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PLANO DE AÇÃO - OK

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Universidade Federal de Minas Gerais
Fórum Estadual Permanente de Educação de Minas Gerais
Cursistas: 
Agnes de Oliveira Vasconcelos – MASP: 1062253-8
Alessandro Brito Lemos – MASP: 1408976-7
Caetano Ingraci – MASP: 547571-0
Dilza Aparecida de Castro Farah – MASP: 478019-3
Edson de Souza – MASP: 1051548-4
Maria de Lourdes Souza Lemos Reis – MASP: 878160-1
Marlene Ribeiro da Silva – MASP: 868346-8
Rocino Almeida Sousa – MASP: 1287152-1
Ruller José Rodrigues – MASP: 1358235-8
Vanessa Regina da Cruz – MASP: 1326174-8
Vânia Maria Silveira Rattis – MASP: 1009590-9
Trabalho de Conclusão do Curso Formação Continuada com Trabalhadores em Educação da Rede Estadual na EJA – CREEJA, em formato de PLANO DE AÇÃO como requisito parcial para obtenção de certificado de conclusão.
Passos
Centro Estadual de Educação Continuada – CESEC – Dona Emília Leal
2021
I. INTRODUÇÃO
1. Apresentação
O Centro Estadual de Educação Continuada (CESEC) Dona Emília Leal é uma escola que faz parte da Rede Estadual de Ensino e oferta à comunidade os anos Finais do Ensino Fundamental e o Ensino Médio, ministrados em regime semipresencial. A referida escola faz parte da Superintendência Regional de Ensino Passos. 
Segundo o censo escolar de 2018, o CESEC conta com 1009 alunos matriculados, sendo que 52% destes estudantes são do sexo masculino e 48% do sexo feminino. Além disso, os educandos apresentam uma grande diversidade étnica e social, sendo muitos destes estudantes, jovens e adultos que não tiveram possibilidades e oportunidades de completar os estudos na idade prevista.
O CESEC Dona Emília Leal oferece também, por meio da Banca Permanente de Avaliação, Exames Especiais para conclusão do Ensino Fundamental e do Ensino Médio, a candidatos que tenham urgência na conclusão desses níveis para darem continuidade aos estudos ou para inserção no mercado de trabalho. São atendidos candidatos de Passos, da região e até mesmo de outros estados. 
A missão principal do CESEC é atender as necessidades do aluno que não pôde concluir os estudos na faixa etária condizente com a escolaridade. A escola procura integrar o aluno na sociedade, por meio de atividades diversificadas, aproveitando a bagagem de conhecimentos e experiências vivenciadas pelos alunos.
O papel da nossa escola é promover práticas transformadoras que garantam a aprendizagem e o desenvolvimento das habilidades e competências dos estudantes através de projetos e trabalhos interdisciplinares, oficinas, empreendedorismo, aproximação maior entre o objeto estudado e a realidade.
Na escola CESEC, o sistema de ensino é semipresencial e o aluno deve cumprir a carga horária mínima de 16 (dezesseis) horas por componente curricular. Este é um fator que contribui para baixa taxa de abandono escolar e infrequência, porém aspectos de origem pessoal como gravidez, separação, mudanças de horário de trabalho, frequentemente representam desafios no tocante à evasão escolar.
Tendo em vista a realidade atual mundial, frente à pandemia do COVID-19, muitos setores da sociedade foram afetados, entre eles a educação e seu modelo tradicional, que tiveram de passar por adaptações significativas para atender às necessidades coletivas e individuais da sociedade. A grande maioria das escolas adotou o ensino remoto, assim como o CESEC Dona Emília Leal, vendo nele um instrumento para garantir a continuidade do processo de ensino-aprendizagem. 
O ensino remoto deixou ainda mais evidente a grande desigualdade social com a qual se convive todos os dias: nem todos os estudantes têm acesso às tecnologias de informação, bem como carecem de conhecimentos específicos para utilizar aplicativos e plataformas digitais. E esse é um dos pontos que contribuiu para que houvesse um aumento significativo da infrequência e evasão escolar durante as aulas remotas, principalmente tendo em vista a falta de acesso à internet e às mídias sociais. 
Sendo assim, buscando elaborar estratégias para minimizar estes impactos negativos na educação, o presente plano de ação, elaborado por docentes e demais agentes da equipe pedagógica escolar tem como objetivo, desenvolver um trabalho que proporcione a capacitação tecnológica dos educandos do CESEC Dona Emília Leal, promovendo transformações sociais por meio da educação, além desenvolver no ensino remoto e, posteriormente, no presencial, aulas utilizando as metodologias ativas. 
