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REINO FUNGI (MORFOLOGIA E TAXONOMIA)

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CURSO DE 
CIÊNCIAS BIOLÒGICAS- BACHARELADO 
 
SARAH OLIVEIRA SACHT 
 
 
 
 
 
 
REINO FUNGI 
A morfologia, taxonomia e importância de seus representantes 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SÃO MATEUS 
2021 
Como último grupo de criptógamos a ser estudado, os fungos, na história da 
taxonomia dos seres vivos, ja foi alocado no reino Plantae quando a divisão era 
dicotômica, ou seja, existência de apenas dois grandes reinos. Contudo, hoje sabe-se 
mais do que nunca, que esses individuos possuem características suficientes em 
comum que os fazem constituir seu próprio reino, além de ter uma morfologia 
notoriamente controversa as das plantas, como a ausência de cloroplastos, que 
dispensa a possibilidade de produzirem seu próprio alimento, fazendo-os, assim, 
organismos heterotróficos, além da presença de quitina como constituinte de sua 
parede celular. Na árvore filogenética atual criada por Sandra Baldauf, os fungos estão 
alocados na grande divisão chamada de Opisthokonts onde formam um grupo 
monofilético, comumente chamado de fungos verdadeiros. Essa denominação é 
assim usada, devido ao fato de no passado, organismos já terem sido inclusos a 
divisão Opisthokonta por possuírem algumas características semelhantes aos fungos, 
no entanto, foram excluídos e realocados para suas devidas divisões, uma vez que 
identificaram a presença de um duplo flagelo, sendo um liso e outro pinado 
(característica dos Oomycetes) e uma estruturação e movimentação diferenciada 
(presente no Myxogastria). 
A organização dos fungos é baseada na presença e na perda de flagelo e no 
surgimeno de indivíduos que se reproduzem por conjugação. Dessa forma inicia-se o 
grupo Chytridiomycota, com representantes ainda flagelados, unicelulares, 
rizomiceliais ou miceliais, que realizam tanto a reprodução assexuada com 
germinação de mitosporângios, como a reprodução sexuada com fusão de gametas 
ou somatogamia. Os fungos desse filo são a maioria aquáticos de água doce, e 
possuem uma subdivisão dispersa em quatro ordens. A ordem Chytridales aloca 
indivíduos aquáticos saprófitas ou parasitas, que não formam micélios verdadeiros. 
Seu ciclo de vida é haplobionte haplonte, com presença de talos holocárpicos ou 
eucárpicos, monocêntricos ou policêntricos e, também, presença de isogamia. A 
ordem Monoblepharidales, por sua vez contém organismos com micélios bem 
desenvolvidos, com talos somente eucárpicos e um ciclo de vida com oogamia, 
semelhante a algumas algas. A ordem Neocallimastigales aloca fungos anaeróbicos 
obrigatórios, que vivem no interior do rúmen e intestino de herbívoros, auxiliando na 
digestão, uma vez que decompõe a matéria orgânica no interior do órgão desses 
animais. Seu ciclo de vida também é haplobionte haplonte, com talo somente 
eucárpico e sem reprodução sexuada, uma vez que não há registros de estágios 
sexuais desses indivíduos. Por último, a ordem Spizellomycetes que dispõe de 
organismos parasitas de algas, musgos, folhas e raízes, com ciclo de vida haplobionte 
haplonte e talo somente holocárpico (Barata, 2021). 
O filo Blasticladiomycota apresenta fungos de micélio verdadeiro, com gametas 
ou esporos flagelados. Seu ciclo é por meiose espórica com preseça de reprodução 
sexuada por fusão de gametas e assexuada por zoósporos. Além disso, se 
assemelham ao filo Chytridiomycota, por também apresentarem hifas cenocíticas, ou 
seja, hifas não compartimentadas. O filo Mucomycota possui duas subdivisões, sendo 
elas a Mucolares com representantes comumente chamados de morfo preto, que 
dispõem de uma reprodução assexuada com mitosporângios produzidos na 
extremidade do esporângióforo e uma reprodução sexuada através do zigosporângio 
e a subdivisão Glomeromycotina que não apresenta reprodução sexuada, possui hifas 
cenocíticas e possuem grande importância ecológica uma vez que formam micorrizas, 
auxiliando na fixação de plantas em ambientes poluídos e no controle de pragas e 
outros patógenos, além disso influênciam consideravelmente na diversidade dos 
vegetais. Por último, o filo Zoopagomycota que é subdividido em quatro ordens, onde 
a ordem Entomophthorales agrega parasitas de insetos ou saprófitas que crescem 
dentro do corpo de indivíduos, submergindo apenas, para produzir esporângios. A 
divisão Zoopagales, por sua vez, inclue organismos parasitas de fungos, nemátodos 
e amebas. A ordem kickxellales que difere dos demais grupos já falados, por 
apresentarem hifas regularmente septadas, ou seja, divididas em compartimentos 
separados por paredes tranversais. Por fim, a divisão Trichomycetes, com indivíduos 
comensais que vivem no intestino de artrópodes axuliando na digestão (Barata, 2021). 
Dando seguimento, o agrupamento Dikaria inclui os filos Ascomycota e 
