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HIDROGINASTICA MUDANCA CORPORAL

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1 
 
 
 
 
 
UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES 
PÓS- GRADUAÇÃO “LATO SENSU” 
PROJETO A VEZ DO MESTRE 
 
 
 
 
OS BENEFÍCIOS DA HIDROGINÁSTICA E AS MUDANÇAS 
CORPORAIS 
 
 
Por: Cleyson José Machado Barbosa 
 
 
Orientador 
Prof. Geni Lima 
 
 
Rio de Janeiro 
2009 
 
2 
 
 
UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES 
PÓS- GRADUAÇÃO “LATO SENSU” 
PROJETO A VEZ DO MESTRE 
 
 
 
 
OS BENEFÍCIOS DA HIDROGINÁSTICA E AS MUDANÇAS 
CORPORAIS 
 
 
 
 
 Apresentação de monografia à Universidade 
 Candido Mendes como requisito parcial para 
 obtenção do grau de especialista em 
 Psicomotricidade.Por:.Cleyson José Machado 
 Barbosa. 
 
 
 
 
 
 
3 
 
AGRADECIMENTOS 
 
Agradeço a minha mãe, ao meu pai e meus irmãos pelo quanto me 
apoiaram e me ensinaram na trajetória de minha vida. 
Os meus agradecimentos a professora Geni Lima que tanto contribuiu 
com suas orientações para que este trabalho fosse realizado. 
E a Elisangela de Souza Silva que sempre está ao meu lado me 
apoiando e me conduzindo no caminho certo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
DEDICATÓRIA 
 
Dedico está monografia á minha família, a todos os professores da 
universidade Cândido Mendes e a Teddy. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
RESUMO 
 
A hidroginástica é uma atividade que possui milhares de praticantes em 
todo o mundo. A prática da hidroginástica de forma adequada e regular confere 
vários benefícios para á saúde. 
A presente monografia tem como principal objetivo fazer uma pesquisa 
bibliográfica sobre a importância da hidroginástica, os benefícios para a saúde, 
as mudanças corporais com a prática regular da hidroginástica, o papel da 
hidroginástica no atendimento de grupos especiais e os benefícios para a 
terceira idade. 
Esta monografia visa demonstrar que através da hidroginástica 
podemos obter uma vida mais saudável, uma melhora da qualidade de vida, 
maior domínio corporal e conseqüentemente diminuir os declínios do 
envelhecimento. 
Palavras-chave: Hidroginástica, Mudanças corporais, Benefícios, 
Grupos especiais e Terceira idade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
METODOLOGIA 
 
A metodologia utilizada foi o enfoque teórico e informações 
bibliográficas, como livros e pesquisas na internet. 
Foram colhidos dados referentes à hidroginástica, mudanças corporais, 
Psicomotricidade, grupos especiais, qualidade de vida e terceira idade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
SUMÁRIO 
 
 INTRODUÇÃO...........................................................................................08 
 
CAPÍTULO I- HIDROGINÁSTICA: HISTÓRIA E PROCESSO EVOLUTIVO...09 
 
CAPÍTULO II- MUDANÇAS CORPORAIS COM A PRÁTICA REGULAR DA 
HIDROGINÁSTICA....................................................................................13 
2.1. Força muscular...................................................................................15 
2.2. Condicionamento cardiorrespiratório........................................................16 
2.3. Coordenação motora...........................................................................17 
 
CAPÍTULO III- HIDROGINÁSTICA NO ATENDIMENTO AOS GRUPOS 
ESPECIAIS .............................................................................................20 
3.1. A gestante.........................................................................................20 
3.2. O hipertenso.......................................................................................23 
3.3. Obesidade.........................................................................................24 
3.4. Diabete Mellitus.................................................................................26 
 
CAPÍTULO IV- A HIDRGINÁSTICA NA TERCEIRA IDADE ...........................28 
4.1. Envelhecimento ..................................................................................28 
4.2. Qualidade de vida na terceira idade......................................................29 
4.2. Hidroginástica um benefício no envelhecimento.....................................31 
 
CONCLUSÃO ..........................................................................................37 
BIBLIOGRAFIAS CONSULTADAS ...........................................................38 
INDICE .................................................................................................... 40 
FOLHA DE APROVAÇÃO ............................................................................42 
 
8 
 
INTRODUÇÃO 
 
O objetivo deste trabalho é demonstrar os benefícios da hidroginástica, 
as mudanças corporais obtidas com prática regular deste exercício aquático, os 
benefícios e a importância da hidroginástica na terceira idade e como a 
hidroginástica pode atuar como agente de saúde. 
 A hidroginástica é uma atividade aquática que pode ser praticada por 
jovens, adultos, homens e mulheres que buscam se exercitar, ou mesmo 
praticar uma atividade eficaz e estimulante. 
As forças que atuam no meio aquático diminuem o peso hidrostático e 
o peso do indivíduo, proporcionando uma menor pressão nas articulações e 
diminuindo o impacto sobre as articulações durante os exercícios. 
Existem inúmeros vantagens de se praticar hidroginástica. A melhora 
do condicionamento cardiorrespiratório, melhora da força muscular, melhora da 
coordenação motora, maior domínio corporal, aumento de flexibilidade e 
diminuição de peso. Além de auxiliar no tratamento e grupos especiais como: 
gestantes, hipertensos, obesos, diabéticos e pessoas com problemas 
articulares. Oferecendo através do exercício uma alternativa na manutenção da 
saúde. 
Na terceira idade a pratica regular da hidroginástica é capaz de 
promover modificações morfológicas, sociais, fisiológicas, melhorando as 
funções orgânicas e psíquicas. Onde idoso obter uma melhora da qualidade de 
vida e um envelhecimento mais saudável e ativo. 
 
 
 
 
 
9 
 
CAPÍTULO I 
 
HIDROGINÁSTICA: HISTÓRIA E PROCESSO 
EVOLUTIVO 
 
Antes de falarmos sobre a atividade física hidroginástica, devemos 
entender bem o meio em que tais transformações corporais e muitos benefícios 
acontecerão, ou seja, na água. A água é uma matéria composta por moléculas, 
estas por sua vez, compostas de átomos, e existente sobre três estados: 
sólido, líquido e gasoso. 
A água é diferente do ar em diversos aspectos (densidade, viscosidade, 
pressão hidrostática, e temperatura etc.), a temperatura da água pode 
influenciar muito nos exercícios de hidroginástica, seja para um resultado 
favorável, benéfico e prazeroso, ou para um resultado desagradável e com 
alguns riscos de lesões para o praticante de hidroginástica, por isso veremos 
mais a frente de forma mais detalhada. 
A hidroginástica é uma palavra que significa “ginástica na água”. A 
palavra “hidro” vem do grego que significa água, e “ginástica” significa conjunto 
de exercícios físicos. 
SANTANA (2007) define a hidroginástica como: 
 
 “Um programa de condicionamento, desenvolvido 
na água, que inclui exercícios do tipo aeróbios e 
exercícios para o desenvolvimento da resistência 
localizada, força muscular e localizada.” 
 