Estas ações podem contribuir para que os alunos tornem-se indivíduos capazes de construir seu conhecimento. Todos os sujeitos da escola foram envolvidos no processo de elaboração deste plano e no desenvolvimento das ideias para criar um ambiente escolar que estimule a autonomia e formação cidadã dos educandos.
2. Justificativa
A escola tem um papel fundamental na formação da sociedade é por meio dela que crianças e jovens têm um primeiro contato com o mundo exterior fora do seu núcleo familiar, é onde são formados os primeiros vínculos sociais, e onde os alunos são preparados para se tornarem futuros cidadãos e membros presentes e atuantes da comunidade e de seu meio de convívio.
Ao longo dos anos, muitos estudos foram publicados no sentido de correlacionar a importância dos níveis de escolaridade no progresso econômico e na melhora dos índices de desenvolvimento de um país. Países com um alto volume de população escolarizada são capazes de proporcionar um bem-estar social muito melhor para sua população. O índice de escolaridade de um país está diretamente ligado à ocorrência de maiores remunerações, maior renda per capita, menores taxas de desemprego, o que torna a capacidade produtiva de um país mais pujante.
No entanto, não são só nos indicadores econômicos que a escolaridade demonstra ter impacto, mas também em índices de segurança, redução da criminalidade, melhores números de saúde e controle de doenças, entre outros. À vista de tais fatos, no caminho para a construção de um país e uma sociedade com melhores indicadores existem muitas dificuldades e desafios, como por exemplo: os altos índices de evasão e infrequência escolar e, por isso, destaca-se a importância dessa pesquisa. 
O ano de 2020 trouxe um novo desafio a ser superado: a pandemia do Coronavírus. O vírus fez com que se criasse toda uma nova dinâmica social, quebrando vários paradigmas e fazendo com que as pessoas tivessem que se adaptar aos novos modos de viver, conviver, trabalhar e estudar. O trabalho/estudo remoto se tornou, repentinamente, uma realidade o que acabou adicionando mais uma difícil variável no controle e manejo da evasão escolar.
Diante da notória importância de se ter bons níveis de escolaridade agora e no desenvolvimento futuro do país, é imprescindível que a escola, os professores, o poder público, reafirmem e trabalhem para que a sociedade como um todo continue percebendo o valor da educação para sua população. 
Desse modo, essa pesquisa se justifica na necessidade de entender a razão que leva os alunos a se afastarem da escola, a não terminarem os estudos e a pararem de frequentar as aulas. Esse entendimento é essencial para se chegar a um diagnóstico e, consequentemente, na criação de soluções para amenizar este cenário, sendo o papel da gestão escolar extremamente necessário. 
A partir de um mapeamento de causas e da construção de um olhar que identifica, valoriza e entende as peculiaridades e dificuldades pelas quais os alunos que compõem a escola passam, a administração juntamente com o corpo docente consegue atuar com foco para a implementação de medidas que ajudam a impedir ou reduzir as taxas de evasão escolar, sendo ainda mais preponderante na atual realidade, em que o distanciamento e as estratégias remotas se tornaram parte do cotidiano e podem acabar intensificando os casos de evasão e infrequência.
3. Intencionalidade
A modalidade em que se aplica a educação de jovens e adultos apresenta em seu cenário uma constante preocupação para toda equipe escolar em relação ao considerável nível de abandono e a posterior evasão de seus educandos. Vários fatores podem ser apontados como motivadores desta situação:a incompatibilidade de tempo para frequentar as aulas, a falta de adaptação com os conteúdos apresentados nos componentes curriculares ou ainda a necessidade imediata de produzir renda para o sustento familiar. 
Muitos desses fatores são externos e a escola não consegue interferir diretamente e produzir resultados imediatos, mas, cabe a toda equipe escolar propor ações que possam mitigar essa situação e incentivar os alunos a vencer todo o percurso do processo. 
Nesse período de pandemia da Covid – 19 foi observado, no CESEC Dona Emília Leal, um desempenho positivo e satisfatório em relação ao desafio de proporcionar atividades educativas aos educandos por ensino remoto. No entanto, ao mesmo tempo, uma parcela dos educandos, não assimilou as mudanças, teve dificuldades e não conseguiu sucesso no que lhe foi proposto como atividades educacionais, observou-se ainda que, mesmo aqueles que têm acesso a meios tecnológicos de qualidade não se adaptaram ao novo tipo de ensino e destaca-se também que muitos alunos não participaram do REANP (Regime Especial de Atividades Não Presenciais) devido à falta de acessibilidade e conhecimento tecnológico.
