodipino, aquele efeito é menos importante, pelo que é o
representante mais utilizado atualm
Inibem o influxo de cálcio na célula muscular lisa, por bloqueio
competitivo com o Ca2+ que entra pelos canais lentos voltagem
dependentes. Sensíveis à Nifedipina
Canal para Ca 2+voltagem-dependente tipo T:
Esse canal é sensível ao Verapamil e está presente nos miócitos cardíacos e no tecido nodal.
A ação do verapamil é justificada por aliviar arritmias do tipo taquicardia interagindo com este tipo de canal de
Ca2+.
Diz-se, portanto, que o Verapamil é uma droga cardiosseletiva.
Verapamil e diltiazem apresentam atividade antiarrítmica, maior
potencial depressor de contratilidade miocárdica e diminuição de
frequência cardíaca.
Verapamil e diltiazem → diminuem a condução AV.
3- Os bloqueadores dos canais de cálcio dihidropiridinas são os
mais indicados para o tratamento da hipertensão arterial por
apresentarem um grande efeito vasodilatador. As drogas que
pertencem a este grupo serão o foco deste artigo
Exemplos de bloqueadores dos canais de cálcio dihidropiridinas:
↪Nifedipina
↪Amlodipina (Anlodipino)
↪Nicardipina
↪Felodipina
↪Lercanidipina.
↪Nitrendipina.
Os bloqueadores dos canais de cálcio não-dihidropiridinas apresentam um menor poder vasodilatador,
mas possuem um efeito de diminuir a frequência e a contratilidade do coração, sendo assim, opções nos
pacientes com arritmias ou doença isquêmica cardíaca.
Exemplos de bloqueadores dos canais de cálcio não-dihidropiridinas
https://www.mdsaude.com/bulas/anlodipino-amlodipina/
↪Verapamil
↪Dilitiazem
Os bloqueadores dos canais de cálcio, principalmente o grupo das dihidropiridinas, são drogas muito efetivas no
controle da hipertensão arterial. Nas hipertensões leves os bloqueadores dos canais de cálcio podem ser usados
como droga única; nas hipertensões que necessitam de mais de uma droga para o controle, a associação com
diuréticos, inibidores da ECA (enalapril, ramipril, lisinopril…) ou com ARA2 (losartan, irbesartan, candesartan…)
são ótimas opções.
Os bloqueadores dos canais de cálcio são anti-hipertensivos que funcionam muito bem para pacientes idosos ou
afrodescendentes. Nestes dois grupos, os bloqueadores dos canais de cálcio e os diuréticos são as drogas com
melhor desempenho. Entretanto, em pacientes caucasianos (brancos) e jovens, os bloqueadores dos canais de
cálcio não costumam ser a melhor opção para início do tratamento. Neste grupo os diuréticos e os IECA (ou
ARA2) são mais indicados. Os bloqueadores dos canais de cálcio são apenas a 3ª opção.
Os bloqueadores dos canais de cálcio não-dihidropiridinas (Verapamil e Diltiazem) não são consideradas drogas
de primeira linha no tratamento da hipertensão e só devem ser usadas para este fim caso o paciente apresente
outras indicações, como arritmia cardíaca, por exemplo.
4-
Estas drogas nao afetam colesterol, triglicerides ou a homeostase do Ca 2+ extracelular.
Vantagens e efeitos colaterais
Essa classe apresenta como características a boa absorção pelo sistema gastrointestinal, pois recomenda-se
sua administração por via oral, ficando a administração intravenosa restrita a casos especiais.
Os efeitos adversos são explicados pela ação vasodilatadora: RUBOR; VERTIGEM; CEFALÉIA; HIPOTENSÃO;
EDEMA PERIFÉRICO
O Nifedipino não pode ser utilizado por gestantes a partir da 20ª semana de gestação ou durante o
período de amamentação. Uso de nifedipino de curta ação possivelmente associa-se a índices mais
elevados de infarto do miocárdio
Contra-indicados em insuficiência cardíaca, com possível exceção do anlodipino.
