Buscar

História e formação dos sistemas jurídicos contemporâneos

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

1)As primeiras leis escritas e o código de Hammurabi
Crescente Fértil: lugar onde a civilização “nasceu”, tem esse nome devido a sua fertilidade nos rios Tigre e Eufrates. A Mesopotâmia foi aonde surgiu a escrita, em que na época eram símbolos que expressavam ideias. Esse tipo de escrita era a cuneiforme. No final de 1901,uma expedição francesa encontrou um conjunto de leis com 282 artigos, o Código de Hammurabi,feito pelo Rei Hammurabi.As primeiras leis foram escritas foram feitas, por Eshunna e Ur-Nammu,esses dois reis tiveram muita influência no Código de Hammurabi.A questão da justiça: era importantíssima para os sumerianos, a lei penal era com base no Princípio da Lei de Talião(“dente por dente, olho por olho”). A história da Babilônia: se inicia quando um grupo nômade(arcadiano) se fixou na cidade de Babilônia, este grupo começou uma expansão territorial, e posteriormente ocorreu vitórias sucessivas. Mesmo Babilônia em expansão territorial, o rei Hammurabi foi o que fez a cidade crescer de poder. Hammurabi dobrou o tamanho de seu território e adotou práticas políticas e fez alianças com as outras cidades. Fez diversos trabalhos como: construção e conservação de canais para irrigação e navegação que ajudou na agricultura e o comércio. Na política externa, Hammurabi se preocupava em reconstruir as cidades que foram vencidas e ornamentar com deuses locais. Devido as diferentes raças, línguas e culturas, Hammurabi tentou organizar esses povo de três formas: ela língua, religião e o direito. Língua oficial:Acádio.O direito foi utilizado para o melhor controle da cidade e também a reorganização da Justiça. Após a morte de Hammurabi, Babilônia foi invadida pelos Hiitas e assim a incendiaram. Como consequência, os Cassitas fizeram iniciar um novo período da Babilônia. A sociedade era dividida da seguinte forma: três camadas sociais, os “awilum”- homem livre, possuem todos os diretos do cidadão, os “muskênum”- camada intermediária entre os “awilum” e os escravos, composta por funcionários públicos que possuíam seus direitos e deveres restritos, os escravos-prisioneiros de guerra. A economia era agrícola e possuíam o comércio que era bem forte. As “taberneiras” eram como as mulheres do comércio eram chamadas, vendiam além de bebidas, mercadorias de primeira necessidade. O pagamento era feito em cevada ou prata. Pontos importantes no Código de Hammurabi: A pena de Talião – indicada que a pena pelo delito é equivalente ao dano causado, ou seja, sofre como pena o mesmo sentimento que impôs ao cometer o crime. O falso testemunho – era seríssimo para eles, devido à falta de provas materiais então a prova era apenas a “testemunha”. Falso testemunho = pena de morte. Estupro- era visto SEM PENA somente para virgens casadas- em que eram casadas só que ainda não tiveram relações íntimas com os maridos. Sistema familiar Babilônico: patriarcal, e o casamento monogâmico, admitindo-se o concubinato: a mulher passa a viver com um homem (como se fosse marido e mulher) só que sem casamento. Escravos-haviam duas maneiras de se tornar escravo, como prisioneiro de guerra ou por não conseguir pagar as dívidas e assim entregar a si mesmo, a esposa e filhos.Divórvio- o marido podia deixar a mulher se ela não cumprisse com seus deveres de esposa e dona de casa. Se a mulher quiser deixar o marido, o caso vai ser analisado pelo distrito. Adultério- SOMENTE a mulher cometia crime de adultério. O homem era no máximo, cúmplice. Assim, quando pegos, os adúlteros pagavam com a vida, amarrarão os dois e lançarão na água. Herança – A sociedade hammurabiana NÃO previa a primogenitura, porém o filho mais velho poderia na hora da partilha poderia escolher primeiro a sua parte. Excluídos da herança: filhas já casadas e filhas solteiras – as casadas já receberam o dote e as solteiras receberiam o dote da mão dos irmãos quando se casassem. “Defesa do Consumidor” – haviam leis que protegiam os cidadãos do mau prestador de serviços. Exemplo:Pedreiro construiu uma casa e não executou o trabalho adequadamente e o muro ameaça cair, o pedreiro deverá consertar o muro às suas custas.