Sendo assim a hidroginástica é qualquer exercício físico que seja 
praticado na água, e que resulte na melhora das capacidades aeróbicas e 
musculares. Onde o praticante pode se beneficiar com uma atividade eficiente 
e motivante, onde o resultado serão inúmeros benefícios para sua saúde. 
10 
 
Não existe uma confirmação ou evidência correta quando a água foi 
utilizada pela primeira vez, seja para finalidades curativas, terapêuticas ou 
como forma de exercício físico. Mais a água é utilizada pelo homemá muito 
tempo, os gregos e romanos usavam a água em sessões de hidroterapia em 
piscinas públicas. A hidroterapia surgiu bem antes da hidroginástica, por isso 
esta atividade é apelidada de a mãe da hidroginástica. Mais é sabido que 
Hipócrates (c.460-375 AC) já utilizava água quente e fria (banhos de contraste) 
para o tratamento das doenças. Os romanos já usavam a água para finalidades 
recreativas e curativas. SKINNER & THOMSON (1985, p. 02) relatam que os 
romanos usavam a água em quatro temperaturas (tipos de banhos): o banho 
“frigidarium” era um banho com água fria, e era utilizado apenas para o lazer; o 
banho “tepidarium” era um banho tépido sentado em um aposento contendo ar 
aquecido ; o banho “caldarium” consistia em um banho quente, e o banho 
“sudatorium” era um aposento saturado de ar úmido e quente a fim de 
promover a transpiração. 
A atividade física na água varia desde uma simples caminhada até a 
execução de exercícios mais complexos e elaborados para diversas partes do 
corpo, com objetivos e fins diferentes. Para atender um grupo de pessoas mais 
idosas, que a hidroginástica surgiu na Alemanha, já diferenciada da 
hidroterapia e com o nome de Hidroginástica. 
BONACHELA (1994, p. 07) relata que depois da hidroginástica ser 
divulgada na Alemanha, ela foi introduzido nos Estados Unidos, onde foi 
aperfeiçoada e conseqüentemente foi mais difundida e ganhou vários adeptos, 
inclusive atletas de diversas modalidades. 
A hidroginástica teve seu crescimento no Brasil na década de 80, onde 
começaram a ocorrer inúmeras lesões em praticantes de ginástica aeróbica. Foi 
onde os especialistas começaram a valorizar e procurar as atividades aquáticas 
a fim de recuperar atletas lesionados, pois a hidroginástica era uma atividade de 
baixo impacto. Foi onde também os especialistas através da hidroginástica 
puderam treinar seus atletas com uma atividade de baixo impacto, onde 
puderam reduzir impactos nos joelhos dos atletas, corrigir execução dos 
movimentos de alto impacto e estimular o tênis com efeito amortecedor. 
11 
 
Devido à falta de pesquisa e literatura, a hidroginástica no início foi 
praticada sem muito objetivo e um fim adequado, onde muitas vezes 
ministravam-se as aulas com água na altura da cintura (sendo desaconselhado 
para praticantes com leões ou dores na coluna) e mesmo com temperaturas 
muito baixa (desaconselhado para alunos com problemas articulares como: 
artrite e artrose). 
Mais tarde estudiosos como o Dr. Luiz Fernando Kruel, 
coordenador de um Grupo de Pesquisa em Atividade Aquática na 
URGS, Ricardo Mendes e Roberta Rosas e a Profa. Mercês Nogueira 
Paulo. Desenvolveram excelentes trabalhos científicos onde fizeram 
propagar a hidroginástica em todo Brasil, estes estudiosos montaram 
programas de treinamentos aquáticos com inúmeros objetivos, seja 
para condicionamento cardiorrespiratório, emagrecimento, 
fortalecimento geral e flexibilidade e o principal o bem-estar físico, 
mental e social. 
A hidroginástica alcançou seu apogeu na década de 90, onde 
ganhou grandes adeptos da terceira idade, e até hoje é vista como a 
atividade preferida da terceira idade e muitos de forma erronia 
caracterizam a hidroginástica como uma atividade somente para 
idosos. Mais estudos mostram que a hidroginástica é uma atividade 
voltada para todas as idades, desde que se respeite os objetivos e 
limitações de cada praticante. Hoje em dia a hidroginástica é uma 
atividade praticada em todo o mundo e ganhou inúmeras variações, 
as principais variações são: 
• HIDROLOCAL: aula de hidroginástica feito com sobrecarga, onde 
os praticantes utilizam halteres, palmares, tubos e caneleiras. 
Onde o objetivo específico é a força muscular. 
• DEEPWATER: aula de hidroginástica elaborada com exercícios 
em piscinas fundas, onde os praticantes não encostam os pés ao 
chão, esta variação tem impacto zero e para execução é 
necessário utilizar um colete ou cinto de flutuação, devido à 
12 
 
grande dificuldade de flutuação. Onde o objetivo é melhora da 
resistência cardiorrespiratória e ausência de impacto. 
• HIDROPOWER: aula com exercícios equipamentos específicos 
que resultem no ganho de força, potência e melhora da 
musculatura corporal. Este tipo de aula não é indicado para 
pessoas com problemas articulares. 
• HIDROSTEP: aula com exercícios sobre um step aquático, onde 
os praticantes executam movimentos sempre sobre o step. Onde 
o objetivo é a melhora da coordenação motora ampla e 
fortalecimento muscular de membros inferiores. 
• HIDROSPINING: aula com exercícios em cima de uma bicicleta 
onde o objetivo é melhora do condicionamento cardiorrespiratório 
e fortalecimento muscular das pernas. 
• HIDROCOMBATE: aula com exercícios de arte marciais, onde o 
objetivo é o condicionamento cardiorrespiratório e 
desenvolvimento da coordenação motora ampla. 
• HIDROJUMP: aula com exercícios coreografados em cima de 
uma cama elástica, onde o objetivo é uma atividade de baixo 
impacto e um excelente exercício aeróbico. Este tipo de aula 
exige do praticante um grau elevado de coordenação motora. 
 
Apesar das diversas variações de hidroginástica, muitos professores 
mesclam duas ou três variações em uma aula, pois assim poderão atingir 
vários objetivos em uma aula. BONACHELA (1994, p.07) menciona que apesar 
de vários tipos de programas e variações, as estruturas básicas das aulas são 
“exercícios de aquecimento, alongamento, exercícios aeróbicos, exercícios 
localizados, relaxamento muscular”. A hidroginástica evoluiu e se modificou 
muito desde sua criação, e hoje é uma atividade que possui um programa ideal 
que proporcionará ao praticante uma excelente forma física, bem estar físico e 
mental, melhora da saúde, e é indicada para ambos os sexos independentes 
de o praticante saber ou não nadar. 
 
 
13 
 
CAPÍTULO II 
 
MUDANÇAS CORPORAIS COM A PRÁTICA REGULAR 
DA HIDROGINÁSTICA 
 
 A hidroginástica é uma atividade praticada dentro da água e muito 
popular, e que hoje em dia há milhares de adeptos em todo o mundo como foi 
visto no capítulo anterior. A água por si só tem um aspecto relaxante, por isso a 
hidroginástica é uma atividade mais agradável e estimulante. O indivíduo que 
pratica hidroginástica regularmente terá inúmeros benefícios para sua saúde, 
assim como uma mudança corporal significativa. 
 SOVA (1998, p.04) afirma que praticar hidroginástica regularmente 
melhora todos os cincos componentes do condicionamento físico: 
condicionamento aeróbico, força muscular, resistência muscular, flexibilidade e 
composição corporal. 
Entretanto existem alguns benefícios psicomotores funcionais que 
podemos desenvolver com a prática regular da hidroginástica. Entre eles 
podemos citar: melhora da coordenação motora, equilíbrio e lateralidade. Cada 
um desses componentes desempenha um papel importante na vida do ser 
humano, seja para o bem estar físico ou para tarefas cotidianas. Sendo assim 
devemos sempre exercitar e melhorar cada um desses componentes. 
 Vale ressaltar que a temperatura da água é algo primordial durante á 
prática de exercícios na hidroginástica. Qualquer mudança na temperatura da 
água pode acarretar em várias mudanças corporais no sistema circulatório e 
conseqüentemente a temperatura corporal também irá se modificar. Segundo a 
AEA (Associação Mundial de Esportes Aquáticos) a temperatura ideal da água 
para a prática de exercícios físicos é de 27 á 32 graus centígrados. 
Temperaturas mais elevadas poderão resultar em ânsia de vômitos e baixa 
pressão arterial. 
Temperaturas abaixo do indicado pela AEA poderão resultar em 
contração articular. Provocando aumento de dores nos praticantes que 
14 
 
possuam lesões ortopédicas e que praticam a hidroginástica como meio de 
reabilitação. 
SKNNER E THOMSON (1985, p.41) ressaltam a importância da 
temperatura ideal da água durante exercícios na água. 
 
O calor da água na qualo paciente está imerso ajuda aliviar a 
dor, reduzir o espasmo muscular e induzir o relaxamento. Á 
mediada que a dor é aliviada, o paciente é capaz de mover-se 
com maior conforto e a amplitude de movimentação das 
articulações aumenta. Como o calor da água também dilata os 
vasos superficiais e aumenta o suprimento sanguíneo à pele, a 
condição da pele melhora particularmente em pacientes com 
má circulação periférica. 
 
 
Sendo a temperatura da água a 35 graus termoneutra, mudanças na 
temperatura da água, produzirão mudanças no sistema circulatório do 
praticante. 
 BATES E HANSON (apud in ALVES, 2009, p.3) descrevem outros 
benefícios do uso de água aquecida para a realização de exercícios. 
 