Basidiomycota, que se diferem dos demais grupos apresentados, por possuírem hifas 
dicarióticas. O filo Ascomycota aloca fungos com micélios verdadeiros, hifas 
dicarióticas, pluricelulares com septos transversais incompletos. Seus indivíduos 
possuem duas formas de crescimento: hifas e leveduras, podendo um organismo ser 
dimórfico, ou seja, apresentar as duas formas, dependendo apenas, das condições 
do ambiente. Agora na reprodução sexuada, esse filo dispõe de estágios como a 
plasmogamia e cariogamia, além do surgimento de um ascocarpo, corpo de 
frutificação que pode assumir o formato de uma taça (apotecio), de uma garrafa 
(peritécio) ou de uma esfera (cleistotécio). Sobre as subdivisões, esse agrupamento 
possui três grandes linhagens, sendo elas a Taparinomycotina que inclui fungos 
parasitas, dimórficos e filamentosos, de reprodução assexuada através dos conídios 
(esporos formados por mitose). A linhagem Sacchatomycota, conhecida por incluir as 
leveduras verdadeiras, possuem apenas reprodução assexuada por meio de 
brotamento, uma vez que perderam o escoma ao longo da evolução. Por último a 
linhagem Pezizomycota que aloca indivíduos filamentosos produtores de esporocarpo 
e que apresentam diversas características marcantes como, a coloração e o tamanho 
disverso, podendo ser coloridos ou translúcidos, grandes ou minúsculos, parasitas ou 
não (Barata, 2021). 
A outra divisão do agrupamento Dikaria é a Basidiomycota que inclui fungos de 
micélio verdadeiro, com hifas pluricelulares compartimentadas transversalmente e 
agora, com a presença de um basidiocarpo como estrutura reprodutiva sexual, além 
disso possuem uma produção de esporos na parte inferior do corpo de frutificação, ao 
contrário da divisão Ascomycota que tem sua produção na zona superior do corpo de 
frutificação. Esse filo se subdivide em três grandes linhagens, sendo elas a linhagem 
Agaricomycotina que aloca 70% das espécies da divisão e podem possuir basídios 
com quatro ou oito esporos, com septos ou não. Um exemplo bem conhecido dessa 
linhagem é o gênero Amanita Sp. Que são os famosos cogumelos vermelhos com 
pintas brancas, aqueles que comumente aparecem em desenhos animados. Apesar 
de terem uma aparência bem convidativa e prazerosa aos olhos, essas estruturas 
reprodutivas são bastante perigosas, uma vez que a cor característica indica presença 
de toxinas extremamente nocivas a saúde. Dando seguimento, a linhagem 
Ustilaginomycotina é conhecida por incluir fungos parasitas de plantas, principalmente 
do milho, fazendo-o perder seu valor comercial. Ademais esses indivíduos possuem 
ciclo de vida do tipo alternância de gerações, um esporófito dominante, parasita e um 
gametófito do tipo saprófita ou levedura. Por fim, a linhagem Pucciniomycotina que 
também apresenta fungos parasitas, sendo obrigatórios ou não, que atacam plantas 
e causam doenças como a ferrugem, alterando o crescimento e a produção de frutos 
do vegetal (Barata, 2021). 
A importância ecológica dos fungos se dá por diversos motivos. Um dos 
motivos mais conhecido é a decomposição. Os fungos são importantes 
decompositores nacadeia alimentar, partcipando do ciclo de energia, uma vez que 
auxiliam nos ciclos biogeoquímicos devolvendo, por exemplo o Co2 para atmosfera e 
fazendo a reciclagem de matéria orgânica em excesso no ambiente. Outro motivo, 
são as relações simbióticas que os fungos realizam, como os liquens, associação 
entre fungos e algas e as micorrizas, relação entre a raiz de uma planta e uma espécie 
de fungos. Esse tipo de relação beneficia ambos organismos, uma vez que a planta 
ganha uma extensão de suas raízes e o fungo recebe nutrientes, além de também 
disponibilizar matéria inorgânica à planta. É válido lembrar que além de importância 
ecológica, os fungos desempenham forte importância econômica, na alimentação 
como fermento, trufas e cogumelos, na medicina como a produção de penicilina e na 
biorremediação, uma vez que possuem grande capacidade de adptação à ambientes 
com presença de materiais pesados no solo, fazendo assim a recuperação de áreas 
degradadas (Raven et al. 2014). 
Portanto, conclui-se o estudo do último grupo da divisão dos criptógamos, 
dando ênfase a sua grande importância ecológica e econômica quanto a 
decomposição, biorremediação e alimentação. É válido lembrar que apesar de serem 
comumente observados de forma parasita em alimentos e plantas, os fungos 
desempenham papel fundamental no funcionamento da vida por realizarem relações 
simbióticas e participarem fortemente dos ciclos biogeoquímicos da terra. Além disso, 
enfatiza-se o alerta quanto a algumas espécies, perante a sua toxicidade e a seu 
potencial alucinógeno, por isso, deve ser feito o estudo ou consulta com um 
profissional antes de manusear ou consumir qualquer corpo de frituficação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Referências 
 