2)Roma e o Direito Romano
Base do Direito-Direito Romano. Isso pode ser visto, no nosso Código em que 80% é baseado direta ou indiretamente nas leis romanas. Características básicas do povo romano:1-quando se trata de Roma, tudo é enorme, superlativo devido ao excesso de terras que foi conquistado e consequentemente a população extensa.2-uma visão altiva de si mesmos. Queriam ser os “donos do mundo”. A história de Roma se divide em Realeza, República e Império (subdivido em alto e baixo império)- teve essa subdivisão devido ao “grau” de poder do imperador(absolutismo) era menor no primeiro e maior no segundo. A realeza de Roma era vitalícia, de caráter eletivo, só que o poder NÃO era hereditário. Como era a eleição para rei? As assembléias (comícios curiatos) escolhiam o rei que já havia sido proposto pelo Senado e assim, escolhiam para pôr no Império um rei com poder total. O senatus(senado) era composto por membros que eram conselheiros do rei, podendo ele seguir o conselho ou não. Os comícios curiatos(assembléias) eram os homens do povo-apenas patrícios e clientes, plebeus e escravos NÃO eram considerados. Após a formação da República, os mandatos eram curtos, de um ano, somente o Senado permanecia vitalício- função na época: cuidar de questões externas.Devido a essa vitaliciedade do Senado, acabava sendo o centro do Governo. Os que eram do poder executivo, eram chamados de Magistrados,divididos em Magistrados Ordinários e Extraordinários. Fora do Cursus Honorum existia o cargo de Censor, eram eleitos de cinco em cinco anos,reponsáveis pelo recenseamento e pelo Regimen Morum- o policiamento dos costumes(podiam devassar a vida de indivíduos por maus exemplos, luxos, filosofias não condizentes ao que era romano).Para os romanos a definição de Direito era com base nos seus mandamentos: “viver honestamente,não lesar ninguém e dar a cada um o que é seu”.Existiram três períodos/fases de evolução do Direito Romano: Período Arcaico,Período Clássico e o Período Pós-Clássico. O período arcaico caracteriza-se pelo formalismo e pela sua rigidez. Fato importante nesse período:Lei das XII Tábuas-feita como resposta a uma das revoltas da plebe romana. O período clássico,foi o auge do Direito Romano. O Estado passou a ser centralizado e os pretores e o jurisconsultos obtiveram mais poder para modificar regras já existentes. No período pós-clássico,o Direito Romano não teve muitas mudanças .Dessa forma, para acompanhar as mudanças da época e as situações decidiram fazer um Código( mal visto na época).Depois de muitas tentativas para a elaboração do código, obteve-se o Corpus Iuris Civilis,composto por quatro obras:Codex(constituições imperiais),Digesto(obras de jurisconsultos),Institutas(manual de Direito para estudantes) e as Novelas(leis do próprio Justiniano- Imperador do Oriente).Para os romanos, a Lex indica uma deliberação de vontade com efeitos obrigatórios.Leges privatae;estatuto da cidade,Lex colegii para deliberações de órgãos do estado. No período republicano há dois tipos de leis:Lex Rogata(leis votadas pelos cidadãos romanos e propostas pelos magistrados-só entravam em vigor com a aprovação do Senado) e a Lex Data(lei do senado ou de algum magistrado).Jurisconsultos-também chamados de Prudentes,indicavam as formas dos atos processuais aos magistrados e as partes, auxiliavam na escrita e elaboração de documentos jurídicos. Os senatus-consultos eram deliberações do senado mediante a resposta dos magistrados. Depois do Imperador Adriano, as decisões dos imperadores passaram a ser fontes do Direito. As providências legislativas do imperador eram chamadas de constituições e podiam ser de quatro formas:edicta,mandata,decreta ou rescripta.Edicta:deliberações de ordem geral;Mandata:instruções dadas pelo imperador aos seus funcionários imperiais e aos governadores;Decreta:decisões do imperador em um processo de supremo poder jurisdicional;Rescripta:respostas solicitadas