• Relaxa os músculos; 
• Reduz a sensibilidade à dor; 
• Reduz os espasmos musculares; 
• Facilita a movimentação das articulações; 
• Aumenta a força e a resistência muscular; 
• Aumenta a circulação periférica; 
• Melhora a musculatura respiratória; 
• Melhora a consciência corporal, o equilíbrio e a estabilidade proximal do 
tronco; 
• Melhora a autoconfiança do aluno. 
 
Sendo assim devemos sempre praticar a hidroginástica com a 
temperatura entre 27 á 32 graus centigrados, a fim de obtermos um resultado 
melhor e evitarmos possíveis lesões ou dores durante a pratica da atividade. 
 
15 
 
2.1 – Força muscular 
 
A força no meio esportivo é entendida como a capacidade do músculo 
produzir uma tensão a fim de vencer uma resistência. Através dessa tensão, a 
musculatura poderá encurtar o que se denomina contração concêntrica ou a 
musculatura poderá expandir-se o que se denomina contração excêntrica. A 
força muscular é definida por KNUTTGEN & KRAEMER (apud in BADILLO & 
AYESTARÁN, 2001, p.16) “a máxima tensão manifestada pelo músculo (ou 
conjunto de grupos musculares) a uma determinada velocidade”. 
A força muscular é muito útil, não só para o esporte, mais também para 
diferentes situações do dia á dia. Situações como empurrar um objeto, levantar 
uma caixa e atividades que exijam que os músculos executem a força 
muscular. Por isso através dos exercícios regulares de hidroginástica podemos 
desenvolver a força ao máximo das possibilidades do individuo. À medida que 
envelhecemos nosso corpo sofre uma perda progressiva das aptidões 
funcionais do organismo e conseqüentemente perda das aptidões físicas. 
O desempenho de força apresenta seu apogeu entre as idades de 20 e 
30 anos, após o nível de força permanece estável ou diminui de forma ligeira 
até os 50 anos. Após 50 anos que ocorre uma diminuição mais acentuada no 
nível de força. Conforme se envelhece, observa-se um declínio natural da força 
muscular, e uma tendência geral para a redução de massa muscular. Esta 
perda de massa muscular é causada pela redução no tamanho das fibras 
musculares individuais, pela perda de fibras musculares individuais ou de 
ambos. Também existe uma perda preferencial das fibras musculares do tipo II 
(contração rápida). “Ocorre uma redução no tamanho dos músculos, na força, 
na capitalização e no número de fibras do tipo II”, como relatam FOSS & 
KETEYIAN (2000, p.363). 
As perdas de força muscular não estão relacionadas somente pelo 
envelhecimento WILMORE& COSTILL relatam a perda de força muscular de 
forma mais completa: “As perdas de força muscular relacionada á idade são 
resultantes, sobretudo da perda substancial de massa muscular que 
acompanha o envelhecimento ou da diminuição da atividade física”. (2001, 
p.545). 
16 
 
 O treinamento regular da hidroginástica ajudará o indivíduo a diminuir o 
declínio de força e massa muscular relativo á idade. O treinamento não 
consegue evitar o envelhecimento biológico, mas ele pode reduzir o impacto de 
perda de força e melhorar a resistência muscular. Fazendo que a pessoa ao 
chegar à terceira idade possa realizar atividades comuns, tais como levantar-
se, arrumar a casa entre outras. Pois é de suma importância manter a força ao 
envelhecermos, para que possamos ter uma vida mais saudável. 
 
2.2 – Condicionamento cardiorrespiratório 
 
O sistema cardiorrespiratório (SC) é formado pelo coração (cardio) e os 
vasos sanguíneos (que vascular), que levam sangue para todas as partes do 
corpo. O sistema cardiorrespiratório transporta oxigênio e nutrientes para as 
células. O SC fornece nutrientes e oxigênio que os ossos precisam crescer e 
os músculos, para se contrair, sem o SC, junto com outros sistemas do corpo 
nos permite executar atividades como: andar, correr, dançar, nadar etc. 
FILHO (apud in DANTAS & OLIVEIRA, 2003, p.31) define a capacidade 
cardiorrespiratória como “a habilidade de realizar atividades físicas, de forma 
dinâmicas, em que participem grandes massas musculares com intensidades 
moderada e por períodos de tempo mais prolongados”. A função 
cardiorrespiratória durante o exercício, será na capacidade funcional do 
organismo, na absorção, transporte e utilização do oxigênio nos tecidos 
durante a atividade física. A prática de exercícios físicos de maior intensidade 
faz que o organismo necessite de maior oxigenação para os músculos em 
atividade. Em exercícios de maior intensidade e mais prolongados, o sistema 
energético predominante é o aeróbico, que para um funcionamento mais 
eficiente, necessita de uma capacidade respiratória aprimorada e um bom fluxo 
sanguíneo periférico. 
 Sendo assim o treinamento constante de hidroginástica permitirá ao 
indivíduo aumentar seu desempenho cardiorrespiratório. Pois a realização da 
hidroginástica de forma regular é de grande importância na vida do ser 
humano, na forma preventiva de doenças e na melhora da qualidade de vida. 
Principalmente para os idosos, já que a capacidade aeróbica geralmente 
17 
 
diminui 10% por década em homens sedentários. Sendo assim uma pessoa 
que tem o hábito de praticar hidroginástica pelo menos três vezes por semana 
pode minimizar os declínios da capacidade aeróbica, além de atenuar os 
fatores de riscos de doenças coronárias, melhora da circulação sanguínea. 
 
2.3 – Coordenação motora 
 
A coordenação é uma ação que esta ligada ao desenvolvimento físico. É 
a harmonia dos movimentos, e esta coordenação se desenvolve com a 
maturação do Sistema Nervoso. A Coordenação se divide em: Global ou Ampla 
(ação que envolve movimentos amplos com todo o corpo, que executam ação 
de grupos musculares maiores). E Coordenação Fina (que envolve movimentos 
de pequenos músculos). 
NETO (2002, p.11) descreve o processo de desenvolvimento como: 
 
Desde o momento da concepção, o organismo humano tem 
uma lógica biológica, uma organização, um calendário 
maturativo e evolutivo, uma porta aberta á interação e á 
estimulação. Entre o nascimento e idade adulta se produzem, 
no organismo humano, profundas modificações. As 
possibilidades motoras da criança evoluem amplamente de 
acordo com sua idade e chegam a ser cada vez mais variadas, 
completas e complexas. 
 
O movimento e a coordenação motora se aperfeiçoam cada vez mais 
com a estimulação e a experimentação. Pois um indivíduo que está com seu 
corpo em constante exploração de experiências motoras novas, se tornará um 
indivíduo que perceberá o mundo exterior através do seu corpo, e através 
dessa experimentação ele desenvolve a consciência de si mesmo e do mundo 
exterior. Sendo assim ele conseguirá dominar diversas funções motoras 
(lateralidade, equilíbrio e esquema corporal) e conseguirá um desenvolvimento 
harmonioso dos seus movimentos. 
Nas aulas de hidroginástica pouco resultado se consegue na 
coordenação motora fina, devido a estimularmos com maior freqüência os 
músculos de médio e grande porte do nosso corpo humano. Porém na 
coordenação motora global temos um resultado importantíssimo. Como a 
hidroginástica é uma atividade dinâmica, que envolve muitos gestos motores, 
18 
 
gestos estes que podem ser estáticos ou dinâmicos ou exercícios em flutuação. 
O praticante com um treinamentoregular poderá desenvolver e coordenar seus 
movimentos de forma coordenada. Onde conseqüentemente obterá uma 
melhora a consciência corporal, melhora do equilíbrio (seja o equilíbrio estático 
ou dinâmico), a lateralidade e sua estabilidade. 
NETO (2OO2, p.16) cita que para a perfeição progressiva do ato motor 
deverá ao funcionamento dos mecanismos reguladores do equilíbrio e da 
atitude, e quando o ser humano está capacitado para isso, ele reforçará certos 
fatores de ação. Fatores como: força muscular e resistência. Fatores estes que 
conseguimos desenvolver em uma aula de hidroginástica, como citado no 
capítulo 2.1. 
Um aspecto psicomotor de grande importância é o equilíbrio. O equilíbrio 
pode ser estático ou dinâmico. O equilíbrio estático é mais abstrato e exige 
maior concentração, já o equilíbrio dinâmico está relacionado com funções 
tônico-motoras, com os membros e órgãos, tanto os sensoriais como os 
motores. 
O equilíbrio é algo primordial nas aulas de hidroginástica, pois um aluno 
que não possui um equilíbrio adequado, não conseguirá executar os 
movimentos propostos pelo professor, e conseqüentemente não desfrutará dos 
benefícios da hidroginástica. O equilíbrio é à base da ação motora, pois quanto 
mais defeituoso o equilíbrio, mais energia se consome. Com a hidroginástica 
podemos desenvolver o equilíbrio e fazê-lo uma ferramenta para que o 
indivíduo obtenha um completo domínio corporal. QUIRÓS & SCHRAGER 
(apud in FERREIRA, 2000, p.51) afirmam que: 
 
