Buscar

PROBLEMA 17 - MONSTROS S

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

Fernanda Jorge Martins – 4º Período @fernandamartins.med 1 
 
 APG IV 
Monstros s.a 
Objetivos: 
1. Identificar quais os protozooses mais comuns na infância; 
2. Apontar as principais etiologias relacionadas com as protozooses; 
3. Entender a fisiopatologia das principais protozooses intestinais; 
4. Definir os principais métodos diagnósticos dessas patologias; 
5. Elencar as principais políticas públicas voltadas para a contenção das parasitoses.
Parasitoses Intestinais 
 As parasitoses intestinais são muito 
frequentes na infância. São consideradas 
problema de saúde pública, principalmente 
nas áreas rurais e periferias das cidades dos 
países chamados subdesenvolvidos, onde 
são mais frequentes; 
 As parasitoses são a doença mais 
comum do mundo, atingindo cerca de 25% 
da população mundial (1 em cada 4 
pessoas); 
 Sua transmissão depende das 
condições sanitárias e de higiene das 
comunidades. Além disso, muitas dessas 
parasitoses relacionam-se a déficit no 
desenvolvimento físico e cognitivo e 
desnutrição; 
 Um alto número de parasitos pode 
causar complicações nas crianças, 
principalmente naquelas que são desnutridas 
ou que apresentam imunidade diminuída; 
 Além disso, aqueles que ocasionam 
perda de sangue nas fezes podem provocar 
anemia ferropriva. Vale lembrar que a 
deficiência de ferro pode se associar com 
possível alteração no aprendizado da 
criança; 
 Os parasitas se alojam no organismo e 
se alimentam do conteúdo intestinal do 
portador e/ou de sangue; 
 Os sintomas podem variar entre cada 
um dos tipos de parasitas. Dentre os 
principais estão: 
- Amebíase (ameba) – Protozoários; 
- Giardíase (giárdia) – Protozoários; 
- Ascaridíase (lombriga) – Nematelmintos; 
- Ancilostomíase (amarelão) – 
Nematelmintos; 
- Enterobíase ou Oxiuríase (coceira anal) – 
Nematelmintos; 
- Teníase (tênia). 
Ascaridíase 
 Responsável: Ascaris lumbricoides 
(também conhecido como lombriga) – 
helminto. 
 Alojamento no corpo humano: intestino 
delgado (podendo passar pelos pulmões). 
 Forma de transmissão: ingestão de 
água e alimentos contaminados pelos ovos 
do parasito, que contêm larvas infectantes. 
Fernanda Jorge Martins – 4º Período @fernandamartins.med 2 
 
 APG IV 
 Processo infeccioso: quando 
ingeridos, os ovos do parasito eclodem no 
intestino delgado. As larvas, livres, 
atravessam a parede deste, alcançando a 
veia cava inferior e migrando em direção aos 
pulmões, fazendo o trajeto: alvéolos – árvore 
brônquica – traqueia – faringe. 
 Sintomas: a maioria dos casos é 
assintomática. Porém, em situações mais 
complicadas, a ascaridíase pode provocar 
lesões hepáticas e pulmonares, subnutrição, 
obstrução intestinal, febre, tosse, bronquite, 
alergias e Síndrome de Loeffler (pneumonia 
eosinofílica). 
 Prevenção: higienizar bem os 
alimentos antes do consumo, prepará-los em 
locais limpos, cozinhá-los bem (quando 
necessário), beber água filtrada e manter a 
higiene pessoal em dia. 
 Tratamento: uso de vermicidas 
(Mebendazol, Ivermectina, Albendazol etc) e, 
em casos mais graves, cirurgia ou 
endoscopia para a remoção do parasito do 
corpo do hospedeiro. 
Ancilostomíase 
 Responsáveis: Ancylostoma 
duodenale, Necator americanus e 
Ancylostoma ceylanicum. 
 Alojamento no corpo humano: intestino 
delgado (podendo passar para os pulmões). 
 Forma de transmissão: contato com o 
solo contaminado por fezes de agentes 
acometidos pela Ancilostomíase. 
 Processo infeccioso: as larvas 
penetram no corpo do próximo agente por 
meio da pele deste (principalmente a dos 
pés). Dentro do corpo, elas atingem a 
corrente sanguínea, fazendo o trajeto: 
coração – pulmões – brônquios – traqueia – 
boca – esôgafo – estômago – intestino 
delgado. 
 Sintomas: coceira na região da pele 
que teve contato com as larvas, anemia, dor 
epigástrica, diarreia, vômito, perda de peso e 
apetite, alergias, tosse e respiração ruidosa. 
 Prevenção: evitar andar descalço, não 
deixar que o pequeno coloque as mãos na 
boca se estas estiverem, anteriormente, em 
contato com o solo, e ter bons hábitos de 
higiene pessoal. 
 Tratamento: uso de remédios 
antiparasitários (Albendazol ou Mebendazol), 
e suplementação de ferro (para combater a 
anemia). 
 
