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@_carollfranca_ Quais são os aspectos do diálogo ? Como atitude e prática pedagógica, requer reciprocidade na atitude de fala e escuta e tem como fundamento o amor, a tolerância, a humildade e a esperança. Na prática dialógica, Freire ressalta que a atitude de escuta é tão importante quanto a fala, pois o sujeito que escuta sabe que o que tem a dizer tem valor semelhante à fala dos outros. Desse modo, o saber escutar refere-se não apenas a silenciar para dar a vez à fala do outro, mas também a estar na posição de disponibilidade, de abertura às diferenças. Isso não se assemelha à aceitação incondicional, a tudo o que o outro pensa e diz, mas é o exercício da escuta sem preconceitos que possibilita a reflexão crítica e o posicionamento consciente. Essas situações ampliam as competências comunicativas necessárias para a convivência democrática na sociedade contemporânea, as situações pedagógicas, e qualifica a relação docente-discente, pois o diálogo implica ausência do autoritarismo. Em Freire (2003, p. 117), o silêncio ocupa lugar de destaque no diálogo, é fundamento, como pode ser visto em suas palavras: A importância do silêncio no espaço da comunicação é fundamental. De um lado, me proporciona que O amor também é o fundamento do diálogo. Diz Paulo Freire (2001,p.80), se não amo o mundo, se não amo os homens, não me é possível o diálogo”. Mas não se trata, segundo o autor, de um sentimento ingênuo ou romântico de afeição, ele se caracteriza por relações autênticas de respeito, tolerância e empatia entre pessoas que compartilham ideais na busca da humanização. O diálogo só é possível com humildade O diálogo, ao ser alicerçado no amor, na humildade, na fé no ser humano, na esperança crítica e na participação, estabelece relação horizontal de simpatia e vivência, marcada pela confiança entre os sujeitos. Diálogo: prática político-pedagógica para a construção do conteúdo programático da educação A escolha do conteúdo programático é de natureza política, pois“[...] tem que ver com: que conteúdos ensinar, a quem, a favor de quê, de quem, contra quê, contra quem, como ensinar. Tem que ver com quem decide sobre que conteúdos ensinar” (Freire, 2005, p. 45). Diferença entre objetivos educacionais e objetivos de ensino. Os objetivos educacionais são os objetivos maiores da nação. Eles representam as intenções sócio- político-ideológica do sistema de educação. Através deles as ações políticas ideológicas tomam forma e concretizam-se. Os objetivos de ensino tratam de aspectos vinculados ao ato de ensinar e ao ato de aprender. Qual é a concepção ideológica pedagógica adotada? O que a escola ou o professor desejam que seja construído pelos alunos em termos de conhecimento, habilidades e atitudes? Considerações sobre a elaboração dos objetivos de ensino Quanto ao nível de abrangência podem ser: gerais e específicos; Quanto à natureza dos conteúdos: TAXONOMIA DE BLOOM (1956). Benjamin Bloom @_carollfranca_ Educação dialógica/emancipatória . Objetivos no campo afetivo Interesse, valor, aceitação ou rejeição. Não se revelam por meio de provas tradicionais ou verificação de aprendizagem. Requer do professor vivência e observação. Diz respeito a hábitos e atitudes. Ex: justiça, fraternidade, igualdade e agressividade etc. Objetivos no campo psicomotor: Associada aos movimentos. Artes, esportes e procedimentos ligados à área de saúde, entre outras. Objetivos no campo cognitivo Nos anos 90 ela foi revitalizada. Os níveis foram atualizados para verbos. Nível 1: conhecimento Habilidade de reconhecer informações e conteúdos previamente abordados, como fatos, datas, palavras, teorias, entre outros. Nível 2: compreensão Habilidade de dar significado ao conteúdo, de modo a realizar a interpretação do que foi compreendido e empregá-lo em outro contexto. Nível 3: aplicação Habilidade de usar informações, métodos e conteúdos aprendidos em novas situações concretas, através da aplicação de regras, conceitos, leis, teorias, entre outros. Nível 4: análise Habilidade de subdividir o conteúdo em partes menores para entender a estrutura final, por meio da identificação das partes, da relação entre elas e do reconhecimento dos princípios organizacionais envolvidos. Nível 5: síntese Habilidade de combinar partes isoladas não integradas para formar um “todo”, estabelecendo uma relação entre elas. Nível 6: avaliação Habilidade de julgar o valor do conhecimento um propósito específico, baseado em critérios previamente estabelecidos, que podem ser externos (relevância) ou internos (organização). Nível 1: Memorizar Produzir a informação certa a partir da memória, recordar, reproduzir ideias e conteúdo. Nível 2: compreender Dar um significado ao material ou conceito com suas próprias palavras. Nível 3: aplicar Colocar em prática algum conhecimento ou procedimento Nível 4:analisar Dividir a informação por partes sendo capaz de entender a inter-relação entre elas assim como na sua estrutura total. Nível 5:avaliar Fazer julgamentos com base em critérios, padrões e normas Nível 6:criar Reunir dados para formar algo novo ou reconhecer os componentes de uma nova forma @_carollfranca_
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