BARATA, D. Fungos- importância ecológica. Disponível em:< 
https://drive.google.com/drive/folders/1sb_DW619h59rPG3ykkO1D1wOK9Xv7OIR> 
Acesso em: 01 de set. de 2021. 
 
 
BARATA, D. Oomycota, chytridiomycota, mucomycota e zoopagomycota- 
morfologia, biologia reprodutiva, sistemática e importância. Disponível em:< 
https://drive.google.com/drive/folders/1sb_DW619h59rPG3ykkO1D1wOK9Xv7OIR> 
Acesso em: 03 de set. de 2021. 
 
 
BARATA, D. Ascomycota e basidiomycota- morfologia, biologia 
reprodutiva, sistemática e importância. Disponível em:< 
https://drive.google.com/drive/folders/1sb_DW619h59rPG3ykkO1D1wOK9Xv7OIR> 
Acesso: 03 de set. de 2021. 
 
RAVEN et al. Biologia vegetal- fungos. Disponível em:< 
https://classroom.google.com/w/MzU2NjMzMjc2ODI3/t/all> Acesso em: 04 de set. de 
2021. 
 
 
https://drive.google.com/drive/folders/1sb_DW619h59rPG3ykkO1D1wOK9Xv7OIR
https://drive.google.com/drive/folders/1sb_DW619h59rPG3ykkO1D1wOK9Xv7OIR
https://drive.google.com/drive/folders/1sb_DW619h59rPG3ykkO1D1wOK9Xv7OIR
https://classroom.google.com/w/MzU2NjMzMjc2ODI3/t/all

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