Desta forma, este plano de ação foi elaborado com a intenção de promover mudanças significativas na forma de ensino e muitos são os elementos que darão condições aos alunos de poderem concluir seus estudos com sucesso, como capacitação tecnológica e uso de metodologias ativas no desenvolvimento das aulas.
Ressalta-se que o planejamento escolar é elemento primordial na criação de novas ideias, atitudes e ações que levam a combater a evasão escolar, bem como, estar em consonância com as mudanças estruturais e pedagógicas, como reporta Paulo Freire: 
O planejamento é um alicerce fundamental para a construção de uma “educação corajosa, [...] de uma educação que leve o homem a uma nova postura de seu tempo e espaço. (FREIRE, 2011, p. 122).
Portanto, com o levantamento dos problemas que levam à evasão escolar pretende-se com este plano de ação, colocar em efetividade no planejamento escolar durante o ensino remoto e ações como formas saneadoras da infrequência e evasão escolar. 
II. DESENVOLVIMENTO
2.1 Capacitação Tecnológica e Uso de Metodologias Ativas
O ensino remoto é uma medida extraordinária de caráter emergencial e temporário, aprovada pelo MEC, para que as instituições de ensino cumpram o cronograma de ensino das aulas presenciais durante a pandemia. A promoção do ensino remoto pode ocorrer através da transmissão de conteúdos por TV, rádio ou canal digital estatal e ou por aplicativos de mensagens, buscando atender um número significativo de estudantes. (ARRUDA, 2020).
A educação remota refere-se a uma educação que também se embasa na tecnologia, mas apresentando as mesmas estruturas do ensino presencial, com o desenvolvimento de atividades síncronas e assíncronas. As aulas remotas assíncronas são as que não há interação entre docentes e discentes ao mesmo tempo. E as aulas remotas síncronas, os agentes da educação, professores e alunos, estão conectados ao mesmo tempo em um ambiente de aula virtual. (JUNIOR; CAMPOS; RAMOS, 2020).
O termo ensino remoto ficou evidente na atual situação em que o mundo atravessa em meio à pandemia do COVID-19. Esta estratégia foi utilizada para garantir a continuidade do processo educacional e foi colocada em prática para diminuir o distanciamento social e a rápida transmissão do Coronavírus.
Silva, Formanski e Silva (2020) citam que aulas e experimentações remotas permitem trabalhar a teoria e prática através do uso da internet, atendendo estudantes dos mais diferentes estabelecimentos institucionais. 
Hogdes et al (2020) ainda afirma que a educação remota é uma transformação alternativa e imediata para a entrega dos conteúdos curriculares, que envolve a utilização de soluções para levar o aprendizado, elaborado previamente para ser transmitido no formato presencial.
Assim, professores e alunos advindos do sistema de ensino presencial tiveram que reinventar-se para conseguir repassar os conteúdos de forma diferenciada, buscando atender um número significativo de alunos. No entanto, as escolas da rede pública presenciaram durante o ensino remoto, um grande aumento do índice de evasão escolar e infrequência e isso demonstra que o ensino remoto, não conseguiu atender as necessidades educacionais de muitos educandos, pois ao longo do ano de 2020, tornou-se um processo maçante e repetitivo.
Desta forma, foi preciso pensar, debater e dialogar sobre estratégias, que possam ajudar na reformulação do ensino remoto e assim minimizar a evasão e infrequência escolar.
No Centro Estadual de Educação Continuada (CESEC) Dona Emília Leal, durante o ensino remoto, teve-se a percepção de que uma parcela dos educandos tem/tive dificuldades de acompanhar as atividades remotas, isto devido à falta de conhecimento tecnológico, o que contribuiu para aumentar a infrequência durantes as aulas remotas e até mesmo provocando o abandono escolar. 
Dificuldades como abrir links de vídeos e avaliações, bem como a forma de enviar trabalhos para correção, foram alguns dos apontamentos observados pela equipe pedagógica. Diante destas atuais situações vivenciadas, tempos em que a ansiedade, o medo, a insegurança e a incerteza tomam conta da maioria da população, é preciso com esta dificuldade presente, encontrem-se novos caminhos e busquem-se novas possibilidades. 
Quando as escolas passaram a oferecer aulas remotas, tornou-se imprescindível a apropriação das tecnologias educacionais por parte dos professores. Dessa forma, “adaptabilidade” teve que ser a palavra para encararmos essa transição. Diante desse novo cenário, nunca ouve-se tanto a palavra “reinventar”. A adaptação a uma nova rotina sempre nos afeta. Nunca antes houve a oportunidade de ver tantos educadores unidos no mundo digital para compartilhar práticas, experiências bem sucedidas, tirar dúvidas e tão dispostos a aprender uns com os outros. Mas o que dizer dos alunos no CESEC?