ao imperador a respeito de casos jurídicos. Diferença entre os direitos:Ius Civile:direito do próprio cidadão romano e Ius Gentium:direito universal, para todos os homens livres e estrangeiros. Os romanos dividiam o direito romano: na origem, aplicabilidade,sujeito.Na origem:diferenciavam o Ius Civile,Ius Honorarium.Ius Extraordinariu.Ius Civile-direito tradicional, provinha de leis e costumes;Ius Honorarium:direito elaborado pelos pretores;Ius Extraordinarium:atividade jurídica do Imperador. Na aplicabilidade:baseia-se em como as regras podem ou não ser aplicadas. Divididas entre Ius Cogens:regra absoluta, não depende da vontade das partes interessadas e Ius Dispositivum:admitia a expressão da vontade da parte interessada, podiam ser modificadas de acordo com o desejo das partes. No sujeito:distinguiam o Ius Commune e o Ius Singulare.Ius Commune- regras de modo geral uma série de casos normais.Ius Singulare:regras que valem somente para uma categoria de pessoas. Capacidade jurídica de Gozo-capacidade do indivíduo para ser sujeito de direitos e obrigações. Para ter essa capacidade era necessário que a pessoa fosse livre(Status Libertatis),fosse cidadão romano(Status Civitatis)e fosse independente do pátrio poder de alguém(Status familiae).Dentro da organização familiar romana eram distintos dois tipos de pessoas:sui iuris(sem um paterfamiliae-homem de família) e os alieni iurie(sujeitas ao poder do paterfamiliae).Família para os romanos significa todos e tudo sob os poder do pater familias.O Pátrio Poder está relacionado com o poder do pater familias,quanto maior o poder do pater familias ,menor o poder do Estado. Durante muito tempo, o poder do pater familias era absoluto,o chefe da casa.
3)Direito Inglês
Contexto histórico-O exército romano invadiu a Inglaterra, só que não fizeram a “romanização’ do povo local, não ocorreu a miscigenação, então o Direito Romano não influenciou o direito dos povos que já habitavam na Bretanha. Ocorre a invasão do povo germânico, os Bretões perdem e com isso, os germânicos formaram reinos instáveis e sem unificação e mantiveram as tradições germânicas, inclusive o Direito.Vindo da Normandia, atualmente França, o rei junto a seu exército invadiu a Bretanha e venceu o herdeiro anglo-saxão controlando a região. O Rei Francês instaurou o feudalismo, relação feudo-vassalicas, a Inglaterra foi dividida em grandes feudos, os Condados,os condes estavam de maneira direta e absoluta sob o comando feudal do rei. Cada feudo era comandado por um funcionário do rei, o xerife,que tinha autoridade sobre os senhores feudais, camponeses e comerciantes.Observação:O Rei Henrique II,sucessor de Guilherme(França) conseguiu fortalecer o poder real, impôs leis válidas em todo o reino e não somente nos domínios particulares, conseguiu nomear juízes para participar de tribunais locais e submeteu os clérigos a legislação comum. O poder de Henrique II passou para ser filho Ricardo conhecido como, Ricardo Coração de Leão,só que Ricardo não se fazia presente no reino, era um homem de guerras.Assim,quando Ricardo foi para as Cruzadas, seu irmão João,conhecido por João sem Terra, assumiu o trono de Príncipe Regente.Ricardo acabou morrendo na guerra contra a França, João tornou-se o rei.O mesmo, sempre foi visto de forma negativa, a política externa estava desastrosa(guerra) o que com que a Inglaterra perdesse muitos feudos e além disso não acatou a nomeação de um bispo. Consequência-Devido aos custos de guerra, criou impostos e aumentou os que já haviam com vistas a fazer frente aos nobres que se colocavam em oposição a ele.Com isso, nobres e o clero fizeram o documento Magna Carta Libertatum,que tinha como objetivo proibir quem quer que fosse de arrancar