Aula 5 - Diureticos
1. Caracterizar os agentes que diminuem a reabsorcao renal da Na+, quanto ao seu mecanismo de
acao, principais usos clinicos, reacoes adversas e contra - indicacoes
O mecanismo básico dos diuréticos é aumentar a eliminação renal de eletrólitos como Na+ e Cl- ; e água,
reduzindo o volume de fluido intravascular intersticial e a pressão de enchimento ventricular (pré-carga),
diminuindo, em consequência, a retenção de fluido e eliminando a congestão pulmonar e os edemas
periféricos.
O NaCl é o principal determinante de volume de líquido extracelular;
[Na+ ] Natriurese = Diurese [H2O]
O volume extracelular é reduzido quando elimina-se o NaCl do organismo.
Os diferentes mecanismos de ação estão associados à inibição da reabsorção tubular em diferentes
segmentos do néfron. São eficazes como monoterapia no tratamento da hipertensão arterial, tendo sido
comprovada sua eficácia na redução da morbidade e da mortalidade cardiovasculares.
PRINCIPAIS INDICAÇÕES DOS DIURÉTICOS
1) Primeira escolha nos Consensos Internacionais e Brasileiros junto com β-bloqueadores, IECA e Bloqueadores
de Canais de Cálcio. (pacientes com hipertensão de difícil controle em monoterapia)
2) Indicado em obesos, idosos e indivíduos da raça negra
3) Útil em associação com outras drogas.
Especialmente úteis no controle de Edema e ICC.
VANTAGENS
↳ Grande experiência mundial
↳ Alta eficiência
↳ Fácil manuseio
↳ Custo baixo
↳ Potencializa a ação de outros hipotensores
EFEITOS DESFAVORÁVEIS (principalmente em doses altas)
↳ Gota- decorrente da hiperuricemia
↳ Diabetes I e II
↳ Dislipidemias
↳ Pré-eclâmpsia↳ A hipopotassemia, por vezes acompanhada de hipomagnesemia (que pode induzir arritmias ventriculares)
↳ Aumento dos níveis séricos de triglicerídeos, em geral dependente da dose, transitório
↳ Em muitos casos, provocam disfunção sexual. Em geral, o aparecimento dos efeitos indesejáveis dos
diuréticos está relacionado à dosagem utilizada.
Diuréticos osmóticos
São agentes livremente filtrados no glomérulo que sofrem reabsorção limitada pelo túbulo renal, resultando
em aumento da concentração osmótica e retenção de água no filtrado; sendo relativamente inertes do ponto
de vista farmacológico.
O principal local de ação é a alça de Henle.
→ Aumentam a excreção urinária de quase todos os eletrólitos, como Na+, K+, Ca+, Mg2+, Cl- , HCO3 - e
fosfato.
→ Exemplo: Manitol
 Usos clínicos: reduzir edema cerebral pré e pós neurocirurgia; profilaxia IRA
Vantagens
Aumento do volume da urina, com maior preservação das concentrações de íons sanguíneos que outros
diuréticos
Efeitos adversos
Hiponatremia
Dor de cabeça
Náuseas
Expansão da água extracelular
Inibidores de anidrase carbônica
Sítio de ação no túbulo contorcido proximal, sendo o ducto coletor local de ação secundária
Inibe a anidrase carbônica renal, diminuindo a reabsorção de bicarbonato de sódio, causando excreção
de NaHCO3 e, consequente, aumento da diurese.
→ Exemplos: Acetazolamida, Etazolamida, Diclorfenamida
→ Principal Indicação: Glaucoma
Diuréticos de alça
Atuam ao inibir o co -transportador de Na + K +2Cl - responsável pela reabsorção desses íons, na alça
ascendente espessa;
A inibição do NaK2Cl, resulta em aumento acentuado da excreção de Sódio e Cloro, indiretamente de Ca2+
e Mg2+( devida a abolição de diferença de potencial) e com a queda de concentração de solutos no interstício
medular diminui a reabsorção de água no túbulo coletor, aumentando a sua eliminação.
→ São os mais potentes Bumetanida Furosemida Piretanida
Usos clínicos:
Edema agudo de pulmão
Insuficiência cardíaca crônica
Cirrose hepática complicada por ascite
Síndrome nefrótica
Insuficiência renal.
Reações Adversas
↳ Hipocalcemia
↳ Hipotensão
↳ Hipopotassemia
↳ Hipomagnesemia
↳ Perda auditiva permanente ou reversível se associados com outros fármacos ototóxicos (p. ex.,
antimicrobianos aminoglicosídeos).