É importante destacar que nesta limitação de aulas presenciais, o “on-line” passou a ser o ponto focal, principal, nesse processo de ensino-aprendizagem. A busca ativa por parte dos Professores e Direção foi o ponto de partida inicial. Alguns problemas encontrados foram aqueles em que o aluno tinha o dispositivo eletrônico, mas não possuía a ferramenta dentro deste dispositivo, como o aplicativo de mensagens (WhatsApp), plataforma pela qual as atividades são disponibilizadas pelos professores. Houve vários casos relatados pela escola nesta situação.
 Diante disso, a escola precisa realizar uma busca detalhada sobre esses alunos e avaliar a necessidade de se dar orientações sobre como usar esses aplicativos ou que os incentive a buscarem tal orientação, ressaltando a importância disto. Em outra situação, também há aqueles alunos que se encontram morando em locais afastados, como em zonas rurais, onde há muita dificuldade na conexão ou sinal digital. Neste caso, a escola pode e deve disponibilizar as atividades impressas, de modo que o aluno se aproprie do conhecimento. Estas ações, em conjunto com professores e coordenação, serão muito bem-vindas, assegurando ao educando o acesso à construção de seu conhecimento.
Assim como alguns de nós, que a princípio nos vimos na necessidade de buscarmos orientações a respeito dessas tecnologias, constatou-se também algumas inseguranças por parte de alguns educandos. Quando nos referimos a “insegurança”, ressaltamos um certo temor, receio, medo. Nesta questão, vale lembrar:
O Ensino mediado pelas tecnologias digitais redimensiona os papéis de todos os envolvidos no processo educacional. Novos procedimentos pedagógicos são exigidos. Em um mundo que muda rapidamente, professores procuram auxiliar seus alunos a analisar situações complexas e inesperadas; a desenvolver a criatividade; a utilizar outros tipos de “racionalidade”: a imaginação criadora, a sensibilidade tátil, visual e auditiva, entre outras. O respeito às diferenças e o sentido de responsabilidade são outros aspectos que osprofessores procuram trabalhar com seus alunos – cidadãos do país e do mundo é uma necessidade advinda com as parcerias nos projetos educacionais em rede”. (KENSKI, 2003, p.64)
Portanto, há a necessidade de sempre buscar conhecimento por parte dos educadores, para que esses, por sua vez, possam “auxiliar seus alunos” na manutenção e gerenciamento deste sistema remoto. Destacamos aqui que o “retorno” por parte do aluno deve ser sua confiança e apropriação do que lhe foi confiado por parte do educador, proporcionando-lhe serenidade na continuidade de seus estudos. Lembramos aqui que isso é um processo contínuo, tendo em vista as necessidades de nossos educandos.
Outras estratégias que o plano de ação propõe é que, durante o ensino remoto e ensino presencial, sejam adotadas, no desenvolvimento das aulas, metodologias ativas. A adoção das metodologias ativas pelo docente da educação básica pode ser um recurso importante para desenvolvimento participativo do aluno no seu processo educativo. 
As metodologias ativas consistem em dar protagonismo ao aluno no seu processo de ensino-aprendizagem, podendo contribuir significativamente na elaboração de um currículo escolar, que introduza no âmbito educacional a inovação, com diferentes recursos e ferramentas, potencializando as ações de ensino-aprendizagem, dando sentido a educação.
De acordo com Moran (2017, p.2)
Metodologias ativas são estratégias de ensino centradas na participação efetiva dos estudantes na construção do processo de aprendizagem, de forma flexível, interligada, híbrida. As metodologias ativas num mundo conectado e digital se expressam através de modelos de ensino híbridos, com muitas possíveis combinações. A junção de metodologias ativas com modelos flexíveis, híbridos traz contribuições importantes para a o desenho de soluções atuais para os aprendizes de hoje.
A BNCC defende a proposta do uso prioritário de metodologias ativas em todos os componentes curriculares e apresenta competências que deixam claro que os conhecimentos adquiridos na educação devem colaborar para construção de uma sociedade crítica, justa e democrática.
A elaboração deste plano de ação pretende que os agentes sociais da educação, adequem-se à nova realidade, para que o processo educativo favoreça os educandos no âmbito escolar e para a vida em sociedade, capacitando-os para serem cidadãos com iniciativa para buscar uma melhor qualidade de vida.