O equilíbrio é interação entre várias forças, principalmente a da 
gravidade e da força motriz dos músculos corporais. O 
organismo alcança o equilíbrio quando é capaz de manter e 
controlar posturas, posições e atitudes. Ele é base essencial de 
toda coordenação dinâmica geral e também de toda ação 
diferenciada dos membros superiores. Quanto mais o equilíbrio 
é falho, maior é a fadiga do indivíduo, pois está todo tempo 
lutando contra a falta de estabilidade corporal. 
 
A falta de equilíbrio esta relacionado também à falta de confiança, 
ansiedade e insegurança do aluno e ao não domínio corporal. Então através da 
execução de exercícios dinâmicos nas aulas de hidroginástica, podemos 
19 
 
desenvolver a coordenação motora do aluno e seu equilíbrio, afim de que o 
mesmo consiga um desenvolvimento motor adequado e tenha uma melhor 
consciência corporal. 
Com a hidroginástica podemos nos beneficiar com diversas mudanças 
corporais, seja com a evolução da resistência muscular e com o ganho força. 
Evitando declínios no nível da força e perda de massa muscular devido ao 
envelhecimento, a melhora do condicionamento cardiorrespiratório e o 
desenvolvimento da coordenação motora onde o praticante obterá uma maior 
consciência corporal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
20 
 
CAPÍTULO III 
 
HIDROGINÁSTICA NO ATENDIMENTO AOS GRUPOS 
ESPECIAIS 
 
Algumas pessoas que procuram a hidroginástica necessitam de uma 
atenção especial e modificações nos programas de exercícios. Quase sempre 
esses grupos especiais procuram a hidroginástica devido há cuidados médicos, 
seja na prevenção de alguma patologia clínica, na reabilitação de algum trauma 
esquelético ou muscular ou por alguma dado clinico específico. Cabe ao 
professor de hidroginástica montar programas específicos para cada grupo, 
dentro de sua necessidade específica. Mas sempre respeitando as limitações, 
transformações e a necessidade que cada indivíduo precisa para conseguir seu 
objetivo. Neste capítulo identificaremos esses grupos especiais e explicaremos 
como a hidroginástica pode ser benéfica e atuar na manutenção e prevenção 
de males para saúde do praticante. 
 
3.1 – A gestante 
 
Com o passar dos anos aumenta o número de mulheres que praticam 
atividade física, e conseqüentemente cresce o número de gestantes que 
procuram exercitar-se durante o processo gestacional. Por isso é importante 
ressaltar os riscos e benefícios da pratica da hidroginástica durante a gravidez. 
Porém vale ressaltar que a gestante só poderá praticar a hidroginástica ou 
qualquer atividade física se tiver autorização do seu médico obstetra. O 
aspecto mais importante na Psicomotricidade é questionar os benefícios que a 
pratica regular da hidroginástica durante a gravidez trará á gestante e a 
criança. E como a hidroginástica poderá auxiliar e beneficiar a gestante durante 
os meses de gravidez. 
Durante os meses de gestação o corpo da mulher deverá se adaptar a 
grandes mudanças fisiológicas, e há várias mudanças corporais. Nos primeiros 
meses a gestante deverá se adaptar a transformações hormonais, físicas e 
21 
 
psicológicas. É importante que a gestante entenda as mudanças morfológicas 
que ocorrem em seu corpo. ALVES (2009, p.41) identifica as principais 
mudanças corporais e orgânicas durante a gravidez como: 
• Modificações hormonais (náuseas e vômitos); 
• Aumento das mamas; 
• Atuação máxima do hormônio Relaxina e Progesterona, que 
causa frouxidão ligamentar para passagem do feto; 
• Alongamento do músculo abdominal; 
• Postura-rotação interna dos ombros; lordose cervical acentuada 
(para compensar o alinhamento dos ombros); lordose lombar 
acentuada (para compensar o centro de gravidade e o 
deslocamento do útero); 
• Mudança no centro de gravidade; 
• Ganho de peso em torno de 25% do seu peso corporal; 
• A freqüência cardíaca aumenta de 10 a 20 batimentos por minuto. 
 
O trabalho de hidroginástica não se restringirá só há programas de 
exercícios físicos, o professor deve também explicar e orientar as mudanças 
ocorridas durante o processo de gestacional e pós-parto, para que a gestante 
entenda e aceite as mudanças que ocorrerão em seu corpo, afim que a mesma 
possa através destas mudanças saber de suas potencialidades e limitações 
durante á gravidez, e conseqüentemente através da prática regular da 
hidroginástica melhorar a sua qualidade de vida sua e de seu bebê. Avaliações 
e reavaliações durante a prática da hidroginástica são de muita importância 
para saber os resultados dos exercícios físicos e como um instrumento de 
motivação para a gestante. 
Após explicitarmos as mudanças fisiológicas e corporais ocorridas no 
corpo da mulher durante a gravidez, podemos ressaltar a importância e os 
benefícios da hidroginástica para a gestante e seu bebê. 
Em virtude das propriedades da água, como já vimos no capítulo I. A 
hidroginástica pode ser uma atividade mais saudável, mais confortável e mais 
segura para as gestantes. Não só por causa da densidade da água que 
provoca relaxamento, mas também devido à água diminuir a gravidade, e 
22 
 
assim diminuir a pressão sobre as articulações e sobre os músculos. A 
flutuação que á água exerce sobre o corpo, permitirá à gestante aumentar a 
amplitude de seus movimentos durante a execução dos exercícios na água. 
ALVES (2009, p.37) cita outros benefícios do exercício no meio líquido: 
 
“O trabalho aquático produz menor incidência de varizes, 
controle maior sobre a freqüência cardíaca materna e fetal, 
aumento na diurese, diminuindo a formação de edemas, 
controle sobre o aumento de peso, aumento da resistência 
muscular, controle postural acentuado e melhoria na 
socialização e auto-estima.” 
 
 
 São vários os benefícios que a gestante pode ter com a prática da 
hidroginástica, a gestante deve entender que a hidroginástica não tornará 
necessariamente o parto mais fácil, mais contribuir para uma gestação, parto e 
puerpério mais saudáveis, alem de melhorar ou manter o condicionamento 
aeróbico e físico. Estudos médicos da Universidade da Carolina do Norte, em 
Chapel Hill, relatam que á água é um lugar seguro e adequado para a prática 
de exercícios durante a gravidez, e os maiores benefícios relatados são: 
 
• O fato de á água eliminar a ação da gravidade alivia o peso 
corporal; 
• A cifolordose compensatória torna-se menos acentuada, 
melhorando a postura corporal;• Na água, o batimento cardíaco diminui, aproximadamente, em 
13%. 
 