↳ O ácido etacrínico é o fármaco mais propenso a causar surdez.
↳ A função vestibular também pode ser afetada, induzindo vertigens.
Diuréticos Tiazídicos
 São inibidores do co transporte Na+ - Cl no túbulo contorcido distal com aumento de eliminação de Na+,
Cl-, K+ e água Moderadamente eficazes.
→ Bendroflumetiazida Hidroclorotiazida Clortalidona Indapamida metolazona
Usos clínicos:
Insuficiência cardíaca leve
Hipertensão
Edema resistente grave
Diabetes insípido nefrogênico
Nefrolitíase
Efeitos colaterais
Tontura;
fraqueza;
câimbras;
ansiedade;
parestesia;
peso nas pernas;
impotência
às vezes, reações alérgicas.
Vantagens
Primeira escolha se não há complicações.
Dose única diária, pela manhã.
Início de ação em 1-2 horas, durando 12-24 h.
Drogas de primeira escolha em afrodescendentes.
Alterações metabólicas:
Hiponatremia;
Hipercalcemia;
Hipocalemia;
hiperglicemia;
↑ LDL;
Hiperuricemia- gota
OBS: Todas essas alterações diminuem com o uso de doses baixas de tiazidas (25 mg)
Poupadores de K+
Atuam sobre os túbulos e ductos coletores, inibindo reabsorção de Na+ e diminuindo a excreção de K+.
Agem inibindo os canais para sódio no túbulo coletor, como a amilorida e triantereno ou bloqueando os
receptores de aldosterona, como a espironolactona.
Sem as ações da aldosterona não ocorre a reabsorção de Na+ e nem mesmo a eliminação de K+ , aumentando
a Natriurese e a Diurese.
ESPIRONOLACTONA
Usos clínicos:
↳ Prevenção da perda de k+
↳ Hipertensão
↳ Hiperaldosteronismo
Reações adversas:
↳ Hipercalemia principalmente em pacientes com Insuficiência Renal.
↳ Não Seletivo - pode atuar em outros receptores de esteróides em outros tecidos resultando em ginecomastia,
distúrbios menstruais, atrofia testicular, ginecomastia e impotência.
USO CLÍNICO:
↳ Os diuréticos poupadores de potássio apresentam pequena potência diurética, mas quando associados a
tiazídicos e diuréticos de alça são úteis na prevenção e no tratamento de hipopotassemia.
↳ O uso de diuréticos poupadores de
potássio em pacientes com redução de função
renal pode acarretar hiperpotassemia.
AMILORIDA
Usos clínicos:
↳ Prevenção da perda de K+
↳ Hipertensão
Reações adversas:
↳ Hipercalemia
↳ Erupções cutâneas
Aula 6 e 7 - SRAA e IECA
1. Ação da angiotensina ll
2. Classe dos SRAA - IECA
3. Informações importantes
1. O SRAA regula a pressão arterial média por meio da regulação do volume sanguíneo. É um reflexo
mais lento que o barorreceptor por ser hormonalmente mediado. É ativado em resposta à diminuição da
pressão arterial.
1ª etapa: A diminuição da Pa causa diminuição da perfusão renal, que é percebida pelos mecanorreceptores
nas arteríolas aferentes do rim. A diminuição da Pa faz com que a pró-renina seja convertida em renina nas
células justaglomerulares. A secreção de renina pelas células justaglomerulares é aumentada por estimulação
dos nervos simpáticos renais e pelos agonistas do ß1 e reduzida pelos antagonistas de ß1, como o
propranolol.
2ª etapa: A renina é uma enzina que no plasma catalisa a conversão de angiotensinogênio em angiotensina I
(possui pouca atividade biológica).
3ª etapa: Nos pulmões e rins, a angiotensina I é convertida em angiotensina II, reação catalisada pela Enzima
conversora de angiotensina (ECA).
4ª etapa: A angiotensina II atua sobre as células da zona glomerulosa do córtex suprarrenal, estimulando a
síntese e a secreção de aldosterona. A aldosterona, atua sobre as células principais do túbulo renal dista e
ducto coletor aumentando a reabsorção de Na⁺, levando o aumento do LEC e volume sanguíneo.