2.2 Intencionalidade para os educandos
Nos últimos anos percebe-se a importância da educação na formação cidadã. Muitos adultos que na época certa não concluíram a educação básica procuram o CESEC ou escolas que ofertam a educação de jovens em adultos (EJA), para terem a oportunidade de dar continuidade aos estudos. Essa modalidade de ensino é um ótimo caminho para jovens e adultos que têm o desejo de voltar a estudar. 
No entanto, com a pandemia, a educação teve que se reinventar, o ensino presencial passou a ser remoto e com isso as dificuldades tecnológicas enfrentadas por educandos e educadores tornou-se evidente no âmbito educacional. Mesmo estas dificuldades sendo um grande desafio, mostraram-se extremamente importante no campo do desenvolvimento pedagógico. 
A elaboração deste plano de ação pretende traçar estratégias, com participação de educandos, educadores e demais sujeitos do campo pedagógico que permitam a atingir a solucionar o problema proposto. O desenvolvimento destas estratégias deve procurar responder os seguintes questionamentos: O que leva o educando a abandonar seus estudos? Quais são as dificuldades encontradas no processo de ensino-aprendizagem durante o REANP? Como a escola pode ajudar os alunos a se adaptar ao uso das tecnologias? 
O desenvolvimento deste trabalho busca conscientizar e sensibilizar os educandos a não pararem e não desistirem dos estudos. É fundamental que os educandos sejam instigados e incentivados a participar de ações que vão proporcionar melhor conhecimento sobre o mundo tecnológico e, assim, serem estimulados a não parar seus estudos. De acordo com Durante (2020)
“Agir com intenção é sinal de consciência do que se está fazendo e isto se aplica as ações pedagógicas em sala de aula. Intencionalidade pedagógica é ir além do simples planejamento de conteúdos. É agir de forma adequada para se alcançar objetivos que são essenciais no processo ensino-aprendizagem. O ato de ensinar e aprender requer olhar e cuidados pedagógicos, em tese, por ter intenções a serem contempladas.” 
A intencionalidade deste trabalho para com os educandos é promover uma visão transformadora sobre o uso de recursos tecnológicos no campo educativo e, com isso, demonstrar como as dificuldades enfrentadas na obtenção e assimilação de conhecimentos, podem ser minimizadas, desde que aluno, professor e escola dialoguem e busquem estratégias que possam proporcionar no processo de ensino-aprendizagem ações que possibilitem alinhar a tecnologia e a educação.
2.3 Sequência Didática
Para iniciar o desenvolvimento deste plano de ação será utilizada a entrevista semiestruturada, a qual aproxima os fatos ocorridos na realidade da teoria sobre o assunto que está sendo analisado. (Minayo,1996).
Para Manzini (1990/1991, p. 154),
A entrevista semiestruturada está focalizada em um assunto sobre o qual elaboram um roteiro com perguntas principais, complementadas por outras questões inerentes às circunstâncias momentâneas à entrevista. Para o autor, esse tipo de entrevista pode fazer emergir informações de forma mais livre e as respostas não estão condicionadas a uma padronização de alternativas.
A entrevista será realizada através de um formulário criado no Google Forms, a fim de facilitar que os alunos participem da pesquisa e seja mantido o distanciamento social, necessário em virtude da pandemia do COVID-19. 
A entrevista semiestruturada será elaborada a partir de um roteiro de questões abertas, com possibilidade de inclusão de novas perguntas, garantindo flexibilidade ao entrevistador para direcionar a pesquisa conforme os interesses definidos. As perguntas terão por objetivo compreender a experiência subjetiva dos alunos acerca do ensino remoto. A partir da coleta e tratamento dos dados obtidos, será possível definir as estratégias para aprimorar o ensino a distância e minimizar as barreiras que dificultam a aprendizagem nessa modalidade de ensino.
A entrevista semiestruturada será composta pelas seguintes perguntas principais:
Quadro 01 – Entrevista Semiestruturada
	Questões da Entrevista Semiestruturada
	1) Você acredita que o ensino remoto é eficaz?
	2) O ensino remoto auxiliou o seu processo de aprendizagem?
	3) Como foi seu rendimento no modelo de ensino remoto? Melhorei meu ritmo de estudo ou produzi menos? 
	4) Por ser em um meio digital, você achou que houve mais distrações durante seus estudos? Exemplo: acesso a redes sociais.
	5) Sobre os recursos digitais utilizados, você já tinha experiência com os equipamentos eletrônicos ou essa experiência foi adquirida ao longo do processo educacional?
	6) Ainda sobre os recursos digitais, você achou adequadas as plataformas utilizadas?
	7) A flexibilidade inerente ao ensino remoto foi um fator positivo? Ou negativo?