o poder dos nobres. Junto a criação da Magna Carta, teve o direito de ir e vir corroborado a uma proteção jurídica, considera-se o ínicio da ideia de Habeas Corpus.A Magna Carta acabou dando um grande poder ao Conselho dos Nobres, também chamado de Grande Conselho. Este conselho, a partir de 1265,passou a ser chamado de Parlamento em que decidiam as importantes questões do reino, declarações de guerra e paz. O atual Parlamento em alguns momentos chegou a substituir reis e comandou o poder sozinho de tanto que seu poder aumentou. A partir de 1350,o Parlamento Inglês passou a ter a mesma feição de que tem nos dias de hoje, possui duas câmaras(Câmara dos Lordes-de prelados e Barões e a Câmara dos Comuns-de cavaleiros e burgueses).Nos séculos seguintes os reis passaram a jurar obediência a Magna Carta, só que foi esquecida após a Guerra das Duas Rosas, que colocou no poder a Dinastia Tudor e conseguiu concentrar o poder e alavancar a economia no país. Henrique VIII, fundou a Igreja Anglicana, dessa forma,desligou o poder papal do país e concentrou as terras da Igreja Católica nas mãos da Inglaterra. Elisabeth I, conseguiu chegar ao auge do absolutismo, adotou uma política mercantilista bem-sucedida. Mesmo com a Dinastia Tudor, o Parlamento continua a ser convocado(mesmo com o absolutismo),para evitar conflitos e manter as aparências.Com a morte de Elisabeth I,a sucessão foi para seu sobrinho Jaime I(como ainda viva não tinha herdeiros, adotou o seu sobrinho),defendia a implementação de um absolutismo no modelo francês, baseado na concepção do Direito Divino, não permitindo questionamentos as suas decisões.Assim,criou e aumentou impostos, enfrentou o Parlamento e fechou o mesmo por sete anos. Após a morte de Jaime I, seu filho Carlos I radicalizou ainda mais as políticas do pai. O Parlamento visando lembrar Carlos I, de suas atribuições fizeram um documento legal, a chamada Petição de Direitos, era um resumo em forma de lembrete das leis inglesas até aquele momento. Como consequência, ocorreu uma revolta em 1637,tendo como estopim a tentativa do Rei Carlos I na Igreja Presbiteriana da Escócia visando impor o culto anglicano, só que o rei foi obrigado a convocar os Parlamentares para obter mais recursos. Os Parlamentares se aproveitando da situação, o grupo em oposição ao rei tentou impor novamente a Petição de Direitos; Carlos I tentou fechar o Parlamento. Dava início a Revolução Puritana que era uma forma de fortalecer o parlamentarismo, como sistema de governo e o enfraquecimento do poder real. Esse período republicano foi governado por Oliver Cromwell, membro da pequena nobreza puritana. Tinha como objetivo principal o fortalecimento econômico da burguesia e da gentry que eram a nobreza com interesses burgueses. Após a morte de Cromwell, a monarquia foi restaurada e ressurgiu os problemas de rei x Parlamento. No reinado de Carlos II, com objetivo de não gerar violência e prisões indevidas foi feito o Habbeas Corpus Act.Este documento protegia que, acusados de algum delito,fossem privados de sua liberdade;não eram incluídos presos sob quaisquer outras acusações. A fim de minimizar os antagonismos políticos o Ato de Habbeas Corpus não foi uma solução. Nem a morte de Carlos II, que acabo passando os problemas políticos para Jaime II.Os Parlamentares tramaram a queda do rei e ofereceram o cargo ao genro dele, Guilherme de Orange,que inaugorou a era do Parlamentarismo na Inglaterra. Em 1689, foi redigido um documento que autenticou o poder do Parlamento: O Bill of Rights.Dá ao Parlamento a exclusividade do controle do exército, resolução de questões envolvendo impostos. O documento afirma também a independência do Parlamento tocante a eleição de seus membros, os membros teriam imunidade parlamentar. Esse documento impõe a moderação para finanças, penas e impostos.