Esquistossomose 
 Responsáveis: Schistosoma mansoni. 
 Alojamento no corpo: intestino delgado 
Fernanda Jorge Martins – 4º Período @fernandamartins.med 3 
 
 APG IV 
 Forma de transmissão: contato com 
água contaminada 
 Processo infeccioso: a cercária, larva 
do Schistosoma mansoni presente na água, 
penetra na pele do hospedeiro e se torna um 
esquistossômulo. Este, por sua vez, entra na 
corrente sanguínea e migra até o intestino 
“da vítima”, onde coloca seus ovos. 
 Sintomas: na maioria dos casos, a 
esquistossomose é assintomática e possui 
duas fases. Em quadros mais graves, a 
primeira fase apresenta vermelhidão e 
coceira no local que esteve em contato com 
o parasita, fraqueza, febre, falta de apetite, 
diarreia, vômito, calafrios, dores musculares 
e tosse. Já na segunda, os sintomas 
costumam ser cãibras, dor abdominal, 
palpitações, tonturas, emagrecimento, 
presença de sangue nas fezes, barriga 
d`água, aumento do baço, endurecimento do 
fígado, cirrose e hemorragia. 
 Prevenção: não andar descalço em 
riachos de água doce, e nem próximo a eles, 
evitar contato dos pés com a rua 
(principalmente em épocas de chuvas e 
enchentes) e beber somente água filtrada. 
 Tratamento: ingestão de 
antiparasitários (praziquantel ou 
oxamniquina). 
Teníase 
 Responsável: Taenia solium 
(hospedeiros suínos) e Taenia saginata 
(hospedeiros bovinos). 
 Alojamento no corpo humano: intestino 
delgado. 
 Forma de transmissão: ingestão de 
carne crua ou mal cozida, de porco ou boi, 
que estava contaminada pelo parasita. 
 Processo infeccioso: ao ser ingeridos 
junto à carne contaminada, as larvas da 
Tênia se alojam no intestino, desenvolvem-
se, atingem a forma adulta e começam a 
liberar, nas fezes, as partes do seu corpo que 
contêm ovos e órgãos reprodutores. 
 Sintomas: dor abdominal, diarreia, 
enjoo, tontura, perda ou aumento de apetite, 
perda de peso, fraqueza, dor de cabeça, 
cansaço, insônia e irritabilidade. 
 Prevenção: não ingerir carnes de 
porco e boi cruas ou mal passadas, manter 
os hábitos de higiene pessoal em dia 
(principalmente lavar as mãos antes das 
refeições), limpar bem os alimentos com 
água filtrada antes do consumo, e beber 
água fervida, mineral ou de filtro. 
 
Estrongiloidíase 
 Responsável: Strongyloides 
stercoralis. 
Fernanda Jorge Martins – 4º Período @fernandamartins.med 4 
 
 APG IV 
 Alojamento no corpo humano: intestino 
delgado. 
 Forma de transmissão: contato com 
superfície contaminada, ou ingestão de água 
e alimentos acometidas pelo parasita. 
 Processo infeccioso: as larvas 
infectantes do parasita Strongyloides 
stercoralis, presentes no solo, penetram no 
corpo do hospedeiro através da pele e 
chegam até a corrente sanguínea deste. O 
trajeto que elas fazem pelo organismo, então, 
é: pulmões – estômago – intestino. Após 
alcançarem o último destino, as larvas se 
alojam neste e começam a se reproduzir, 
podendo atingir o tamanho de até 2,5mm. 
Em caso de ingestão de água ou alimentos 
contaminados, elas vão direto para o 
estômago e, depois, intestino delgado. 
 Sintomas: manchas avermelhadas no 
local da pele em que as larvas entraram em 
contato, diarreia, dor abdominal, falta de 
apetite, náusea, vômito, tosse seca, crises de 
asma e até mesmo falta de ar. 
 Prevenção: higienizar os alimentos 
antes de consumí-los, ingerir água filtrada, 
evitar andar descalço em solos de terra, 
areia, asfalto e/ou lama, lavar as mãos antes 
das refeições e tratar a doença corretamente. 
 Tratamento: uso de medicamentos 
antiparasitários (Albendazol, Tiabendazol, 
Nitazoxanida etc).Giardíase 
 Responsável: Giardia lamblia 
Alojamento no corpo humano: intestino 
delgado 
 Forma de transmissão: ingestão de 
água e alimentos contaminados pela Giardia. 
 Processo infeccioso: depois de 
ingerido pelo hospedeiro (ou de ser colocado 
em contato com as mucosas deste), o 
Giardia lamblia entra na corrente sanguínea, 
viaja até o estômago e se estaciona no 
intestino. Lá, ele se encasula e é eliminado 
pelas fezes do hospedeiro. 
 Sintomas: a Giardíase pode ser 
assintomática, principalmente em adultos. 
Em casos mais sérios, porém, provoca dores 
abdominais, diarreia, inchaço, perda de peso, 
gases, azia, fezes amareladas, desnutrição e 
anemia. 
 Prevenção: lavar bem as mãos, 
principalmente antes das refeições, higienizar 
os alimentos antes de comê-los, beber água 
filtrada ou fervida. 
Fernanda Jorge Martins – 4º Período @fernandamartins.med 5 
 