	8) As avaliações são eficazes nessa modalidade de ensino (provas on-line – plataforma forms)?
	9) O atendimento remoto dos professores foi satisfatório? Auxiliou os seus estudos? Suas dúvidas foram sanadas?
	10) Você considera importante a oferta de atividades não presenciais, ainda que fora do contexto de restrições sanitárias?
	11) Quanto à organização das atividades oferecidas, em um panorama geral, como você as classifica: Satisfatórias, razoáveis ou insatisfatórias?
	12) Você prefere o modelo presencial ou o modelo remoto?
	13) Para você o que pode ser melhorado? Dê suas sugestões.
Os dados obtidos permitirão identificar as principais dificuldades dos educandos com o ensino remoto, fornecendo substrato para que sejam adotadas medidas a fim de eliminar ou minimizar essas barreiras,com o objetivo de atender a um número cada vez mais significativo de estudantes, como também diminuir os índices de evasão escolar e infrequência.
Após o levantamento dos dados da entrevista semiestruturada, será colocada em prática a primeira estratégia - Capacitação Tecnológica remota para os educandos. Para desenvolvimento desta estratégia, é preciso buscar parcerias. Sendo assim, o CESEC Dona Emília Leal com apoio da SRE Passos, irá buscar parceria com a Universidade do Estado de Minas Gerais – Unidade Passos (UEMG Passos), principalmente com professores e estudantes do curso de Sistema de Informação para que esta capacitação seja realizada. A proposta será apresentada na forma de projeto e com isso irá se definir como e quando ocorrerá a capacitação.
Para dar início a primeira ação deste plano - Capacitação Tecnológica Remota para alunos da EJA - os docentes deverão criar um grupo de Whatsapp para a sua disciplina e adicionar os alunos que estão cursando o seu componente curricular, objetivando proporcionar um novo espaço de comunicação, interação, debate e partilha de ideias, opiniões e dúvidas, sobre assuntos curriculares, entre os sujeitos.
Segundo Dockhorn e Domingues (2020), as redes sociais são excelentes ferramentas de promoção da aprendizagem colaborativa, na medida em que incrementam a motivação de todos os participantes no grupo para os objetivos e conteúdos de aprendizagem.
Numa primeira fase, o professor deve-se prender à sua apresentação pessoal e explicação de sua metodologia e desenvolvimento dos estudos de seu componente curricular bem como sobre as regras escolares que regem todo o processo no REANP.
A segunda fase compreende a apresentação, via grupo do aplicativo, de vídeos tutoriais, gravados anteriormente pelo corpo docente-pedagógico, sobre o uso das ferramentas digitais a serem utilizadas durante todo percurso do processo de ensino-aprendizagem, como por exemplo: responder questionários diagnósticos e avaliações formativas, apresentados em forma de formulários onl-ine; utilização de links de vídeos, atividades e avaliações digitais; conversão de arquivos em PDF, envio de e-mails, entre outros. 
Com base nas discussões realizadas entre os docentes e demais componentes da equipe pedagógica do CESEC Dona Emília Leal foram propostas ações para desenvolver aulas utilizando metodologias ativas, com intuito de melhorar o desempenho escolar dos alunos, bem como aumentar seu interesse pelo processo educativo.
A priori, serão desenvolvidos pequenos projetos interdisciplinares, tendo em vista que a aprendizagem baseada em projetos proporciona a elaboração de estratégias diversificadas que podem trabalhar as vivências diárias dos alunos, tornando-os críticos e investigativos na resolução de problemas. Conforme Berbel (2011), o método de projetos pode possibilitar uma aprendizagem real, significativa, despertando a iniciativa e responsabilidade, estimulando a inserção social e profissional.
A sala de aula invertida é uma metodologia ativa, que também poderá ser adaptada para o ensino remoto e presencial. Esta é uma metodologia que exige que o docente antes da aula, disponibilize para os alunos por meio das mídias, vídeos, podcasts, áudios, jogos, textos de apoio e afins. Silva, Pesce & Netto (2018), citam que o objetivo principal da sala invertida é possibilitar aos alunos acesso prévio ao material de estudo e com isso possam ser capazes de discutir, debater e levantar questionamentos sobre os assuntos.
Esta é uma estratégia que poderá dar início a 3° fase do plano de ação. Esta etapa deve ser dedicada à introdução no grupo do Whatsapp de materiais e recursos específicos de desenvolvimento e apoio aos conteúdos programáticos, seguindo como exemplos: plano e roteiro de estudos, apresentações eletrônicas, referências web, observações e divulgações das atividades e projetos interdisciplinares. O educador poderá utilizar também, postagens de sugestões a web sites, conteúdo multimídia, eventos, reflexões sobre as leituras realizadas, comentários, observações e sugestões de pesquisa e atividades (aplicação prática semanal da sala de aula invertida).