5ª etapa: A angiotensina II tem ação direta sobre o rim, estimulando a troca de Na⁺– H⁺ no túbulo proximal
renal e aumentando a reabsorção de Na⁺ e de HCO3⁻.
6ª etapa: A angiotensina II atua sobre o hipotálamo, aumentando a sede e a ingestão de água. E estimula a
secreção do hormônio antidiurético, que aumenta a reabsorção de água nos ductos coletores.
7ª etapa: Por fim, a angiotensina II atua diretamente sobre as arteríolas, levando a vasoconstrição.
2-
BLOQUEADORES DE RECEPTORES DA ANGIOTENSINA
MECANISMO DE AÇÃO:
É altamente ativa por via oral, e atuam no controle da HA pelo antagonismo dos receptores AT1, inibindo
vasoconstrição. Do ponto de vista farmacológico são totalmente diferentes dos inibidores da ECA, mas
na prática clínica apresentam leve semelhança, contudo, sem a presença do principal efeito colateral, a
tosse. Isso porque não atuam sobre o metabolismo da bradicinina. Além disso, são mais eficazes que
os inibidores da ECA pelo fato de inibir de forma mais completa a angiotensina, pois existem outras
enzimas além da ECA que exercem influência sobre a angiotensina.
Os principais medicamentos dessa classe são a Losartana, Valsartana, Candesartana; Irbesartana
REAÇÕES ADVERSAS: são bem tolerados, apresentando poucos efeitos adversos,como a presença de
tonturas, além de outros semelhantes aos inibidores da ECA: tosse seca erupções cutâneas; dores no
peito; palpitações; dentre outros.
O cuidado deve ser redobrado no caso de gestação, uma vez que esses medicamentos atuam de forma direta
no sistema renina angiotensina podendo causar danos e até mesmo a morte do feto durante a gestação.
INIBIDORES DA RENINA
MECANISMO DE AÇÃO:
A inibição direta do sítio catalítico da renina, reduzindo a atividade plasmática da enzima e
consequente queda da concentração de angiotensina II, reduz os níveis da pressão arterial. Para o
tratamento da HA, o Alisquireno pode ser associado com outros medicamentos, assim como em esquemas
de monoterapia, a depender do caso específico e eficácia anti-hipertensiva comprovam sua capacidade em
monoterapia de redução da PA de intensidade semelhante à dos demais anti-hipertensivos
O único fármaco dessa classe é o Alisquireno.
USO CLÍNICO:tratamento da hipertensão essencial.
Estudos clínicos de curta duração indicam efeito benéfico na redução de morbidade cardiovascular e renal,
hipertrofia de ventrículo esquerdo e proteinúria.
EFEITOS ADVERSOS :
↳ “rash” cutâneo
↳ Diarreia
↳ Muito raramente tosse.
↳ Cuidados devem ser redobrados em casos de gravidez, pode causar diversos agravos ao feto.
INIBIDORES DE ECA
Atuam inibindo a ação da enzima
peptidil dipeptidase, responsável pela
clivagem da angiotensina I em
angiotensina II, a qual exerce função
vasoconstritora e estimula a
liberação de aldosterone e ADH.
O primeiro fármaco dessa classe desenvolvido e utilizado para o tratamento de HA foi o Captopril.
Também inibem a degradação de bradicininas (Vasodilatação),
Enalapril; Bezazepril; Fosinopril; Ramipril; Trandolapril; dentre outros.
Efeitos farmacológicos:
alto poder hipotensivo em pacientes hipertensos, por outro lado, não reduz de forma significativa a PA em
normotensos.
Usos Clínicos:
↳ Hipertensão.
↳ Insuficiência cardíaca.
↳ No pós-infarto do miocárdio (especialmente quando houver disfunção ventricular).
↳ Em indivíduos com alto risco de cardiopatia isquêmica.
↳ Nefropatia diabética.
↳ Insuficiência renal crônica para prevenir a progressão
Vantagens:
↳ Contribuírem para a diminuição da carga cardíaca e retardar o surgimento de patologias renais. poucos
efeitos adversos: tosse seca é a principal reação adversa; erupções cutâneas; dores no peito; palpitações;
dentre outros
Antagonistas de Receptor AT1

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