 APG IV 
 Tratamento: uso de medicamentos 
antiparasitários (Metronidazol, Secnidazol, 
Tinidazol etc). 
Amebíase 
 Responsável: Entamoeba histolytica. 
Alojamento no corpo humano: intestino 
delgado. 
 Forma de transmissão: ingestão de 
água e/ou alimentos contaminados pelo 
parasita, ou ainda contato direto com as 
fezes do hospedeiro acometido pelo 
Entamoeba histolytica. 
 Processo infeccioso: depois de 
ingerido pelo hospedeiro (ou de ser colocado 
em contato com as mucosas deste), o 
Entamoeba entra na corrente sanguínea, 
viaja até o estômago e se estaciona no 
intestino. Lá, ele libera cistos infectantes que 
são eliminados pelas fezes do hospedeiro. 
 Sintomas: costuma ser assintomática. 
Porém, quando apresenta sintomas, são 
eles: dor e cólica abdominal, fadiga, gases, 
dor durante a evacuação, fezes pastosas 
com presença de muco e/ou sangue, perda 
de peso, diarréia, febre, vômito. 
 Prevenção: lavar bem as mãos, 
principalmente antes das refeições, higienizar 
os alimentos antes de comê-los, beber água 
filtrada ou fervida. 
 Tratamento: saneamento básico, 
ingestão de medicamentos como 
metronidazol, secnidazol, helmizol etc, e 
prescrição de remédios que possam controlar 
as náuseas. 
 
Medidas Preventivas 
1. Lavar as mãos antes do consumo de 
alimentos e após o uso do banheiro, ensinar 
a lavar as frutas antes de comê-las, usar o 
banheiro para destino adequado das fezes, e 
andar calçado em locais arenosos que 
tenham acesso por animais; 
2. Usar água filtrada ou fervida para 
higienizar os alimentos, lavar bem e utilizar 
os métodos adequados como colocar de 
molho em água sanitária e bicarbonato, 
proteger os alimentos contra insetos, não 
oferecer às crianças alimentos crus, 
defumados ou malcozidos; 
3. Manter os animais domésticos 
vacinados e vermifugados, além de recolher 
as fezes dos animais para locais seguros, já 
que podem ser fontes de contaminação; 
Fernanda Jorge Martins – 4º Período @fernandamartins.med 6 
 
 APG IV 
4. Promover uma boa nutrição faz toda a 
diferença para minimizar as alterações 
causadas pelos parasitas; manter as unhas 
curtas e limpas, não compartilhar roupas 
intimas, evitar varredura na casa, utilizando-
se de limpeza com pano úmido, sobretudo 
quando há oxiurus. 
Saneamento Básico 
1. Educação em saúde (sobre hábitos 
básicos de higiene, como lavagem adequada 
das mãos e dos alimentos); 
2. Proibição do uso de fezes humanas 
para adubo; 
3. Inspeção sanitária da carne visando 
reduzir o consumo de carne contaminada; 
4. Suspender a irrigação de hortas e 
pomares com água de rios e córregos, que 
recebam esgoto ou outras fontes de águas 
contaminadas; 
5. Saneamento básico a toda população; 
Condições de moradia compatíveis com uma 
vida saudável. 
Referências Bibliográficas 
BRASILEIRO FILHO, G. Bogliolo - Patologia. 
9. ed. Rio de Janeiro: Gen, Guanabara 
Koogan, 2016.

Continue navegando