Estas estratégias - Capacitação Tecnológica e Adoção metodologias ativas durante o ensino remoto – serão desenvolvidas com os educandos do CESEC Dona Emília Leal, buscando proporcionar uma educação mais significativa. 
As ações propostas serão realizadas semanalmente, sendo que a Capacitação Tecnológica, irá ocorrer conforme a disponibilidade da parceria envolvida e o uso das metodologias ativas ocorrerá durante uma ou duas aulas na semana, sendo os professores de cada componente curricular, responsáveis por desenvolver a sua aula. Abaixo, segue o quadro com o cronograma para o desenvolvimento deste plano de ação.
Quadro 02 – Cronograma das ações do plano de Ação
	
MÊS
	
AÇÕES
	
MARÇO
	- Levantamento com o educandos sobre as dificuldades enfrentadas durante o ensino remoto.
- Contato com a UEMG na busca de parceria para desenvolvimento da Capacitação Tecnológica.
- Elaboração de um projeto interdisciplinar sobre Vacinação.
	ABRIL
	- Início da capacitação tecnológica com os educandos.
- Aulas em todos componentes curriculares utilizando a metodologia ativa – Sala Invertida (Semanalmente)
- Elaboração de um projeto interdisciplinar sobre a importância de uma Educação Profissional.
	MAIO
	- Capacitação Tecnológica com os Educandos.
Aulas em todos componentes curriculares utilizando a metodologia ativa – Sala Invertida (Semanalmente)
- Elaboração de um projeto interdisciplinar sobre a História e Cultura Africana.
	JUNHO
	- Capacitação Tecnológica com os Educandos.
- Aulas em todos componentes curriculares utilizando a metodologia ativa – Sala Invertida (Semanalmente)
- Elaboração de um projeto interdisciplinar sobre Culturas e Regionalismo.
	JULHO
	- Capacitação Tecnológica com os Educandos.
- Aulas em todos componentes curriculares utilizando a metodologia ativa – Sala Invertida (Semanalmente)
- Elaboração de um projeto interdisciplinar sobre Inteligência Emocional.
	AGOSTO
	- Capacitação Tecnológica com os Educandos.
- Aulas em todos componentes curriculares utilizando a metodologia ativa – Sala Invertida (Semanalmente)
- Elaboração de um projeto interdisciplinar sobre Linguagens e expressões.
O Plano de ação será apresentado aos alunos por meio das mídias sociais, Facebook e Grupos de WhatsApp da escola. Isto ocorrerá em três momentos: 
No 1º momento haverá a divulgação de um vídeo-convite enviado pelos grupos de WhatsApp e Facebook com o objetivo de chamar a atenção e o interesse deles para conhecer o plano de ação. 
No 2º momento, será feita uma palestra motivacional on-line para explicar como serão as estratégias de Capacitação Tecnológica e Adoção das metodologias ativas durante o ensino remoto.
O 3º momento ocorrerá por meio de um formulário de inscrição para as capacitações tecnológicas, que serão divulgados nos grupos de WhatsApp de cada conteúdo curricular. 
2.4 A importância da Sequência Didática Proposta
Precebe-se, há décadas, constantes mudanças dos processos de ensino-aprendizagem, em que o estudante assume um papel mais ativo na construção das suas aprendizagens, cabendo ao docente conduzir de maneira facilitadora esse processo. Estas alterações enquadram-se numa mudança de paradigma educacional, em que se procura passar de processo de ensino-aprendizagem autoritário, hierárquico e completamente técnico, associado a objetivos avaliativos normativos, para um processo de ensino-aprendizagem mais crítico, reflexivo e reconstrutivo, que valoriza, essencialmente, o estudante e a sua aprendizagem, de forma mais libertadora.
Com a pandemia, o isolamento e distanciamento social, medidas extremamente necessárias na tentativa de controle da disseminação desenfreada da Covid-19, promoveram transformações econômicas severas imediatas. A parada obrigatória de inúmeros setores modificaram nossa relação também no âmbito escolar, devido à ausência do compartilhamento presencial de experiências em sala de aula, promoveram desconstruçõese reconstruções sob a forma como o ensino e a aprendizagem são vistos socialmente.
Neste contexto, as escolas, reconhecidamente instituições de controle e conformação de corações e mentes, necessitaram dar respostas rápidas e minimamente satisfatórias para as novas demandas de instrumentalização, que são contínuas e permanentemente apresentadas pelo mercado e que implicam na formação de um profissional docilizado e flexível para as constantes mutabilidades do mundo do trabalho e do capital globalizado (Leal; Santos, 2015).