4)Da Monarquia Absoluta ao Iluminismo
 O Absolutismo Monárquico teve suas origens na Idade Média, quando começou a renascer o comércio, o monetarismo e a busca por centralização política. Embora tenha ocorrido essa centralização fragmentada do poder feudal, NÃO ocorreu uma ruptura completa do modelo. O absolutismo era um aparelho de dominação FEUDAL recolocado e reforçado, destinado a sujeitar as massas camponesas á sua posição social tradicional. Séculos posteriores demostraram que era
necessário suprir diversas necessidades para a formação do Estado, como a força de coerção, ter seu próprio exército e permanente; o exército medieval não servia mais. Para manter esse exército próprio o rei deve buscar conseguir meios econômicos. Dessa forma, o rei tributou seus súditos para conseguir ter um fluxo de dinheiro suficiente para esta força de coerção e para o pagamento de uma burocracia, já que sem ela,seria impossível tributar. Devido a essas medidas, era impossível centralizar o poder sem centralizar a Justiça e racionalizar a burocracia. Muitos processos ajudaram o Estado Moderno, um deles foi o Renascimento do Direito Romano, ocasionado pelo surgimento de universidades e a formação de juristas. Melhor exemplo histórico do absolutismo: França do século XVII, chamada de França de Luís XIV.Afirmava que o estado era ele. O rei Luís XIV governou a França por meio século e se tornou um exemplo de centralização de poder, só que na época o país não teve prosperidade. Isso pôde ser visto pelo fato de que quando o rei morreu, a população estava arruinada, estavam com 10% a menos do que antes do seu reinado. Luís XIV governou praticamente sozinho, dissolveu o Conselho de Estado e recrutou alguns ministros burgueses. A organização social durante o governo do rei Luís XIV era baseada na distinção social, isso era visível nos lugares em que cada pessoa podia tomar nas igrejas,ns cerimônias etc...A desigualdade era tão intensa que até mesmo o tecido eram destinados exclusivamente a determinadas ordens, a seda era exclusiva dos nobres, a casemira aos burgueses,a sarja, algodão e linho aos artesãos. Embora não houvesse pena de prisão, as prisões francesas ficavam superlotadas, o tenente civil e o tenente general podiam mandar prender imediatamente autores de qualquer infração, mesmo sem gravidade. Deveriam ser julgados nos dias posteriores, entretanto ficavam presos sem julgamento. No sec. XVIII os intelectuais da Europa reagiram ao Absolutismo Monárquico, isso ficou conhecido como Iluminismo ou Época das Luzes. Tinha como característica a confiança absoluta no progresso e na razão. O objetivo principal dos iluministas era a felicidade humana. Essa confiança no progresso pôde ser vista pelos avanços científicos e tecnológicos. As ideias iluministas são “herdeiras” do pensamento renascentista e da revolução científica do sec. XVII.Os Iluministas propunham uma cidadania centrada na liberdade e na defesa burguesa da Propriedade. A igualdade como direito natural, só seria realizada, quando reconhecida como um direito positivo, garantido por um corpo de leis e pela força do Estado. As leis deveriam ser feitas pelos cidadãos, ou representantes pois so através do povo poderia conferir a legitimidade ao poder político. Para Montesquieu,o Estado para ser o representante real dos cidadãos não poderia seguir o modelo do Antigo Regime e sim, a ideia dos três poderes,legislativo,executivo e judiciário.Monstesquieu baseava-se na ideia de contrato social(Rousseau) para a viabilização do Estado, nesse contexto a ideia de representação era primordial. Pregavam a igualdade total, incluse em bens materiais. Para os pensadores iluministas mesmo os pobres estariam livres e iguais. Já Rousseau defendia a democracia como realização do contrato social, manifestada pelo voto, que Dara a “voz” do povo. Rousseau explicava a lei com base na teoria de Cesare Beccaria, que estava adepto as ideias iluministas de Pacto Social. Considerava que as leis deveriam ser pactos entre homens livres. Para ele, as penas somente deveriam existir por necessidade. A finalidade das penas:a proteção da sociedade e desencorajar outros a cometer crimes. As penas deveriam ser proporcionais aos delitos. Crime e pena somente devem existir caso haja previsão legal anterior (Príncipe da Legalidade).Baccaria afirma que a crueldade das penas tem duas consequências: servem para espetáculo público e levam a impossibilidade de se ter a proporção entre delitos e penas. Só existem dois motivos que podem dar a morte: a ameaça à segurança nacional, se o sujeito levar a uma revolução.