 HOLSTEIN (apud in ALVES, 2009, p.39) cita outros benefícios para as 
gestantes: “manter a aptidão física, prevenir a dor lombar e as veias varicosas, 
melhorar o sono, elevar a auto-estima e promover possível facilidade no 
trabalho de parto, parto e pós-parto”. 
Devemos ressaltar que a gestante durante a execução dos exercícios na 
água, deverá executá-los de forma moderada e nunca até a exaustão, tanto 
muscular como cardiorrespiratória. Já os benefícios para o feto em 
desenvolvimento são: 
23 
 
• Condição do recém-nascido mais favorável por ocasião do parto; 
• Recém-nascido de melhor faixa de peso corpóreo; 
• Diferenças estruturais favoráveis tanto musculoesqueléticas 
quanto coronárias. 
As contra indicações da hidroginástica durante a gestação segundo 
PASLEY (apud in Alves, 2009, p.45) são: Cardiopatia hemodinamicamente 
significativa, incompetência cervical recorrente, hemorragia uterina atual, 
ruptura de membranas, retardo do crescimento intra-uterino, sofrimento fetal, 
abortamento anterior, trabalho de parto prematuro (mais de um), hipertensão 
não controlada, diabetes mellitus não controlada, nefropatia não controlada e 
anemia hemodinamicamente significativa. 
Então se conclui que a hidroginástica durante a gestação deve ser 
executada de forma segura e sempre respeitando as limitações da gestante. O 
programa de exercícios físico da gestante deve ser específico, mais o trabalho 
geral deve sempre objetivar trabalhar mente e o corpo, para que através da 
hidroginástica a gestante possa usufruir de todos os benefícios citandos 
anteriormente e assim ter uma gestação mais saudável e confortável. 
 
3.2 – O hipertenso 
 
Segundo a OMS cerca de 15% da população adulta sofre de hipertensão 
arterial. Em 90% das pessoas hipertensas a causa é desconhecida 
(hipertensão essencial), outros 10% são de hipertensão secundária (devido a 
alguma doença). Para entender o que é pressão arterial, é importante entender 
como funciona nosso organismo. Para que o sangue circule pelo nosso corpo, 
é necessário que seja impulsionado pelo nosso coração, que funciona como 
uma bomba propulsora que impulsiona sangue para todo o nosso organismo. A 
pressão necessária para que o sangue circule por todos os vasos sanguíneos, 
inclusive pelos menores. Está pressão é denominada pressão arterial. O valor 
médio da pressão arterial normal de uma pessoa adulta é de 120 mmHg 
(milímetros de mercúrio) por 80 mmHg. Geralmente a hipertensão arterial 
decorre de fatores genéticos, da dieta com alta ingestão de sódio, da 
obesidade, do estresse e do sedentarismo. 
24 
 
O hipertenso que segue uma rotina de treinamento na hidroginástica de 
no mínimo três vezes por semana, poderá beneficiar-se com uma melhora da 
circulação sanguínea, melhora do sistema cardiorrespiratório e estabilização da 
pressão arterial. SOVA (1998, p.120) cita que “a hidroginástica é extremamente 
benéfica para hipertensão. Exercícios regulares ajudam a regular a pressão 
sanguínea”. 
O hipertenso durante as aulas de hidroginástica devera sempre executar 
os exercícios aeróbicos com intensidade de forma leve a moderada, pois fazer 
um esforço excessivo durante os exercícios poderá aumentar a pressão 
arterial. É muito importante não prender a respiração durante os exercícios, 
pois poderá acontecer aumento significativo da circulação sanguínea. 
O exercício físico comprovadamente reduz a pressão arterial, sendo 
mais adequados para o hipertenso, exercícios aeróbicos de baixa intensidade. 
Fica claro que o hipertenso deverá sempre tratar a hipertensão junto ao seu 
médico cardiologista, onde o tratamento poderá envolver uma abordagem 
medicamentosa, ou não medicamentosa, onde podemos citar a atividade física 
como auxílio no tratamento. 
 
3.3 – Obesidade 
 
A obesidade é um problema que atinge milhares de pessoas em toda 
parte do mundo, a obesidade é caracterizada pelo excesso de gordura no 
corpo. O peso excessivo causa vários problemas psicológicos, frustrações, 
infelicidade, dificuldade de locomoção, risco de doenças do coração, infarto e 
Diabetes Mellitus do tipo II. 
Para prevenção da obesidade deve-se manter uma alimentação 
saudável e praticar exercícios regulamente. A hidroginástica pode auxiliar a 
pessoa obesa a adquirir novamente um peso corporal adequado para sua faixa 
etária. CALDAS E CEZAR (2001, p.376) relatam que é importante que o 
professor conscientize o aluno obeso de uma turma de hidroginástica que ele 
deve estar sempre alerta aos fatores de risco á saúde, envolvidos com a 
25 
 
obesidade. O aumento de ingestão de calorias resultará em aumento de peso, 
e a diminuição de calorias resultará em emagrecimento. É pelo trabalho 
muscular que podemos “queimar” calorias em excesso. O emagrecimento 
começa pelo programa alimentar. O programa de exercício físico ajudará, e 
acelerará o processo de emagrecimento. Associar exercícios e dieta com 
controle de peso á longo prazo é a melhor opção. ALVES (2009, p.101) citam 
alguns benefícios de se exercitar na água: 
• A tensão suportada pelas articulações é drasticamente reduzida, 
devido á diminuição da gravidade; 
• Menor risco de problemas cardiovascular; 
• Aumento da taxa metabólica de repouso; 
• Preservação de massa isenta de gordura; 
• Manutenção de melhor estado psicológico; 
• Melhora da condição física; 
• Perfil favorável á distribuição da gordura; 
• Melhor estado de saúde. 
 
Modificar os hábitos alimentares e ter a consciência de se exercitar 
diariamente é uma tarefa difícil, é requer tempo e dedicação. Por isso o 
professor de hidroginástica deve constantemente estar incentivando, motivando 
e modificando o programa físico. É importante que os exercícios praticados na 
hidroginástica, resultem em gasto de energia e que o programa físico seja feito 
de forma planejada, visando melhorar e manter o condicionamento físico, a 
perda de peso e o bem-estar do praticante. O aluno deve sempre praticar os 
exercícios aeróbicos com uma intensidade mais elevada, para que haja um 
maior “queima” de calorias. Mais sempre respeitando suas limitações, sejam 
elas muscular, articular ou cardiorrespiratória. O exercício físico trará ao obeso 
inúmeros benefícios como citando anteriormente. Podemos ainda destacar: 
diminuição do apetite, aumento da ação de insulina e melhora da auto-estima. 
A obesidade é um problema que não trabalhada de forma adequada 
pode durar uma vida toda, porém o excesso de peso não é perdido tão é 
facilmente. A perda de peso se torna mais complexo com obesos de idade 
26 
 
mais avançada, pois há uma lentidão do metabolismo. O tempo que o aluno 
levará para chegar ao peso desejado dependerá de quanto peso á de se 
perder, do seu desempenho durante as aulas de hidroginástica (intensidade 
dos exercícios), e o tratamento escolhido pelo mesmo. Mas um aluno que 
segue seu programa alimentar de forma correta e se exercita regularmente, 
atingirá seu objetivo de forma mais rápida e conseqüentemente terá um corpo 
mais saudável com menos riscos de doenças. 
 
3.4 – Diabete Mellitus 
 
O diabetes mellitus que resulta na incapacidade do pâncreas secretar 
insulina, ou por ação deficiente da insulina nos tecidos alvos. O organismo 
perde parcialmente a capacidade de “metabolizar” os açucares fornecido pelos 
alimentos ingeridos. Como resultado o açúcar que não é metabolizado, e 
acumula-se no sangue e não se transforma em energia. Os tipos comuns de 
Diabetes são: 
• Tipo I – Também chamado de insulino-dependente, geralmente 
ocorre em pessoas mais jovens, e está relacionada a absoluta 
deficiência de insulina e outros hormônios pancreáticos. 
• Tipo II – Também chamado de insulino não-dependente a qual 
começa a aparecer no início da maturidade, e está relacionado a 
resistência das ações da insulina. Os portadores do tipo II são 
portadores de doisdefeitos fisiológicos: secreção anormal de 
insulina e resistência á ação do hormônio nos tecidos alvo. 
 