Esses autores ainda afirmam que neste implícito “pacto social”, cabe aos docentes à responsabilidade pela mediação deste processo, para a qual, contudo, não podem mais contar com a primazia de serem os detentores inequívocos do conhecimento intelectualizado. Surge, pois, a necessidade de adaptar-se a um contexto epistêmico e relacional, mediatizado pela tecnologia, no qual são considerados migrantes digitais, e em cuja relação com as TDICs pautam-se pelo estranhamento e pelas dificuldades de adaptação, ao passo que seus alunos, nativos digitais em um mundo em permanente mutação, coexistem em um lócus iluminista com o qual não são mais capazes de se identificar.
Entretanto, quando pensa-se na Educação de Jovens e Adultos (EJA), essa facilidade digital nativa não é tão evidente em todos os sujeitos desse processo, como afirmam os autores no trecho destacado anteriormente, já que nesta modalidade estão inseridos basicamente, três públicos bem distintos, no que se pauta, às competências e habilidades tecnológicas desenvolvidas: Jovens, Adultos e Idosos.
Pensando neste contexto e na tentativa de atender às demandas criadas pelo REANP (regime especial de atividades não presenciais), o corpo docente-pedagógico do CESEC – Dona Emília Leal, cria a Capacitação Tecnológica Remota para alunos da EJA.
Para Ebeling (2014), deve-se avaliar as potencialidades de contextos espontâneos e informais que ocorrem na internet, pois a aprendizagem informal, em virtude da utilização generalizada de redes sociais, está a despertar grande atenção por parte dos indivíduos, podendo proporcionar várias vantagens para o contexto educacional, como a personalização, a colaboração, a partilha de informação, a participação ativa e o trabalho colaborativo.
Em vista de vários de nossos alunos terem maior dificuldade com as linguagens digitais e até mesmo acesso reduzido às novas tecnologias, faz-se necessário uma intervenção especial neste cenário de pandemia. Procurar identificá-los, mapeando suas principais demandas e desenvolver uma estratégia de ação que traga a estes educandos um conhecimento prático das ferramentas tecnológicas, a fim de ampliar seu contato com a riqueza do acesso à informação na atualidade foi o principal objetivo desta proposta. A interação com os meios digitais e tecnológicos trazem grande flexibilidade à prática educativa, sendo estímulo ao processo de construção de conhecimento em qualquer área e tem se tornado imprescindível para este “novo normal”. 
Neste Plano de Ação específico houve a necessidade de usar uma metodologia estrutural fundamentada no conteúdo emergente do momento, que é a capacitação digital destes alunos, mas há também o peso da urgência de formar cidadãos críticos, já que esta cultura de internet “informa” até demais. No entanto, como diz FREIRE (1978), “esperança não é pura espera, nem espera vã, é espera do que virá pela atitude prática.” 
Desta forma, foi montado, além do programa de capacitação digital, projetos interdisciplinares com propostas de sala invertida, de modo a trazer aos alunos uma variedade de temas que venham a estimular, de forma criativa e diversificada o raciocínio crítico, a autonomia intelectual e a inteligência colaborativa, entre outros. 
A partir desta proposta, o plano contempla também, através da ampliação das entrevistas e pesquisas montadas, construir um diálogo permanente com os alunos a fim de ampliar e enriquecer a atitude prática através das demandas reais diagnosticadas no processo. É na direção apontada pelos sujeitos que pretendemos caminhar, como mediadores de novas ações, a partir de uma “comunicação efetiva e compassiva entre educadores, comunidade e educandos”. (ROSEMBERG, 2019)
III. CONCLUSÃO
A elaboração deste plano de ação de forma coletiva evidenciou o desejo de uma construção de espaços de aprendizagem remotos e presenciais, onde haja troca de experiências tradicionais mescladas com acesso a conteúdos digitais, que trabalhem uma consciência crítica mais honesta em relação à realidade, análise de contextos que valorizem a verdade, o respeito e a diversidade, numa visão mais humanizada, mais libertadora, mais amorosa, mais aberta e mais ocupada com o “outro”: este seria o novo início, na esperança do fim desta pandemia.
O desenvolvimento deste trabalho possibilitou um aprendizado riquíssimo para os docentes e demais agentes do campo pedagógico. As abordagens realizadas demonstram que as estratégias propostas neste plano, podem contribuir significativamente para um processo educativo que busque auxiliar os alunos nos mais diferentes territórios e espaços.
IV. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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