5)A Revolução Francesa
A sociedade era divindade em três estados(clero-subdividido em alto e baixo clero,nobreza-subdividadia em três grupos: palaciana que vivia das pensões dos rei e usufruía de cargos públicos,provincial que vivia no campo, toga que era composto por pessoas que eram da burguesia que haviam comprado muitos títulos e o terceiro estado a burguesia).Apenas o terceiro estado pagava os impostos cobrados pelo estado, parcela que representava 98% das pessoas, faziam com que a maioria pagassem por privilégios caríssimos de uma minoria(os privilégios representavam 10%).A situação financeira da França mudou por causa da Revolução Industrial, em que a indústria sofreu um revés com a entrada na Europa de produtos ingleses a baixo custo. Além disso,em 1787,ocorreu uma seca que diminuiu a produção de alimentos, consequentemente os preços subiram.Para tentar vencer a crise, o governo convocou os representantes do Clero, alta burguesia e a nobreza, a Assembléia dos Notáveis de 1787.Prosposta;aumento dos impostos territoriais, só que não foi aceito pela nobreza, com isso,o rei Luís XVI nomeou um novo ministro e convocou a Assembléia dos Estados Gerais. Em 1789, a Assembléia Nacional tornou-se Assembléia Constituinte. Enquanto isso, a notícia da mudança chega ao povo, que toma a Bastilha logo depois. A revolução tem caráter popular. Na mesma época foi aprova a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, em que o rei RECUSA-SE a aprovar, gerando mais reação popular. Em meio de muitas agitações e muita insistência pública, o rei aprovou o texto. No meio da Revolução Francesa, as mulheres ergueram e exigiram direitos, foram as ruam, lutaram ao lado de homens revolucionários, só que na Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão são postas de maneira deturpada. A Declaração concede direitos iguais a TODOS os indivíduos, porém para as mulheres não foi concedido esse direito igualitário, só podiam exercer o direito de voto. A justificativa para isso foi que as mulheres pertencem à esfera privada, ou seja, não podia tomar parte da esfera privada, era uso exclusivo de homens. Devido a essa exclusão, em 1791 Olympe de Gouges redigiu a Declaração dos direitos da mulher e cidadã, que buscava a inclusão de mulheres. As mulheres antes da revolução eram tratadas como incapazes. Esse período de tentativa da manutenção da realeza, foi se desfazendo, o próprio rei não aceitava a perda de poder. Isso pode ser visto pela tentativa do rei de fugir da França para preparar um exército para acabar com a Revolução.Com o início da guerra contra-revolucionária a assembléia não conseguiu lidar,acabou apoiando a Convenção Nacional,que substituiu a Assembléia.A convenção condenou o rei à morte e proclamou a República.A Convenção buscou reinventar a França,adtou um novo calendário,constituição.A convenção adotou um sistema para julgar os contra-revolucionários:a guilhotina.Esse período foi conhecido como o do “terror”.Com a chegada de Napoleão ao poder,deu-se por terminada a Revolução Francesa.Tinha como objetivo um tipo de monarquia como centro em si mesmo,só que quem manteve o manteve no poder foram os burgueses pois estavam com medo do poder “cair na mão” em quem não fosse conveniente. Após o término da Revolução Francesa, o país estava com problemas enormes: comércio e indústria arruinados,caminhos,portos,estradas arruinados, serviço público desorganizado.Napoleão adotou uma nova Constituição, a França permanecia República,só que o poder Legislativo consistia em quatro assembléias;Conselhos de Estado,Tribunal,corpo Legislativo,Senado.O Poder Executivo era comandado por três cônsules com mandatos de dez anos. Em 1802, Napoleão recebeu o título de “cônsul vitalício”,reorganizou e centralizou a administração, criou um corpo de funcionários para arrecadação de impostos, fundou o banco da França, só que não sabia comandar sem ser general, comandava sozinha e se autonomeou Imperador. Deu a França
um conjunto de Códigos:Civil, Penal, Comercial,Instrução Criminal.O Código Civil foi escrito com base no Direito Romano, nas Ordenações Reais e no Direito Revolucionário.

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Outros materiais