A atividade física é um fator importante para os portadores de diabetes, 
pois um programa de exercícios físicos pode melhorar a sensibilidade de 
insulina. Há um efeito benéfico do exercício no desempenho cardiovascular e 
no perfil lipídico, aumentando o HDL colesterol e reduzindo o triglicerídeo. O 
tratamento do diabetes deve começar com a prescrição de um plano alimentar 
(feito pelo nutricionista ou endocrinologista) e atividade física regulamente. 
27 
 
Assim um diabético que seguir uma rotina de treino na hidroginástica poderá 
levar uma vida mais saudável e reduzir problemas relacionados da doença. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
28 
 
CAPÍTULO IV 
 
HIDROGINÁSTICA NA TERCEIRA IDADE 
 
Atualmente a população idosa está mais consciente da importância de 
hábitos mais saudáveis de vida e da adesão de praticar exercícios 
regularmente. Sendo assim muitos idosos recorrem às atividades físicas com 
intuito de diminuir os riscos de doenças, melhorar a qualidade de vida, 
socializar-se e diminuir o declínio do envelhecimento. 
A hidroginástica é uma atividade que tem uma grande aceitação e 
participação da terceira idade, e muitas pessoas de forma erronia associam a 
hidroginástica como uma atividade física só para idosos. A hidroginástica é 
uma excelente atividade física para os idosos, pois as forças que atuam no 
meio aquático diminuem o peso hidrostático do indivíduo e, conseqüentemente, 
reduz o estresse sobre as articulações. Mesmo aqueles idosos que não estão 
ativos, com a prática regular da hidroginástica, podem aumentar o nível de 
condicionamento, minimizar lesões e evitar os declínios do envelhecimento. 
 
4.1 – Envelhecimento 
 
Muitas mudanças ocorrem com o envelhecimento, sejam alterações 
fisiológicas, cardiorrespiratórias, cardiovasculares, neuromotoras, alterações 
musculares e psicológicas. Muitos pesquisadores definem o envelhecimento. 
NETTO (apud in DANTAS & OLIVEIRA, 2003, p.291) diz que o envelhecimento 
manifesta-se por declínio das funções dos diversos órgãos que, 
caracteristicamente, tendem a declinar-se com o passar da vida humana. Já 
MEIRELLES (apud in DANTAS & OLIVEIRA, 2003, p.291 relata o processo de 
envelhecimento como: 
O processo de envelhecimento tem seu começo na concepção 
do indivíduo, sendo a velhice um processo dinâmico e 
progressivo onde ocorrerá mudanças tanto morfológicas como 
funcionais, bioquímicas e psicológicas que irão culminar na 
29 
 
perda progressiva da capacidade de adaptação do homem ao 
meio ambiente, levando a uma maior vulnerabilidade e maior 
incidência de processos patológicos que culminam por 
ocasionar a morte. 
 
Assim podemos dizer que o processo de envelhecimento propiciará ao 
indivíduo muitas alterações fisiológicas, e o ao chegar à terceira idade o corpo 
sofrerá muitas mudanças, e cabe ao idoso adaptar-se a tais transformações e 
compreender essas mudanças para que ele leve uma vida prazerosa. Mas vale 
ressaltar que essas mudanças fisiológicas não acontecerão paralelamente á 
idade cronológica, sempre há uma variação individual. WEINECK (apud in 
DANTAS & OLIVEIRA, 2003, p.216) deixa muito explícito essa questão ao 
concluir que o envelhecimento trás conseqüências fisiológicas importantes para 
vida na senescência. O declínio da capacidade funcional acompanha a 
evolução da idade, mais sofrerá variações decorrentes ao estilo de vida que a 
pessoa segue. 
Portanto é inevitável o envelhecimento, e conseqüentemente com o 
envelhecimento perderemos massa muscular, força, perda de densidade 
óssea, haverá uma perda na capacidade aeróbica, dificuldade de locomoção e 
aparecerão várias doenças relativas ao envelhecimento. O envelhecimento 
pode levar o idoso a não ter uma vida independente ou autônoma e diminuir 
sua qualidade de vida. Porém se o idoso adotar a atividade física de forma 
regular e tiver uma vida mais saudável, certamente terá um envelhecimento 
bem sucedido e o declínio do envelhecimento terá um impacto menor em sua 
vida. 
 
4.2 – Qualidade de vida na terceira idade 
 
Hoje em dia com avanço da medicina, a mídia transmitindo a 
necessidade, e a importância de se praticar exercícios regularmente para uma 
vida mais saudável e com melhor qualidade de vida. Muito idosos já possuem 
uma consciência dos exercícios físicos em sua vida e buscam de forma reduzir 
os males que surgem com o envelhecimento. 
30 
 
DANTAS & OLIVEIRA (2003, p.41) afirmam que “a qualidade de vida 
não pode ser medida ou comparada com o aumento da expectativa de vida, ou 
ainda com a diminuição da mortalidade do ser humano”. É difícil dizer com 
clareza o conceito exato de “qualidade de vida”. BURY & HOLME (apud 
DANTAS & OLIVEIRA, 2003, p.42) definem a qualidade de vida em dois 
fatores: as condições objetivas e as condições subjetivas. 
 
“As condições objetivas seriam as condições de saúde em 
geral (status de saúde), a capacidade funcional e também o 
status sócio-econômico, ou seja, o nível econômico. As 
características subjetivas seriam o nível de satisfação de vida e 
medidas relacionadas, e também a auto-estima e medidas 
relacionadas, como, por exemplo, o bem estar”. 
 
 
 Existe um impacto no envelhecimento sobre a qualidade de vida dos 
indivíduos, e muitos não conseguem se adaptar as perdas relativas ao 
envelhecimento, e conseqüentemente a mudança na sua rotina de vida. Isso 
causa muitas vezes depressão e isolamento. A prática regular da atividade 
física está muitas vezes relacionado á melhor qualidade de vida, 
proporcionando uma sensação de bem estar e dando autonomia funcional ao 
idoso de realizar suas tarefas. 
SANTARÉM (apud in DANTAS & OLIVEIRA, 2003, p.43) relata para boa 
“qualidade de vida” como a condição do idoso não se sentir limitado e 
conseguir realizar tarefas que exijam esforço físico, e o mesmo relata ainda 
que o sedentarismo seja causa mais freqüente de má condição física. 
A hidroginástica dará ao idoso uma maior autonomia, confiança, saúde e 
capacidade de realizar suas tarefas cotidianas, pois um idoso que possua um 
corpo fortalecido terá uma auto-estima melhor e conseqüentemente uma 
qualidade de vida maior. 
 
 
 
31 
 
4.3 – Hidroginástica um benefício no envelhecimento 
 
 A classificação Gerentológica, segundo a Organização Mundial de 
Saúde (OMS) classifica como idade madura, a faixa de 31 á 45 anos; idade de 
mudança ou envelhecimento, dos 46 aos 60 anos; idade do homem mais velho, 
de 61 a 75 anos; idade do homem velho, dos 76 aos 90 anos e idade do 
homem muito velho, idade acima de 90 anos. O estatuto do idoso classifica 
como idoso pessoa com idade igual ou superior a 60 anos. Assim ao chegar à 
idade idosa o corpo será um universo de transformações. 
Durante o processo de envelhecimento, são observadas perdas da 
densidade óssea em mulheres, que chegam a aproximadamente a 20% até os 
65 anos de idade e a 30% até a idade de 80 anos ROBERGS & ROBERTS 
(apud DANTAS & OLIVEIRA 2003, p.291). Nos homens a perda da densidade 
óssea começa entre 40 e 55 anos e, ao atingirem 70 anos apresentam de 10 a 
15 % de perda. A diminuição da massa óssea não se deve somente ao 
envelhecimento, mas também a genética, o estado hormonal, o estado 
nutricional e a freqüência de exercícios físicos. O idoso que pratica 
hidroginástica regularmente, se beneficiará com a redução da perda de massa 
óssea, desenvolverá sua mobilidade articular e desenvolverá a coordenação 
motora. ALVES (2009, p.81) relata que: 
 
Devemos ressaltar a influencia da atividade física na 
manutenção da massa óssea, e a importância de se praticar 
atividade física durante toda a vida, desde a infância até o 
envelhecimento, pois, quando praticada na adolescência , o 
exercício irá proporcionar melhora na manutenção da massa 
óssea, o que leva o indivíduo a umavelhice mais saudável. 
 
