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AULA 01 - CONCURSO DE PESSOAS

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DIREITO PENAL II
Prof. Geisa Santana
GRADUAÇÃO - DIREITO
Indicações Bibliográficas:
1 – Curso de Direito Penal - Rogério Grego
2 – Curso de Direito Penal – Guilherme Nucci
3 – Tratado de Direito Penal – Cezar Roberto Bitencourt
4 – Curso de Direito Penal Brasileiro – Luiz Regis Prado
DIREITO PENAL II
AULA 01 – CONCURSO DE PESSOAS
- Conceito
 É a cooperação de vários agentes para a prática de um delito e pode se desenvolver de duas formas: COAUTORIA e PARTICIPAÇÃO.
Na doutrina, tem-se definido o concurso de agentes como a reunião de duas ou mais pessoas, de forma consciente e voluntária, concorrendo ou colaborando para o cometimento de certa infração penal.
CONCURSO DE PESSOAS
Em nosso ordenamento, há inúmeras infrações penais que podem ser praticadas por uma só pessoa (ex.: art. 155 CP - furto) - são os chamados CRIMES UNISSUBJETIVOS; 
E outras que, exigem, no mínimo duas ou mais pessoas (ex.: art. 288 CP – associação criminosa – 3 ou mais pessoas / art. 35 da Lei 11.343 – associarem-se 2 ou mais pessoas...) – o qual chamamos de CRIMES PLURISSUBJETIVOS. 
CONCURSO DE PESSOAS
CONCURSO EVENTUAL X CONCURSO NECESSÁRIO
EVENTUAL - o tipo penal não exige que o fato seja praticado por mais de uma pessoa. Isso não impede, contudo, que eventualmente ele venha a ser praticado por mais de uma pessoa 
(Ex.: Furto, roubo, homicídio).
NECESSÁRIO - hipótese o tipo penal exige que a conduta seja praticada por mais de uma pessoa. Divide-se em: 
CONCURSO DE PESSOAS
a) condutas paralelas (crimes de conduta unilateral): Aqui os agentes praticam condutas dirigidas à obtenção da mesma finalidade criminosa (associação criminosa, art. 288 do CPP); 
b) condutas convergentes (crimes de conduta bilateral ou de encontro): Nesta modalidade os agentes praticam condutas que se encontram e produzem, juntas, o resultado pretendido (ex. Bigamia); 
c) condutas contrapostas: Neste caso os agentes praticam condutas uns contra os outros (ex. Crime de rixa);
CONCURSO DE PESSOAS
CONCURSO DE PESSOAS
CONCURS O DE PESSOAS
EVENTUAL
NECESSÁRIO
Condutas Paralelas
Condutas Convergentes
Condutas Contrapostas
TEORIAS SOBRE NATUREZA JURÍDICA DO CONCURSO DE PESSOAS
Teoria unitária (monista): O Código Penal adotou, via de regra, esta teoria, determinando que “havendo pluralidade de agentes, com diversidade de condutas, mas provocando apenas um resultado, há somente um delito”.
b) Teoria pluralista:  Para esta teoria cada pessoa responderia por um crime próprio, existindo tantos crimes quantos forem os participantes da conduta delituosa, já que a cada um corresponde uma conduta própria.
c) Teoria dualista: existem dois crimes, ou seja, um praticado pelos autores - que realizam a conduta típica emoldurada no ordenamento positivo e o outro praticado pelos partícipes, que desenvolvem uma atividade secundária.
REQUISITOS DO CONCURSO DE PESSOAS
PLURALIDADE DE AGENTES E DE CONDUTAS
RELEVÂNCIA CAUSAL DAS CONDUTAS
VÍNCULO SUBJETIVO / LIAME SUBJETIVO
IDENTIDADE DE FATO
EXISTÊNCIA FATO PUNÍVEL
TEORIAS PARA DEFINIR CONCEITO DE AUTOR
	a) Teoria Extensiva
	b) Teoria Subjetiva ou Unitária
	c) Teoria Restritiva
AUTORIA
1) Individual
2) Coletiva
3) Imediata
4) Mediata
5) Colateral
6) Incerta (ou autoria com resultado incerto) – Autoria Colateral
7) Incerta ou Ignorada
8) Complementar ou Acessória
AUTORIA
	
	Teoria Objetivo-Formal - autor é quem realiza a conduta prevista no núcleo do tipo, sendo partícipes todos os outros que colaboraram para isso, mas não realizaram a conduta descrita no núcleo do tipo. 
	Teoria Objetivo-Material - autor é quem colabora com participação de maior importância para o crime, e partícipe é quem colabora com participação reduzida, independentemente de quem pratica o núcleo do tipo.
	Teoria do Domínio Final do Fato - criada pelo pai do finalismo, Hans Welzel, e posteriormente desenvolvida por Claus Roxin, defende que autor é todo aquele que possui o domínio da conduta criminosa, seja ele o executor (quem pratica a conduta prevista no núcleo do tipo) ou não.
DIFERENCIAÇÃO ENTRE AUTOR E PARTÍCIPE
	
	A teoria adotada pelo CP é a teoria objetivo-formal, considerando autor aquele que realiza a conduta descrita no núcleo do tipo, já que denota sua “vontade de autor” (animus auctoris), em contraposição à “vontade de colaboração” do partícipe (animus socii). Entretanto, considera-se adotada a teoria do domínio do fato para os crimes em que há autoria mediata, autoria intelectual, etc., de forma a complementar a teoria adotada.
DIFERENCIAÇÃO ENTRE AUTOR E PARTÍCIPE
	
De acordo com a teoria monista adotada pelo CP, art. 29, caput, no concurso de pessoas há pluralidade de agentes e unidade de crime.
Assim, todos os envolvidos em uma infração penal são por ela responsáveis.
Contudo, a identidade de crimes não importa em identidade de penas. O CP, art. 29 curvou-se ao princípio da culpabilidade, empregando o termo "na medida da sua culpabilidade".
RESPONSABILIDADE PENAL NO CONCURSO DE PESSOAS
FIM

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