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Redação desastres ambientais

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Segundo Edgar Morin, teórico francês, toda e qualquer situação deve ser analisada a partir de uma visão complexa sobre o mundo. Nesse contexto, os caminhos para prevenir os desastres ambientais no Brasil mostram-se como uma pauta que necessita de complexidade para sua compreensão efetiva. Destacam-se como aspectos que precisam ser discutidos a negligência governamental e a naturalização da problemática pela sociedade.
Sob esse viés, é evidente que a negligência do poder estatal contribui muitas vezes para a ocorrência de desastres ambientais no país. Esse fato pode ser observado, por exemplo, em diversos acidentes que aconteceram, como deslizamentos de terra e rompimentos de barragens, motivados por uma fiscalização ineficaz, visto que o governo não preveniu esses desastres como deveria. Sob essa perspectiva, é válido levar em consideração a ideia do “Contrato Social”, do filósofo John Locke, a qual diz que o Estado deve resolver todas as questões públicas e garantir a harmonia social. Entretanto, nota-se que os desastres ambientais configuram-se como uma quebra do “Contrato Social”, já que o governo adota poucas ações para conter essas catástrofes. Logo, sabendo que esse cenário é inadmissível e interfere na vida de muitos brasileiros, uma intervenção positiva se faz necessária para superar a problemática.
Além disso, é notório que um dos caminhos para prevenir os desastres ambientais no país é a superação da naturalização da problemática. Nesse sentido, pode-se levar em consideração que grande parcela da sociedade se indigna e preocupa apenas no momento em que ocorrem os desastres,e, infelizmente, alguns dias depois, o acontecimento se torna algo que não é mais tão chocante, pois há uma naturalização. Nesse contexto, deve-se salientar o pensamento da filósofa Hannah Arendt, o qual retrata a passividade das pessoas quanto aos impasses que assolam a sociedade. Seguindo essa linha de pensamento, é possível observar que, ao invés do corpo social cobrar do Estado ações preventivas de desastres ambientais, como a fiscalização de locais de risco, ele prefere se abster dessa responsabilidade, o que pode contribuir para catástrofes futuras. Assim, se essa passividade dos brasileiros se mantiver, o Brasil permanecerá distante da prevenção da problemática.
Diante do exposto, portanto, é inegável que medidas são necessárias para resolver esses impasses. Para isso, o Estado - na condição de promotor da harmonia social - deve evitar que desastres ambientais ocorram. Isso deve ser realizado por meio da fiscalização de leis, a fim de que o meio ambiente e os brasileiros fiquem protegidos. Ademais, as escolas - responsáveis por estimular o pensamento crítico na população - precisam orientar os alunos desde cedo a cobrarem do Estado ações preventivas de catástrofes ambientais, através de palestras que mostrem a gravidade do assunto, para que a sociedade pare de neutralizar a problemática.

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