 A falta de mobilidade motora está ligada a perda da densidade óssea e 
ao enfraquecimento ósseo, e também há uma vida sedentária sem a realização 
de exercícios, que conseqüentemente resultará em dores articulares e perda 
de movimento. Um idoso que não possui uma articulação fortalecida terá 
grandes problemas em fazer suas atividades cotidianas, e atividades simples 
como caminhar e subir degraus poderá se tornar uma atividade de grande 
32 
 
complexidade. Com a hidroginástica, podemos fazer um trabalho de 
fortalecimento articular, a fim de aumentar a densidade mineral óssea, e, 
portanto conseguir a diminuição de dores articulares relativos ao 
envelhecimento, e assim um idoso com uma articulação mais forte sofrerá 
menos de dores articulares e poderá reduzir dores de artrite, artrose e 
osteoporose e que são doenças crônicas referente ao envelhecimento. 
POWERS & WOWLEY (apud in DANTAS & OLIVEIRA, 2003, p.250) relatam 
quem um programa de atividades físicas não será somente útil para combater a 
queda da aptidão física, mais também no combate da osteoporose. Assim os 
ossos tendem a se tornar mais fortes e resistentes quanto mais forem 
exercitados. 
 A hidroginástica fortalece também o Sistema Muscular e será um 
mecanismo de defesa dos idosos para as quedas. As quedas em idosos já se 
tornaram uma questão de saúde pública, e é a principal causa de lesões, e 
podem levar até a morte. As quedas podem causar grandes complicações na 
vida do idoso, as quedas causam contusões, torções e fraturas, e estão 
relacionadas à falta da força muscular. FLECK & KRAEMER (1999, p.201) 
relatam que além da perda de força muscular, que “habilidade do músculo para 
exercer força rapidamente (desenvolvimento de potência) parece diminuir com 
a idade. Essa habilidade é vital para ser um mecanismo protetor na queda”. O 
desgaste muscular está relacionado ao envelhecimento que reduz a 
capacidade da qualidade de vida, pois um idoso que tem a força reduzida, não 
conseguirá levantar cargas e nem realizar atividades da vida diária. PIER & 
COL (apud in FLECK & JUNIOR, 2003, p.14) mostram estudos que após 35 
anos de idade, aproximadamente, ocorre perda de massa corporal magra de 
2,3 a 3,2 kg por década. E ocorre uma redução no tamanho dos músculos, na 
força, na capitalização e no número de fibras do tipo II(fibras de contração 
rápida). O treinamento de força é um modo de reduzir o declínio em força e 
massa muscular relacionado à idade, e recentemente tem-se constatado que o 
treinamento com pesos aumenta o controle do tônus muscular nos movimentos 
dos idosos como relatam FLECK & JUNIOR (2003, p.15). Estes estudos 
mostram ainda que o treinamento com pesos aumentam a massa magra e as 
fibras de contração, tanto rápidas(tipo II), quanto as lentas(tipo I). Assim, o 
33 
 
treinamento com pesos na hidroginástica será um mecanismo vital para a 
redução do declínio de força, declínio da perda de massa muscular e como 
prevenção de quedas em idosos, que terão uma menor perda muscular, e 
conseqüentemente uma musculatura mais fortalecida. 
A função cardiorrespiratória também diminui quando envelhecemos, se o 
idoso tiver um corpo sedentário se cansará com mais freqüência e 
proporcionalmente será mais depende dos outros e não terá disposição para 
realizar exercícios musculares e suas atividades diárias. De acordo com FOSS 
& KETEYIAN (2000, p.362), observa-se uma redução clara na aptidão 
cardiorrespiratória com a idade. Acontece uma queda de aproximadamente de 
10 a 15 % na potencia aeróbia para cada década de vida. Porém, a maior 
perda da capacidade aeróbia é observada com mais freqüência em pessoas 
sedentárias, do que em pessoas ativas. Sendo essa perda em pessoas 
treinadas de apenas 5 a 7 % por década. A conseqüência desta perda aeróbia 
está relacionada à diminuição do débito cardíaco, causada pelo 
envelhecimento na freqüência cardíaca. Então um idoso que possui um 
condicionamento cardiorrespiratório com menor declínio, terá uma habilidade 
maior de realizar atividades físicas, seja de modo dinâmico ou estático com 
uma maior intensidade e por um período de tempo mais prolongado. 
SHEPARD (2003, p.156) afirma que muitos idosos frágeis têm dificuldade de 
atingir um patamar de consumo de oxigênio quando realizam pela primeira vez 
um esforço máximo, mas á medida que sua condição cardiorrespiratória 
melhora, eles adquirem a capacidade de exercitar-se mais intensamente. 
Porém deve-se ressaltar que a prescrição de exercícios aeróbicos para os 
idosos deve ser de forma gradual e a freqüência da atividade sempre 
controlada. 
Sendo assim durante a meia idade e a velhice, o treinamento aeróbico 
reduz a perda de elasticidade dos pulmões e da parede torácica como afirma 
WILMORE & COSTILL (2001, p.553). E algumas pessoas de forma errada, 
imaginam que quando se envelhecem, não são mais capazes de realizar 
exercícios aeróbicos tão intensamente, ou por um tempo prolongado. O que 
vale ressaltar que através da hidroginástica, sempre respeitando a capacidade 
aeróbica de cada um e a sua individualidade biológica. Podemos desenvolve 
34 
 
exercícios que estimulem a capacidade cardiorrespiratória dos idosos, tornando 
os mais ativos. 
O Sistema Nervoso é outra parte do nosso organismo que sofre imensas 
transformações com o envelhecimento. Com a chegada da idade, há uma 
diminuição do número de neurônios, sobretudo nos lóbulos frontais e 
temporais. NETTO (apud in DANTAS & OLIVEIRA, 2003, p.28) a firma que 
com o envelhecimento há perdas das células cerebrais de aproximadamente 
0,2% ao ano. O que irá acarretar num maior tempo de reação, comprometendo 
a memória e a cognição. Por isso é comum que haja menos velocidade de 
aprendizagem e diminuição da capacidade de evocação, também ocorre uma 
lentidão nas funções sensório- motoras. GEIS (2003, p.28) relata que devido á 
este processo “o idoso tem mais dificuldade para aprender séries de exercícios 
contínuos e para realizar coordenações que requeiram um alto nível de 
atenção, de memória, etc.” 
Visto que o idoso apresenta certa dificuldade em realizar certas tarefas 
que exijam maior concentração, muitos preferem excluir-se de tais atividades 
ou isolar-se socialmente. Por isso muitos idosos vivem em estado de 
depressão, ansiedade, insônia e várias alterações de relações psicológicas. O 
que é errado. Nesta idade ainda há capacidade de realizar várias tarefas 
intelectuais, mais para isso faz-se necessário o treinamento de forma regular e 
continuada. A Aquatic Exercise Association (AEA) relata alguns benefícios do 
exercício físico. “a atividade física retarda o envelhecimento. Se planejado de 
forma correta, o condicionamento aquático pode ajudar a pessoa da terceira 
idade a preservar o funcionamento das funções físicas e psicológicas.” 
A hidroginástica é uma atividade prazerosa, e o fato de se realizar dentro 
da água propicia ao praticante um momento de liberdade e leveza. DANTAS & 
OLIVEIRA (2003, p.237) relatam que “o movimento livre da água possibilita 
experimentar potencialidades, vivenciar limitações, isto é, conhecer a sai 
próprio, confronta-se consigo mesmo, quebrar barreiras com o seu Eu”. 
Portanto um idoso que de certa maneira estiver isolado socialmente, poderá 
através de a hidroginástica conhecer outras pessoas, socializar-se e melhorar 
seu convívio social, afim de sempre evitar problemas de depressão e sempre 
trabalhar o lado intelectual. 
35 
 
 O idoso na busca de compreender seu próprio corpo dentro da água, 
explorando várias formas de se movimentar e através dessas vivências 
corporais, estimulará o desenvolvimento da aprendizagem cognitiva e o poder 
de concentração. INNENMOSER (apud in DANTAS & OLIVEIRA, 2003.p.237) 
afirma os benefícios que as atividades aquáticas podem proporcionar: 
• Melhoria da capacidade de absorver informações do meio 
ambiente (percepção e sensação).• Melhoria da consciência e compreensão do mundo e da 
sociedade (cognição e consciência própria). 
• Melhoria da condição psicológica (motivação, emoção, ativação e 
espontaneidade). 
• Melhoria do contato social e relacionamento (interação, 
integração e comunicação). 
• Proporcionar melhor qualidade de vida com relação á sua 
personalidade. 
 
 Esta ligação de corpo e mente é fundamental para a qualidade de vida 
do idoso, pois os exercícios aumentam o bem-estar emocional, a aparência, o 
prazer de viver e a auto-estima. Um idoso que possua se sinta bem consigo 
mesmo, certamente será menos depressivo. SOVA (1998, p.10) afirma que: 
 
“A pessoa emocionalmente estável, com uma atitude positiva, é 
menos suscetível a doenças físicas, dores e deficiências do 
sistema imunológico. A ligação entre corpo-mente também se 
relaciona com a agudeza mental, prontidão e inteligência”. 
 
 
Por fim, é inevitável com o envelhecimento o Sistema Nervoso possuir 
as mesmas ligações sinápticas e a mesma velocidade de reação de quando 
éramos jovens, porém a hidroginástica e o habito da leitura irão propiciar ao 
idoso um estado de saúde mental, e um bem-estar físico e emocional. 
A participação do idoso nas aulas de hidroginástica será uma forma de 
prevenir declínios funcionais relativos ao envelhecimento, a hidroginástica tem 
um destaque muito grande por meio das propriedades físicas e terapêuticas da 
água. O idoso que tiver a consciência de praticar a hidroginástica regularmente, 
se beneficiará com os seguintes componentes de saúde: 
36 
 
 
• Melhora do sistema cardiorrespiratório. 
• Melhora do sistema cardiovascular. 
• Melhora da capacidade postural. 
• Desenvolverá aspectos psicomotores. 
• Prevenção de doenças. 
• Aumento da auto-estima 
 
Além de obter uma melhora na qualidade de vida, se sentir bem consigo 
mesmo, ter a oportunidade de estar sempre em contato com pessoas novas e 
se sentir sempre ativo na sociedade. Por fim a hidroginástica na terceira idade, 
de forma metódica e com freqüência regular, é capaz de promover 
modificações morfológicas, sociais e fisiológicas e melhorando as funções 
orgânicas e psíquicas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CONCLUSÃO 
 
A hidroginástica pode ajudar o praticante a alcançar com sucesso seu 
objetivo. Pois é uma atividade segura, confortável e muito prazerosa. Uma das 
vantagens da hidroginástica em relação aos exercícios de solo, é que o corpo 
na água fica mais leve, o que permite uma facilitação dos movimentos, 
evitando riscos de lesões, porque o impacto sobre as articulações é mínimo. 
A hidroginástica é uma atividade que praticada de forma regular, 
proporcionará uma melhora do sistema cardiorrespiratório, melhora do sistema 
cardiovascular, melhora da postura, excelente desenvolvimento dos aspectos 
psicomotores e aumento da auto-estima. 
Aos praticantes que necessitam de uma atenção especial, como 
gestantes, hipertensos, obesos, diabéticos e alunos com problemas articulares. 
A hidroginástica atuará como uma ferramenta que auxiliará no tratamento 
dessas pessoas, onde através do exercício físico, elas possam obter uma 
melhora seu quadro clínico. 
Na terceira idade a hidroginástica é uma possibilidade de se aumentar 
a “qualidade de vida”, onde o idoso aumentará seu condicionamento físico, 
melhorará as suas relações sociais, desenvolverá as aptidões necessárias para 
ter uma vida mais saudável e uma velhice com mais dinâmica, onde através de 
um corpo saudável, ela tenha mais autonomia e se sinta melhor consigo 
mesmo. 
Concluímos então que a hidroginástica quando praticada de forma 
regular e sempre respeitando os limites de cada indivíduo e suas 
características biológicas, favorecerão para melhora das capacidades físicas, 
motoras, psíquicas e sociais. Onde o praticante se beneficiará de uma 
atividade prazerosa e relaxante e conseguirá seus objetivos rapidamente. 
 
 
38 
 
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 
 
1- ALVES, Marcus Vinícius Patente. Hidroginástica novas abordagens. 
São Paulo: Atheneu, 2009. 
 
2- BADILLO, Juan José Gonzáles ; AYESTARÁN, Esteban Gorostiaga. 
Fundamentos do treinamento de força: Aplicação ao alto 
rendimento desportivo. 2. ed.Porto Alegre:Artmed, 2001. 
 
3- BONACHELA, Vicente. Manual básico de hidroginástica. Rio de 
Janeiro: Sprint, 1994. 
 
 
4- CALDAS, Beatriz; CEZAR, Cinthya da Silva. Manual do profissional de 
fitness aquático. Rio de Janeiro: Shape, 2001. 
 
5- DANTAS, Estélio H.M; OLIVEIRA, RICARDO JACÓ. Exercício, 
maturidade e qualidade de vida. Rio de Janeiro: Shape, 2003. 
 
 
6- FERREIRA, Carlos Alberto de Mattos. Psicomotricidade da educação 
infantil à gerontologia: Teoria & prática. São Paulo: Lovise, 2000. 
 
7- FLECK, S.J; JUNIOR, A.F. Treinamento de força para fitness e 
saúde. São Paulo: Phorte, 2003. 
 
 
8- FLECK, S.J; KRAEMER, W.J. Fundamentos do treinamento de força 
muscular. 2.ed. Porto Alegre: Artes Médicas,1999. 
 
9- FOSS, M.L; KETEYIAN, S.J.Fox: Bases fisiológicas do exercício e do 
esporte. 6.ed.Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000. 
 
 
10- GEIS, Pilar Pontes. Atividade física e saúde na terceira idade: Teoria 
e prática. 5.ed.Porto Alegre: Artmed, 2003. 
 
11- NETO, Francisco Rosa. Manual de avaliação psicomotora. Porto 
Alegre: Artmed, 2002. 
 
 
39 
 
12- SANTANA, Adson Barros. Hidroginástica. Disponível em: 
www.adsonbarros.blogspot.com. Acesso em 30 de maio de 2009. 
 
13- SHEPHARD, Roy.J ; JUNIOR, A.F.Atividade física e saúde. São 
Paulo: Phorte,2003. 
 
 
14- SKINNER, Alison. T; THOMSON, A.M.Duffield: Exercícios na água. 
São Paulo: Manole, 1985. 
 
15- SOVA, Ruth. Hidroginástica na Terceira idade. São Paulo: Manole, 
1998. 
 
16- WILMORE, JACK.H; COSTILL, David. L. Fisiologia do esporte e do 
exercício. 2.ed.São Paulo: Manole, 2001. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://www.adsonbarros.blogspot.com/
40 
 
ÍNDICE 
 
FOLHA DE ROSTO .....................................................................................02 
AGRADECIMENTO .....................................................................................03 
DEDICATÓRIA ..............................................................................................04 
RESUMO ...................................................................................................05 
METODOLOGIA ...........................................................................................06 
SUMÁRIO ......................................................................................................07 
INTRODUÇÃO .............................................................................................08 
 
CAPÍTULO I- HIDROGINÁSTICA: HISTÓRIA E PROCESSO EVOLUTIVO...09 
 
CAPÍTULOII- MUDANÇAS CORPORAIS COM A PRÁTICA REGULAR DA 
HIDROGINÁSTICA....................................................................................13 
2.1. Força muscular...................................................................................15 
2.2. Condicionamento cardiorrespiratório........................................................16 
2.3. Coordenação motora...........................................................................17 
 
CAPÍTULO III- HIDROGINÁSTICA NO ATENDIMENTO AOS GRUPOS 
ESPECIAIS .............................................................................................20 
3.1. A gestante.........................................................................................20 
3.2. O hipertenso.......................................................................................23 
3.3. Obesidade.........................................................................................24 
3.4. Diabete Mellitus.................................................................................26 
 
CAPÍTULO IV- A HIDRGINÁSTICA NA TERCEIRA IDADE ...........................28 
4.1. Envelhecimento ..................................................................................284.2. Qualidade de vida na terceira idade......................................................29 
4.2. Hidroginástica um benefício no envelhecimento.....................................31 
41 
 
CONCLUSÃO ..........................................................................................37 
BIBLIOGRAFIAS CONSULTADAS ...........................................................38 
INDICE .................................................................................................... 40 
FOLHA DE APROVAÇÃO ............................................................................42 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
42 
 
 
FOLHA DE AVALIAÇÃO 
 
Nome da instituição: 
 
Título da monografia: Os benefícios da hidroginástica e as mudanças 
corporais 
 
Autor: Cleyson José Machado Barbosa 
 
Data da entrega: 
 
Avaliado por: Conceito:

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